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Em nova assembleia, realizada na noite desta quinta-feira (10), os metroviários do Recife decretaram manter a greve por tempo indeterminado com 100% da frota paralisada. A categoria não concordou com a proposta de reajuste salarial de 3,45%, oferecida pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

O percentual proposto está abaixo da última reivindicação do sindicato, que era de 7%. No início da greve, a categoria chegou a pedir um aumento de 25% do piso salarial. O presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Luiz Soares, criticou a proposta oferecida pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST).

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“Se houve gestos para tentar negociar e evitar essa greve, vieram dessa categoria. Sempre estivemos abertos à negociação. Fizemos uma paralisação de 24 horas, outra paralisação de 48 horas. Aceitamos a proposta do TRT6 e do MPT de sentar e conversar. Novamente, em busca de acordo, aceitamos a proposta do MPT de solicitar 7% de reajuste, porém, mais uma vez, a empresa chegou sem nenhuma proposta”, afirmou.

Já o vice-presidente do Sindmetro-PE, Assis Filho, falou sobre a proposta da SEST. “É hora de dar a resposta, a gente vai radicalizar. Greve total, não tem isso de 40% ou 60%, não. É 100% de frota parada”, pontuou. O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) havia determinado o retorno de 60% em horários de pico e 40% nos demais períodos.

Críticas a Lula

Durante a reunião, alguns trabalhadores responsabilizaram a gestão do presidente Luiz Inácio lula da Silva (PT) e se mostraram arrependidos de terem apoiado o líder petista nas eleições do ano passado.

“O presidente Lula precisa saber que quem o elegeu não foram os empresários privatistas, e sim a classe trabalhadora. Retiramos o inominável do poder e colocamos Lula no lugar dele, após ele nos prometer a retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização. Oito meses se passaram e nada foi feito. Iremos para cima, fortes, unidos e sem medo”, disse o maquinista Leandro Félix.

“A nossa decepção tem nome e sobrenome: Luiz Inácio Lula da Silva. Nós votamos nele para que ele mudasse a política do governo anterior. Nós não somos gado para apanhar calados, gados são os bolsonaristas. A gente questiona, se posiciona e vamos à luta”, explicou o metroviário Arquimedes.

Condenados por envolvimento nos esquemas de corrupção investigados pela Lava Jato, o ex-deputado Eduardo Cunha e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, podem ser alvos de pedidos de expulsão. A medida será tomada pela ala jovem do MDB, caso os dois não decidam deixar o partido nas próximas semanas.

"A saída deles é uma forma de oxigenar o partido e mostrar à sociedade que não comungamos dessas práticas”, destacou o presidente da Juventude do MDB, Assis Filho, ao jornal Folha de São Paulo.

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Segundo Assis, a abertura do pedido será debatido pelo grupo em março, se até lá Cunha e Cabral não tiverem deixado a legenda "passarão por esse constrangimento de terem a expulsão solicitada".

Cabral já soma 87 anos de prisão e tounou-se réu, no último dia 10, pela vigésima vez na Operação Lava Jato. Já Eduardo Cunha foi condenado a 15 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sem direito de recorrer em liberdade.

A expulsão de condenados por corrupção já foi abordada por outros nomes do partido, inclusive pela senadora Kátia Abreu (TO) que foi expulsa do MDB depois de uma ação impetrada pela ala jovem. Além dela, o senador Roberto Requião (PR) também é alvo de um pedido assinado pelo grupo com a mesma medida punitiva, por infidelidade partidária.

 

 

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