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A próxima sede da Copa Africana de Nações será o Marrocos. O país, cuja seleção brilhou na Copa do Mundo do ano passado, vai receber o maior evento do seu continente em 2025. Será a segunda vez na história que Marrocos receberá a competição - a primeira havia acontecido em 1988.

A decisão não surpreendeu. A nação era considerada a grande favorita na disputa contra Zâmbia e a candidatura conjunta de Benin e Nigéria. A Argélia chegou a apresentar sua proposta, mas desistiu tanto da Copa Africana de 2025 quanto da de 2027, antes do anúncio da Confederação Africana de Futebol.

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Um dos trunfos do país foi sua inclusão na candidatura conjunta que pretende sediar a Copa do Mundo de 2030, ao lado de Portugal, Espanha - a Ucrânia foi convidada para integrar o grupo.

Marrocos esteve perto de sediar a Copa Africana de 2015, mas acabou desistindo no ano anterior em razão de dificuldades sanitárias. O país enfrentava na época um surto de Ebola e temia o risco de espalhamento da doença pelo país caso sediasse o torneio continental. Pela desistência, o Marrocos foi excluído do torneio disputado em 2015.

A decisão sobre a sede de 2027 foi a que surpreendeu todos os envolvidos. A expectativa recaía sobre Senegal e Egito, considerado os candidatos mais fortes, com propostas individuais. Mas o vencedor foi a candidatura conjunta de Quênia, Uganda e Tanzânia.

O lado leste da África não sedia uma edição da Copa Africana de Nações desde 1976, quando a Etiópia foi o país-sede.

Assim que os leitos na barraca em frente ao hospital de Amizmiz ficam vazios, novos pacientes chegam para ocupá-los. O fluxo contínuo de feridos do terremoto que deixou milhares de mortos no Marrocos é ininterrupto.

Três dias após o devastador terremoto da sexta-feira, equipes de resgate e emergência continuam procurando sobreviventes entre os escombros e atendendo os feridos.

No hospital de Amizmiz, no sudoeste do país, os pacientes estão sendo tratados em uma grande tenda, pois o prédio do hospital não é seguro em caso de réplicas sísmicas.

Um novo paciente, Lhoucein Barouj, de 81 anos, chega de ambulância com fratura em uma perna.

"Tivemos que tirá-lo de casa com um cobertor e transportá-lo por vários quilômetros", explica sua filha, Habiba, depois que seu pai passou três dias sem receber atendimento médico, exceto de um osteopata tradicional.

"Ficamos esperando em um campo pelos serviços de emergência, que finalmente chegaram à aldeia de Ait Mbarek", acrescenta.

Como aconteceu em várias cidades montanhosas, as estradas ficaram bloqueadas devido a deslizamentos de terra, dificultando a chegada de socorristas e serviços de emergência para ajudar as vítimas do terremoto, que deixou quase 2.900 mortos e 2.600 feridos.

Nesta segunda-feira, ainda havia vítimas que não tinham recebido atendimento médico, como uma menina que estava no hospital de Amizmiz. Vestindo uma camiseta do Pernalonga, ela estava com a cabeça enfaixada.

"Só estamos cuidando dos tratamentos básicos, como suturas. As fraturas e casos mais graves são encaminhados para os hospitais de Marrakech", explica a oftalmologista Doha Hamidallah, que veio trabalhar como voluntária no pequeno centro médico desta cidade no domingo.

- "Muita histeria" -

Os médicos e enfermeiros deste hospital trabalham a um ritmo frenético devido à chegada constante de feridos e outros pacientes.

"Também precisamos tratar as complicações dos pacientes que não foram diretamente feridos pelo terremoto, mas não conseguiram tomar seus medicamentos", como no caso da diabetes, explica Christophe, um técnico de primeiros socorros da Cruz Vermelha do Marrocos.

As primeiras horas após o terremoto foram complicadas neste pequeno hospital, mas "fomos nos organizando", diz a doutora Hamidallah.

"Deslocamos unidades móveis com médicos para as aldeias isoladas", explica o membro da Cruz Vermelha.

O exército montou dois hospitais de campanha e as autoridades, várias clínicas móveis.

John Johnson, coordenador da organização Médicos Sem Fronteiras na França, destaca que, em termos de medicamentos, não parece haver grande escassez no país afetado.

No entanto, ele acredita que precisarão de ajuda com o apoio psicológico: "Vimos muita histeria".

Três dias após o terremoto, Amizmiz e muitas outras localidades ao redor ainda têm uma aparência desoladora.

Perto do hospital, um homem estava imóvel no meio da rua, com os braços cruzados. Ele estava olhando os destroços de sua casa em ruínas.

Luciana Vendramini viajou para o Marrocos onde está passando uma temporada e deixou os fãs preocupados após o terremoto que atingiu o país. Os abalos sísmicos deixaram 2500 mortos e a atriz se solidarizou com os acontecimentos.

Nesta segunda-feira, dia 11, a artista usou os Stories do Instagram para revelar que está bem e tudo aconteceu em uma cidade diferente da que ela estava.

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"Estávamos na cidade de Errachidia quando aconteceu o terremoto em Marrakesh. Demorou a chegar até nós a notícia, o sinal de internet perto do deserto do Saara oscila muito. Quando soubemos ficamos muito preocupadas e tristes com essa tragédia. Fiquei abalada com a notícia, por estar no mesmo país, mas graças a Deus não foi onde eu estava. Não consegui dividir aqui com vocês postagens sobre a viagem. Coração apertado por tantas pessoas que morreram nessa tragédia."

Luciana chegou ao Marrocos na última sexta-feira, dia 9, no mesmo dia em que o país sofreu os terremotos. Nos registros, a atriz contou que estava a cerca de 500 quilômetros de onde tudo aconteceu:

"Estamos voltando para o Brasil, estamos bem! Não do jeito que deveria, sem esse terremoto e sofrer por tantas pessoas que se foram. Os marroquinos são incríveis, educados, alguns tímidos, outros falantes, mas sempre muito atenciosos. Foi maravilhoso passar esse período com eles, quantos sorrisos pude trocar com as mulheres daqui... Obrigada por tudo! Pela recepção impecável nesse país mágico!"

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O terremoto de magnitude 6,8 que atingiu o Marrocos noite de sexta-feira (8) seguido por diversos tremores secundários, foi o mais forte já sentido no país em mais de um século. A catástrofe semeou destruição e devastação no local, onde o número de mortos e feridos continua aumentando à medida que as equipas de resgate desenterram pessoas vivas e mortas em aldeias que foram reduzidas a escombros. Veja o que se sabe até agora sobre a tragédia.

