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O centro do Recife foi ocupado, na última quinta-feira (7), pelo tradicional Grito dos Excluídos, que toma as ruas da cidade há quase 30 anos. Entre representações políticas e sociais, a classe trabalhadora esteve presente por meio das frentes sindicais, reivindicando direitos e melhores condições de trabalho. 

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), presidido por Luiz Soares, participou da caminhada para reforçar as demandas realizadas na última campanha salarial que contou com a greve mais longa da história do órgão. “Esse é um momento importante porque a gente vem discutindo, quando se trata do metrô do Recife, a gente trata de uma política mais geral. A gente agora não tratou só da questão da valorização do trabalhador, mas de uma política de uma recuperação do sistema, contra a privatização, mas também por uma tarifa social de R$ 2,00. E o Grito dos Excluídos engloba tudo isso”, declarou ao LeiaJá

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Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

“Não é só por um transporte público de qualidade, mas também por uma educação pública de qualidade, por uma saúde pública de qualidade, por mais empregos, mais comida na mesa. É um grito muito mais amplo, que é importante nesse momento estar junto aqui, porque a gente amplia nossas forças, e o movimento fica muito mais amplo. É essa luta que a gente quer, levar essa pauta para o governo federal, para que a gente possa avançar. Acredito que já começou a avançar, mas precisamos avançar muito mais, para que a gente possa adquirir esses objetivos tão importante para os trabalhadores e trabalhadoras”, continuou Soares. 

O Sindmetro-PE esteve em discussões extensas nos últimos meses pelo reajuste salarial da categoria, além da retirada da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Plano Nacional de Desestatização (PND), que foi colocada em 2019, e ameaça metrô do Recife de ser privatizado.

“É uma expectativa positiva, até porque na nossa discussão, a gente teve uma pauta ampla. A retirada da CBTU do PND, consequentemente a não privatização do metrô do Recife, acreditamos que podemos avançar nesses quatro anos, e não vai ter privatização. Além disso, recuperar o sistema. Queremos ter um sistema eficiente e que possa garantir o ir e vir desses trabalhadores que tanto usam o metrô do Recife. Acredito que vai ser recuperado, acredito que, se não houver tarifa única, mas que não tenha aumento, e é importante a gente discutir uma coisa: um sistema único de transporte que vai permitir que a gente dialogue com a forma, que a gente tenha um transporte de qualidade, mas também uma tarifa que não altere tanto o [bolso do] trabalhador”, finalizou. 

Pela educação, Sintepe levantou cartazes 

Para Ivete Caetano, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), o tema deste ano, “você tem fome de quê?”, se conecta com a realidade da situação da educação no Brasil. “A educação tem fome, sede de direitos, fome de uma escola pública de qualidade, com merenda, com formação. Fome de valorização profissional, o piso, o nosso plano de carreira. Por isso que nós estamos aqui na rua, porque nós entendemos que só existe Brasil com educação. Só existe soberania nacional com inclusão social, com educação, com direitos para a classe trabalhadora”, declarou ao LeiaJá

Ivete Caetano, presidente do Sintepe. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

“A educação está em um momento ímpar, de esperança, de reconstrução do Brasil. No âmbito do estado, a gente tem um movimento meio que inverso, de grande embate para a garantia dos direitos, aqui no governo Raquel Lyra. Nós estamos inseridos em um Brasil que está pleno de direitos, construção de direitos, Bolsa Família, verbas para a escola pública, para a universidade, emprego, renda, auxílio alimentação. Então, tudo isso junto o caldo que nos fortalece para a luta e resistência aqui em Pernambuco”, finalizou. 

 

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) acatou a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) e retomou as viagens do metrô do Recife em horários de pico, a partir desta sexta (18). Ainda em greve, o sistema volta a operar com 100% da capacidade das 5h30 às 8h30 e das 17h às 20h. 

Na noite da segunda (14), a desembargadora Nise Pedroso, presidente do TRT-6, aceitou o pedido da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e deferiu o funcionamento do sistema apenas nos horários de maior movimentação de passageiros, sendo facultativa a abertura nos outros períodos. A decisão em caráter liminar também impôs multa diária de R$ 60 mil em caso de descumprimento e o sindicato foi condenado.

