Os autores do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) tem até esta terça-feira (12) para apresentar as alegações finais à comissão especial que analisa o caso no Senado Federal. De quarta-feira (13) até o dia 27, é o prazo dado para que a defesa também se manifeste pela última vez.
O presidente Raimundo Lira (PMDB-PB) confirmou que os senadores só vão se reunir novamente em 2 de agosto, quando será apresentado o relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG). No dia 3, o documento será discutido e deve ser votado no dia seguinte na comissão.
##RECOMENDA##Já no dia 5, está prevista a leitura do parecer em Plenário, onde a matéria deverá ser discutida e votada no dia 9 de agosto. Se for aprovado em Plenário, serão concedidas 48 horas para manifestações da acusação e defesa. Após esse período, haverá um prazo de dez dias para a marcação da data do julgamento definitivo.
Defesa nega adiantamento
O advogado de defesa José Eduardo Cardozo negou que tenha intenção de antecipar a conclusão de suas alegações, conforme havia sugerido o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), para permitir que o julgamento final de Dilma no Plenário ocorra durante os Jogos Olímpicos.
“Não trabalho com a hipótese de associar o processo a questões externas. Vou usar o tempo necessário. Tenho que fazer um bom trabalho com provas fartas e claras para demonstrar à luz do sol que não existe crime de responsabilidade. Tenho prazo de 15 dias e, dentro desse prazo, eu apresentarei quando tiver terminado meu trabalho”, afirmou Cardozo.