Quantas pessoas morreram?

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Até esta segunda-feira (11) o balanço provisório de mortos subiu para 2.497 pessoas, de acordo com o ministério do Interior. Pelo menos outras 2.476 pessoas ficaram feridas. O balanço anterior, divulgado na noite de domingo, 10, citava 2.122 mortos e 2.421 feridos.

Dessas, 1.452 mortes ocorreram em Al Haouz, ao sul de Marrakesh. Cerca de 760 também foram registradas em Taroudant e 200 em Chichaoua. A ONU estima que 300 mil pessoas foram afetadas pelo terremoto.

Quais são as áreas mais afetadas?

Um boletim de alerta sísmico divulgado pelo Instituto Nacional Marroquino de Geofísica explica que o terremoto, que ocorreu às 23h11, horário local, de sexta-feira, 8, a uma profundidade de 8 km, teve seu epicentro na cidade de Ighil, localizada a cerca de 80 quilômetros a sudoeste da cidade de Marrakech.

Esse epicentro ocorreu no alto das Montanhas Atlas. A região é em grande parte rural, composta por montanhas de rocha vermelha, desfiladeiros pitorescos e riachos e lagos cintilantes. O terremoto abalou a maior parte de Marrocos e causou ferimentos e mortes noutras províncias, incluindo Marraquexe, Taroudant e Chichaoua. O terremoto foi sentido por países como Portugal, Argélia e Espanha.

Como este episódio se compara com outros terremotos?

O terremoto de sexta-feira foi o mais forte já sentido em Marrocos em mais de um século, mas, embora tremores tão poderosos sejam raros, este, até agora, não é o mais mortal do país. Há pouco mais de 60 anos, o país foi abalado por um terremoto de magnitude 5,8 que matou mais de 12 mil pessoas na costa oeste, onde a cidade de Agadir, a sudoeste de Marrakech, desmoronou. Esse terremoto provocou mudanças nas regras de construção em Marrocos, mas muitos edifícios, especialmente casas rurais, não são construídos para resistir a tais tremores.

Não houve nenhum terremoto mais forte com magnitude maior que 6 em um raio de 500 quilômetros na região do tremor de sexta-feira em pelo menos um século, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos. O norte de Marrocos sofre terremotos com mais frequência, incluindo tremores de magnitude 6,4 em 2004 e magnitude 6,3 em 2016.

Dessas, 1.452 mortes ocorreram em Al Haouz, ao sul de Marrakesh. Cerca de 760 também foram registradas em Taroudant e 200 em Chichaoua. A ONU estima que 300 mil pessoas foram afetadas pelo terremoto.

Como estão funcionando os esforços de resgate?

Marrocos enviou ambulâncias, equipas de resgate e soldados para a região para ajudar nos esforços de resposta a emergências. Grupos de ajuda humanitária disseram que o governo não fez um apelo amplo por ajuda e aceitou apenas assistência externa limitada. O Ministério do Interior disse que estava aceitando ajuda internacional focada em busca e resgate da Espanha, Catar, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos, ignorando as ofertas do presidente francês Emmanuel Macron e do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

A vastidão da zona do terremoto e a complexidade do terreno estão dificultando os esforços de resgate, de acordo com Caroline Holt, diretora de desastres, clima e crises da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Algumas áreas afetadas só eram acessíveis por helicóptero, disse ela, acrescentando que a maquinaria pesada necessária para remover os escombros pode ser difícil de transportar através de um terreno tão montanhoso.

Mais de um dia após o terremoto, edifícios seguiram desmoronando. Em Marrakesh, as pessoas descreveram retiradas da população desesperadas à medida que os muros desabavam. As redes de telefonia celular nas áreas mais afetadas pararam de funcionar, deixando familiares em todo o país e em todo o mundo esperando por notícias.

Quais países estão fornecendo ajuda?

Cerca de 100 equipes compostas por um total de 3,5 mil socorristas estão registradas em uma plataforma da ONU e prontas para serem acionadas no Marrocos quando solicitadas, disseram os Rescuers Without Borders.

Uma equipe espanhola de busca e resgate chegou a Marrakech e seguiu para a zona rural de Talat N’Yaaqoub, de acordo com a Unidade Militar de Emergência da Espanha. O Reino Unido enviou uma equipe de busca de 60 pessoas com quatro cães, equipe médica, dispositivos de escuta e equipamento para cortar concreto.

O Grupo Internacional de Busca e Resgate do Catar está indo para Marrocos ajudar nas operações de recuperação, disse a organização num comunicado no domingo.

A Argélia também se ofereceu para reabrir o seu espaço aéreo para ajudar na ajuda e nas evacuações médicas. A Argélia fechou o seu espaço aéreo a Marrocos em 2021, quando os dois países cortaram relações diplomáticas sobre questões que incluíam uma disputa de longa data sobre o Saara Ocidental.

Entretanto, outras equipes de ajuda estrangeiras que estavam preparadas para se deslocarem expressaram frustração por não poderem intervir sem a aprovação do governo. A Alemanha tinha uma equipe de mais de 50 equipes de resgate esperando perto do aeroporto de Colônia-Bonn, mas os mandou para casa, informou a agência de notícias DPA. A República Tcheca disse ter uma equipe de 70 equipes de resgate prontas para partir e aguardar permissão para decolar.

(Com agências internacionais)

Equipes de resgate correm contra o tempo para chegar a áreas remotas para resgatar sobreviventes do pior terremoto dos últimos 100 anos que atingiu Marrocos, na sexta-feira. Estradas bloqueadas e a lentidão do governo em pedir ajuda prejudicam os trabalhos. O tremor de magnitude 6,8 matou mais de 2,1 mil pessoas.

Isolamento

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A extensão dos danos e o número definitivo de vítimas estão longe de serem determinados, já que as comunidades mais atingidas estão nas montanhas do Alto Atlas, onde o acesso está bloqueado por escombros e rachaduras no solo. O serviço telefônico e o fornecimento de eletricidade foram interrompidos.

Imagens de TV mostraram ontem helicópteros transportando ajuda para áreas remotas, onde muitas casas são feitas de tijolos de barro, um método de construção tradicional e vulnerável. Os próximos dias, segundo especialistas, sejam cruciais para o resgate. "Os edifícios danificados representam um perigo e alto risco para quem tenta ajudar", disse Caroline Holt, diretora da Cruz Vermelha.

