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No ano em que comemora seus 35 anos de existência, o Arraial do Pavulagem retoma, no domingo (12), o arrastão pelas ruas de Belém com o tema “Arraial do Pavulagem 2022: 35 anos de Pavulagem”, com seus tradicionais chapéus de fita, suas músicas marcantes e o famoso boi pavulagem. “O coração está em festa! Depois desses dois anos, o arraial retoma suas atividades presenciais com novos cuidados sanitários, volta com força total, com muita energia e alegria. Momento de encontro da cultura na rua”, afirma Walter Figueredo, um dos organizadores do evento.

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O Arraial do Pavulagem surgiu em 1987, na Praça da República, a partir de uma reunião entre os primeiros músicos que integravam a banda, artistas paraenses e demais frequentadores do local. O intuito era mostrar a cultura marcante e presente nos festivais de São João no mês de junho.

“Naquele tempo, a quadra junina era basicamente de músicas nordestinas, como toada, quadrilha, forró e baião. Atualmente o Arraial pesquisa as sonoridades populares, expandindo a musicalidade brasileira”, complementa Walter.

A confeiteira Clara Almeida conhece o Arraial desde a infância, por meio de suas tias que sempre frequentaram a manifestação. Este ano, pela primeira vez, ela terá a experiência de acompanhar o cortejo na avenida Presidente Vargas. “Espero conhecer as músicas, as danças e viver a cultura paraense. Encontrar meus amigos e presenciar aquilo que eu só via pela televisão ou internet”, relata.

Para os brincantes que costumavam se reunir aos domingos do mês de junho, o retorno traz muita alegria e esperança de um novo começo. “O que sinto é uma mistura de muita expectativa e toda a saudade acumulada nestes dois anos sem poder acompanhar o cortejo pelas ruas”, declara a desenvolvedora de web Thaianne Oliveira, frequentadora do Arraial.

Para Thaianne, as lives transmitidas pelo Instituto Arraial do Pavulagem, durante a pandemia da covid-19, conseguiram amenizar um pouco a saudade de fazer parte do coro que embalava todo o trajeto. “Era emocionante assistir. Ainda assim, nada se compara à sensação de estar presente e dançar lado a lado cada coreografia despretensiosamente sincronizada”, relata.

A abertura oficial do Arraial ocorreu durante o Levantamento dos Mastros de São João, realizado na quinta-feira (9), às 18 horas, na Praça dos Estivadores. A cerimônia é inspirada no festejo de São Sebastião, que ocorre em Cachoeira do Arari, no Marajó, como uma forma de agradecer ao santo pelas bênçãos alcançadas.

O levantamento começa logo após a chegada do Boi Pavulagem e dos mastros na Escadinha do Cais do Porto, ao lado da entrada da Estação das Docas. São dois mastros trazidos nos barcos, pelas águas do rio Guamá, como uma forma de homenagear e valorizar os rios da região e sua conexão com a cidade.

“O sentimento é de pertencimento à manifestação cultural. É empatia, afeto, patrimônio coletivo, é a tradição do arraial de todo ano. É momento de reencontro, alegria, esperança e celebração. Um grande acontecimento artístico de cuidado e respeito a si e ao próximo”, finaliza Walter Figueredo.

Serviço

Concentração na avenida Presidente Vargas para o arrastão na Praça da República.

Quando: 12/06; 19/06; 26/06; 03/07.

Horário: saída do arrastão às 9 horas.

Informações: instagram @arraialdopavulagem

Por Juliana Maia (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

 

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Domingo tem arraial? Tem, sim senhor! O Pavulagem está nas ruas, com a alegria e o arrastão que há 32 anos embalam os corações dos paraenses e dos turistas que visitam Belém no período das festas juninas. O primeiro arrastão, no dia 16, já disse a que veio: reuniu centenas de brincantes no circuito do Teatro da Paz até a praça dos Estivadores, no centro da capital paraense. Acima, veja galeria de fotos do primeiro arrastão, domingo (16).

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  Ronaldo Silva, um dos fundadores do arrastão que virou tradição cultural, destaca a alegria em participar do cortejo que, para ele, promove desenvolvimento e cultura para os paraenses. “O Arrastão do Pavulagem é uma escola sem parede. Há 32 anos um grupo de amigos se uniu para que a gente pudesse trabalhar com a valorização, a divulgação da cultura paraense, fortalecer a identidade amazônica, reconhecer que aqui as práticas culturais são práticas culturais brasileiras”, explicou Ronaldo, que também compõe as músicas da banda.

As cores das fitas que enfeitam os chapéus caem bem com a alegria que o arraial desperta no coração das famílias que participam do cortejo, que sai da praça da República, com concentração a partir de 7 horas. A chegada do cortejo na praça dos Estivadores terá festa e um grande arraial com comidas típicas, artesanatos e muita música.

