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Nesta segunda-feira (13), é comemorado o Dia Internacional da Conscientização sobre o Albinismo. É comum que não venha nenhuma obra à mente de imediato, mas provavelmente que é cinéfilo já teve contato com filmes que apresentam um personagem albino ou com características albinas. E quase sempre há uma representação negativa desta condição genética. Muitas dessas produções cinematográficas seguem o estereótipo do “albino bias”, que se distancia do que é o albinismo na realidade.  

Segundo a Organização Nacional de Albinismo e Hipopigmentação dos Estados Unidos (NOAH), albinismo é uma condição genética hereditária que reduz a quantidade de melanina na pele, cabelo e olhos. A melanina é uma proteína que confere pigmentação ao corpo e protege a pele contra os raios solares ultravioleta. Por esse motivo, os portadores de albinismo possuem peles e cabelos muito claros e mais suscetíveis aos danos solares.  

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O estereótipo e mito sobre o albinismo está presente na cultura popular. “Albino Bias” é um termo utilizado para designar a representação negativa e não realística de pessoas com albinismo que remetem à pouca pigmentação em filmes, séries, quadrinhos e outros. Os personagens com essa condição são tratados como vilões em geral.

A NOAH se posicionou contra a tendência de Hollywood em representar seus personagens com albinismo como vilões. A estreia de “O código da Vinci” - trazendo o vilão Silas – em 2006 foi vista com maus olhos pela organização, visto que em 2004 e 2005 haviam sido os primeiros anos que não apresentaram vilões com essas características em décadas.  

O estereótipo reforçado em filmes 

A Última Esperança da Terra (The Omega Man, 1971) foi o segundo filme baseado no livro ‘Eu sou a lenda”, de Richard Matheson. Além de ser considerado por críticos um filme de qualidade ruim e enredo fraco, é preconceituoso. Esse, provavelmente, foi o primeiro filme a introduzir o “Albino Bias” ao cinema.

 Powder (1995) não atribui características negativas ao personagem portador de albinismo nem o retrata como vilão. Nesse caso, ele é o protagonista e o mocinho do longa. O estereótipo, porém, está na forma como ele é tratado pelas outras pessoas. Além disso, existe poucos filmes que colocam um personagem portador de albinismo como protagonista. Ao invés de tratar o personagem de forma fiel e realista, o filme atribui o misticismo sobre a doença.

As Crônicas de Nárnia (2005) se refere não apenas à má representação dos personagens declaradamente portadores de albinismo, mas também de características que remetem a essa condição de pele. Esse caso é o primeiro filme – As Crônicas de Nárnia: o leão, a feiticeira e o guarda-roupa. A feiticeira branca é um exemplo de uma vilã com essas características.  

Por Camily Maciel 

Em alguns países da África os albinos são estigmatizados e perseguidos, mas na sexta-feira no Quênia inúmeros jovens com esta condição genética foram o centro das atenções na escolha dos primeiros "Miss e Mister Albinismo Quênia".

O primeiro concurso deste tipo, segundo os organizadores, tinha como objetivo mostrar "que há albinos belos e que se sentem bem consigo mesmo", explicou Isaac Mwaura, o primeiro deputado albino queniano e organizador do evento.

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O albinismo é uma condição genética que se caracteriza pela ausência de pigmento na pele, cabelo e olhos.

"Na África, as pessoas têm a pele negra. Quando uma mulher dá à luz a um albino dizem que é uma maldição", contou Nancy Njeri Kariuki, uma jovem de 24 anos que viajou da região central do Quênia para participar do concurso.

"Até as crianças da mesma idade têm medo", acrescentou a jovem que desfilou com uma peruca castanha diante do vice-presidente do país, William Ruto.

Os participantes desfilaram com vestimentas semelhantes às usadas em seus trabalhos: de pescador a soldado, passando por uma jogadora de rúgbi, para demonstrar que também podem ser parte da população ativa do país.

Segundo Isaac Mwaura, os albinos têm muita dificuldade de encontrar emprego.

Michael Ogochi, um participante de 21 anos, explicou que o concurso o ajudou a ter mais confiança em si mesmo.

"Crescer foi difícil para mim (...) ninguém queria estar comigo. Você tem que trabalhar a sua autoestima e ser resistente", disse.

Em vários países do sul e do leste da África, como Tanzânia, Malauí, Burundi ou Moçambique, os albinos são vítimas de diversos ataques. Alguns são perseguidos e têm seus membros amputados para rituais de feitiçaria.

Esse tipo de ataque, entretanto, não é comum no Quênia.

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A Fundação Conrado Wessel (FCW) divulgou, na última segunda-feira (2), os três vencedores do 10ª Edição do Prêmio FCW de Arte - Fotografia. O primeiro lugar ficou com o fotógrafo mineiro Gustavo Rodrigues de Lacerda, pela série “Albinos”. O segundo colocado foi Lúcio Santos Adeodato, de São Paulo, com “Negros Paroxismos”, e em terceiro ficou o baiano Cássio Campos Vasconcellos, com “Panoramas”.

O primeiro lugar irá receber R$ 114,3 mil, e o segundo e terceiro, R$ 42,8 mil. Seguindo o tema “Brasil contemporâneo”, os vencedores concorreram com outros 455 trabalhos (publicados e inéditos).

A comissão julgadora foi composta por nomes de relevância da fotografia brasileira, como Rubens Fernandes Jr (Coordenador do Prêmio FCW de Arte e diretor da Faculdade de Comunicação e Marketing da FAAP), Eugênio Sávio Lessa Baptista (professor da PUC-MG), Juan Esteves (crítico e articulista), Joaquim Marçal Ferreira de Andrade (professor da PUC-RJ), Ricardo de Leone Chaves (fotógrafo), Ronaldo Entler (fotógrafo e coordenador da pós-graduação da Faculdade de Comunicação da FAAP), Silas José de Paula (fotógrafo e professor da Universidade Federal do Ceará), e o fotógrafo pernambucano Alexandre Belém.

Além dos vencedores, os outros 12 melhores ensaios irão compor a edição especial de um livro em comemoração aos 10 anos do Prêmio FCW de Arte. A cerimônia de premiação ocorrerá em 25 de junho, na Sala São Paulo.

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