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Na mesma noite, lideranças do Sindmetro-PE realizaram uma caravana ao Distrito Federal com cerca de 100 trabalhadores para protestar contra a privatização do transporte. A decisão ainda não havia sido atendida, mas, após reunião ainda em Brasília, foi acertada a continuidade da greve por tempo indeterminado - que completou 16 dias - com a volta das atividades apenas nos horários de pico.

Na manhã desta quinta (17), o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) se reuniu com bases sindicais de outros estados em um protesto em frente ao Palácio do Planalto, no Distrito Federal, para cobrar a permanência da administração federal do metrô.  

Em seu 15º dia de greve, mais de 100 trabalhadores participaram da caravana a Brasília para reivindicar a retirada do metrô do Recife do Plano Nacional de Desestatização (PND). Outra demanda da categoria é a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2023-2025, com reajuste de 7% no salário. 

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"Estamos nos mobilizando, continuaremos lutando. Durante a época de campanha, o presidente Lula se comprometeu com essa categoria, para a retirada da CBTU do Plano de Desestatização e por mais investimentos no Metrô do Recife. Mas, infelizmente, Lula segue a ideia do governo Bolsonaro e avança com essa ideia de entregar a CBTU nas mãos dos empresários. Não iremos deixar", informou o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares.  

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Luiz ainda salientou que o Governo Lula foi eleito pelos trabalhadores e não pela classe empresarial. "Queremos um metrô público, estatal federal e de qualidade para as pessoas. Precisamos de investimentos no Metrô e só Governo Federal tem o aporte necessário para entregar as melhorias necessárias no sistema", avaliou. 

Em greve desde o dia 2 de agosto, os metroviários se recusaram a retomar o serviço nesta quarta (16). As estações permanecem fechadas mesmo com a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) para garantir as viagens em horários de pico.

Na noite da segunda (14), a presidente do TRT-6, a desembargadora Nise Pedroso, acatou a ação cautelar da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e deferiu o restabelecimento integral do metrô das 5h30 às 8h30 e das 17h às 20h. Em sua decisão, a desembargadora fixou a multa diária de R$ 60 mil em caso de descumprimento.

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O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) não cedeu à Justiça do Trabalho e manteve a paralisação integral nessa terça (15). A associação afirmou que ainda não havia sido notificada oficialmente e reforçou a greve por tempo indeterminado, com toda operação suspensa.

O Sindmetro-PE continua sem cumprir a ordem do TRT-6 e vai recorrer da determinação. Na noite da segunda (14), representantes da categoria realizaram uma caravana ao Distrito Federal para protestar em frente ao Palácio do Planalto pelo reajuste salarial e retirada do transporte do Plano Nacional de Desestatização (PND).

Na manhã desta sexta (11), as plataformas de ônibus do Terminal Integrado de Camaragibe, no Grande Recife, ficaram lotadas de passageiros. Muitos deles utilizariam a estação de metrô, mas foram surpreendidos com a suspensão do serviço pelo Sindicato dos Metroviários (Sindmetro-PE). 

A paralisação por tempo indeterminado havia sido suspensa para as negociações pelo reajuste da categoria com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). As viagens foram mantidas com 100% da frota apenas nos horários de pico, mas, com o impasse, voltaram a ser interrompidas nesta manhã. 

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A última proposta da empresa foi aumentar o salário dos trabalhadores em 3,45%, sem aplicação do piso. Os metroviários já haviam aceitado voltar às atividades com o reajuste de 7%. Em decisão unânime na Assembleia Geral na Estação Recife, na noite dessa quinta (10), a greve por tempo indeterminado foi retomada. 

O sistema de transporte é gerenciado pelo governo federal e os trabalhadores reclamam da continuidade do metrô no Plano Nacional de Desestatização (PND), que visa privatizar o serviço. O presidente do sindicato Luiz Soares criticou a condução do presidente Lula (PT).“É um absurdo, uma proposta indecente. Nós não esperávamos isso do Governo Lula”, apontou. 

Em nota, o Sindmetro-PE se diz decepcionado com o governo federal e compara a atual gestão com a do ex-presidente Jair Bolsonaro. "O Governo Lula é uma decepção para os trabalhadores metroviários, pois na campanha se comprometeu em retirar a CBTU da privatização, mas mantém o posicionamento de Bolsonaro", acrescenta.

Em nova assembleia, realizada na noite desta quinta-feira (10), os metroviários do Recife decretaram manter a greve por tempo indeterminado com 100% da frota paralisada. A categoria não concordou com a proposta de reajuste salarial de 3,45%, oferecida pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

O percentual proposto está abaixo da última reivindicação do sindicato, que era de 7%. No início da greve, a categoria chegou a pedir um aumento de 25% do piso salarial. O presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Luiz Soares, criticou a proposta oferecida pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST).

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“Se houve gestos para tentar negociar e evitar essa greve, vieram dessa categoria. Sempre estivemos abertos à negociação. Fizemos uma paralisação de 24 horas, outra paralisação de 48 horas. Aceitamos a proposta do TRT6 e do MPT de sentar e conversar. Novamente, em busca de acordo, aceitamos a proposta do MPT de solicitar 7% de reajuste, porém, mais uma vez, a empresa chegou sem nenhuma proposta”, afirmou.

Já o vice-presidente do Sindmetro-PE, Assis Filho, falou sobre a proposta da SEST. “É hora de dar a resposta, a gente vai radicalizar. Greve total, não tem isso de 40% ou 60%, não. É 100% de frota parada”, pontuou. O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) havia determinado o retorno de 60% em horários de pico e 40% nos demais períodos.

Críticas a Lula

Durante a reunião, alguns trabalhadores responsabilizaram a gestão do presidente Luiz Inácio lula da Silva (PT) e se mostraram arrependidos de terem apoiado o líder petista nas eleições do ano passado.

“O presidente Lula precisa saber que quem o elegeu não foram os empresários privatistas, e sim a classe trabalhadora. Retiramos o inominável do poder e colocamos Lula no lugar dele, após ele nos prometer a retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização. Oito meses se passaram e nada foi feito. Iremos para cima, fortes, unidos e sem medo”, disse o maquinista Leandro Félix.

“A nossa decepção tem nome e sobrenome: Luiz Inácio Lula da Silva. Nós votamos nele para que ele mudasse a política do governo anterior. Nós não somos gado para apanhar calados, gados são os bolsonaristas. A gente questiona, se posiciona e vamos à luta”, explicou o metroviário Arquimedes.

Após uma nova rodada de negociações no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), nesta segunda-feira (7), o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) deverá suspender por 48 horas a greve por tempo indeterminado, deflagrada na última quinta-feira (3). Uma nova audiência ficou marcada para a quarta-feira (9), às 14h, novamente no TRT-6, onde será continuada a negociação do acordo coletivo de trabalho 2023-2024 entre a categoria e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). 

Também participou da reunião representantes Serviço Social de Transporte (Sest), órgão responsável por tomar as decisões pela CBTU. 

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O Sindmetro aceitou a proposta da suspensão da greve feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), representada pela chefe-administrativa Ana Carolina Lima Vieira. “Diante dessa promessa de negociação da SEST, o Ministério Público, acredita que esse prazo vai ser suficiente para que a gente consiga finalizar a negociação. Vamos tentar intermediar um acordo junto com a CBTU e as demais sindicatos das categorias envolvidas. O MPT está bem otimista de que vamos conseguir chegar a um acordo que ponha fim à greve da melhor forma possível”, declarou Vieira. 

Os metroviários se reúnem na noite desta segunda-feira para dar encaminhamento à suspensão, que tem prazo para acabar às 14h da quarta-feira (9), no início da terceira audiência pré-processual. 

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos do Estado de Pernambuco (Sindmetro-PE) se reuniram nesta sexta-feira (4) em uma audiência de conciliação determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), no Recife. As partes se encontraram em uma reunião, que durou mais de duas horas, para entrar em um acordo que pudesse pôr fim à greve dos metroviários, que teve início na última quinta-feira (3), porém não houve acerto nas negociações, e a paralisação vai continuar. 

O Sindmetro-PE, junto com o Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPTPE), ofereceu uma nova proposta de ajuste salarial de 7%, e piso de nível 110, com uma progressão de aproximadamente 15% do salário. A proposta inicial da categoria era um ajuste de 25%, que chegou a ser reduzido para 15%, e um piso de nível 115.

