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O deputado federal Pastor Eurico (Patriota) se pronunciou sobre o cancelamento da peça “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”, no qual teria uma atriz trans no papel de Jesus, na Mostra de Teatro Alternativa do Festival de Inverno de Garanhuns de 2018. O parlamentar parabenizou o governador Paulo Câmara (PSB) por tirar a peça do festival, mas deixou um recado: “Olha só, Jesus não é rainha não. O nosso Jesus ele é rei, isso é uma aberração, isso é profanação e eu vim aqui para dizer para todo o Brasil que nós não concordamos com isso, nós não aceitamos”, declarou por meio de um vídeo. 

Eurico chegou a chamar a peça cancelada de “desgraçada, miserável e porcaria”. “O Brasil precisa reconhecer que os evangélicos e católicos respeitam e honram Jesus e não vamos admitir que um grupo minoritário venha manchar e profanar o nome de Jesus”, avisou. 

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O deputado também detonou o secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja, que assinou um a nota no qual, entre outros pontos, ressaltou que o FIG foi criado para unir e divulgar as expressões culturais e não para dividir e estimular a cultura do ódio e preconceito. “Agora, pasmem os senhores, o secretário faz a nota e assina afrontando a nós evangélicos, aos cristãos. Quando a gente reage em cima dessa aberração, então o ódio é nosso. O preconceito é nosso, senhor secretário, respeite os evangélicos, respeite os católicos, respeite a nossa dignidade, respeite o nosso Jesus, nós não aceitamos as suas palavras”.

Eurico ainda falou sobre outro ponto da nota onde é destacado que o Governo de Pernambuco repudia todas as tentativas de exploração eleitoreira. “Por favor, eleitoreira? O senhor acha que to querendo tirar proveito eleitoral em cima disso? É não, seu secretário, eu estou fazendo isso porque aqueles que votarão em mim estão cobrando a dignidade e respeito dos evangélicos, o senhor busque respeitar para ser respeitado. O que o senhor defende é problema seu, se o seu senhor Jesus é homossexual, se o senhor defende essa porcaria, nós evangélicos não defendemos não, precisamos de respeito senhor secretario Marcelino Granja. Respeite os evangélicos. Busque respeitar para ser respeitado”, detonou.

 

 

 

 

Neste sábado (18), a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) concedeu entrevista ao LeiaJá. Os assuntos abordados foram diversos com ênfase nas críticas ao presidente da República, Michel Temer (PMDB), e reformas propostas por ele. “A agenda de reformas atende ao retrocesso, nos termos que estão propondo. É de uma radicalidade do ponto de vista de retirada de direitos excluindo milhões de brasileiros como, por exemplo, a reforma da Previdência”, lamentou. 

A parlamentar falou sobre os pontos negativos, caso a reforma seja aprovada. “Você acaba com a aposentadoria por contribuição. Só terá aposentadoria por idade e ainda tem que ter o tempo de contribuição. Se hoje já se exclui com 15 anos de contribuição imagina com 25? Além disso, nivelar homem e mulher, que devem ter a mesma idade para se aposentar [a reforma propõe a idade mínima de 65 anos] é uma aberração. No mundo, em nenhum país, se vê uma situação desse tipo. As mulheres têm as suas especifidades. É uma situação muito desigual. Nós temos dupla e até tripla jornadas e condições desiguais de trabalho. Às vezes, em um mesmo tipo de trabalho, a mulher recebe menos. Essa reforma vai na contramão. Além disso, será preciso uma contribuição de 49 anos para se aposentar com cerca de 80% da média do seu salário ao longo de sua vida, ou seja, dificilmente alguém vai conseguir se aposentar aos 65 anos. É cruel”. 

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Também explicou que o sistema da Previdência, implantado na época do ex-presidente Getúlio Vargas, em 1930, tinha a perspectiva de garantir um mínimo do enfretamento da pobreza de modo a fazer uma justa distribuição de renda. “Se dizia, lá atrás, que a reforma da Previdência foi o maior programa para distribuição de renda da história do Brasil, depois o Bolsa-Família”, ressaltou. 

Luciana Santos criticou a reforma trabalhista afirmando que a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho - surgiu para proteger a relação “desigual” entre empregado e empregador. “Todas essas reformas estão na agenda do Congresso, mas no pacote geral das iniciativas do governo é ainda mais grave. É um verdadeiro desmonte do estado brasileiro. Não é a toa que teve gigantescas manifestações e acho que elas tendem a crescer. Hoje, cerca de 40% da própria base do governo apresentaram emendas para alterar o texto original para reduzir os danos, o que vai levar a grandes mobilizações”, avisou.

O recorrente “golpe” também foi destacado pela deputada pontuando que o afastamento de Dilma Rousseff da presidência não teve a ver com corrupção e nem com crime de responsabilidade, mas sim um “pretexto” para barrar a continuidade de um projeto nacional popular no país. “É tanto que, após tudo o que ocorreu, estamos vendo mais escândalos, mais corrupção e mais instabilidade política e o pior de tudo: uma agenda de retrocessos. Nós já sabíamos a motivação que levou ao afastamento dela”. 

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