Tópicos | 481 anos

Recife e Olinda celebram, nesta segunda-feira (12), 481 e 482 anos de fundação, respectivamente. As cidades, consideradas irmãs, têm protagonismo na história política pernambucana. Cada uma, ao seu modo, já foi palco de revoluções, atos e mobilizações políticas que marcaram época. Fatos que reforçam ainda mais a responsabilidade dos gestores que administraram os dois municípios.

Prefeito da capital de 1979 a 1982, Gustavo Krause (DEM), ponderou que “ser gestor do Recife é uma responsabilidade aguda, pelo que o município representa”. “É carregar toda a responsabilidade histórica de séculos”, declarou, admitindo que mesmo tendo governado Pernambuco, gerir a cidade “foi uma das mais ricas experiências” que já teve na vida. “Na prefeitura é um governo com muita proximidade com a cidade, o bairro que você mora, as pessoas que você convive”, completou.

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De colônia portuguesa à considerada capital do Nordeste, Recife carrega um destaque político no país que ultrapassa os séculos. “A visibilidade do Recife é secular, é o abrigo da expulsão dos holandeses e está na vanguarda do processo histórico brasileiro. Acabamos de celebrar o bicentenário da Revolução de 1817. A cidade abriga enormes vocações culturais, basta você ir ao Alto José do Pinho ou à Bomba do Hemetério. O Recife tem o privilégio de ter uma música própria, quando se fala no frevo. Sempre foi destaque, inclusive, em matéria de gestão municipal, prefeitos que passaram pela cidade e fizeram grandes administrações”, considerou Krause. 

Com a Marim dos Caetés o cenário de luta política não é diferente desde, por exemplo, a primeira gestão do ex-prefeito Germano Coelho em 1977. Naquela ocasião, ainda com os governos do Estado e federal sob a batuta de militares, Germano se articulou visando “reconstruir Olinda do passado para construir Olinda do futuro”. Foi a partir deste plano de administração que a cidade foi transformada, em 1982, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 

“Não é fácil administrar uma cidade, e naquelas circunstâncias, mais difícil ainda. Mas tínhamos o plano de metas para cuidar do patrimônio. [...] Em vez de fugir, eu resolvi enfrentar os velhos e novos problemas de Olinda. Eu vinha já com a experiência do Movimento de Cultura Popular (MCP)... Não era somente um slogan de campanha eleitoral, mas um programa de governo pautado nessa ideia. Algo profundo. A gente precisava operar mudanças sérias”, descreve Germano, em trecho do livro “Olinda no coração, história afetiva da cidade-humanidade”, no qual ele conta detalhes das administrações de 1977 a 1980 e 1993 a 1996. 

A proposta do ex-prefeito emedebista teve sucesso e não à toa, Olinda conquistou espaço político e cultural no país e no mundo. “Olinda é uma das cidades mais importantes do país e está ligada aos fatos históricos mais importantes da formação do povo brasileiro. Olinda protagonizou a primeira manifestação em defesa da república da América Latina. É uma honra grande ser escolhido pela população para governar uma cidade como esta. O Brasil inteiro tem um carinho por Olinda, sempre encontrei as portas abertas nos lugares que cheguei, dos governos estadual e federal à ONU. Isso ajudou muito a viabilizar projeto para reestruturar a cidade e dar uma visibilidade maior, mais pujante”, declarou o ex-prefeito Renildo Calheiros (PCdoB). 

O comunista geriu a cidade vizinha à capital pernambucana por dois mandatos, de 2009 a 2017, e para ele “Olinda é mais que uma cidade é um estado de espírito”. “As pessoas quando batem aqui se apaixonam. A cidade tem uma energia e não é só no Carnaval, a energia vai descendo as ladeiras e contagiando quem a visita ou mora por aqui”, pontuou, frisando a “honra de ter sido escolhido” para administrar o município que hoje celebra 482 anos. 

PARA SEGUNDA (12) MANHÃ

Recife é uma cidade de contrastes, que sabe bem o que é viver as maravilhas e dissabores de uma grande metrópole que é. Seus moradores costumam ter relação intensa com a Manguetown, que nesta segunda (12) completa 481 anos. Você tem certeza que é um recifense de verdade? Confira esta lista e, como dizem os recifenses, ‘se garanta’.

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Diz que é do Recife, mas...

… não acredita que o Shopping Recife é o maior da América Latina, que a Caxangá é a maior avenida em linha reta do Brasil e que o mar é uma união dos rios Beberibe e Capibaribe.

Sim. O Recifense que se preza concorda que sua cidade tem as maiores construções, melhores lugares, mais bonitos e mais divertidos, também. Afinal de contas, a megalomania recifense é fator indispensável para ser um verdadeiro local.

… nunca foi assistir a um filme no Cinema São Luiz.

Talvez a mais tradicional sala de cinema da cidade, o São Luiz tem história e o recifense raiz tem suas memórias naquele lugar. Embora ultimamente esteja um pouco difícil frequentar o cinema, sempre fechado por problemas técnicos, o São Luiz nunca perde seu charme e, para melhorar, tem ingressos mais acessíveis do que as salas de projeção dos shoppings.

