Tópicos | 18º Festival Internacional de Dança do Recife

Diante de um Teatro Santa Isabel lotado, o 18º Festival Internacional de Dança do Recife chegou ao fim nesta quinta-feira (31) com um espetáculo do grupo Ballet Stagium (SP), que apresentou a montagem Adoniran, baseada na obra e vida do poeta, cantor e compositor paulista. Finalizado o festival, nesta sexta-feira (1) terá avaliação do evento com entrada aberta ao público, no Teatro Barreto Júnior, às 19h.

Segundo Fred Salim, gerente de Dança da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), a ideia é analisar tudo o que aconteceu durante o festival e fazer os ajustes necessários. “Amanhã vamos reunir a classe da dos profissionais da dança e o público que foi ao evento para saber o que eles acharam e pegar opiniões sobre o formato que a gente propôs. O encontro vai servir de base para a montagem do cronograma das ações voltadas para a dança até o fim desta gestão, em 2016”, revelou Fred ao LeiaJá.

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Montado no ano do centenário de Adoniran, em 2010, o espetáculo que leva o nome do artista conta com 15 bailarinos no palco, além de dois técnicos, dois diretores e outros dois bailarinos que ficaram em casa. “Na verdade, a nossa proposta é entrar no universo do músico. O figurino, por exemplo, foi feito com referências ao palhaço, que é uma figura que tem tudo relacionado com a pessoa do Adoniran. Ele falava brincando, mas era de uma profundidade imensa”, disse Marika Gidali, fundadora e diretora do grupo Ballet Stagium, que existe desde 1971.

Para Leda Alves, secretária de Cultura do Recife, o festival teve um papel positivo para a área da dança. “Como uma das nossas missões é fomentar, difundir, e dar oportunidade às expressões culturais e artísticas da região, cada vez que a gente promove um festival como este nós estimulamos uma determinada linguagem, neste caso a dança, uma atividade muito forte no Brasil e nas camadas populares ainda mais”, ressaltou Leda.

Nesta quarta-feira (23) os moradores do Morro da Conceição participaram da abertura do 18º Festival Internacional de Dança do Recife, que pela primeira vez aconteceu fora de um teatro. Para a ocasião, que começou às 20h no palco armado dentro da comunidade, a Prefeitura do Recife reservou o espetáculo 3 Pontos, da companhia carioca Focus Cia de Dança. A entrada foi aberta ao público, que compareceu em peso ao local.

Segundo Romildo Moreira, gerente de Artes Cênicas da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), a escolha deste espetáculo para a abertura é o resultado de uma comissão de avaliação. “Pessoas notórias na área da dança local fizeram a escolha das peças a serem apresentadas. A Focus foi selecionada por ser um grupo que tem muito sucesso na dança nacional, mesmo sendo uma companhia relativamente nova”, disse Romildo ao Portal LeiaJá.

O espetáculo 3 pontos é formado pelas coreografias Pathways, Um a um e Strong strings, apresentadas respectivamente ao som de músicas de Johann Sebastian Bach, Stevie Reich e Nirvana. A primeira retrata a história da companhia até os dias de hoje. Já Um a um é composta por uma sequência de duos, marca forte do trabalho de Alex Neoral. Por fim, Strong strings leva ao público através de suas performances a correria do dia-a-dia.

“Nunca participei de nenhum festival, mas achei boa a apresentação deste grupo aqui no Morro da Conceição porque faz com que a gente conheça mais sobre a nossa cultura e valorize um festival como esse. Sem falar que um evento assim movimenta e desenvolve a economia da comunidade”, disse Gleyci Graziela, 27 anos, moradora do bairro.

O Morro da Conceição foi a comunidade escolhida para receber a abertura do evento, mas a programação também passa por outros dois pontos descentralizados, localizados no Ibura e na Estação Central do Metrô, além dos teatros de Santa Isabel, Barreto Júnior, Luiz Mendonça, Apolo e Hermilo Borba Filho. Ao todo, serão exibidos 27 espetáculos, entre nacionais, internacionais e pernambucanos. A programação completa está disponível no site do festival.

Silvio Barros, morador da Avenida Norte, de 46 anos, comemorou a realização do evento na região. “Ano passado vi uma atração que fazia parte do festival e se apresentou no Alto José Bonifácio. Acho que o Morro da Conceição precisa dessas coisas também. Muitas pessoas não sabem muito sobre teatro e aqui tem a oportunidade de aprender mais”, comentou. 

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