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Senadores da Comissão Processante do Impeachment no Senado que são contrários ao afastamento definitivo da presidenta Dilma Rousseff vão apresentar ao colegiado um voto em separado, no mesmo dia em que o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentar seu parecer e voto sobre o processo movido contra a petista.

A informação foi dada pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), após a defesa de Dilma apresentar as alegações finais.

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“É um voto muito objetivo e que faz um retrospecto do que nos trouxe até aqui. Tem um caráter muito político, sem abrir mão das questões jurídicas, sem deixar de questionar esses aspectos, mas tem caráter eminentemente político”, disse a senadora petista.

Segundo Gleisi, além do voto em separado, os senadores dilmistas vão apresentar dois requerimentos à comissão antes da leitura do parecer de Anastasia: um solicitando a presença do procurador do Ministério Público Federal Ivan Marx, que pediu o arquivamento das investigações contra Dilma, e outro pedindo que o quesito das pedaladas fiscais seja “desentranhado do processo, ou seja, que não conste como acusação já que não se configura como crime”.

Questionada sobre o momento dos requerimentos, uma vez que a fase de instrução do processo já foi encerrada, a petista argumentou que a tese do procurador só veio à tona após a fase de instrução e que o Senado desconhecia o parecer em andamento.

Os autores do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) tem até esta terça-feira (12) para apresentar as alegações finais à comissão especial que analisa o caso no Senado Federal. De quarta-feira (13) até o dia 27, é o prazo dado para que a defesa também se manifeste pela última vez. 

O presidente Raimundo Lira (PMDB-PB) confirmou que os senadores só vão se reunir novamente em 2 de agosto, quando será apresentado o relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG). No dia 3, o documento será discutido e deve ser votado no dia seguinte na comissão.

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Já no dia 5, está prevista a leitura do parecer em Plenário, onde a matéria deverá ser discutida e votada no dia 9 de agosto. Se for aprovado em Plenário, serão concedidas 48 horas para manifestações da acusação e defesa. Após esse período, haverá um prazo de dez dias para a marcação da data do julgamento definitivo.

Defesa nega adiantamento

O advogado de defesa José Eduardo Cardozo negou que tenha intenção de antecipar a conclusão de suas alegações, conforme havia sugerido o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), para permitir que o julgamento final de Dilma no Plenário ocorra durante os Jogos Olímpicos.

“Não trabalho com a hipótese de associar o processo a questões externas. Vou usar o tempo necessário. Tenho que fazer um bom trabalho com provas fartas e claras para demonstrar à luz do sol que não existe crime de responsabilidade. Tenho prazo de 15 dias e, dentro desse prazo, eu apresentarei quando tiver terminado meu trabalho”, afirmou Cardozo.

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) não deve participar do interrogatório na Comissão Especial do Impeachment previsto para a próxima quarta-feira (6). Como ela não é obrigada a comparecer a oitiva, quem pode representá-la é o advogado de defesa José Eduardo Cardoso. 

Nos bastidores, comenta-se que a intenção da petista é evitar confrontos com os senadores favoráveis ao impeachment. A confirmação da sua presença ou ausência acontecerá nesta terça (5), durante a sessão que os peritos do processo vão ser ouvidos pelos parlamentares. Os técnicos responsáveis pelas perícias serão ouvidos na terça a partir das 11h, em duas audiências. 

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O laudo constatou a ação efetiva da petista na edição dos decretos de créditos suplementares em 2015 sem a autorização do Congresso Nacional, mas não encontrou participação dela na decisão da União de atrasar o pagamento do Plano Safra e dos contratos com bancos públicos, as chamadas as “pedaladas fiscais”.

A Comissão Especial do Impeachment fará na próxima terça-feira (5), a partir das 11h, duas audiências para ouvir os técnicos responsáveis pelas perícias realizadas sobre documentos do processo contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT). O laudo constatou a ação efetiva da petista na edição dos decretos de créditos suplementares em 2015 sem a autorização do Congresso Nacional, mas não encontrou participação dela na decisão da União de atrasar o pagamento do Plano Safra e dos contratos com bancos públicos, as chamadas as “pedaladas fiscais”.

A primeira audiência será com a junta pericial indicada pela comissão, que entregou seu laudo na última segunda-feira (27). Ela é composta por três servidores do Senado: Diego Prandino Alves e João Henrique Pederiva, consultores de Orçamentos, Fiscalização e Controle, e Fernando Álvaro Leão Rincon, diretor-adjunto da Secretaria de Finanças, Orçamento e Contabilidade.

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Na segunda vão falar dois peritos assistentes, cada um indicado por uma das partes do processo. A acusação indicou a economista Selene Péres Nunes, que foi uma das responsáveis pela elaboração da Lei de Responsabilidade Fiscal. A defesa indicou dois assistentes e deverá escolher qual deles participará da audiência: Rodrigo Octávio Orair, pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), e Ricardo Lodi Ribeiro, jurista e professor universitário. O laudo dos peritos assistentes será entregue à comissão na véspera da audiência.

O prazo para que os peritos do Senado apresentem à Comissão do Impeachment os esclarecimentos solicitados pelos senadores sobre o seu laudo pericial encerrou nesta sexta-feira (1º). A defesa da presidente Dilma solicitou 12 esclarecimentos, e o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), pediu outros três. 

