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As oitavas de final da Copa Africana de Nações foram encerradas na última segunda-feira e a organização da competição confirmou que utilizará o VAR (arbitragem de vídeo) a partir da próxima fase do torneio realizado no Egito.

Inicialmente, o uso deste recurso estava previsto para ocorrer apenas a partir das semifinais, mas alguns erros cometidos pelos árbitros no decorrer desta edição do evento motivaram esta confirmação do uso do VAR já para as quartas de final.

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Os dois primeiros classificados às semifinais serão definidos nesta quarta-feira, quando ocorrerão os duelos Senegal x Benin, às 13 horas (de Brasília), e Nigéria x África do Sul, às 16h. Já as outras duas seleções que avançarão para brigar por uma vaga na decisão serão conhecidas na quinta-feira, quando serão realizados os confrontos Costa do Marfim x Argélia, às 13h, e Madagáscar x Tunísia, às 16h.

Na última segunda-feira, os marfinenses se garantiram nas quartas de final ao vencerem o Mali por 1 a 0, com um gol do atacante Wilfried Zaha, do Crystal Palace, da Inglaterra. Outra seleção que se classificou na segunda foi a Tunísia, que eliminou Gana nos pênaltis após empate por 1 a 1 no tempo normal.

Os outros resultados das oitavas de final da competição foram os seguintes: Uganda 0 x 1 Senegal, Marrocos 1 x 1 Benin, Nigéria 3 x 2 Camarões, Egito 0 x 1 África do Sul, Madagáscar 2 x 2 Congo e Argélia 3 x 0 Guiné. Em dois destes duelos, Benin e Madagáscar avançaram às quartas ao triunfarem na disputa por pênaltis.

TANZÂNIA DEMITE TÉCNICO - Após a seleção do país ser eliminada na fase de grupos da Copa Africana de Nações, a Tanzânia confirmou a demissão do técnico Emmanuel Amunike. Ele anteriormente havia conseguido um feito histórico à frente da equipe do país, que não se classificava para este estágio do torneio continental há 39 anos.

Nesta edição da Copa Africana, os tanzanianos foram derrotados por Argélia, Quênia e Senegal e não somaram nenhum ponto no Grupo C da competição, na qual também marcaram apenas dois gols e sofreram oito. E a campanha pesou para a sua saída do cargo.

O Campeonato Brasileiro de 2019 terá árbitro de vídeo. A definição aconteceu na tarde desta sexta-feira durante reunião de clubes na sede da CBF, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Como já havia sido anunciado pela própria entidade, os custos para o uso da tecnologia serão bancados pelo órgão que controla o futebol nacional. A aprovação da utilização do chamado VAR foi por unanimidade.

Ao assumir a conta, a entidade evitou que a competição mais uma vez ficasse sem o uso do vídeo, implantado com (relativo) sucesso na Copa do Mundo da Rússia, no ano passado, e que agora passará a ser usado também no Paulistão (a partir das quartas de final na atual edição do torneio). Isso porque, no Brasileirão de 2018, o árbitro de vídeo só não foi usado porque vários clubes não quiseram bancar os custos de sua utilização.

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Naquela ocasião, a CBF propôs que os clubes pagassem pela implantação desta tecnologia, mas representantes de 12 times (Corinthians, Santos, América-MG, Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Paraná, Vasco, Fluminense, Sport, Vitória e Ceará) votaram contra o uso do VAR nesta condição.

Já Flamengo, Botafogo, Bahia, Chapecoense, Palmeiras, Grêmio e Internacional foram favoráveis à adoção da arbitragem de vídeo. O São Paulo, outra equipe que disputou a edição passada do Brasileirão, foi a única que acabou não participando desta votação.

Em comunicado divulgado na noite da última quinta-feira, a entidade já havia adiantado que "assumirá, integralmente, os custos com tecnologia e infraestrutura, cabendo aos clubes apenas o pagamento das despesas com o capital humano, como ocorre, tradicionalmente, com as equipes de arbitragem".

Na mesma nota oficial, a CBF ressaltou que vai promover "uma campanha educativa em todas as competições nacionais pelo respeito à arbitragem e às regras do jogo". "O objetivo é garantir mais tempo de bola rolando, menos punições disciplinares e um melhor produto para o público", disse.

Representantes dos 20 clubes da Série A participam do Conselho Técnico que acontece nesta sexta na sede da CBF. A reunião deverá terminar no fim da tarde.

Faltam dez rodadas para o término do Campeonato Brasileiro. E pode ser que na reta final da competição as partidas tenham a presença do árbitro de vídeo. A informação foi dada pelo coordenador do sistema de árbitro de vídeo no Brasil, Manoel Serapião Filho, durante entrevista coletiva em um hotel em Belo Horizonte, concedida na última terça-feira.

"A CBF vai se reunir para definir isso. Depende da cúpula. Nós estamos prontos. Basta que tenhamos equipamentos. Vou sair daqui e vou para São Paulo exatamente para treinar mais uma equipe de árbitros para quando a CBF quiser colocar em todos os jogos da Série A, ainda esse ano se assim desejar, estarmos prontos", disse.

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O VAR (arbitragem de vídeo, na sigla em inglês) não entrou na atual edição do Campeonato Brasileiro porque não houve acordo entre clubes e CBF para o custeio do sistema. No início da temporada, 13 clubes se colocaram contrários à maneira pela qual o árbitro de vídeo seria implementado. Foral eles: América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Ceará, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Paraná, Santos, Sport, Vasco e Vitória. O São Paulo se absteve e depois afirmou ser contra também.

Recentemente, a reportagem do Estado entrou em contato com dirigentes destes clubes que se mostraram favoráveis à presença do árbitro de vídeo, mas sem ter que arcar com os custos. O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, chegou a afirmar que o clube sempre foi favorável ao VAR, mas as condições colocadas pela CBF eram impossíveis de serem aceitas.

O valor era de R$ 50 mil por partida, a ser bancado pelo mandante. Só para se ter uma ideia, muitas partidas do torneio não chegam a dar isso de lucro líquido ao clube. Ou seja, o VAR traria prejuízo ou lucro bem pequeno para o mandante em algumas ocasiões.

O VAR entrou na Copa do Brasil a partir das quartas de final. E estará presente no primeiro jogo da decisão entre Corinthians e Cruzeiro nesta quarta-feira, às 21h45, no Mineirão. Serapião disse que o sistema não tem segredo e resumiu seu funcionamento:

"O protocolo é único para o mundo todo. Agora, por trás da câmera e da imagem tem um homem analisando, que pode ter uma percepção diferente de um para o outro. As diretrizes são as mesmas e os árbitros da CBF estão habilitados".

Pouco depois de ser reeleito presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) por aclamação nesta quinta-feira à tarde, na sede da entidade, em São Paulo, Reinaldo Carneiro Bastos revelou, em entrevista coletiva, que já tem uma negociação "bem encaminhada" com uma empresa para implementação da arbitragem de vídeo a partir dos jogos de mata-mata da edição de 2019 do Campeonato Paulista.

Reeleito para comandar a FPF para o quadriênio 2019-2022, o dirigente revelou que esta empresa é a mesma que foi contratada pela Fifa para utilização do VAR (árbitro auxiliar de vídeo, na sigla em inglês) na Copa do Mundo deste ano, na Rússia. E ele prometeu que este recurso será colocado em prática e terá os seus custos bancados inteiramente pela entidade estadual, que incluiu a implantação do VAR como uma das promessas do item "desenvolvimento e capacitação" do plano de gestão apresentado para este próximo período de mandato do dirigente.

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Em fevereiro passado, 12 dos 19 clubes que hoje fazem parte da elite nacional vetaram, em uma votação, o uso do VAR neste Brasileirão depois que a CBF propôs dividir com os times os valores a serem pagos para que esta tecnologia fosse implementada na competição.

Agora, porém, Reinaldo Bastos adiantou que a FPF já se organizou financeiramente para poder bancar o VAR nas fases decisivas do próximo Paulistão. "Nós conseguimos valores que cabem dentro do nosso orçamento. Planejamos o orçamento do ano que vem já contando essa despesa", disse o dirigente, que garantiu: "Em 2019 vamos fazer com certeza nas quartas, nas semifinais e na final".

O anúncio da implementação do VAR aconteceu de forma oficial nesta quinta-feira depois de o jogo de volta da final do Campeonato Paulista deste ano, conquistado pelo Corinthians com vitória nos pênaltis sobre o Palmeiras, no Allianz Parque, ficar marcado por uma grande polêmica de arbitragem.

Naquela ocasião, um pênalti do corintiano Ralf sobre o palmeirense Dudu chegou a ser marcado pelo árbitro durante o segundo tempo da partida, mas o juiz voltou atrás em sua decisão após ser altamente pressionado por jogadores do time alvinegro. O Palmeiras apontou interferência externa para a marcação final do árbitro e até hoje luta, sem obter sucesso, para impugnar o segundo jogo da decisão estadual.

Com a não marcação daquele pênalti, o Corinthians sustentou a vantagem de 1 a 0 que tinha até o fim do confronto e devolveu a derrota pelo mesmo placar, sofrida em casa. Assim, levou a disputa do título aos pênaltis e acabou triunfando na casa do arquirrival.

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