A tragédia provocou comoção internacional. Países Turquia, França e EUA ofereceram ajuda humanitária. No entanto, o governo marroquino está hesitante e deu sinal verde apenas para Espanha e Qatar. A lentidão na resposta ao terremoto também prejudica os trabalhos de resgate.

Milhares de marroquinos dormiram ontem nas ruas ao relento após suas casas terem sido destruídas. Em algumas áreas montanhosas, a própria população busca sobreviventes entre os escombros, enquanto as equipes de resgate não chegam.

Futebol

O amistoso da seleção olímpica do Brasil contra Marrocos, que seria realizado hoje, foi cancelado. O anúncio da CBF veio após a decisão da federação marroquina de jogar com os portões fechados por causa do terremoto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As equipes de emergência marroquinas, com o apoio de socorristas estrangeiros, prosseguiam nesta segunda-feira (11) com os esforços para encontrar sobreviventes e ajudar as pessoas que tiveram suas casas destruídas pelo terremoto que deixou mais de 2.100 mortos.

O governo do Marrocos anunciou no domingo à noite que aceitou as ofertas de envio de equipes de busca e resgate da Espanha, Reino Unido, Catar e Emirados Árabes Unidos.

As equipes entraram em contato com as autoridades marroquinas para coordenar o trabalho, informou o Ministério do Interior em um comunicado.

A Espanha anunciou o envio de 86 socorristas acompanhados por cães farejadores. Um voo humanitário decolou do Catar no domingo.

O ministério marroquino afirmou que "em caso de evolução das necessidades", outras ofertas de ajuda podem ser aceitas.

Vários países, incluindo França, Estados Unidos e Israel, também ofereceram ajuda ao reino do norte da África após o terremoto, que deixou 2.122 mortos e 2.421 feridos, segundo o balanço atualizando divulgado no domingo.

"Marrocos é um país soberano e lhe corresponde ao organizar as tarefas de resgate", disse a ministra francesa das Relações Exteriores, Catherine Colonna, que anunciou uma ajuda de 5 milhões de euros (5,36 milhões de dólares) às ONGs que já estão trabalhando no país.

Enquanto aguardam a chegada de mais equipes estrangeiras, as autoridades marroquinas começaram a instalar tendas na área de Alto Atlas, onde localidades inteiras foram destruídas pelo terremoto.

- Cenário apocalíptico -

Socorristas, voluntários e soldados trabalham para encontrar sobrevivente e retirar corpos dos escombros, em particular nos municípios da província de Al Hauz, epicentro do tremor ao sul da cidade turística de Marrakech.

Em Tikht, uma pequena localidade próxima de Adassil, um minarete e algumas casas foram as únicas construções que resistiram em um cenário apocalíptico.

"A vida acabou aqui", lamenta Mohssin Aksum, um morador de 33 anos. "A cidade está morta".

Nas imediações, as forças de segurança cavam túmulos para as vítimas ou montam tendas amarelas para os sobreviventes que perderam suas casas.

O terremoto aconteceu na sexta-feira à noite. Com 7 graus de magnitude, segundo o Centro Marroquino para a Pesquisa Científica e Técnica, e 6,8 para o Centro Geológico dos Estados Unidos, este foi o tremor mais potente já registrado no país.

Diante da destruição, a solidariedade está presente em Marrakech, onde centenas de pessoas formaram filas nos hospitais para doar sangue.

"Estamos coletando alimentos para ajudar as áreas afetadas pelo tremor", declarou à AFP Ibrahim Nachit, membro da organização Draw Smile, que também prevê o envio de uma "caravana médica" aos locais mais necessitados.

"Acredito que os alimentos obtidos hoje devem ajudar a manter pelo menos 100 famílias durante uma semana", disse ao seu lado Abdeltif Razouki, vice-presidente da associação.

- "Fissuras importantes" -

A Cruz Vermelha Internacional fez um alerta sobre a importância da ajuda humanitária que, segundo a organização, pode ser necessárias "durante meses ou inclusive anos".

"Mas as primeiras 24 ou 48 horas são críticas", destacou.

Além das perdas humanas e materiais, o terremoto também afetou o patrimônio arquitetônico do país. Na medina do bairro antigo de Marrakech, os danos são impressionantes.

As muralhas do século XII que circundam a cidade imperial, fundada no ano 1070 pela dinastia dos Almorávida, estão parcialmente desfiguradas.

"Já podemos afirmar que (os danos) são muito mais importantes do que esperávamos. Observamos fissuras importantes, o minarete de (a mesquita de) Kutubia, a estrutura mais emblemática, assim como a destruição quase completa do minarete da mesquita de Kharbouch, na praça Yamaa el Fna", disse Eric Falt, diretor regional da Unesco para a região do Magreb.

Este foi o terremoto com o maior número de vítimas no Marrocos desde o tremor de Agadir em 29 de fevereiro de 1960. Quase 15.000 pessoas morreram na tragédia, um terço da população desta cidade na costa oeste.

O amistoso da seleção brasileira olímpica diante do Marrocos, nesta segunda-feira, na cidade de Fez, está cancelado. O anúncio foi feito pela CBF, logo depois da Federação Marroquina de Futebol anunciar, neste domingo, que o jogo teria portões fechados por causa do terremoto registrado no país na sexta-feira.

O rei Mohammed VI determinou luto oficial de três dias. Os jogadores da seleção brasileira usariam uma faixa preta no braço em homenagens às vítimas e uma outra seria apresentada em apoio aos marroquinos. A cidade de Fez não registrou incidentes causados pelo tremor. Segundo autoridades locais, o sismo de 7 pontos matou ao menos 2,1 mil.

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O amistoso desta segunda seria o segundo entre as duas seleções. Na quinta-feira, o Brasil perdeu para Marrocos, por 1 a 0, também em Fez.

O time do técnico Ramon Menezes se prepara para a disputa do Torneio Pré-Olímpico, em janeiro. Apenas duas seleções da América do Sul vão se classificar para os Jogos Olímpicos de Paris.

TREINO

A seleção brasileira treinou neste domingo e Ramon estuda mexer bastante na equipe para testar todos os convocados. A escalação só seria divulgada pouco antes da partida. Lesionados no primeiro jogo, o lateral Arthur e o volante Marlon Gomes são ausências certas.

As equipes de resgate aceleraram, neste domingo (10), a busca por possíveis sobreviventes presos sob os escombros de cidades devastadas no Marrocos por um violento terremoto, que já deixou mais de 2.100 mortos.

O terremoto, na noite de sexta-feira, teve uma magnitude de 6,8 segundo os serviços geológicos americanos, e de 7 segundo o centro marroquino de pesquisa científica e técnica. Foi o mais poderoso desde que começaram os registros modernos neste reino do norte da África.