Cronograma

Na próxima quarta-feira (6), está marcado, às 11h, o depoimento de Dilma. A petista não é obrigada a comparecer a oitiva do colegiado, podendo mandar o seu advogado, José Eduardo Cardozo. A partir da quinta-feira (7) serão contados os 15 dias para alegação final da acusação e defesa. Depois disso, Anastasia terá o prazo de 28 de julho a 1º de agosto para elaborar seu parecer, a ser lido na comissão em 2 de agosto. No dia seguinte, a comissão fará a discussão do parecer que deve ser votado em 4 de agosto. 

No dia 5, será feita a leitura do parecer em Plenário, onde a matéria deverá ser discutida e votada no dia 9 de agosto. Se for aprovado, serão concedidas 48 horas para manifestações da acusação e defesa. Após esse período, haverá um prazo de dez dias para a marcação da data do julgamento definitivo.

*Com a Agência Senado

Ex-secretário adjunto da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), Cilair Rodrigues de Abreu, afirmou, nesta quarta-feira (15), que decretos de crédito suplementar, como os citados na denúncia que endossa o processo de impeachment da Dilma Rousseff (PT), “são compatíveis com a meta fiscal” e seguem limites fixados na programação orçamentária.

Primeiro depoente do dia na comissão especial que analisa o pedido de deposição da petista, Abreu explicou que decretos de suplementação “são autorizados por órgãos de controle orçamentário e por assessorias jurídicas das pastas que pedem o crédito, antes de ser publicados”.

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Indagado pelo advogado de defesa de Dilma, José Eduardo Cardozo, o ex-secretário explicou que “pelo menos três órgãos de assessoramento jurídico emitiram pareceres sobre os decretos que constam da denúncia” e detalhou que “pedidos de suplementação são dotações orçamentárias, que passam a ter impacto nas despesas apenas quando executadas”.

Aliada da presidente afastada, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), após ouvir o ex-secretário adjunto da SOF, disse que “os decretos que são citados na denúncia não feriram a meta fiscal e, assim sendo, não há crime de responsabilidade praticado pela presidenta Dilma Rousseff”.

Em resposta a parlamentar, Cilair de Abreu afirmou que a verificação de cumprimento de meta fiscal é sempre anual. “O orçamento é anual. São três princípios basilares de qualquer orçamento no mundo: universalidade, ou seja, todas as despesas e receitas têm de estar no orçamento; unidade, só tem que ter um orçamento, senão você tem ‘dois bolsos’ e não se controla nada; e o terceiro, a anualidade. No Brasil, o extrato é de periodicidade e, no nosso caso, é anual”, explicou a testemunha de defesa.

Senadores favoráveis ao impeachment, como Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Simone Tebet (PMDB-MS) e Ana Amélia (PP-RS), não apresentaram perguntas ao ex-secretário. A reunião da comissão do impeachment de hoje está esvaziada. 

Animado com as respostas de Abreu, José Eduardo Cardozo disse que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando mais tempo para respostas das testemunhas, considerado pouco por ele, uma vez que o primeiro ouvido de hoje não conseguiu responder todos os questionamentos. Se for atendido, poderá pedir para reconvocar Cilair Abreu.

 

O ex-secretário de Planejamento Estratégico do Ministério do Planejamento,  Gilson Alceu Bittencourt, afirmou, nesta terça-feira (14), que os repasses de equalização de taxas de juros do Plano Safra não configuram operação de crédito e sim prestação de serviço. Depondo na comissão especial de impeachment, como uma das testemunhas de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), Bittencourt garantiu que não houve desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal nas medidas adotadas pela gestão petista neste caso.

Ele ressaltou que a portaria do Banco Central que regulamenta a questão não define prazos para os repasses de equalização por subvenções a agricultores, não sendo possível, portanto, dizer que houve atrasos nos repasses. Em resposta aos senadores, Bittencourt disse ainda não haver ato da presidente em qualquer das operações do Plano Safra.

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"Não há nenhum ato da presidenta ligado ao Plano Safra, redefinindo equalização ou qualquer outra questão. Não conheço nada que diga que a presidenta tenha instruído o Banco Central a mudar a forma de prestação de contas. Pelo contrário, o próprio Banco do Brasil deixava explícito qual era a expectativa dele em relação aos serviços prestados relacionados ao Plano Safra, inclusive no seu balanço", afirmou.

A testemunha disse ainda que os passivos existentes foram liquidados ao final de 2015, ficando para 2016 apenas valores apurados no segundo semestre do ano anterior. Para Gilson Bittencourt, operações de crédito rural são lucrativas para o Banco do Brasil e outros bancos que executam o Plano Safra.

"A lucratividade do Banco do Brasil nas operações de crédito rural vem crescendo exatamente por você ter taxas de juros equalizadas, exatamente porque o banco conseguiu ganhar expertise no processo de crédito rural. Portanto, tem tido lucratividade, mesmo a uma taxa menor", frisou.

De acordo com ele, são recorrentes as solicitações do Banco do Brasil para ampliação dos recursos de crédito rural, o que demonstraria ser o Plano Safra uma atividade considerada vantajosa pela instituição e também por bancos privados.

"Posso afirmar que os bancos privados, conhecendo a metodologia e o processo de equalização há muitos anos operado pelo governo federal, desde 1990, tem uma demanda forte para que operem os recursos equalizados", disse.

Para o senador Humberto Costa (PT), as informações prestadas pela testemunha comprovam que Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade. "Fica claro que o Banco do Brasil não pagou nenhum tipo de despesa da União. Fica claro que o Banco do Brasil não firmou nenhum tipo de contrato de operação de crédito com a União. Nessa questão do Plano Safra, é um exagero dos que querem enquadrar a presidenta como uma criminosa em algo que, efetivamente, não é crime", declarou Humberto Costa.

