Prefeitos apontam abandono de Paulo Câmara aos municípios

Prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB) reclamou da falta de apoio do governador e listou a quantidade de obras que conseguiu fazer na cidade com recursos oriundos de emendas e dos ministérios

por Giselly Santos | sab, 27/01/2018 - 12:54
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A tese de mudança na administração do Estado é uníssona no discurso das lideranças que compõem a frente "Pernambuco quer mudar". Durante um ato que acontece em Petrolina, no Sertão, neste sábado (27), prefeitos questionaram a ‘ausência’ de ações do governo de Paulo Câmara (PSB) diante de municípios, como Caruaru e Petrolina, e o que chamaram de “perseguição” da gestão estadual.

Chefe do Executivo em Caruaru, no Agreste, Raquel Lyra (PSDB) disse que 2017 “foi um ano difícil” para as cidades. “O que predominou foi o sentimento de abandono… O que esperamos é a qualidade dos serviços em favor do nosso povo, pois essa ausência reflete na vida de cada um. Este projeto que está aí perdeu a grande alma que tinha de aproximação com o povo”, rechaçou a tucana.

Prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB) reclamou da falta de apoio do governador Paulo Câmara para as ações da cidade. “Se está ruim, tem jeito. É importante a gente poder falar das dificuldades que estamos passando”, disse. Apesar disso, entrando para o segundo ano da gestão, Miguel Coelho enumerou as obras que conseguiu fazer com recursos destinados para a cidade por parlamentares e ministros que participam do evento. 

“Mendonça, ontem [sexta-feira] dei ordem de serviço para a construção de uma creche que vai custar R$ 20 milhões, oriundos do Ministério da Educação; Armando [Monteiro], estávamos em palanques diferentes, mas você não deixou de destinar R$ 2 milhões para a cidade e vamos construir clubes de bairro para gerar lazer; Bruno, que saudade tenho de você como ministro, obrigada por ter liberado mais de R$ 3 milhões para a pavimentação”, detalhou o prefeito. 

Para Miguel Coelho, a frente “Pernambuco quer mudar” emitirá “o barulho e a mensagem que vai sair daqui ecoará lá no Palácio no Recife”. “Esse é o encontro que sonha em ver um governador que não deixe as prefeituras no alento, porque quem paga o preço mais caro é a população mais carente”, cravou. 

O bloco de oposicionista é liderado pelos senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB) e Armando Monteiro (PTB), ambos pré-candidatos a governador, além dos ministros Fernando Filho (Minas e Energia) e Mendonça Filho (Educação); o deputado federal Bruno Araújo (PSDB), e os ex-governadores João Lyra Neto (PSDB) e Joaquim Francisco (PSDB). 

Esta é a segunda reunião de grande porte reunindo a frente, que é composta por PTB, DEM, Podemos, PV, PRTB, PRB e PSDB, além de dissidentes do MDB. A primeira foi no Recife, para o lançamento do grupo que prega o desejo de desbancar a hegemonia do PSB à frente do Estado. 

O giro pelas regiões do estado acontece antes do anúncio da chapa que concorrerá ao pleito em outubro. A previsão é de que os nomes da majoritária sejam divulgados em abril, mas a composição da majoritária ainda é incerta. O próximo ato político do bloco está previsto para acontecer no dia 3 de março, em Caruaru.

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