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Música, dança e adereços são alguns elementos que compõem as apresentações do Boi Pavulagem. No último domingo (1), o arrastão de enecramento das festas juninas de 2018 saiu da escadinha da Estação das Docas até a praça da República, na região central de Belém, onde um palco estava pronto para o arraial.

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O Boi Pavulagem é uma mistura de culturas da nossa região com o Bumba Meu Boi, do Maranhão. Para Erick Magulas, dançarino que estava como vaqueiro e participa há três anos da festa, o cortejo exige agilidade e malemolência. “Na primeira vez fui de pernalta, depois eu desci para ser apoio e hoje estou de vaqueiro.” 

Essa brincadeira começou há 30 anos com um grupo de músicos que queriam divulgar sua arte. “As pessoas se identificaram com o brinquedo e passaram a vir, a participar e a galera que é ligada aos movimentos folclóricos de Belém entrou no processo. O pessoal dos interiores vem participar do cortejo porque se sente representado. Isso é legal, acho que a maior manifestação é pública, é aberta e sempre será”, explica Alexandre Yure, presidente do Instituto do Arraial do Pavulagem, criado para organizar a festa folclórica.

Para Yure, as pessoas não valorizam mais porque não têm acesso. Por isso, o Instituto tenta promover a cada dia mais o acesso às danças, às músicas e à poesia que o Boi representa. Segundo Yure, há um processo de identificação com as músicas, com o lugar. Surge um sentimento de comunidade que conecta as pessoas. 

Arthur Almeida, que mora em Castanhal, participa há dois anos e diz que a festa é de extrema importância para que a tradição seja realizada. “Não apenas o arraial em si, mas tudo que gira em torno dele, a praça da República, os vendedores”, acrescentou o turista.

Além do Boi Pavulagem, o Cordão do Galo, de Cachoeira do Arari, também resgata a tradição junina no Pará. “Se as pessoas se apropriassem mais deles, elas teriam um carinho, um sentimento maior pela região”, comenta Alexandre. 

“Primeiramente fortificar a nossa cultura. Com isso, vêm a alegria e a exposição. As pessoas vêm porque gostam, vêm para levar a nossa cultura para outros lugares”, explica Erick. Ele disse que ensinou turistas de Natal a dançar e que isso foi o ápice da alegria para ele. "Poder ver que essa tradição está sendo vista por outros olhares." 

A festa teve o apoio da Vale, da Prefeitura de Belém e do Movimento Amigos de Belém. Os organizadores incentivam os participantes a não jogarem lixo nas ruas. Para Alexandre, essa é uma função pedagógica do Boi. "A iniciativa de recolher o lixo, no primeiro domingo de evento, fez com que, no segundo, as próprias pessoas que estavam na festa começassem a ajudar a limpar."

Por Bruna Oliveira.

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