A hashtag '#SomosTodosNãoVacinados' amanheceu nos Trend Topics do Twitter neste sábado (11). O tópico já estava trendando há mais de 15 horas, tendo sido iniciado na noite de ontem (10). No entanto, a mensagem negacionista de interesse dos perfis, majoritariamente, de direita, logo virou alvo de piadas na rede social e perfis favoráveis à vacinação tomaram a tag, uma prática conhecida como "cleansing" (limpeza, do inglês), cujo objetivo é limpar a barra de pesquisa do conteúdo antivax.
Foram cerca de 10 mil tuítes nas últimas horas. Apesar da mensagem ir contra a política de uso da rede social, especialmente dentro do protocolo sobre a Covid-19, a hashtag não foi barrada pelo Twitter. Veja alguns dos memes mais reproduzidos do tópico:
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Vacinas contra a Covid-19
As vacinas atualmente aprovadas para uso contra a Covid-19 são eficazes e o principal meio de combate ao vírus. Ao redor do mundo, foi através desses imunizantes que as taxas de morte puderam ser reduzidas ou até mesmo controladas. Todas as vacinas têm certificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e apresentam 100% de eficácia em casos leves. Em casos graves, onde há complicações respiratórias (SRAG), os índices de eficácia giram em torno dos 90% e são considerados muito satisfatórios por especialistas. Saiba quais imunizantes são utilizados até agora:
- Pfizer e BioNTech (Comirnaty, BNT162): a vacina apresentou 95% de eficácia contra infecção e 100% contra casos graves da doença;
- Moderna (mRNA-1273): a vacina apresentou 94,1% de eficácia contra infecção e 95% contra casos graves da doença;
- Instituto de Pesquisa Gamaleya (Sputnik V): a vacina russa apresentou 91,6% de eficácia contra a COVID-19;
- AstraZeneca e Universidade de Oxford (AZD1222): a vacina demonstrou eficácia de 70,4% contra a infecção e 100% contra casos graves da infecção;
- Sinovac (Coronavac): demonstrou uma taxa de eficácia de 78% para casos leves e de 100% para infecções moderadas e graves;
- Johnson & Johnson (JNJ-78436735): apresentou taxa de eficácia de 66 a 85%, sendo que essa taxa variou de acordo com o país onde foi aplicada. Apresenta ainda 100% de eficácia contra casos graves de COVID-19.
Outras vacinas como a NVX-CoV2373, da Novavax, a Ad5-nCoV, da CanSino ou a Covaxin, da Bharat Biotech, também estão sendo utilizadas, especialmente na China e na Índia.
Ômicron
Na última terça-feira (7), a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que as vacinas são eficazes contra a nova variante Ômicron do coronavírus, detectada na Europa e na África do Sul, ao proteger os infectados que desenvolvem doença grave.
"Não há razão para duvidar" de que as vacinas atuais protegem os doentes infectados com Ômicron contra formas graves de covid-19, afirmou o responsável pela resposta de emergência em saúde pública da OMS, Michael Ryan, em entrevista.
"Temos vacinas muito eficazes que se mostram potentes contra todas as variantes até agora, em termos de gravidade da doença e hospitalização, e não há razão para acreditar que não seja o caso" com a Ômicron, disse Ryan, acrescentando que estão no início estudos da variante, detectada apenas em 24 de novembro e que já foi registrada em cerca de 40 países.