Tópicos | 13 mortos

A queda de uma cabine de teleférico em Stresa, estação balnear do lago Maior en Piamonte (norte), na Itália, provocou neste domingo (23) a morte de 13 pessoas, segundo um balanço apresentado como definitivo pelos serviços de resgate.

"O saldo definitivo do trágico acidente é de 13 mortos e dois feridos graves, transportados por helicóptero a Turin", informaram os serviços de resgate. Os dois feridos graves são duas crianças de nove e cinco anos.

Segundo o jornal Il Corriere della Sera, há turistas alemães entre as vítimas. A informação não foi confirmada por uma fonte oficial. O primeiro-ministro Mario Draghi expressou em um comunicado sua "profunda dor".

O acidente ocorreu às 12h30 (07h30 no horário de Brasília) a 100 metros da última estação de altura do teleférico, segundo um comunicado do ministério de Infraestruturas. Pode ter acontecido pelo rompimento de um cabo, provocando a queda da cabine.

O ministro das Infraestruturas, Enrico Giovanni, anunciou a criação de uma comissão de investigação. "É um fato dramático que avaliamos com a maior atenção", disse.

O presidente da região piemontesa se declarou "devastado". "É uma tragédia enorme, que nos deixa sem fôlego", reagiu Alberto Cirio.

Imagens das autoridades mostram bombeiros e policiais em torno dos restos da cabine em uma área arborizada cujo declive íngreme dificulta o acesso.

O popular teleférico turístico conecta em 20 minutos a cidade de Stresa com o monte Mottarone, que culmina a quase 1.500 metros e oferece uma vista espetacular dos Alpes e do lago Maior.

Fechado entre 2014 e 2016

O teleférico esteve fechado entre 2014 e 2016 para trabalhos de manutenção. O Lago Maior, entre Suíça e Itália, é um dos destinos mais apreciados pelos turistas italianos e estrangeiros.

O presidente de Liguria, região vizinha de Piemonte, lamentou uma "tragédia absurda" ocorrida em um momento em que a Itália aproveita o desconfinamento, após meses de restrições sanitárias. "Um domingo de reabertura que deveria ser portador de esperanças", disse Giovanni Toti.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, expressou no Twitter, em uma mensagem em italiano, suas "mais sinceras condolências às famílias e aos amigos que perdiram entes queridos neste trágico acidente". Vários acidentes letais de teleféricos ou gôndolas ocorreram nos últimos 50 anos na Europa.

O ex-psiquiatra do Exército americano Nidal Hasan foi condenado à morte nesta quarta-feira pelo assassinato de 13 pessoas em 2009, na base militar de Fort Hood, no Texas, informou a presidente do júri, uma coronel cujo nome não foi divulgado.

Reunidos em uma Corte Marcial em Fort Hood, os 13 membros do júri militar tomaram a decisão de forma unânime, após quatro horas de deliberações. Na semana passada, Nidal Hasan havia sido considerado culpado das 45 acusações que pesavam contra ele.

"É meu dever, como presidente desse júri, informar que (...) a Corte Marcial em voto secreto da unanimidade de seus membros ditou a sentença, excluindo qualquer pagamento de benefícios, dando a baixa do serviço e condenando o acusado à morte", declarou a oficial.

Segundo a equipe de advogados que defendia o réu no início, Hasan busca deliberadamente ser condenado à morte. Ao longo do processo, o acusado abriu mão da defesa, recusou-se a convocar testemunhas, não respondeu às declarações de nenhuma das 89 testemunhas citada pela parte demandante, nem entregou elementos que pudessem estabelecer atenuantes. Hasan se limitou a declarar: "Sou o autor dos disparos".

Ele é o primeiro militar condenado à morte desde 2005, quando o ex-sargento Hasan Akbar foi sentenciado por ter matado dois soldados durante um ataque com granadas e disparos no Kuwait, em 2003. Uma apelação por problemas psiquiátricos continua em curso.

Se Nidal Hasan for executado, será a primeira execução de um militar nos últimos 52 anos, segundo o jornal "The New York Times". As execuções de soldados nos Estados Unidos são pouco frequentes e necessitam da aprovação do presidente.

O acusado é considerado um "lobo solitário" da rede Al-Qaeda. Ele admitiu, reiteradamente, que matou 12 militares e um civil, além de ter feridos dezenas de pessoas em Fort Hood, em 5 de novembro de 2009. Seu objetivo era impedir que soldados participassem das guerras do Afeganistão e do Iraque, as quais Hasan considera ilegais.

O promotor militar Steven Henricks disse que Hasan, que seria enviado para o Afeganistão, pensava em cumprir "seu dever de matar (em nome da) Jihad".

Depois da leitura da sentença, Hasan foi retirado rapidamente da sala do tribunal em Fort Hood e levado para a prisão local. Ele está detido há mais de três anos. Depois, Hasan será transferido para a seção militar de condenados à morte de Fort Leavenworth, no Kansas, onde ficará à espera da execução.

Sete familiares de vítimas fatais do tiroteio tentavam conter as lágrimas na sessão, após terem sido advertidos, várias vezes, que deviam evitar as declarações públicas em apoio ou contra a sentença.

A ex-sargento de polícia de Fort Hood Kimberly Munley, ferida no tiroteio com Hasan, manifestou imediatamente seu apoio à sentença, em sua conta no Twitter.

"Vai secar até desaparecer em sua cela, enquanto espera pela Corte de Apelações!", escreveu.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando