Muitos dos artesãos que estão expondo seus trabalhos na XVI Fenearte têm no artesanato, além de uma fonte de renda, uma tradição familiar. Sobretudo aqueles vindos de Caruaru, onde o barro é matéria prima da arte passada de geração a geração.
Fenearte chega à 16ª edição com mais de 5 mil expositores
##RECOMENDA##É o caso de Dona Marliete Rodrigues, que lida com o artesanato desde os 7 anos. Os saberes do manuseio com o barro vieram da bisavó por parte de mãe e da avó por parte de pai. "Sempre vivi do artesanato, eu e meus irmãos", diz Marliete, "É uma paixão e uma terapia. Fazer o que você gosta é muito bom". Ela e o irmão, Antônio Rodrigues, representam a família de Zé Caboclo. Além deles, as mais novas gerações de filhos e netos também trabalham com o artesanato.
Outras duas famílias bastante tradicionais no mundo do artesanato estão representadas na feira: a do Mestre Vitalino e a do Mestre Galdino. Ambas participam todos os anos da Fenearte e aproveitam a oportunidade para, além de fortalecer as vendas e divulgar seus trabalhos, trocar experiências com os colegas artesãos de todos os cantos do mundo: "É uma aprendizagem com os outros", dz Gerson Galdino, discípulo do mestre Luiz Galdino.
Em comum entre estas famílias, além da tradição passada por gerações, estão os temas trabalhados em sua arte. Cenas do cotidiano e elementos da cultura nordestina dão as formas e o colorido das peças. Na Fenearte, esculturas de todos os tamanhos e preços podem ser encontradas nos estandes das famílias caruaruenses. Avós, pais, filhos e netos estarão até o dia 12 de julho expondo sua arte no pavilhão do Centro de Convenções.
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