O terremoto deixou pelo menos 2.122 mortos e 2.421 feridos, segundo o último balanço do Ministério do Interior divulgado em comunicado neste domingo.

"As autoridades públicas continuam mobilizadas para acelerar as operações de resgate e evacuação dos feridos", acrescentou o Ministério do Interior.

A província de Al Haouz, epicentro do terremoto, foi a mais atingida, seguida por Tarudant. Nestas duas áreas localizadas a sudoeste da cidade turística de Marrakech, o terremoto destruiu aldeias inteiras.

Neste domingo, muitos moradores foram aos hospitais da cidade para doar sangue às vítimas.

- Luto nacional -

"Perdi tudo", lamentou Lahcen, um homem que perdeu a esposa e quatro filhos na cidade rural de Moulay Brahim, na região montanhosa do Alto Atlas.

"A única coisa que quero é fugir do mundo e viver meu luto", disse o pai de família, que escapou da morte porque estava fora de casa no momento do terremoto.

A cidade de Tafeghaghte, poucos quilômetros a oeste, foi praticamente destruída pelo sismo, cujo epicentro ocorreu a apenas cinquenta quilômetros de distância, segundo uma equipe da AFP.

"Três dos meus netos (12, 8 e 4 anos) e a mãe deles morreram. Estão todos debaixo das ruínas", disse Omar Benhanna, de 72 anos, devastado.

No sábado, muitos dos sobreviventes dirigiram-se ao cemitério para o enterro de cerca de 70 pessoas, em cerimônias devastadoras marcadas por gritos e lágrimas.

O reino decretou três dias de luto nacional no sábado e líderes de todo o mundo, desde Espanha e França a Israel e Estados Unidos, enviaram condolências a Rabat.

A Argélia, um país vizinho em conflito com Marrocos, abriu o seu espaço aéreo, fechado há dois anos, a aviões que transportam ajuda humanitária e resgatam os feridos.

O Banco Mundial afirmou que dará "todo o seu apoio" ao país.

- Espanha enviará 'o que for necessário' -

A Espanha enviou neste domingo uma equipe de 56 socorristas e 4 cães de busca da Unidade Militar de Emergência (UME) para Marrakech, após receber um pedido formal do reino marroquino, e prepara um segundo avião.

"Enviaremos o que for necessário porque todos sabem que estas primeiras horas são cruciais, especialmente se há pessoas soterradas sob os escombros", declarou a ministra da Defesa, Margarita Robles, à televisão pública.

Outros países, como Estados Unidos, Itália, Reino Unido e Israel, também ofereceram a sua ajuda a Marrocos.

O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou neste domingo que o seu país está pronto para "intervir" quando as autoridades marroquinas "considerarem necessário".

Neste domingo à tarde, Rabat indicou que aceitou o envio de "equipes de resgate" da Espanha, Reino Unido, Catar e Emirados Árabes Unidos.

A Cruz Vermelha Internacional alertou no sábado que as necessidades do país são enormes e prevê "muitos meses e até anos de resposta".

Na noite de sábado, canais de televisão marroquinos transmitiram imagens aéreas que mostravam cidades destruídas na região de Al Haouz, onde as construções são feitas de barro.

A poucos passos da Câmara Municipal de Marrakech, onde partes das muralhas da cidade do século XII estão danificadas ou parcialmente desabadas, algumas pessoas recolhiam os cobertores com que passaram a noite a céu aberto.

Maria, uma turista espanhola, passou a noite fora das ruas estreitas do centro histórico e preparou-se para "continuar a sua viagem normalmente" em direção a Fez, mais ao norte.

Além de Marrakech e regiões vizinhas, o tremor foi sentido em Rabat, Casablanca, Agadir e Easouira, onde muitos moradores abandonaram as suas casas em pânico no meio da noite.

Este é o terremoto mais mortal que atingiu este reino desde o tremor que destruiu Agadir, na costa oeste, em 29 de fevereiro de 1960. Quase 15 mil pessoas morreram, um terço da população da cidade.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prestou solidariedade à população de Marrocos pelo terremoto que atingiu a região de Marrakech na última sexta-feira. Em publicação no X (ex-Twitter) na manhã deste domingo, Pacheco pediu união internacional em torno de ações humanitárias para apoiar a região.

"Minha solidariedade ao povo marroquino pela tragédia que atingiu seu país e deixou inúmeros mortos e feridos. Que a comunidade internacional se una em ações humanitárias urgentes no sentido de apoiar as autoridades do Marrocos no envio do auxílio necessário aos atingidos", escreveu Pacheco.

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De acordo com o Ministério do Interior de Marrocos, pelo menos 2.012 pessoas morreram e outras 2.059 pessoas ficaram feridas. O número de vítimas pode aumentar à medida que o resgate avança sobre áreas remotas afetadas pelo terremoto. O terremoto de magnitude 6,8 foi o mais intenso a atingir o país norte-africano em 120 anos.

A TV estatal do Marrocos informou que mais de mil pessoas morreram e centenas ficaram feridas, em consequência do terremoto que atingiu o país no norte da África, na noite desta sexta-feira (8), segundo a agência de notícias Reuters. Foram reportadas 1.037 vítimas e pelo menos 672 feridos.

O sismo provocou o desabamento de vários prédios nessas duas províncias, no sudoeste do país.

O choque foi sentido até na capital Rabat, a centenas de quilômetros de distância, e em cidades costeiras como Casablanca ou Essaouira, até mesmo no país vizinho, a Argélia, onde as autoridades descartaram danos ou vítimas.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou que o terremoto foi de magnitude 6,8 e ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilômetros, com epicentro 71 quilômetros a sudoeste de Marrakech às 23h11, horário local (19h11 no horário de Brasília).

"Sentimos um choque muito violento, percebi que era um tremor", disse Abdelhak el Amrani, um morador de Marrakech, de 33 anos, à AFP em entrevista por telefone.

"Eu vi os prédios se movendo. Não temos reflexos para esse tipo de situação. Então saí e havia muitas pessoas lá fora. As pessoas estavam em choque e em pânico. As crianças choravam, os pais estavam desamparados", disse Amrani.

A mídia marroquina informou que este é o terremoto mais poderoso registrado neste reino no norte da África.

O Ministério do Interior afirmou que as autoridades mobilizaram “todos os recursos necessários para intervir e ajudar nas zonas afetadas”.