Já o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), pontuou que o governo se valeu de seu poder para impor uma estratégia de atrasar os repasses de equalização de taxas de juros, “maquiado” as contas para mostrar uma situação econômica melhor do que o que efetivamente ocorria. "É óbvio que a diretoria do Banco do Brasil estava subordinada a uma estratégia maior de delinquir, de transgredir, de fazer dessa estratégia uma estratégia de governo", destacou Ferraço.

*Com a Agência Senado

A comissão especial do impeachment ouve novas testemunhas de acusação no processo contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) nesta segunda-feira (13), às 16h. Serão ouvidos Leonardo Albernaz, secretário de Macroavaliação Governamental do Tribunal de Contas da União (TCU); Tiago Alvez Dutra, secretário de Controle Externo do TCU; Marcus Pereira Aucélio, ex-subsecretário de Política Fiscal do Tesouro Nacional; e Esther Dweck, ex-secretária da Secretaria de Orçamento e Finanças.

Nesta terça (4), as oitivas continuam a partir das 11h. O presidente do colegiado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), agendou a arguição de outras cinco pessoas, todas requisitadas por integrantes da comissão. Compõem a lista Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES; Marcelo Saintive, ex-secretário do Tesouro Nacional; André Nassar, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura; Gilson Bittencourt, ex-secretário adjunto da Casa Civil da Presidência da República; e Marcelo Amorim, ex-coordenador-geral de Programação Financeira do Tesouro Nacional.

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O ex-secretário Marcelo Saintive, no entanto, pode ser retirado dessa lista já que a senadora Ana Amélia (PP-RS) apresentou um requerimento dispensando a sua oitiva, e a comissão deve decidir sobre o tema nesta segunda. Da mesma forma, há requerimento do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) pelo cancelamento do depoimento de Marcelo Amorim, ex-coordenador-geral de Programação Financeira do Tesouro. 

De acordo com cronograma aprovado pela comissão, a etapa de oitivas está prevista para ser concluída até 20 de junho, mas poderá ser prorrogada, caso seja preciso mais tempo para que os senadores ouçam todas as testemunhas arroladas. 

A etapa teve início na última quarta-feira (8), quando foram ouvidas quatro testemunhas: Júlio Marcelo de Oliveira e Antônio Carlos Costa d'Ávila de Carvalho, ambos do TCU; e Adriano Pereira de Paula e Otávio Ladeira de Medeiros, ambos do Tesouro Nacional.

A comissão especial do impeachment volta a se reunir na próxima segunda-feira (6) para tentar um acordo sobre o cronograma de trabalho apresentado pelo relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG). Os prazos para as atividades do colegiado têm gerado embates entre os parlamentares, isto porque, Anastasia apresentou, inicialmente, uma proposta de 15 dias para as alegações finais da acusação e outros 15 dias para a defesa, mas o presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB), acatou um pedido que reduz dez dias de cada parte. 

A modificação foi sugerida pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS), na última quinta-feira (2). Com isso, o julgamento final, previsto para o início de agosto ficaria para meados de julho. Simone Tebet argumentou que o novo Código de Processo Penal prevê prazos mais curtos.

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A proposta de Simone Tebet gerou protestos de parlamentares contrários ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) e o cronograma ficou sem decisão. Por causa dos imbróglios, a questão foi levada ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. O recurso ao ministro do STF sobre esse mesmo tema também foi pedido pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Há ainda outras consultas que serão encaminhadas a Lewandowski. Uma delas é se a votação dos requerimentos dos integrantes do colegiado deve ser de um a um ou em bloco. Por conta desse impasse, uma vez que a comissão decidiu examiná-los em conjunto, os apoiadores de Dilma Rousseff abandonaram a reunião de quinta-feira. Outro recurso, desta vez apresentado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), pede que o julgamento da presidente afastada se resuma em dois fatos: os quatro decretos, em bloco, e as chamadas "pedaladas fiscais". A defesa quer que sejam cinco fatos.

O ministro, de acordo com a legislação, é o responsável pelo processo de impeachment de Dilma Rousseff e o STF atua como órgão recursal.

*Com a Agência Senado

A comissão especial do impeachment se reúne, na manhã desta quinta-feira (2), para discutir o plano de trabalho do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG). Com os ânimos acalorados, os parlamentares iniciaram a sessão debatendo uma questão de ordem da senadora Simone Tebet (PMDB-MS) sobre o prazo para a defesa apresentar a alegação final. Ela pediu a redução de prazo das alegações finais, em 10 dias do proposto por Anastasia, e foi atendida pelo presidente Raimundo Lira (PMDB-PB).

A proposta de Tebet foi questionada pelo advogado de defesa José Eduardo Cardozo. “A mais importante das manifestações é a alegação final. Este encurtamento viola o direito de defesa, o princípio da razoabilidade e a decisão do Supremo Tribunal Federal”, cravou. 

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Corroborando Cardozo, o senador Lindemberg Farias (PT) disse que acatando a questão de ordem da peemedebista, o presidente da comissão estaria “rasgando” a ponderação com que conduziu os trabalhos até agora. “O senhor quer dar um tempo menor do que o de Collor. Estamos começando muito mal. Os senhores querem cortar 20 dias do que foi apresentado pelo senador Anastasia. Está havendo uma pressão sim, deste presidente interino Michel Temer para que tudo seja votado antes das Olimpíadas”, observou o petista.

