Tópicos | Odair José

Um dos artistas mais populares e censurados do país, Odair José conversa sobre a sua carreira musical no próximo Sonora Coletiva, transmitido pelo canal do multiHlab, no YouTube, no dia 26 (quinta-feira), às 19h. 

No início dos anos 1970, Odair José lançava a canção que seria um de seus maiores sucessos. Logo “Vou tirar você desse lugar” estourou e fez com que ele se tornasse um dos maiores vendedores de LPs do país, rivalizando, inclusive, com o líder da Jovem Guarda Roberto Carlos. Nos álbuns seguintes emplacou outros megassucessos, como “Deixe essa vergonha de lado”, “Uma vida só (Pare de tomar a pílula)” e “Eu, você e a praça”. Estava lançada a base do que seria o trabalho musical desse verdadeiro cronista social e popular que, abordando temas inéditos relacionados ao comportamento, invadia a chamada MPB.

##RECOMENDA##

A música de Odair José, e a longa e bem sucedida carreira desse artista único da MPB, é o tema do bate-papo que acontecerá na quinta-feira (dia 26), às 19h, com transmissão pelo Canal multiHlab, no YouTube, como parte das atividades do projeto Sonora Coletiva, vinculado à revista Coletiva, do ProfSocio/Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). 

Popular e ao mesmo tempo perseguido pela censura, que vetou ou mutilou certa de 40 de suas canções, Odair José tornou-se um dos nomes mais perseguidos pela ditadura civil-militar e pela Igreja Católica ao tratar de temas relacionados a costumes e comportamentos. Em 1978, após lançar a ópera popular O filho de José e Maria, foi excomungado pelo Vaticano.

Sem nunca ter deixado de produzir novos álbuns e realizar shows, em 2019 Odair José lançou o CD “Hibernar na casa das moças ouvindo rádio”, que logo ganhou uma versão em vinil. O álbum conta com a participação de Jorge Du Peixe, da Nação Zumbi. Autêntico cronista social, Odair José conversará com os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, editores do canal, que vêm desenvolvendo atividades no Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), coordenado por pesquisadores da Fundaj, entre eles Sylvia Couceiro e Cristiano Borba. Nesse projeto registram depoimentos de artistas e pessoas envolvidas com as cenas musicais de Pernambuco entre 1970 e 2000.

Ao longo de 50 anos de carreira, Odair José já lançou 37 álbuns solos e teve dezenas de suas canções veiculadas em trilhas de cinema e novelas, e em coletâneas de sucessos. Em 2006, foi homenageado por alguns dos principais nomes das novas gerações do pop-rock brasileiro, que fizeram releituras de 15 de seus maiores sucessos, resultando no álbum Vou tirar você desse lugar, lançado pelo Allegro Discos. O CD tributo contou com a presença de artistas e bandas como Pato Fu, Mombojó, Mundo Livre s.a., Paulo Miklos (Titãs), Zeca Baleiro, Picassos Falsos, entre outros. A canção título do tributo já havia sido interpretada e gravada por Odair José e Caetano Veloso, que a cantaram juntos no evento Phono 73, quando ambos eram artistas contratados da Phillips, e fez parte de um dos três LPs lançados pelo selo ainda nos anos 1970 com a participação de alguns dos mais expressivos nomes da MPB.

SAIBA MAIS

SONORA COLETIVA​ é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o multiHlab e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj.

SERVIÇO

LIVE – SONORA COLETIVA conversa com ODAIR JOSÉ

26 AGOSTO (quinta-feira) - 19h - Canal do multiHlab no YouTube

Participação de Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto

(Fundaj)

*Via Assessoria de Imprensa

Na noite deste domingo (17), o cantor Odair José embalou o público presente no Festival Lula Livre, com as suas maiores canções. No entanto, o artista não se limitou a cantar e mandou um recado político a favor do ex-presidente. "Não podemos virar as costas para quem sempre nos olhou de frente. Esse sequestro político tem que acabar", disse, em relação à condenação de Lula.

O cantor foi um dos artistas mais esperados pelo público que tomou a Praça Nossa Senhora do Carmo, no Centro do Recife. Como todos que entraram no palco, Odair reforçou que a liberdade do ex-presidente foi algo essencial, mas que o petista sofre uma "perseguição".

##RECOMENDA##

Público 

De acordo com os organizadores do evento, às 18h deste domingo (17), mais de 200 mil pessoas esperam a entrada do Lula no palco. Depois que saiu da sede da Polícia Federal em Curitiba na última sexta-feira (7), essa é a primeira vez que o petista vem a Pernambuco.

