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 Uma pesquisa realizada pelas organizações Casa da Mulher do Nordeste e Visão Mundial, ao lado do Grupo Espaço Mulher, revelou que 67,6% dos moradores da comunidade de Passarinho, na Zona Norte do Recife, não têm acesso a atividades de lazer. Os dados do estudo embasaram uma reunião, realizada na Câmara dos Vereadores nesta quarta-feira (29), em que lideranças da comunidade voltaram a reivindicar políticas públicas de promoção ao esporte, lazer e segurança.

“A nossa comunidade falta muitas políticas públicas, e é por isso que estamos em luta desde 2015. Tudo que temos na comunidade é luta e fruto das moradoras e lideranças, e esse ano trazemos a segurança pública, o lazer e o esporte como central para a vida das mulheres e dos nossos jovens. Pedimos que os gestores olhem para a nossa comunidade”, disse Edclea Santos, liderança do Grupo Espaço Mulher.

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O estudo também indica que 50% dos entrevistados não praticam esportes em suas horas livres. Vale ressaltar ainda que a maior parte dos respondentes (83,3%) não está satisfeita com as condições dos espaços de sociabilidade da comunidade.

Dentre os demais aspectos avaliados, chama a atenção o baixo nível de escolaridade dos moradores, dos quais 47,2% não concluíram o ensino fundamental. “Nas entrevistas realizadas com o Espaço Mulher, as representantes ressaltaram como a carência educacional na comunidade, a falta de escolas que possam abrigar os/as moradores, tem sido um ponto constante de reivindicações e insatisfação coletiva”, diz trecho do levantamento.

Pandemia

Durante a pandemia de Covid-19, um grupo de 27,8% moradores declarou ter testado positivo para a doença ou ter apresentado sintomas. Desses, apenas 10,2% realizaram o exame e receberam o diagnóstico positivo, enquanto a porcentagem que obteve resultado negativo foi de 17,6%. A maior parte dos entrevistados (61,1%) disse que não foi infectada pelo novo coronavírus.

Ainda em relação ao período de crise sanitária, a porcentagem de 40,7% dos moradores da comunidade de Passarinho declarou ter recebido, de forma exclusiva em seu grupo residencial, o auxílio emergencial do governo federal. Por outro lado, 12% dos entrevistados tiveram o próprio benefício somado ao de outro morador de sua residência, enquanto 18,5% declararam que não tiveram seus lares, de forma geral, contemplados pela política pública. Outros 28,7% informaram que não contaram com o auxílio, embora alguém da mesma casa tenha recebido o recurso.

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