Rebatendo os argumentos, Raimundo Lira disse que a decisão de aceitar a questão de ordem da senadora Simone Tebet foi baseada na lei e os que questionam recorram ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandoviscki. “Não estou sendo pressionado por ninguém, não aceito pressão para fazer o que não acho certo”, cravou o presidente da comissão. 

Além da discussão dos prazos apresentados por Antônio Anastasia, a expectativa é de que também sejam votados alguns requerimentos. Há um do senador José Medeiros (PSD-MT), que pede uma audiência com o secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira de Medeiros. Há ainda uma solicitação do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) para que o STF encaminhe à comissão os autos que demonstrem a possível ocorrência de crime de obstrução da Justiça com a nomeação de Luis Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil.

Com as mudanças, o período de alegação final da defesa seria modificado de 21 de junho a 5 de julho, para 21 junho a 25 de junho; 4 de julho a nova data para a leitura do relatório na comissão e 12 ou 13 de julho para a votação final do processo de impeachment.

A eleição do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) como relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado agradou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves. Para ele, a escolha da maioria dos membros da comissão especial é a “garantia de que nós teremos um relatório absolutamente qualificado”.

Em entrevista à imprensa, Aécio ironizou as justificativas dos aliados ao governo para que o nome do tucano fosse rejeitado. "Fico muito feliz de ver que o único defeito que encontram nele é o fato de ele ser meu amigo. Se esse é o problema, acho que ele tem um grande aval para assumir esse posto", disse. "Quem sabe posso brigar com ele até o final desse processo para que esse seu defeito seja sanado pelo menos de forma temporária", acrescentou ironizando.

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Após uma discussão intensa Anastasia foi eleito por 16 votos a cinco. O tucano era a única indicação para o cargo, mas parlamentares governistas pediram o impedimento do nome mineiro por ele ser do mesmo partido de Aécio, rival da presidente Dilma na última eleição. As questões de ordem foram rejeitadas pelo presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB) e pela maioria dos integrantes da comissão. 

O relator do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), deverá ler em instantes o texto de quase 130 páginas sobre o processo. Arantes deve anunciar hoje se acata a admissibilidade do pedido de abertura de processo de impeachment. O presidente da comissão especial que analisa o pedido, Rogério Rosso, inicia a sessão neste momento, com uma hora de atraso.

Líderes partidários e o presidente da comissão especial, Rogério Rosso (PSD-DF), fecharam acordo, horas antes da apresentação do parecer de Arantes, para abertura de inscrições às 14h para os parlamentares que vão querer se manifestar. O objetivo é tentar calcular o tempo necessário para que todo o trabalho da comissão seja concluído até as 19h da próxima segunda-feira (11), incluindo a possibilidade de estender os debates pelo final de semana.

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Pelo Regimento Interno da Casa, cada um dos 130 integrantes da comissão (65 titulares e 65 suplentes) tem direito a se pronunciar por 15 minutos e deputados que não são membros do colegiado podem se inscrever para falar por 10 minutos. Se o andamento ultrapassar o prazo de cinco sessões plenárias, depois da entrega da defesa de Dilma, poderá abrir brecha para contestações na Justiça.

A expectativa é que a base aliada do governo apresente um pedido de vista após a leitura do parecer, com prazo de duas sessões legislativas. Se isto for feito, as discussões sobre o parecer só seriam retomadas na sexta-feira (8), em uma nova reunião da comissão que, a princípio, está marcada para 15h.

Pedido de impeachment

O pedido de impeachment  de Dilma foi apresentado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal, que acusam Dilma de cometer crime de responsabilidade pelo atraso nos repasses a bancos públicos para cumprir metas do orçamento, conhecidos como pedaladas fiscais. Nos argumentos, os advogados ainda citam a edição de decretos suplementares que, segundo eles, aumentaram gastos do governo federal sem autorização do Congresso.

Há dois dias, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, entregou a defesa de Dilma e teve mais de uma hora para falar sobre os pontos incluídos na peça de quase 200 páginas. Cardozo disse que não há fundamento jurídico para um processo de impeachment e assegurou que não houve aumento de gastos com os decretos suplementares.

Governistas vêm sinalizando que vão recorrer à Justiça para questionar diversos procedimentos na condução dos trabalhos da comissão que analisa o processo. Um dos questionamentos refere-se aos depoimentos tomados, antes da entrega da defesa da presidenta, de dois dos autores do pedido e do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e do professor de Direito Tributário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Ricardo Lodi Ribeiro. Caso seja levado à Justiça, o processo ficará parado até uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff vai iniciar a votação do relatório final às 17h da próxima segunda-feira (11).

Pelo cronograma, que foi definido há pouco pelos líderes do colegiado, o relator, Jovair Arantes (PBT-GO), apresentará e fará a leitura de seu parecer nesta quarta-feira (6). Depois, será concedida vista coletiva de duas sessões legislativas, na quinta e na sexta-feira (7 e 8).

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A comissão iniciará as discussões sobre o parecer na sexta-feira (8), mas não fará sessões no fim de semana. Os membros do colegiado retomarão os debates segunda-feira de manhã e vão trabalhar até as 17h.