Os hospitais de Marrakech registaram um “fluxo maciço” de feridos e o centro de transfusão de sangue local lançou um apelo à população para que faça doações.

- "Entramos em pânico" -

Vídeos gravados em Marrakech mostram moradores deixando edifícios aterrorizados em meio ao tremor, destroços caindo de casas em vielas estreitas e veículos cobertos de pedras.

Um delas mostra o minarete de uma mesquita que desabou na famosa praça Jemaa el Fna, no coração de Marrakech, causando ferimentos a duas pessoas.

Um correspondente da AFP viu centenas de pessoas reunidas nesta praça emblemática para passar a noite ali com medo de tremores secundários. Alguns com cobertores e outros dormiam diretamente no chão.

“Estávamos caminhando por Jamaa el Fna quando a terra começou a tremer, foi realmente uma sensação assustadora”, disse à AFP na praça Houda Outassad.

“Estamos sãos e salvos, mas ainda em estado de choque”, acrescentou esta moradora, que perdeu dez familiares em Ijoukak, uma aldeia rural em Al Haouz.

Mimi Theobald, uma turista inglesa de 25 anos, estava com alguns amigos prestes a comer sobremesa na esplanada de um restaurante "quando as mesas começaram a tremer, os pratos a voar. Entramos em pânico".

- "Gritos e prantos" -

Fayssal Badour, de 58 anos, estava voltando para casa quando percebeu o tremor. “Parei e percebi a catástrofe. Foi muito grave (…) Os gritos e prantos eram insuportáveis”, relatou.

O francês Michael Bizet, dono de três estabelecimentos turísticos em casas tradicionais (riads) na cidade velha de Marrakech, disse que o tremor o acordou durante o sono.

“Saí para a rua meio nu e fui ver os riads. Foi um caos total, uma verdadeira catástrofe, uma loucura”, explicou.

O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, expressou suas condolências ao país vizinho pela “tragédia”.

O chanceler espanhol, José Manuel Albares, ofereceu apoio aos esforços de resgate, e o seu homólogo britânico, James Cleverly, também se mostrou "disposto a ajudar o Marrocos".

A França, que tem uma grande população de origem marroquina, manifestou a sua “solidariedade” e o seu presidente, Emmanuel Macron, disse estar “em choque”.

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da Ucrânia, Volodomir Zelensky; da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e da China, Xi Jinping também expressaram as suas condolências e solidariedade.

A União Africana expressou a sua “grande dor” pela tragédia.

Na cúpula do G20 em Nova Délhi, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse estar “extremamente triste com a perda de vidas”.

O papa Francisco manifestou neste sábado a sua solidariedade aos marroquinos. "O papa expressa a sua profunda solidariedade às vítimas desta tragédia", afirma uma mensagem enviada ao Marrocos pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.

O reino alauita sofre terremotos frequentes em sua região norte porque está entre as placas africana e euroasiática.

Em 2004, pelo menos 628 pessoas morreram e 926 ficaram feridas quando um terramoto atingiu Al Hoceima, no nordeste do país.

Ao menos 296 pessoas morreram devido a um forte terremoto que atingiu o centro de Marrocos nesta sexta-feira (8) à noite, com epicentro próximo à cidade turística de Marrakech, informou o Ministério do Interior.

"Segundo um balanço preliminar, este terremoto causou a morte de 296 pessoas nas províncias e municípios de Al Haouz, Marrakech, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant", informou o ministério em comunicado.

Outras 153 pessoas ficaram feridas e estão hospitalizadas, de acordo com a mesma fonte.

Vídeos publicados nas redes sociais e relatos de sobreviventes descrevem danos em Marrakech, 320 km ao sul de Rabat, e cenas de pânico, com moradores saindo de suas casas em busca de segurança ao ar livre.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou que o terremoto teve magnitude 6,8 e ocorreu a uma profundidade de 18,5 km, com epicentro 71 km a sudoeste de Marrakech.

Os veículos de imprensa marroquinos relatam que este é o terremoto mais forte já registrado no reino no norte da África.

"Por volta das 23h00, sentimos uma sacudida muito forte, percebi que era um terremoto. Via os prédios se movendo. Não temos reflexos para esse tipo de situação. Depois, saí e havia muita gente do lado de fora", explicou Abdelhak el Amrani, um morador de 33 anos de Marrakech, em entrevista à AFP por telefone.

"As pessoas estavam em choque e pânico. As crianças choravam, os pais estavam desamparados", disse Amrani, que relatou uma queda na eletricidade e na conexão telefônica por cerca de 10 minutos.

De acordo com fontes médicas citadas pelo site de notícias Médias24, houve uma "afluência maciça" de feridos nos hospitais de Marrakech.

Em uma cidade na província de Al Hauz, uma família ficou presa sob os escombros após o desabamento de sua casa, conforme os relatos.

O tremor também foi sentido em cidades costeiras como a capital Rabat, Casablanca e Essaouira.

Vídeos gravados em Marrakech mostram moradores correndo para fora dos edifícios durante o terremoto, escombros caindo em vielas estreitas e carros cobertos de pedras.

Um minarete desabou sobre a famosa praça Jamaa el Fna, o coração de Marrakech, causando dois feridos.

- "Gritos e choros" -

Fayssal Badour, de 58 anos, estava voltando para casa quando o terremoto aconteceu. "Eu parei e percebi a catástrofe. Era muito sério (...) Os gritos e os choros eram insuportáveis", relatou.

"Não há muitos danos, mais pânico", disse um morador de Essaouira, a cerca de 200 km de Marrakech, em entrevista à AFP por telefone. "As pessoas estão nas praças, nos cafés, preferem dormir ao ar livre", acrescentou.

O terremoto também foi sentido em várias províncias do oeste da Argélia, o país vizinho, mas o departamento de defesa civil argelino descartou danos ou vítimas.

Marrocos está localizado em uma região propensa a terremotos devido à sua posição entre as placas tectônicas africana e euroasiática.

Em 2004, pelo menos 628 pessoas morreram e 926 ficaram feridas quando um terremoto atingiu Al Hoceima, no nordeste do país.

Em 1980, o terremoto em El Asnam, na vizinha Argélia, com magnitude 7,3, foi um dos terremotos mais destrutivos da história contemporânea. Deixou 2.500 mortos e pelo menos 300.000 pessoas desabrigadas.

Colômbia e França são as últimas seleções classificadas para as quartas de final da Copa do Mundo feminina. Na madrugada desta terça-feira, as colombianas superaram a Jamaica pelo placar mínimo e, pela primeira vez na história, estão entre os oito melhores times do torneio.

