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Brasília – A Justiça do Trabalho agora é o palco da discussão entre empresas e trabalhadores do setor aéreo, que ameaçam fazer uma greve geral no dia 22 de dezembro por aumento de salário. O Tribunal Superior do Trabalho mediará, na próxima segunda-feira (19), às 13h30 (horário de Brasília), a primeira audiência de conciliação e instrução do dissídio coletivo instalado pelos aeroviários e aeronautas contra o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).

Os trabalhadores alegam que as empresas estão sendo intransigentes nas negociações salariais. A categoria pede reajuste de 13%, mas as companhias aéreas oferecem 3%. No documento enviado ao TST, os sindicatos que representam as duas categorias anexaram um estudo que mostra que, nos últimos cinco anos, o setor aéreo cresceu, em média, 15,37% ao ano. Já os trabalhadores, segundo o estudo, receberam aumento real de 7,79% no período.

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A legislação determina que sejam feitas audiências de conciliação antes do julgamento de dissídios coletivos. Caso haja acordo, o processo é encerrado. Se não houver entendimento, o dissídio vai a julgamento na Sessão de Dissídios Coletivos do TST, formada por nove ministros.

Acabou hoje sem consenso mais uma reunião entre representantes dos aeronautas e dos aeroviários e os negociadores das companhias aéreas para discutir o reajuste das duas categorias. As empresas aceitaram aumentar os pisos com base na variação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) entre dezembro de 2010 e novembro deste ano, mas continuam oferecendo um reajuste de 3% para todos os trabalhadores. As categorias pedem 13%.

"A reunião foi frustrante porque as empresas aéreas mantiveram a mesma proposta (de reajuste) e fizeram um movimento muito tímido nos pisos", disse Celso Klafke, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo ele, a partir de amanhã, os sindicatos convocarão assembleias, nas quais será discutida a possibilidade de redução do porcentual pedido às empresas.

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"A ideia é levar para as assembleias a proposta de diminuir. Ainda estamos nessa discussão", afirmou Klafke. A próxima reunião entre sindicalistas e os representantes das companhias aéreas está agendada para o dia 30 de novembro. A data-base das categorias é 1º de dezembro.

As negociações de hoje na sede do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) foram realizadas sem a presença de sindicatos dos trabalhadores filiados à Força Sindical, depois de um racha ocorrido ontem. Os representantes dos sindicatos dissidentes se reuniram com integrantes do Snea em um encontro à parte.

As entidades sindicais que representam aeronautas e aeroviários deram início às 11h15 de hoje a um protesto no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O ato reuniu cerca de 250 profissionais do setor, segundo os sindicatos. As categorias reivindicam reajuste salarial superior à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que no acumulado até outubro tem variação de 4,94%.

Em negociação, as empresas do setor fizeram uma proposta de reajuste de 3% para os salários e de 5% para os pisos salariais, números rejeitados por aeronautas e aeroviários. As duas categorias reivindicam elevação de 13% nos salários e de 20% nos pisos salariais.

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Os manifestantes realizaram o ato, planejado para durar duas horas, nos terminais de embarque das companhias aéreas e nos terminais de check-in. A expectativa era de que a manifestação não interrompesse o fluxo de passageiros no aeroporto paulista.

Os sindicalistas ameaçam entrar em greve a partir de dezembro caso as negociações não avancem nas próximas semanas.

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