“Temos cinco sessões para apresentação, discussão e votação do relatório. O limite é a segunda-feira. Portanto, como tem sido praxe na comissão, dando oportunidade para que todos se manifestem, estabelecemos um acordo de procedimento”, explicou o presidente da comissão do impeachment, Rogério Rosso (PSB-DF).

Rosso informou que vai conversar ainda com os líderes dos partidos para tentar reduzir o tempo de fala, hoje de 15 minutos, de modo a agilizar o processo de debate e votação do relatório final. “Nosso prazo máximo são as cinco sessões. Portanto, vamos trabalhar muito para que, no início da noite, tenhamos o resultado final da votação na comissão.”

A pressa na definição ocorre, entre outros pontos, porque há receio de que, se o parecer ultrapassar o limite de 15 sessões de funcionamento da comissão, crie-se uma brecha para contestações na Justiça. “Não há uma previsão regimental caso a quinta sessão [para apresentação, discussão e votação do relatório] se estenda até a sexta. Portanto, nosso esforço será para terminar os trabalhos na quinta sessão”.

Após a reunião dos líderes, o relator confirmou a apresentação do parecer final para amanhã, às 14h. Segundo Jovair Arantes será um relatório “grande e consistente”, com aproximadamente 80 páginas.  “Já tínhamos um trabalho bastante adiantado em relação à denúncia. Foi apresentada ontem [4]a defesa, passamos a noite trabalhando e hoje estamos trabalhando o dia todo. Amanhã, pela manhã, também vamos continuar e finalizaremos até o meio-dia.”

Justiça

Sobre a possibilidade de o parecer ser contestado judicialmente, o relator afirmou que essa possibilidade faz parte do “jogo político”.

“Não [tenho receio]. Essa é uma demanda do game [jogo] político. Quem achar que não deve, quem achar que não foi, mas as coisas estão sendo feitas transparentemente, às claras, em conjunto no colégio de líderes. Então, não acredito que possa haver qualquer questionamento judicial, a não ser que seja uma questão absolutamente partidária”, disse o relator.

Os juristas Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, autores do pedido que culminou no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, terão nesta quarta-feira (30) trinta minutos cada um, para falar sobre as motivações do documento que tramita na Câmara. Os depoimentos estão marcados para às 16h30 na comissão que analisa a admissibilidade do pedido. “Depois, o relator [Jovair Arantes (PTB-GO)] vai ter 15 minutos para fazer perguntas e líderes e demais integrantes da comissão terão três minutos para indagações”, disse nesta quarta-feira o presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF).

Ele liderou uma nova reunião com líderes dos partidos na Câmara nesta quarta-feira (30) para definir as regras e evitar mais tumulto, que tem sido a marca das reuniões da comissão especial. As lideranças acertaram, desde ontem, que ouviriam duas pessoas de cada um dos lados. Os juristas foram indicados pelos parlamentares que defendem o afastamento de Dilma. “Vamos tentar acertar para evitar mais briga”, explicou o líder do PSDB, Antônio Imbassahy (BA), ao entrar na reunião.

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Tudo igual

Do lado governista, serão ouvidos, na tarde de amanhã (31), o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o professor de Direito Tributário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ricardo Lodi Ribeiro. As regras e tempos são os mesmos que os definidos para os juristas.

Apesar do consenso em torno dos depoimentos, a base aliada levantou questionamentos sobre o momento, criticando as oitivas antes da entrega da defesa da presidenta. Rosso e Arantes tentaram tranquilizar e convencer o colegiado explicando que a intenção é de esclarecimentos, e garantiram que nenhum fato novo seria incluído nas análises da comissão. O que Arantes pretende é antecipar ao máximo informações que possam contribuir para seu relatório e que ajudem os poucos indecisos entre 65 integrantes da comissão a se decidir.

Prazos

Parlamentares a favor do impeachment têm tentado manter um ritmo acelerado dos trabalhos, evitando que prazos e manobras retardem o processo. Diante disto, a aposta de líderes, como Imbassahy, é que o relator será rápido e deve apresentar o parecer até dia 8, antes do prazo. Arantes tem cinco sessões, a partir da entrega da defesa de Dilma, para elaborar o texto. Como a Câmara tem realizado sessões diariamente, o prazo da petista termina no próximo dia 4 e o relator teria até dia 11 para entregar o texto que será submetido a voto e precisa de maioria simples para ser aprovado.

Ainda que sejam apresentados pedidos de vista, o atual Regimento Interno da Câmara estipula em duas sessões da comissão o vencimento dessa medida. Ou seja, se a base apresentar um pedido para analisar melhor o relatório de Arantes, o texto será votado, no mais tardar, no dia 14 de abril e seguirá, independente do resultado, para o plenário da Câmara onde precisa de 2/3 dos votos dos 513 deputados para avançar para o Senado.

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse não ver nenhum tipo de problema em defender a presidenta Dilma Rousseff perante a Comissão do Impeachment. Ele participou de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal e disse ter sido surpreendido pela possível escolha dele para fazer a defesa da presidenta.

“Eu estou sabendo agora desta notícia. O ministro Cardozo [José Eduardo, da Advocacia-Geral da União] está coordenando a defesa da presidente e, pelo que eu entendi, nós iríamos apresentar a defesa da presidente, após ela apresentar sua defesa, que deve acontecer até segunda-feira”, explicou.

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Ele disse que responderá a tudo o que for perguntado e que todas as medidas que formam a acusação são medidas técnicas, embasadas em pareceres técnicos. Segundo ele, não há nenhum problema em defender a presidenta e a questão é qual a melhor data, se deve ocorrer antes ou depois de a presidenta apresentar a defesa formal.