Já a França não tomou conhecimento do Marrocos e, após um primeiro tempo arrasador, goleou as africanas e se classificou para a próxima rodada. Com estes resultados, estão definidos todos os confrontos das quartas de final do Mundial disputado na Austrália e na Nova Zelândia.

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As quartas de final terão Holanda x Espanha, Japão x Suécia, Austrália x França e Inglaterra x Colômbia.

ATAQUE COLOMBIANO SUPERA DEFESA JAMAICANA

O jogo entre Colômbia e Jamaica começou como um confronto entre ataque e defesa. As sul-americanas iniciaram a partida com maior posse de bola, mas encontravam muita dificuldade para furar o bloqueio caribenho. A Jamaica até ficou mais com a bola no final do primeiro tempo, mas pouco fez. Com um jogo travado, ambas as equipes foram para o intervalo sem terem criado grandes chances.

O segundo tempo, no entanto, já começou com um gol colombiano. Após um longo cruzamento, Catalina Usme recebeu a bola na área e deu um belo tapa de chapa para abrir o placar. Foi o primeiro gol da Colômbia em um mata-mata de Copa do Mundo.

Na frente do confronto, as sul-americanas até tentaram controlar a partida, mas a Jamaica se jogou ao ataque. Nos minutos finais, muitas foram as chances criadas, mas as colombianas conseguiram permanecer com a vantagem e, ao soar do apito final, comemoraram como ninguém a classificação.

FRANÇA FAZ TRÊS EM 10 MINUTOS E DESPACHA MARROCOS

O sonho marroquino era bonito, mas a França pouco se importou com a bela história construída pelas africanas e, em 23 minutos de jogo, já havia resolvido a partida. Em ritmo acelerado, as francesas abriram o placar aos 15. Cinco minutos depois, mais um. E, para fechar a conta, Le Sommer fez o terceiro aos 23 da primeira etapa.

Com a vantagem tão grande do favorito, Marrocos se perdeu no jogo. A França poderia ter ampliado, mas o primeiro tempo acabou em 3 a 0. Na volta da partida, ambas as equipes assumiram posturas diferentes. Marrocos parecia bem mais organizado e até chegou a oferecer algum perigo para as francesas. As europeias, no entanto, estavam claramente se poupando para a próxima fase e pouco produziram.

Ainda assim, foi Le Sommer quem fez o único gol da segunda etapa, ampliando a vantagem francesa e sacramentando a eliminação marroquina. Agora, a França enfrenta o fantasma das quarta de final: a seleção europeia foi eliminada nessa fase do torneio nas duas últimas edições do Mundial.

Confira os próximos jogos da Copa do Mundo:

10/08

22h - Holanda x Espanha

11/08

4h30 - Japão x Suécia

12/08

4h - Austrália x França

7h30 - Inglaterra x Colômbia

Luana Piovani surgiu nua em postagem desta quinta-feira (13) na sua conta do Instagram. A atriz, que curte uma viagem ao Marrocos com o namorado Lucas Bitencourt, aparece de costas, sentada em uma cadeira, de frente para uma janela e completamente sem roupa.

A imagem já tinha sido mostrada pelo namorado, mas dessa vez foi a própria Luana quem postou, deixando fãs e famosos atônitos. "Wow", postou a atriz Bianca Bin, ao lado de emojis de fogo. "Uma obra de arte", comentou o influenciador de moda Danilo Magni.

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Hospedagem no Marrocos

A foto 'sensual sem ser vulgar' foi feita em um quarto do hotel Royal Mansour, empreendimento de alto luxo no país africano. A diária mais barata do estabelecimento custa cerca de R$ 6,3 mil, segundo o site oficial.

O que era para ser uma simples saudação de ídolos a seus fãs se transformou em enorme confusão nesta segunda-feira entre jogadores da seleção do Peru e a polícia da Espanha. Jogadores foram empurrados por alguns agentes que não queriam que se aproximassem de torcedores e uma confusão geral acabou registrada, com atletas reclamando de terem sido agredidos.

Em Madri para um amistoso com Marrocos no Estádio Metropolitano, do Atlético de Madrid, os jogadores do Peru desceram do ônibus na porta do hotel onde ficariam concentrados e foram apreciar um "bandeiraço" que a torcida fazia para recebê-los.

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Mas os policiais que estavam ali para oferecer uma chegada tranquila e segurança aos jogadores peruanos acabaram causando um gigantesco tumulto. Confundido com torcedor, Yotún foi puxado pelo braço e empurrado com força para traz, não gostou da atitude e revidou, empurrando também. Foi o estopim. Neste momento os guardas espanhóis partiram para cima para tentar arrastar o jogador, como se fossem prendê-lo.

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Com muitos gritos de revolta dos torcedores e jogadores tentando defender o companheiro e ao mesmo tempo irritados com a postura da polícia espanhola, houve um enorme desentendimento. O capitão Gallese e mais um integrante da comissão técnica impediram que Yotún fosse levado e as trocas de empurrões e de "encaradas" foram grandes. O goleiro chegou a ser puxado pela camisa.

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"Queremos cumprimentar nossa torcida e eles começaram a nos socar", reclamou o goleiro Gallese. O atacante Varella foi um dos jogadores atingidos pelos policiais. Muitos gritos pediam tranquilidade e informavam que se tratavam dos jogadores. A torcida chegou a cantar contra os agressores, mas a própria delegação do peru tratou de tranquilizar as coisas.

Convocado pela primeira vez para a seleção brasileira, a estreia do meio-campista Raphael Veiga pelo Brasil não foi a partida dos sonhos. Ao entrar em campo aos 20 minutos do segundo tempo, não houve muito o que o palmeirense pudesse fazer para evitar a derrota brasileira para a seleção de Marrocos.

Em entrevista após a partida, o meia destacou a força da seleção adversária. "Jogamos contra uma equipe que já estava junta há algum tempo, chegaram em quarto na Copa do Mundo. Isso tem um peso muito grande. Estávamos no país deles, com a atmosfera deles. Eu lamento pelo resultado, mas é seguir."

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Ao ser perguntando o que faltou para a vitória, Veiga foi direto e apontou para a falta de entrosamento do time comandado por Ramon Menezes. "Tinha muita gente nova estreando. Lógico que o entrosamento não é o normal de uma equipe que já vem jogando há muito tempo", disse o atleta.

O jogador ainda criticou a posta de Marrocos, que apelou para as faltas para interromper o jogo. "A equipe deles competiu bastante, fizeram bastante falta. Nós ficávamos com a bola e eles iam matando o jogo. Depois acabaram achando o gol, aí desceram um pouco a linha, marcaram mais baixo e a gente não conseguiu achar os espaços."