O ano é 1977. "O Filho de José e Maria", terceiro disco da carreira de Odair José é lançado e causa entusiasmo nos fãs por suas letras ousadas. Com uma seleção de instrumentistas participantes nas 10 faixas do disco, a voz de um dos maiores nomes da música nacional se levantava trazendo críticas à homofobia e ao moralismo daquele tempo. Como os temas pouco evoluíram e continuam sendo pauta de discussões 42 anos depois, o álbum retorna às lojas em LP de 180 gramas pela coleção "Clássicos em Vinil".

O disco tem como base a história de um homem que, aos 33 anos, descobre suas reais paixões e aptidões na vida. O conjunto instrumental da ópera rock é composto por músicos como Hyldon (guitarra), Robson Jorge (Piano e Fender Rhodes) e o Trio Azymuth, do qual fazem parte Ivan Conti “Mamão” (bateria), Alexandre Malheiros (baixo) e José Roberto Bertrami (órgão, clarinete e sintetizador ARP String Ensemble). A obra também apresenta Jaime Alem, que viria a ser diretor musical da cantora baiana Maria Bethânia, e participa da gravação nas guitarras junto a Hyldon. A direção artística foi de Durval Ferreira.

##RECOMENDA##

A reedição de "O Filho de José e Maria" chega às lojas em novembro e é uma parceria da Polysom com a Sony Music.

Seja a dor de uma traição, um amor não correspondido ou a saudade de quem se ama, o sofrimento pode ser prolongado ao ler um texto, sentir um cheiro específico e ao ouvir uma canção. O brega romântico 'raiz', nas vozes de figuras como Reginaldo Rossi, Fernando Mendes, José Augusto e Diana, marcou época e até os dias de hoje alimenta a sensação nostálgica de relembrar o amado (a) e os momentos bons e ruins que passaram juntos.

##RECOMENDA##

Depois dos bregas que fizeram sucesso nos anos 2000, o LeiaJá preparou uma lista com 17 canções inesquecíveis do 'brega raiz' para ouvir após ter o coração partido. Confira:

1. Carlos Alexandre - Feiticeira

2. José Augusto - Aguenta Coração

3. Odair José - Eu vou tirar você desse lugar

4. Jane & Herondy- Não se Vá

5. Wando - Fogo e Paixão

6. Adilson Ramos - Sonhar contigo

7. Gilliard - Aquela nuvem

8. Reginaldo Rossi - A Raposa e as Uvas

9. Amado Batista - Princesa

10. Fernando Mendes - Você não me ensinou a te esquecer

11. Bartô Galeno - No toca fita do meu carro 

12. Ovelha - Sem você não viverei

13. Lairton e Seus Teclados - Morango do Nordeste

14. Waldick Soriano - Eu Nao Sou Cachorro Não

15. Walter de Afogados - Bola da Vez

16. Diana - Porque Brigamos

17. José Orlando - Surra de Amor


Prestes a lançar um álbum com músicas inéditas, Odair José faz show gratuito neste sábado, 9, no Sesc Campo Limpo. Na apresentação, ele relembra hits da carreira, com foco especial nos anos 1970. Vou Tirar Você Desse Lugar, Uma Vida Só (Pare de Tomar a Pílula)' e Cadê Você estão no repertório.

Além do projeto com inéditas, Odair acaba de lançar o CD e DVD com o show no qual revisitou, na Virada Cultural do ano passado, o repertório do álbum O Filho de José e Maria (1977). O disco original se tornou cultuado no passar dos anos, mas foi fracasso de público e crítica na época do seu lançamento.

##RECOMENDA##

Trata-se de uma ópera-rock em que o artista conta a história de um homem, baseado em Jesus Cristo, que descobre sua sexualidade aos 33 anos. Odair chegou a ser ameaçado de excomunhão pela Igreja por sua versão.

Outro projeto de redescoberta recente envolvendo Odair foi a caixa Quatro Tons de Odair José, lançada no fim do ano passado. O box inclui os álbuns Assim Sou Eu (1972), Odair José (1973), Lembranças (1974) e Odair (1975). São os discos em que Odair atingiu o sucesso comercial e que permaneceram anos sem reedições. "Acho que com esses discos voltando ao mercado as pessoas saberão quem sou de verdade. Ouvi os Quatro Tons e me reconheci ali. Aquilo é a minha verdade", disse ele ao jornal O Estado de S. Paulo em novembro do ano passado.

ODAIR JOSÉ

Sesc Campo Limpo. Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120,

metrô Campo Limpo, 5510-2700. Sábado, 9, às 19 horas. Grátis.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando