Tópicos | amigo da Odebrecht

O “amigo” ou “amigo de EO” que aparece em e-mails e planilhas do grupo Odebrecht é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação, de acordo com a colunista do jornal "O Estado de S.Paulo", Vera Magalhães, foi confirmada pelo empresário e herdeiro da construtora, Marcelo Odebrecht, em depoimentos da delação premiada que segue em segredo de justiça. 

De acordo com a colunista, nas oitivas, Odebrecht teria descrito a amizade entre o pai, Emílio, e o ex-presidente como “um estorvo”. Segundo ele, apesar da empresa ter crescido exponencialmente durante as gestões do PT, o pai cedia demais aos pedidos de Lula e foi obrigado a fazer “investimentos desvantajosos”. 

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O codinome também foi atribuído a Lula pelo ex-diretor do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas. O setor era considerado o “departamento de propina”. A Polícia Federal (PF) já tinha mencionado a ligação com o petista durante a 35ª fase da operação Lava-Jato. Segundo a PF, foram repassados R$ 8 milhões para “amigo”.

Em nota, o ex-presidente disse que “jamais solicitou qualquer recurso indevido para a Odebrecht ou qualquer outra empresa” e “jamais teve o apelido de ‘amigo’. Se alguém eventualmente a ele se referiu dessa forma isso ocorreu sem o seu conhecimento e consentimento”. No texto, o petista ainda diz que “se delação premiada não é prova, o vazamento seletivo de suposta delação não tem qualquer valor jurídico e não pode dar base a qualquer ilação". 

A delação de Marcelo Odebrecht foi homologada junto com mais 76 depoimentos de empresários do grupo e seguem em segredo da justiça. Os procuradores que acompanharam a colaboração de Marcelo consideram as revelações dele como “arrasadoras” para o líder-mor petista e nomes como os de Antonio Palocci e Guido Mantega. 

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