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A Airbus Defence and Space (Airbus DS) enviou uma nota de alerta aos clientes de seu avião de transporte militar A400M, solicitando controles no sistema de gestão eletrônica dos motores, após o acidente com uma de suas aeronaves no dia 9 de maio, que deixou quatro mortos em Sevilha (sul da Espanha).

Esta nota "pede que os operadores realizem controles específicos e regulares da ECU (Unidade de Controle Eletrônico) em todos os motores do avião antes do voo, e que realizem controles suplementares após uma eventual substituição do motor ou da ECU", indicou a Airbus DS em um comunicado.

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A Airbus, no entanto, não estabeleceu uma conexão entre este problema e o acidente com o A400M na Espanha, uma aeronave que realizava um voo de testes antes de ser entregue à Turquia em julho.

A nota emitida pelo grupo é resultado "das análises internas na Airbus DS e forma parte de suas atividades permanentes em matéria de navegabilidade, independentemente da investigação oficial em andamento", ressaltou a Airbus DS.

"Estas informações foram igualmente transmitidas de forma imediata às autoridades encarregadas da investigação" na Espanha, acrescentou a empresa.

As autoridades militares espanholas, concretamente a Comissão de Investigação técnica de Acidentes de Aeronaves Militares (CITAAM), devem apresentar suas conclusões ao juiz encarregado do dossiê.

Após o acidente, que deixou dois pilotos e dois engenheiros mortos, além de outros dois feridos em estado grave, Alemanha, Grã-Bretanha, Turquia e Malásia suspenderam os voos das aeronaves em serviço.

O ministro espanhol da Defesa, Pedro Morenés, anunciou nesta terça-feira que os aviões de transporte militar A400M que sairão da linha de montagem não serão autorizados a voar até que o acidente fatal de sábado no sul da Espanha seja esclarecido.

Um A400M que saía da rede de montagem da Airbus em Sevilha (sul) caiu no sábado, deixando quatro mortos e dois feridos em estado grave, durante um voo de testes antes de sua entrega à Turquia em julho.

Após este acidente, cujas causas são desconhecidas, Alemanha, Grã-Bretanha, Turquia e Malásia suspenderam os voos de aeronaves já em serviço. A França, que tem seis, mantém apenas os voos prioritários nas operações.

Morenés explicou que se trata de uma medida de precaução, em uma entrevista à rádio Onda Cero: "É evidente que, por razões de prudência e até que o resultado da investigação seja divulgado, não convém que os aviões que neste momento estão na fase de produção e prestes a fazer testes voem sem saber o que realmente aconteceu".

A Airbus considerou que "é muito cedo para conhecer o impacto que esta decisão terá sobre a rede de produção".

"Trabalhamos estreitamente com as autoridades militares e com nossos clientes para administrar esta situação", disse uma porta-voz.

O construtor aeronáutico disse que 20 aviões estão atualmente em diferentes estágios da rede de montagem.

Enquanto isso, um A400M planeja efetuar na tarde desta terça-feira um voo de testes entre Toulouse (França), quartel-general da companhia, e Sevilha.

Também está previsto que durante a tarde seja realizada na catedral de Sevilha uma cerimônia religiosa em memória dos quatro tripulantes mortos no sábado.

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