O cortejo emociona os brincantes. Quem imaginaria que o “Boi Pavulagem do Teu Coração”, que começou com um pequeno grupo de compositores reunidos para enaltecer a música produzida na Amazônia, em 1987, se tornaria um cortejo que sai pelas ruas do centro da capital alegrando os paraenses?

A banda, hoje liderada por Junior Soares e Ronaldo Silva, põe qualquer um para dançar. É uma mistura de imaginário popular das festas juninas, com composições de ritmos e linguagens sonoras da Amazônia. Com oito discos lançados, a banda se prepara para o nono disco, revisitando ritmos, instrumentos e sonoridades que marcaram os mais de 30 anos de estrada.

Os arrastões do Pavulagem ocorrem em dois momentos do ano: o primeiro agora, nos festejos juninos, e os próximos no Círio de Nazaré, festividade religiosa que atrai turistas do mundo inteiro.

Neste ano, o Arraial tem apoio da Prefeitura de Belém e do Governo do Estado, que montaram um palco na praça dos Estivadores onde ocorrem apresentações culturais.

 

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Música, dança e adereços são alguns elementos que compõem as apresentações do Boi Pavulagem. No último domingo (1), o arrastão de enecramento das festas juninas de 2018 saiu da escadinha da Estação das Docas até a praça da República, na região central de Belém, onde um palco estava pronto para o arraial.

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O Boi Pavulagem é uma mistura de culturas da nossa região com o Bumba Meu Boi, do Maranhão. Para Erick Magulas, dançarino que estava como vaqueiro e participa há três anos da festa, o cortejo exige agilidade e malemolência. “Na primeira vez fui de pernalta, depois eu desci para ser apoio e hoje estou de vaqueiro.” 

Essa brincadeira começou há 30 anos com um grupo de músicos que queriam divulgar sua arte. “As pessoas se identificaram com o brinquedo e passaram a vir, a participar e a galera que é ligada aos movimentos folclóricos de Belém entrou no processo. O pessoal dos interiores vem participar do cortejo porque se sente representado. Isso é legal, acho que a maior manifestação é pública, é aberta e sempre será”, explica Alexandre Yure, presidente do Instituto do Arraial do Pavulagem, criado para organizar a festa folclórica.

Para Yure, as pessoas não valorizam mais porque não têm acesso. Por isso, o Instituto tenta promover a cada dia mais o acesso às danças, às músicas e à poesia que o Boi representa. Segundo Yure, há um processo de identificação com as músicas, com o lugar. Surge um sentimento de comunidade que conecta as pessoas. 

Arthur Almeida, que mora em Castanhal, participa há dois anos e diz que a festa é de extrema importância para que a tradição seja realizada. “Não apenas o arraial em si, mas tudo que gira em torno dele, a praça da República, os vendedores”, acrescentou o turista.

Além do Boi Pavulagem, o Cordão do Galo, de Cachoeira do Arari, também resgata a tradição junina no Pará. “Se as pessoas se apropriassem mais deles, elas teriam um carinho, um sentimento maior pela região”, comenta Alexandre. 

“Primeiramente fortificar a nossa cultura. Com isso, vêm a alegria e a exposição. As pessoas vêm porque gostam, vêm para levar a nossa cultura para outros lugares”, explica Erick. Ele disse que ensinou turistas de Natal a dançar e que isso foi o ápice da alegria para ele. "Poder ver que essa tradição está sendo vista por outros olhares." 

A festa teve o apoio da Vale, da Prefeitura de Belém e do Movimento Amigos de Belém. Os organizadores incentivam os participantes a não jogarem lixo nas ruas. Para Alexandre, essa é uma função pedagógica do Boi. "A iniciativa de recolher o lixo, no primeiro domingo de evento, fez com que, no segundo, as próprias pessoas que estavam na festa começassem a ajudar a limpar."

Por Bruna Oliveira.

As ruas da Cidade Velha receberam as cores e os sons do Arraial do Pavulagem. O Arrastão do Círio saiu da Praça do Carmo depois de um ano longe do mais tradicional palco do encerramento do cortejo no mês de outubro. Realizado desde o ano 2000, o Arrastão do Círio celebra as tradições populares do mês de outubro, usando elementos do imaginário cultural paraense como os brinquedos de miriti e o quase esquecido roc-roc. Há 18 anos, o cortejo colore a paisagem do Centro Histórico de Belém no segundo sábado de outubro e espera com a multidão que se aglomera nas ruas a chegada da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré da Romaria Fluvial para homenageá-la. Ao lado do Auto do Círio, o Arrastão mobiliza toda a cidade para o bairro mais antigo de Belém. Veja, abaixo, galeria de fotos do Auto e do Arrastão. O trabalho é de Bruno Carachesti, do LeiaJáImagens.

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