Um dos destaques do Palmeiras há algumas temporadas, Veiga agradeceu a oportunidade dada por Menezes e afirmou estar focado para retornar assim que possível. "Eu fico contente por essa oportunidade de estar aqui, mas lógico que para eu voltar eu tenho que continuar a fazer o que eu faço no Palmeiras. Estar aqui essa semana me motiva ainda mais para trabalhar, para crescer, para poder voltar mais vezes."

O desentrosamento atrapalhou a renovada seleção brasileira em seu primeiro compromisso após o fracasso na Copa do Mundo do Catar. A equipe treinada interinamente por Ramon Menezes, técnico do sub-20, começou o ciclo em vistas para o Mundial de 2026 com derrota para o Marrocos, por 2 a 1, na noite deste sábado. Está claro que terá difícil tarefa o técnico que assumir o comando.

Em Tânger, a seleção africana jogou com sua base que foi semifinalista na Copa do Catar. Esse entrosamento e o apoio de 65 mil torcedores, que gritaram "olé" no fim da partida, foram importantes para os marroquinos até dominarem a seleção pentacampeã em parte do jogo. No primeiro tempo, marcaram um bonito gol com Boufal. O lance teve origem em falha do lateral Emerson Royal na saída de bola.

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Com dez atletas convocados que nunca haviam vestido a amarelinha, o Brasil sofreu para engrenar. Um dos novatos, Rony, teve duas chances para ir às redes, mas errou. O palmeirense, mesmo assim, fez boa apresentação e deu uma assistência para Rodrygo que poderia ter resultado em gol se o camisa 10 tivesse caprichado na finalização. Vini Jr marcou tirando proveito de uma falha do goleiro Bounou, mas seu gol foi invalidado porque ele estava impedido no lance.

Os remanescentes do time de Tite que disputou o Mundial do Catar não fizeram uma boa apresentação, principalmente Lucas Paquetá, que errou passes fáceis e não deu a mobilidade e a criatividade esperada ao meio de campo. O mesmo aconteceu com Casemiro, escolhido para carregar a braçadeira de capitão.

No entanto, saiu do pé direito do experiente volante o gol da seleção brasileira. Ele só aconteceu, é verdade, porque o goleiro Bounou foi protagonista de uma falha impressionante. O chute fraco do capitão brasileiro passou por debaixo do goleiro, destaque da última Copa do Mundo, e encontrou as redes aos 21 minutos da segunda etapa.

Comandante da seleção principal enquanto o tão desejado treinador estrangeiro pela CBF não vem, Ramon demorou, mas fez alterações no segundo tempo. Lançou mão do palmeirense Raphael Veiga, além de Antony e do jovem Vitor Roque, este que se tornou, aos 18 anos e 25 dias, o atleta mais novo a estrear pelo Brasil desde Ronaldo Fenômeno.

Ocorre que o renovado selecionado brasileiro não melhorou. A produção ofensiva continuou baixa e, na defesa, havia espaços para os marroquinos explorarem, sobretudo o lado direito do lateral Emerson Royal, que viveu uma noite para lamentar. Foi por ali que começou o segundo gol que definiu o triunfo marroquino. Allah cruzou, Militão não afastou e Sabiri finalizou com violência para vencer Weverton.

HOMENAGEM AO REI

O primeiro jogo da seleção brasileira desde a morte de Pelé, em 29 de dezembro do ano passado, foi marcado por uma série de homenagens ao Rei do Futebol. Em vez de seus nomes, os atletas jogaram com o de Pelé gravado na amarelinha, logo abaixo do número de cada jogador. A lendária 10 do maior de todos os tempos foi usada por Rodrygo.

Houve um minuto de aplausos em reverência ao ídolo. Em volta do campo, as placas de publicidades exibiram imagens do único tricampeão do mundo.

FICHA TÉCNICA

MARROCOS 2 X 1 BRASIL

MARROCOS - Bounou; Hakimi (Allah), Aguerd, Saiss e Mazraoui; Amrabat, Ounahi (Sabiri) e El Khannouss (Louza); Ziyech, Boufal (Ezzalzouli) e En-Nesyri (Cheddira). Técnico: Walid Regragui.

BRASIL - Weverton, Emerson Royal (Arthur), Éder Militão, Ibañez e Alex Telles; Casemiro, Andrey Santos (Raphael Veiga) e Lucas Paquetá (Yuri Alberto); Rodrygo (Vitor Roque), Rony (Antony) e Vini Jr. Técnico: Ramon Menezes.

GOLS - Boufal, aos 28 do primeiro tempo; Casemiro, aos 21, e Sabiri, aos 33 do segundo tempo.

ÁRBITRO - Selmi Sadok (Tunísia).

CARTÕES AMARELOS - Amrabat, El Khannouss, Rony.

LOCAL -Estádio Ibn Batouta, em Tânger.

A seleção brasileira joga amistoso neste sábado (25) contra o Marrocos, às 19h (horário de Brasília), no estádio Ibn Batouta, na cidade de Tânger, no norte do país africano. Será a primeira partida do Brasil desde a Copa do Mundo do Qatar, em 2022, quando a eliminação chegou nas quartas de finais, diante da Croácia.

Primeira seleção africana a chegar até a semifinal em uma Copa do Mundo, o Marrocos está animado para jogar contra a canarinha.

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Onde assistir:

TV aberta: Band

TV a cabo: ESPN

Streaming: Star

Youtube: canal do Galvão Bueno (GB)

Possíveis escalações:

Brasil: Ederson; Emerson Royal, Militão, Ibañez e Alex Telles; Casemiro e Andrey Santos; Rodrygo, Paquetá e Vinícius Jr.; Vitor Roque. Técnico: Ramon Menezes (interino).

Marrocos: Bounou; Hakimi, Aguerd (Yamiq), Saiss e Mazraoui (Allah); Ounahi, Amrabat e Sabiri; Ziyech, En-Nesyri e Boufal. Técnico: Walid Regragui.

O atacante do Palmeiras, Rony, joga como titular na seleção brasileira no amistoso contra o Marrocos, que acontece neste sábado (25), no Estádio Ibn Batouta. Durante os treinos, o técnico Ramon Menezes percebeu sua presença de campo, e na coletiva na última sexta-feira (24), teceu elogios ao jogador.