                                                     

… nunca desviou do florista do Recife Antigo.

“Rosa é amizade, vermelha é amor”. O verdadeiro recifense com certeza já fugiu do vendedor de flores artificiais mais famoso do Recife Antigo. Porém, não com facilidade, pois, com seu bordão inconfundível, o vendedor é insistente e tenta de tudo para garantir uma venda. Reza a lenda que até Fátima Bernardes já teve que driblar a figura.

… nunca passeou na Feirinha do Bom Jesus.

Tradicional passeio de domingo, no precinho que todo recifense gosta, ‘de grátis’. A Feirinha do Bom Jesus oferece todo tipo de artesanato e é uma ótima distração para quem está sem programa no fim de semana. Os turistas costumam adorar também.

… nunca brincou no Galo da Madrugada.

Gostando ou não de Carnaval, o verdadeiro recifense tem que ter pelo menos uma passagem pelo maior bloco de Carnaval do mundo, nem que seja para reclamar do calor e da multidão.

                                                      

… não fica bravo quando dizem que recifense fala ‘Récife’.

É motivo de discórdia, sem dúvida, quando alguém de fora afirma que o recifense chama sua cidade de ‘Récife’, com o ‘e’ aberto. O verdadeiro recifense vai jurar ser engano do forasteiro e garantir que, por essas bandas, ninguém fala desse jeito.

… nunca ficou de bobeira com os amigos no Marco Zero.

Boa localização, muito espaço e nada de pagar entrada. O Marco Zero é perfeito para aqueles momentos em que não há o que fazer mas, ainda assim, o recifense quer dar uma saidinha de casa. Dá pra andar de patins, skate, namorar, bater um papo com os amigos, ou o que mais vier a calhar no momento.

… nunca se atrasou por causa do trânsito da Agamenon Magalhães, da Rosa e Silva ou Rui Barbosa.

Todo recifense sabe bem quão caótico o trânsito na cidade pode ser. E aquele recifense raiz certamente já perdeu compromissos ou chegou gravemente atrasado por causa dos engarrafamentos nas maiores de suas avenidas.

… nunca cantou ‘Voltei, Recife’ depois de uma temporada fora da cidade.

Não importa se a viagem durou dois dias ou dois meses, ao retornar, o bom recifense vai dizer que ‘foi a saudade que me trouxe pelo braço’, como nos versos da canção imortalizada na voz de Alceu Valença.

… diz que vai pro ‘centro’ e não para a ‘cidade’.

No Recife, ir até o centro é, na verdade, ir para a ‘cidade’. O recifense que se preza sabe muito bem disso e nunca dá o recado enganado.

                                                                  

… nunca pegou um Bacurau no Cais de Santa Rita.

Nem todas as cidades brasileiras têm ônibus circulando por toda madrugada. O Recife não só tem esse serviço como ele tem um nome próprio, Bacurau. O ponto de partida de todos é o emblemático Cais de Santa Rita, no centro da cidade, que congrega de trabalhadores da noite a pessoas que estão saindo das baladas.

… não tem uma relação bipolar com a cidade.

O recifense verdadeiro não consegue decidir se ama ou odeia a sua cidade. Em um dia, ele pode dizer que mora no melhor lugar do mundo, o mais bonito e que tem as pessoas mais legais. No dia seguinte, certamente estará dizendo que a cidade é um caos, o tempo é doido - no meio do dia mais quente do ano cai uma chuva intensa sem aviso nenhum -, e que as pessoas são muito mal educadas. Uma relação sempre muito intensa.  

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Em comemoração aos 481 anos de Igarassu, a cidade irá celebrar a Festa dos Santos Cosme e Damião. O evento é realizado pela Prefeitura de Igarassu e pela Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes da cidade. A programação teve início nessa quinta-feira (22), com a participação de Pedrinho e Forró Pegação e Banda Brucelose, e seguirá até a terça-feira (27), no Sítio Histórico do Município, próximo a Câmara de Vereadores.

Entre as atrações que ainda passarão pelos palcos, estão escalados artistas como Joelma Calypso e Banda Musa, Léo Santana e Patusco, Nando Cordel, Anitta e outros mais. Durante os dias do evento, também estão programadas atividades religiosas, com celebração presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido, seguida dos shows. Considerado o primeiro núcleo de povoamento no Brasil, o Sítio Histórico de Igarassu é localizado no litoral norte da Região Metropolitana do Recife e possui um dos mais expressivos arcevos da arquitetura de cunho civil e religioso do país.

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Confira a programação completa:

Sexta (23)

Joelma Calypso

Banda Musa

Banda Azamigas da Farra

Sábado (24)

Léo Santana

Patusco

Grupo Mega Samba

Domingo (25)

Culto Ecumênico (16h)

Padre Joãozinho, da Canção Nova

Joanna

Nando Cordel

Segunda (26)

Anitta

Farra de Madame

Banda Takitá

Terça (27)

Márcia Fellipe

Magnatas do Forró

Banda Megalove

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