A Comissão do Impeachment questiona a legalidade dos atrasos de repasses a bancos públicos referentes ao pagamento de benefícios de programas sociais, como Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial (as chamadas pedaladas fiscais).

A oposição já contabiliza pelo menos 40 dos 65 votos na Comissão Especial do Impeachment, na Câmara dos Deputados. A projeção foi apresentada nesta terça-feira (29) por deputados que participaram da reunião de coordenadores do comitê pró-impeachment na Câmara. Para que o impeachment seja aprovado e encaminhado para apreciação no plenário da Câmara serão necessários 33 votos (maioria simples dos 65 integrantes).

Já no plenário, a aprovação da matéria precisa ser por maioria absoluta (dois terços), o que corresponde a 342 votos dos 513 deputados. Se aprovada, a matéria será encaminhada para apreciação no Senado Federal. Segundo o vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Raul Jungmann (PPS-PE), o governo contaria, por enquanto, com 150 votos no plenário. Dessa forma, Jungmann visualiza um potencial de 363 votos favoráveis ao impedimento da presidenta Dilma Rousseff. 

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Após participar da reunião de coordenadores do comitê pró-impeachment, o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), disse que o grupo tem “certeza da aprovação” do processo na comissão. “Calculamos pelo menos 40 votos, mas com os fatos que acontecem a cada momento, muitos dizem que só se pronunciarão aos 45 do segundo tempo”.

André Moura (PSC-SE) calcula que, no plenário, os favoráveis ao impedimento da presidenta Dilma já contam com pelo menos 245 votos. “Mas há alguns que disseram não poder se manifestar publicamente”. Na reunião, os oposicionistas decidiram que cada estado terá um parlamentar responsável por fazer um mapeamento dos indecisos. A previsão deles é de que a matéria seja apreciada pelo plenário na sessão do dia 14 de abril ou, no mais tardar, no dia 17.

Governo

Já o governo tem optado por uma estratégia mais silenciosa na busca por votos, negociando diretamente com parlamentares e deixando de priorizar as conversas com partidos políticos. Por isso, tem evitado apresentar projeções. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) garante, no entanto, que o governo terá votos suficientes “para barrar o golpe”.

“Estamos firmes contra os golpistas e teremos votos suficientes para derrotá-los. Não projetamos o placar porque quem fica revelando estratégia é porque não tem estratégia. É uma questão de mais ação e menos firula para a mídia”, disse Guimarães.

A comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) define nesta segunda-feira (21) seu plano de trabalho. Entre os 65 deputados federais que compõem o colegiado quatro são pernambucanos: o líder do PSB na Casa, Fernando Filho; Tadeu Alencar (PSB); Mendonça Filho (DEM) e o vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PTdoB). Apesar de ser um número passível de divisão igualitária, apenas um deles – Silvio Costa – é contrário à queda da petista. O Portal LeiaJá conversou com todos e eles contaram sobre as expectativas e como pretendem atuar no colegiado. 

Eleito para ocupar a 3ª vice-presidência da comissão, Fernando Filho pontuou que o clima no Congresso Nacional está acalorado com os últimos fatos e destacou a postura do PSB diante do assunto. “Nossa posição é pelo impedimento da presidente. Vamos esperar a defesa, conhecer os argumentos, mas defendemos o impeachment... Daqui para lá [o fim das 15 sessões] muita coisa pode acontecer, mas acredito que temos número suficiente para encaminhar ao Senado”, salientou. 

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Membro da mesma bancada, Alencar, no entanto, encarou o processo como “delicado e sensível” e afirmou que “não é um julgamento do governo”, mas da possibilidade de crimes de responsabilidade na gestão da presidente. “Muita gente entende que é um julgamento político, mas não é apenas isso. É influenciado também por causas políticas, há uma falta de credibilidade no governo refletido no que vimos nas ruas, mas é preciso ter provas de um crime de responsabilidade. Ela só pode ser afastada no caso de comprovação”, observou o socialista. 

Indagado sobre uma postura favorável ou contrária ao impeachment, o deputado disse que era necessário ter muita cutela diante do assunto. “Embora haja o sentimento de querer definir rapidamente se é a favor ou contra isso é algo que vai além da dessa polaridade. Nosso papel é diferente. É um julgamento feito pelo parlamento. Esse papel de magistrado nos impede de condenar ou de absolver antecipadamente”, ponderou.

Defensor ferrenho da cassação do mandato de Dilma, Mendonça Filho salientou que não há mais opção para a presidente ou ela renuncia ou será deposta. “Seria o ideal ela renunciar, mas acho difícil pelo temperamento, pela forma intransigente do comportamento da presidente Dilma. Mas seria ótimo pro Brasil, tiraria um peso enorme nesse momento de crise econômica gravíssima, incapacidade dela de sinalizar para o futuro. A gente tem o quadro econômico mais grave desde 1901. Nunca o Brasil passou por um momento recessivo tão dramático, tão duro e que penaliza tão fortemente a população mais pobre”, contextualizou em entrevista concedida ao LeiaJá na última sexta (18). 

Contraponto as posturas dos pares, o vice-líder do governo na Casa, Silvio Costa (PTdoB), pontuou o tamanho da dificuldade que será para a oposição conquistar 342 votos para aprovar o pedido. “Todos os governos para aprovar uma PEC com esse número tem dificuldade, imagina a oposição. Não é fácil derrubar a presidente”, cravou. Ele comentou também qual será a estratégia do governo para dificultar ainda mais a conquista dos votos. “O governo vai conversar com todos os parlamentares, um a um. Primeiro os parlamentares da comissão, claro”, revelou. 