“O Rony é um cara sensacional, tem um carisma impressionante, ele diz muito o que é o povo brasileiro, a simplicidade, o trabalho. Ele está aqui por méritos, por tudo aquilo que ele fez nos últimos anos no Palmeiras, tudo o que ele produziu, a performance. É um jogador que pode nos ajudar muito.”, disse Ramon Menezes.

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O atacante deverá jogar na posição de Vitor Roque, que estava na escalação titular no início da semana. Dessa forma, o centro do ataque será coberto por Rodrygo. O técnico não confirmou a escalação na coletiva de véspera, mas já se especula que a formação poderá ser a seguinte: Ederson (Weverton), Emerson Royal, Éder Militão, Ibañez e Alex Telles; Casemiro, Andrey Santos e Lucas Paquetá; Rony, Vini Junior e Rodrygo.

Casemiro jogou com Vini Jr. no Real Madrid e são companheiros de seleção brasileira. Sempre junto do amigo, ele não admite ver o sofrimento enfrentado pela atacante com tantos atos racistas direcionados a ele na Espanha e pediu um basta. O capitão da seleção brasileira cobra uma posição firme de LaLiga e punições exemplares para que a discriminação e a intolerância sejam banidas definitivamente do futebol.

Nesta semana, a entidade que rege o futebol espanhol fez a oitava denúncia contra racismo a Vini Jr. Mas esses protocolos estão apenas servindo como uma satisfação e não algo concreto para clubes ou seus infratores, algo que Casemiro não admite.

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"Se tratando de racismo, independentemente de ser o Vinicius ou meu clube, isso mostra o caráter da pessoa, No século em que estamos, no mundo que vivemos, estamos sempre batendo nessa tecla e é uma ação muito grave", detonou. "Falamos, falamos e o pessoal continua fazendo. Tem de ter punição gravíssima, isso é educação, coisa que vem de berço, a essência da pessoa", afirmou.

O jogador mostrou-se inconformado com o que anda vendo também em outras ligas do planeta em questões discriminatórias e cobrou que as autoridades atuem de verdade. "A gente fica triste porque é pessoa próxima da gente. Peço como amigo e até mesmo como um jogador, que a liga (da Espanha), óbvio que isso acontece em vários lugares do mundo, mas que n a Espanha se tome uma atitude. Não é legal para o Vini, para a liga, para o futebol, mas infelizmente existem pessoas más no mundo e isso é o caráter de cada um."

Sobre a seleção, Casemiro falou de treinador, mostrou enorme respeito por Ramon Menezes e mandou um recado aos mais jovens de que todos têm de saber que agora estão na equipe principal, e devem representá-la da melhor maneira.

Questionado sobre Ancelotti, seu comandante no Real Madrid, Casemiro buscou ser honesto ao máximo com Ramon. "O que nós gostaríamos de ter na seleção é um treinador capacitado para trabalhar com grandes jogadores. Temos 30, 40, 50 de nível excepcional, conseguimos fazer três ou quatro seleções para competir com qualquer time do mundo. Tratando de Ancelotti, o conheço bem, é um amigo, um admirador que tenho, foi um prazer trabalhar com ele, mas existe o outro lado, ele tem o clube, o Real Madrid, e temos de respeitar", disse. "O Ancelotti já ganhou tudo na carreira, tem muita experiência e, sem dúvida, será bom se for ele, como é especulado, pois é um grande treinador."

Contudo, fez questão de não desprezar Ramon. "Temos o Ramon aqui também, mesmo não efetivo, está para o jogo e sabemos que na vida são oportunidades. Hoje não é o efetivo, mas se faz grande trabalho vira um dos nomes. O Ramon está aí", afirmou. "Quando vim para cá, cheguei respeitando-o e tratando como se ele fosse de Copa do Mundo. É o treinador hoje e tem de ter respeito."

Sobre as 10 companheiros novos de seleção, o capitão já tratou de explicar como funcionam as coisas no time principal. "São vários jovens, pela primeira vez, desfrutando... São jovens, mas independentemente do jogo, da dificuldade, com uma filosofia nova de cinco dias, ainda impossível de implantar, temos de saber o que significa a seleção brasileira. Amanhã não será sub-10, sub-18, é a seleção e a exigência para vencer é a mais grande possível, como sempre", disparou.

E foi além: "Claro que são jogadores que querem permanecer. Eles têm o desejo de se firmar, mas é muito fácil falar que o jovem tem vontade. Eu, como um dos mais experientes, tenho a mesma vontade, sempre é meu sonho, desejo estar na seleção na convocatória."

Amigo de Mbappé, companheiro do francês e de Neymar no Paris Saint-Germain e apontado como o melhor lateral-direito do mundo, Ashraf Hakimi estará no amistoso com o Brasil, dia 25 de março, em Tânger, apesar de enfrentar uma acusação de estupro em Paris. O jogador está na lista dos convocados da seleção de Marrocos divulgada nesta segunda-feira pelo técnico Walid Regragui.

Hakimi, de 24 anos, foi acusado de estupro por uma jovem da mesma idade no mês fevereiro, em sua casa em Boulogne-Billancourt, subúrbio de Paris. O jogador está proibido de entrar em contato com a moça, mas pode deixar a França e, portanto, vai enfrentar o Brasil, dia 25, em Tânger, e também o Peru, dia 28, em Madri.

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O treinador de Marrocos foi bastante questionado após divulgar a presença do lateral-direito da lista dos convocados ao amistoso e saiu em defesa de seu jogador, passando carinho a Hakimi e dizendo que não se pode fazer um prejulgamento.

"Falei com Ashraf. Costumo falar com ele como com todos os meus jogadores. Ele está tranquilo, isso é o mais importante", afirmou Regragui. "Estamos com ele. Existe a presunção de inocência. Até prova em contrário, nós e todos os marroquinos apoiamos Achraf. Nós o apoiamos. Ele tem que pensar no futebol primeiro e as pessoas cuidarão desses assuntos para ele", disse.

Na visão do treinador, entrar em campo servirá para Hakimi melhorar seu astrtal após as acusações. "Estamos de todo o coração com ele. Acho que vai fazer bem a ele voltar ao Marrocos, sentir o apoio. É uma pessoa forte dentro e fora do campo", avaliou Regragui.

Grande surpresa da Copa do Mundo, na qual terminou na quarta colocação deixando Espanha e Portugal pelo caminho até perder na semifinal da França e na disputa pelo terceiro posto para a Croácia, Marrocos voltará a campo pela primeira vez para provar que não foi por acaso seu bom desempenho no Catar. Fazer um bom papel diante de um renovado selecionado brasileiro é a meta na abertura do ano.

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