Tópicos | ações cíveis

O Escritório de Assistência Jurídica (EAJ) da Universidade Guarulhos (UNG) recebe inscrições para atendimentos, gratuitos, voltados para a esfera cível (divórcio, pensão alimentícia, sucessões, possessórias, despejo, juizado especial, solicitações de medicamentos de alto custo, creches e usucapiões). Os atendimentos acontecem de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h, e os agendamentos são efetuados na última semana de cada mês.

O serviço é prestado para pessoas com renda de até três salários mínimos e que as ações sejam de competência da Comarca de Guarulhos. O escritório é o único que atua na prestação de assistência jurídica aos munícipes gratuitamente e milhares de casos já foram resolvidos.

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Todo atendimento é realizado pelos alunos do 7º ao 10º semestre do curso de Direito da UNG, com acompanhamento de advogados devidamente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e com experiência comprovada. "Por meio da prestação de serviço, os estudantes aprendem na prática a lidar com situações socioeconômicas extremas e a Universidade, por meio do Escritório de Assistência Jurídica, traz, com facilidade ao interessado, o acesso à justiça, desde que comprove a necessidade financeira", aponta a coordenadora do curso de Direito da UNG, Luciana Aparecida Guimarães.

 

Serviço

Escritório de Assistência Jurídica

Onde: Rua Soldado Claudovino Madalena dos Santos, 48, Guarulhos - SP

Telefone: (11) 3828-2131 / (11) 3828-1831

Atendimento gratuito

 

*da Assessoria de Comunicação

Com rito distinto do das ações penais, os processos por improbidade administrativa propostos pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba caminham a passos lentos na esfera civil da Justiça. Desde o início da operação, em março de 2014, foram abertas oito ações de improbidade para cobrar de políticos, empresas e agentes públicos o ressarcimento de R$ 14,5 bilhões aos cofres da Petrobras. Nenhuma delas foi julgada até agora. São números bem diferentes dos que envolvem os processos criminais, que correm todos na 13.ª Vara Federal, comandada pelo juiz Sérgio Moro: de pelo menos 85 ações penais abertas, 42 já foram julgadas.

As primeiras ações cíveis relacionadas à Lava Jato foram propostas em fevereiro de 2015, tendo como alvo as empreiteiras Mendes Junior, Engevix, Galvão Engenharia, OAS e Camargo Corrêa.

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Diferentemente das penais, as ações por improbidade não estão concentradas só com um juiz, mas espalhadas em cinco varas federais no Paraná. Além disso, os casos cíveis têm uma fase que antecede o processo formal: é necessário dar aos acusados o direito de defesa prévia e de um primeiro "julgamento" da Justiça sobre a validade da acusação. Só após essa fase é que se abre, efetivamente, o processo - com pedidos de depoimentos e anexação de documentos.

PP

Aberto há um ano e três meses, o processo que cobra R$ 2,3 bilhões do PP e de dez políticos do partido por enriquecimento ilícito e danos aos cofres públicos no esquema de corrupção na Petrobras sequer iniciou a chamada fase de instrução probatória (de depoimentos de testemunhas e apresentação de provas). O partido é acusado de desviar recursos através da manipulação de contratos fechados pela Diretoria de Abastecimento da empresa ( área controlada pelo partido). Entre os parlamentares citados na ação está Nelson Meurer (PR), que no mês passado se tornou o primeiro condenado da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

Última das oito ações de improbidade movidas pelo Ministério Público Federal em Curitiba, o processo contra o PP foi o primeiro a buscar a responsabilização de um partido, como pessoa jurídica, pelos desvios na Petrobras. A ação, que tramita na esfera cível na 1.ª Vara Federal da cidade, pede ainda a cassação das aposentadorias dos parlamentares.

A fase inicial do processo contra o PP começou em abril de 2017, quando a Justiça determinou que os acusados fossem intimados e decretou a indisponibilidade dos seus bens. O bloqueio foi inferior ao valor pedido do MPF. O juiz, na ocasião, entendeu que eles não poderiam ser responsabilizados solidariamente pelo valor total dos desvios. Foi negado também pedido de cassação das aposentadorias dos deputados.

Dois meses depois, o desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), mudou a decisão e aceitou o pedido do MPF. Essa fase inicial foi concluída no mês passado e o processo, agora, aguarda uma decisão da juíza Thais Sampaio da Silva Machado.

Demora

A demora no processo também costuma ter relação com as dificuldades para se notificar os acusados. Houve casos em que um ex-parlamentar do PP foi procurado cinco vezes, antes de ser encontrado pelo oficial de Justiça. Sem a defesa prévia e esse julgamento inicial da Justiça, sobre o prosseguimento efetivo da ação, o processo não pode seguir.

Segundo a Lei de Improbidade Administrativa (de 1992), o magistrado pode agora rejeitar o prosseguimento do processo, se estiver convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.

"Justamente pelo grande impacto que representa e pelas consequências causadas àqueles que respondem em juízo por ato de improbidade, a fase de recebimento da petição inicial foi substancialmente recrudescida pela legislação", explicam os professores de Direito da USP Gustavo Justino de Oliveira e Gustavo Henrique Carvalho Schiefler.

Segundo eles, a lei surgiu como forma de "abrandar a generalizada sensação de impunidade reinante" à época do processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Desde 2012, as ações deste tipo passaram a ter prioridade no Judiciário, por iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O PP, por meio do advogado Herman Barbosa, sustenta que a Justiça Federal é incompetente para processar e julgar a ação, que, afirma, deveria ser julgada na Justiça Estadual do Rio de Janeiro, onde está a sede da Petrobras. Segundo ele, "falta conexão lógica entre os fatos narrados e a conclusão de que o Partido Progressista teria se beneficiado ilicitamente".