Costa alegou ainda que não há justificativas para o impeachment. “O Brasil inteiro sabe que a presidente é uma mulher digna. O pedido de impeachment foi retaliação de Eduardo Cunha. Até porque quem primeiro fez pedalada fiscal foi o PSDB. É uma piada tentar cassar o mandato da presidente por causa de pedaladas”, rechaçou. 

O parlamentar esteve reunido hoje com Dilma Rousseff e o conselho político do governo. Segundo ele durante o encontro a presidente fez uma análise do cenário jurídico e a contabilização dos votos. 

Com validade de 30 a 45 dias, a comissão não tem grandes votações para definir, apenas a do parecer final do relator Jovair Arantes (PTB-GO). Aprovado pelo grupo, o parecer da comissão será ainda submetido ao plenário da Câmara, onde Dilma terá o prazo de cinco sessões também para apresentar defesa. Caso seja acatado o pedido de impeachment, o processo segue para análise do Senado.

Suplência - Pernambuco também tem 4 suplentes na comissão: Pastor Eurico (PHS), Bruno Araújo (PSDB), João Fernando Coutinho (PSB) e Fernando Monteiro (PP).

A Câmara dos Deputados aprovou nesta tarde a comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Foram 433 votos favoráveis e um contrário à chapa com os 65 nomes titulares e os respectivos suplentes indicados pelos líderes partidários. O próximo passo, que será dado ainda hoje, é a escolha, por voto, do presidente e do relator da comissão especial.

O voto contrário foi o do deputado José Airton (PT-CE). Havia 435 parlamentares em plenário. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não votou.

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Vinte e três partidos entregaram a lista dentro do horário estipulado. Apenas o PP perdeu o prazo, mas, por unanimidade, pôde indicar os nomes em plenário. Pelo PP, os parlamentares que vão compor a comissão são Aguinaldo Ribeiro (PB), Jerônimo Goergen (RS), Júlio Lopes (RJ), Paulo Maluf (SP) e Roberto Brito (BA), como titulares.

Outra mudança ocorreu na relação do PMDB, que conseguiu, em reunião na manhã de hoje, driblar divergências internas e aprovar uma lista conjunta, entre alinhados ao governo e insatisfeitos com o Palácio do Planalto. Na hora da votação da chapa, o deputado José Priante (PA), que era um dos indicados, decidiu retirar seu nome. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), disse que foi uma decisão pessoal de Priante e pediu para que o partido pudesse indicar o deputado Altineu Côrtes (RJ) como novo nome. Como o processo de filiação de Côrtes – que deixou o PR para ingressar no PMDB – não foi concluído formalmente, segundo Eduardo Cunha, a indicação final foi a do deputado Leonardo Quintão (MG), que chegou a substituir Picciani na liderança, a pedido da ala insatisfeita do partido durante o impasse que dividiu oficialmente a legenda.

A chapa foi aprovada nominalmente, em turno único. A distribuição das vagas foi definida de acordo com o tamanho dos partidos na Câmara. Com a janela partidária que permite que até amanhã (18) seja feita a troca de legendas sem sanções para os parlamentares, a Mesa Diretora da Casa redistribuiu o número de vagas por todos os partidos.

Cunha disse que espera agilidade “total” da comissão e informou que, logo após a votação da chapa, ele vai se reunir com os líderes. O peemedebista lembrou que o ritmo do trabalho depende de prazos regimentais. “Depende do prazo em que vier a resposta da senhora presidente ao processo. Ela tem dez sessões para responder. Se responder rápido, será rápido. Se ela levar as dez sessões, vai levar mais tempo. A comissão é apenas um estágio, quem vai decidir, no fim, é o plenário, que vai decidir soberanamente”, afirmou.

Com o fim da sessão, assessores do primeiro-secretário da Mesa Diretora, Beto Mansur (PRB-SP), informaram que o parlamentar irá, pessoalmente, entregar a notificação sobre o início do processo à presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

 

Veja a lista dos integrantes da comissão:

 

PMDB

 

Titulares (8)

 

João Marcelo Souza (MA)

 

Altineu Côrtes (RJ)

 

Leonardo Picciani (RS)

 

Lúcio Vieira Lima (BA)

 

Mauro Mariani (SC)

 

Osmar Terra (RS)

 

Valternir Pereira (MT)

 

Washington Reis (RJ)

 

 

Suplentes (8)

 

Alberto Filho (MA)

 

Carlos Marun (MS)

 

Elcione Barbalho (PA)

 

Hildo Rocha (MA)

 

Lelo Coimbra (ES)

 

Manoel Junior (PB)

 

Marx Beltrâo (AL)

 

Vitor Valim (CE)

 

 

 

PTB

 

Titulares (3)

 

Benito Gama (BA)

 

Jovair Arantes (GO)

 

Luiz Carlos Busato (RS)

 

 

Suplentes (3)

 

Arnaldo Faria de Sá (SP)

 

Paes Landim (PI)

 

Pedro Fernandes (MA)

 

 

DEM

 

Titulares (3)

 

Elmar Nascimento (BA)

 

Mendonça Filho (PE)

 

Rodrigo Maia (RJ)

 

 

Suplentes (3)

 

Francisco Floriano (PR-RJ)

 

