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Thalia afirmou que não consegue mais assistir suas novelas clássicas: as três Marias dos anos noventa: Marimar, Maria do Bairro e Maria Mercedes.

No programa de rádio Omar y Argelia, ela disse:

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Eu sempre troco de canal. Me dá angustia relembrar. Foi uma época de muito trabalho, então isso soa a mim como uma volta da pressão. Não poderia ter sido melhor, pelo contrário. Me entreguei totalmente, assim como faço em tudo que faço, mas foram muitas horas. Passávamos frio para gravar, tomávamos chuva e nos maquiávamos várias vezes seguidas para entrar em cena. Essa angústia não se vê.

Seja a dor de uma traição, um amor não correspondido ou a saudade de quem se ama, o sofrimento pode ser prolongado ao ler um texto, sentir um cheiro específico e ao ouvir uma canção. O brega romântico 'raiz', nas vozes de figuras como Reginaldo Rossi, Fernando Mendes, José Augusto e Diana, marcou época e até os dias de hoje alimenta a sensação nostálgica de relembrar o amado (a) e os momentos bons e ruins que passaram juntos.

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Depois dos bregas que fizeram sucesso nos anos 2000, o LeiaJá preparou uma lista com 17 canções inesquecíveis do 'brega raiz' para ouvir após ter o coração partido. Confira:

1. Carlos Alexandre - Feiticeira

2. José Augusto - Aguenta Coração

3. Odair José - Eu vou tirar você desse lugar

4. Jane & Herondy- Não se Vá

5. Wando - Fogo e Paixão

6. Adilson Ramos - Sonhar contigo

7. Gilliard - Aquela nuvem

8. Reginaldo Rossi - A Raposa e as Uvas

9. Amado Batista - Princesa

10. Fernando Mendes - Você não me ensinou a te esquecer

11. Bartô Galeno - No toca fita do meu carro 

12. Ovelha - Sem você não viverei

13. Lairton e Seus Teclados - Morango do Nordeste

14. Waldick Soriano - Eu Nao Sou Cachorro Não

15. Walter de Afogados - Bola da Vez

16. Diana - Porque Brigamos

17. José Orlando - Surra de Amor


Os segredos das múmias mais antigas do mundo começam a ser revelados. Quinze corpos mumificados da cultura chinchorro foram escaneados em busca de seu DNA para identificar quais dos seus rastros genéticos estão presentes nos chilenos de hoje, e para reconstituir a sua aparência.

Pescadores e caçadores que habitaram de 10.000 a 3.400 a.C. a costa que banha o deserto do Atacama, onde hoje estão o sul do Peru e a cidade chilena de Antofagasta, as múmias chinchorro têm cerca de 7.400 anos de antiguidade, ao menos 2.000 a mais que as múmias egípcias.

Os chinchorros estão entre os primeiros povos a mumificar artificialmente seus mortos com um complexo tratamento para desmembrar e reconstruir os corpos, um processo que os cientistas buscam compreender.

Quinze múmias, na sua maioria bebês e fetos, foram escaneadas na semana passada na clínica Las Condes, em Santiago. O exame mostrou "milhares de imagens de menos de um milímetro", diz à AFP Marcelo Gálvez, chefe de radiologia do centro que colabora com a investigação.

"Será feita a dissecação destes corpos de forma virtual, sem tocá-los, de modo que nos asseguramos de conservá-los por mais 500.000 anos", acrescenta.

A fase de reconstrução está sendo feita em vários computadores, onde se unem peças, se acrescentam músculos, se inserem narizes e queixos e se consegue, aos poucos, "ver como eram fisicamente, reconstruí-los e ter hoje ao vivo alguém que morreu há milhares de anos", comenta, eufórico, o radiologista.

Trabalho familiar

Com um conhecimento profundo da anatomia humana, os chinchorros elaboraram um complexo sistema que consistia em retirar a pele e os músculos, até deixar só o esqueleto, que reforçavam com madeira e fibra vegetal. Depois, aplicavam uma camada de argila para dar forma ao corpo, o cobriam com a pele, e colocavam olhos e a boca.

A cabeça era adornada com uma máscara, perucas de cabelo natural puro ou misturado com fibras de animais, explica Verónica Silva, curadora da área de antropologia do Museu Nacional de História Natural de Santiago.

"A própria família construía a múmia", diz a antropóloga, lembrando que a mumificação começou principalmente com fetos e recém-nascidos.

Embora se respeitasse uma série de regras gerais, cada múmia exibe características únicas, "com inovações tecnológicas e artísticas" que permitem situá-las em três períodos diferentes: o das múmias negras, o das vermelhas e o das enfaixadas.

As mais elaboradas são as mais recentes, destaca a antropóloga, que indica que, de todos os modos, "estamos falando efetivamente dos corpos com mumificação artificial mais antigos do mundo", conclui.

"As múmias chinchorro datam de 7.400 anos antes do presente, isso quer dizer que este sistema de taxidermia dos corpos das múmias chinchorro era realizado 2.000 anos antes da primeira mumificação no Egito", aponta Silva.

Herança genética

Ao escanear a menor das múmias, os pesquisadores se surpreenderam ao descobrir que esta não tinha estrutura óssea. "O material (...), portanto, é só uma figura que poderia ser uma representação de um indivíduo que não pôde ser mumificado", afirma Silva.

Os antropólogos encontram limitações ao estudar esta cultura, que não deixou outros vestígios além de seus mortos. Não foram encontrados enxovais funerários, e isso, junto com a posição das cerca de 180 múmias encontradas, principalmente em locais que são uma espécie de cemitério perto da praia Chinchorro, leva a pensar que essa cultura não tinha crenças relacionadas com a vida após a morte.

Colocar um rosto na cultura chinchorro é parte de uma pesquisa que busca também descodificar seu DNA e identificar quais rastros genéticos estão presentes nos chilenos de hoje. O objetivo é "entender melhor seu modo de vida: desde sua dieta até saber se seus genes continuam presentes em nós chilenos", afirma Silva.

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