"Não há sequer um elemento concreto que indique, efetivamente, alguma forma de enriquecimento ilícito do partido, prejuízo ao erário ou ofensa a princípios da administração pública", diz ele. Os demais citados negam envolvimento em atos de improbidade e pedem a rejeição da ação pela Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Face menos visível da Operação Lava Jato, as ações cíveis propostas pela Procuradoria da República no Paraná e pela Advocacia-Geral da União (AGU) cobram de empreiteiras, pessoas físicas e até de um partido político indenizações que somam quase R$ 70 bilhões. O valor inclui o ressarcimento de R$ 19,6 bilhões em prejuízos causados à Petrobras pelo esquema de corrupção e cartel revelado pelas investigações, e o restante se refere a multas por danos morais e cíveis.

O Ministério Público Federal em Curitiba e a AGU já entraram com 13 ações na Justiça Federal no Paraná. Os primeiros procedimentos contra um grupo de cinco empreiteiras (Mendes Junior, Engevix, Galvão Engenharia, OAS e Camargo Corrêa) foram apresentados há dois anos pela força-tarefa da operação. As ações da AGU são mais recentes.

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Até o momento, contudo, nenhum dos processados foi alvo de sentença e parte das empresas acusadas já firmou acordo de leniência, o que deve transformar uma eventual condenação em meramente declaratória. Os acordos firmados pela Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Setal, por exemplo, já preveem o pagamento de R$ 9,7 bilhões a título de ressarcimento aos cofres públicos. A maior parte do valor é da Odebrecht (R$ 8,5 bilhões) que negociou benefícios não só com autoridades brasileiras mas também com Suíça e EUA.

Nas ações na esfera cível o Ministério Público Federal e a AGU pedem a condenação das empreiteiras e o ressarcimento, aos cofres públicos, dos prejuízos ao erário - além de proibição das empresas de contratar com o poder público - e multas que equivalem a até três vezes o prejuízo identificado.

Após a Lava Jato completar três anos, a força-tarefa ajuizou em Curitiba a primeira ação de improbidade contra um partido político, o PP, apresentada no dia 22 do mês passado - a ação cobra R$ 2,3 bilhões da legenda e de dez deputados e ex-deputados filiados.

O ritmo das ações na área cível destoa do imposto nas ações penais conduzidas pelo juiz Sérgio Moro, que, desde 2014, já levaram à condenação de 90 pessoas, incluindo a mais recente do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), sentenciado a 15 anos de prisão.

Para o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, as ações cíveis têm maior complexidade e demoram mais para ser elaboradas do que as acusações criminais. "O cível é mais demorado por natureza, porque no penal há réus presos", disse Lima.

Além do PP, a força-tarefa da Lava Jato prepara novas ações contra PT e PMDB.

Diferentemente das ações penais, contudo, as ações de improbidade da Lava Jato não estão concentradas só com um juiz, mas espalhadas em quatro varas federais no Paraná.

Ações

As primeiras ações cíveis relacionadas à Lava Jato tiveram como alvo as empreiteiras Mendes Junior, Engevix, Galvão Engenharia, OAS e Camargo Corrêa. Destas cinco, apenas a Camargo Corrêa não está em recuperação judicial.

A procuradoria, no entanto, já sofreu revés em duas delas. A ação contra a Mendes Junior foi suspensa no dia 20 do mês passado. Já a que tem com alvo a Galvão Engenharia e seus executivos, o juiz Friedmann Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal em Curitiba, decidiu em janeiro excluir a holding Galvão Participações, que controla a empreiteira, e extinguir a parte do processo contra a construtora por dano moral, o que, na prática, reduz o valor da indenização em caso de condenação.

Na ocasião, ele entendeu que o pagamento de propina a agentes públicos da Petrobras pode não representar dano aos cofres públicos. O MPF recorreu.

Acordos

Além da demora nos processos, no caso da Camargo Corrêa, que já fechou um acordo de leniência, a expectativa é de que, em caso de condenação, a punição deverá ser somente declaratória, já que as penas a serem cumpridas pela companhia foram definidas na negociação e o próprio MPF solicitou a retirada dos pedidos de condenação. Cabe ao juiz do caso, porém, decidir se atende à solicitação. O mesmo deve ocorrer com a Odebrecht.

Com exceção da ação contra a Engevix, que apresentou suas alegações finais na semana passada, os processos de improbidade da Lava Jato seguem, em sua maioria, nas etapas iniciais. Advogados reclamam que a demora para se ter uma definição prejudica as companhias. "A pendência não ajuda as empresas", afirmou o advogado Lucas Cherem, que representa a Galvão Engenharia.

O advogado Edgar Guimarães, da Engevix, disse que, com a demora, três diretores da empreiteira que foram absolvidos na ação penal da Lava Jato ainda sofrem com mais este processo. "Por certo que isso tem prejudicado a vida dessas pessoas, tornando extremamente difícil o exercício de qualquer atividade profissional."

O advogado Igor Tamasaukas, que defende o ex-presidente da Camargo Dalton Avancini, disse que, no caso da ação contra a empreiteira, o objetivo da ação civil acabou sendo "cumprido" após a leniência, já que os acordos definem as penas e obrigações da empresa.

A defesa da OAS não quis se manifestar sobre o processo. A defesa da Mendes Junior não respondeu aos contatos da reportagem, da mesma forma que a Odebrecht. A assessoria da Camargo informou que o Ministério Público Federal retirou o pedido de condenação nas ações, e que as duas ações movidas pela AGU são baseadas nos mesmos fatos da movida pelo MPF, e, por isso, também devem ser extintas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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