Mandetta (MS)

 

Moroni Torgan (CE)

 

 

PRB

 

Titulares (2)

 

Jhonatan de Jesus (RR)

 

Marcelo Squassoni (SP)

 

 

Suplentes (2)

 

Cleber Verde (MA)

 

Ronaldio Marins (CE)

 

 

PSC

 

Titulares (2)

 

Eduardo Bolsonaro (SP)

 

Marco Feliciano (SP)

 

 

Suplentes (2)

 

Irmão Lazaro (BA)

 

Professor Victório Galli (MT)

 

 

SD

 

Titulares (2)

 

Fernando Francischini (PR)

 

Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força (SP)

 

 

Suplentes (2)

 

Genecias Noronha (CE)

 

Laudivio Carvalho (MG)

 

 

PEN

 

Titular (1)

 

Junior Marreca (MA)

 

Suplente (1)

 

Erivelton Santana (PSC-BA)

 

 

PHS

 

Titular (1)

 

Marcelo Aro (MG)

 

 

Suplente (1)

 

Pastor Eurico (PE)

 

 

PTN

 

Titular (1)

 

Bacelar (BA)

 

 

Suplente (1)

 

Aluisio Mendes (MA)

 

 

PT

 

Titulares (8)

 

Arlindo Chinaglia (SP)

 

Henrique Fontana (RS)

 

José Mentor (SP)

 

Paulo Teixeira (SP)

 

Pepe Vargas (RS)

 

Vicente Candido (SP)

 

Wadih Damous (RJ)

 

Zé Geraldo (PA)

 

 

Suplentes (8)

 

Benedita da Silva (RJ)

 

Bohn Gass (RS)

 

Carlos Zaratini (SP)

 

Luiz Sérgio (RJ)

 

Padre João (MG)

 

Paulo Pimenta (RS)

 

Valmir Assunção (BA)

 

Assis Carvalho (PI)

 

 

PR

 

Titulares (4)

 

Edio Lopes (RR)

 

José Rocha (BA)

 

Maurício Quintella Lessa (AL)

 

Zenaide Maia (RN)

 

 

Suplentes (4)

 

Aelton Freitas (MG)

 

Gorete Pereira (CE)

 

João Carlos Bacelar (BA)

 

Wellington Roberto (PB)

 

 

 

PSD

 

Titulares (4)

 

Júlio Cesar (PI)

 

Marcos Montes (MG)

 

Paulo Magalhães (BA)

 

Rogério Rosso (DF)

 

 

Suplentes (4)

 

Evandro Roman (PR)

 

Fernando Torres (BA)

 

Goulart (SP)

 

Irajá Abreu (TO)

 

 

PROS

 

Titulares (2)

 

Eros Biodini (MG)

 

Ronaldo Fonseca (DF)

 

Suplentes (2)

 

Odorico Monteiro (CE)

 

Toninho Wandcsheer (PR)

 

 

PCdoB

 

Titular (1)

 

Jandira Feghali (RJ)

 

Suplente (1)

 

Orlando Silva (SP)

 

 

PSDB

 

Titulares (6)

 

Bruno Covas (SP)

 

Carlos Sampaio (SP)

 

Jutahy Junior (BA)

 

Nilson Leitão (MT)

 

Paulo Abi-Ackel (MG)

 

Shéridan (BA)

 

 

Suplentes

 

Bruno Araújo (PE)

 

Fávio Sousa (GO)

 

Izalci (DF)

 

Mariana Carvalho (RO)

 

Rocha (AC)

 

Rogério Marinho (RN)

 

 

PSB

 

Titulares (4)

 

Bebeto (BA)

 

Danilo Forte (CE)

 

Fernando Coelho Filho (PE)

 

Tadeu Alencar (PE)

 

 

Suplentes (4)

 

JHC (AL)

 

João Fernando Coutinho (PE)

 

Jose Stédile (RS)

 

Paulo Foletto (ES)

 

 

 

PPS

 

Titular (1)

 

Alex Manente (SP)

 

Suplente (1)

 

Sandro Alex (PR)

 

 

PV

 

Titular (1)

 

Evair de Melo (ES)

 

 

Suplente (1)

 

Leandre (PR)

 

 

PDT

 

Titulares (2)

 

Flavio Nogueira (PI)

 

Weverton Rocha (MA)

 

 

Suplentes (2)

 

Flávia Morais (GO)

 

Roberto Góes (AP)

 

 

PSOL

 

Titular (1)

 

Chico Alencar (RJ)

 

 

Suplente (1)

 

Glauber Braga (RJ)

 

 

 

PTdoB

 

Titular (1)

 

Silvio Costa (PE)

 

 

Suplente (1)

 

Franklin Lima (MG)

 

 

 

PMB

 

Titular (1)

 

Weliton Prado (MG)

 

 

Suplente (1)

 

Fábio Ramalho (MG)

 

 

 

Rede

 

Titular (1)

 

Aliel Machado (PR)

 

 

Suplente (1)

 

Alessandro Molon (RJ)

 

PP

 

Titulares (5)

 

Aguinaldo Ribeiro (PB)

 

Jerônimo Goergen (RS)

 

Júlio Lopes (RJ)

 

Paulo Maluf (SP)

 

Roberto Brito (BA)

 

 

Suplentes (5)

 

André Fufuca (MA)

 

Fernando Monteiro (PE)

 

Luís Carlos Heinze (RS)

 

Macedo (CE)

 

Odelmo Leão (MG)

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