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A CBTU apresentou dificuldade em aceitar o acordo, alegando que não tinha poder para decidir com autonomia. Uma nova audiência foi marcada para a próxima segunda-feira (7), para outra tentativa de conciliação, com a participação da Serviço Social do Transporte (SEST), na pessoa de Elisa Vieira Leone, que deverá tomar a decisão pela CBTU

Segundo Ana Carolina Vieira, chefe-administrativa do Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPTPE), foram firmados os dois pleitos com base em negociação direta com o Sindmetro-PE. "O sindicato já está há 13 anos sem progressão, a categoria está estagnada, pelo que o sindicato afirmou, em termos de progressão da carreira”, afirmou Vieira. 

Ana Carolina Vieira, chefe-administrativa do MPTPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

O presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, declarou que vai confirmar a proposta junto à categoria, que se reúne em assembleia à noite, para votar os novos níveis do acordo. “Espero que a empresa, dessa vez, aceite essa proposta da gente. Porque quem quer negociar é o sindicato, quem não tá querendo é a empresa, e a gente quer voltar ao trabalho”, declarou Soares. 

Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

A reunião foi mediada pelo desembargador do TRT-6, Sérgio Torres, que afirmou esperar que na próxima reunião compareçam representantes do órgão federal capazes de tomar alguma decisão. “Deveria estar participando alguém, de Brasília com poderes negociais”, declarou o desembargador. 

Sergio Torres, desembargador do TRT-6. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

“Tivemos uma certa resistência pelo lado patronal em abrir para uma negociação, sob alegação de que qualquer tipo de definição em relação ao conteúdo de uma negociação coletiva deveria passar por Brasília, eles não teriam autonomia aqui. Mas nós conseguimos avançar em alguns pontos”, complementou Torres, em coletiva. 

A CBTU, que esteve presente na reunião, se retirou do TRT-6 sem falar com a imprensa. Em nota, a Companhia informou que "está empenhada para resolver a questão e aberta para o diálogo com os sindicatos."

Determinação do TRT será cumprida

Na quinta-feira (3), http://leiaja.com/noticias/2023/08/03/trt-preve-multa-de-r-60-mil-caso-m...">o TRT-6 determinou que fosse colocada em circulação 60% da frota de trem nos horários de pico, das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 19h30, e 40% no restante do dia, com pena de multa diária de R$ 60 mil em caso de descumprimento. Na manhã desta sexta-feira, as estações de metrô do Recife amanheceram fechadas e sem funcionar durante todo o dia.

Demandas não atendidas 

Segundo o acordo coletivo, firmado em ata desde abril deste ano, a categoria pediu, entre outras cláusulas, o reajuste salarial e a retirada da CBTU do Plano Nacional de Desestatização (PND), para que a concessão da empresa não passasse para o setor privado. O pleito para assegurar os trabalhadores, em caso de privatização, deverá ser negociado em um outro momento. 

Em junho, os metroviários receberam a negativa da CBTU quanto ao ajuste dos rendimentos dos trabalhadores, alegando erro no cálculo do orçamento. O Sindmetro-PE chegou a realizar duas paralisações temporárias no período, sendo a mais recente quando os trabalhadores rodoviários também fizeram greve. 

Desta vez, a categoria exige que um acordo seja assinado e cumprido, e quer ainda que, no caso da privatização ser confirmada, seus cargos não sejam alterados, e que haja uma seguridade trabalhista para todos os funcionários públicos. 

Passeata até Brasília 

Na assembleia marcada para a tarde desta sexta-feira, a categoria deve assinar quem vai participar de uma caravana até Brasília, liderada pelo presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, para tentar uma negociação diretamente com a presidência da República, para evitar a privatização da estatal.

O presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Luiz Soares, disse que não foi notificado pela Justiça do Trabalho sobre a decisão de manter 60% do serviço nos horários de pico. Nesta sexta (4), segundo dia da greve dos funcionários do metrô do Recife, as estações amanheceram fechadas. 

"Nós não recebemos nenhuma notificação por parte da Justiça. Quando chegar essa notificação a gente vai analisar e ver as possibilidades. Por enquanto, tudo parado", apontou o líder da categoria. "A gente quer fazer o sistema funcionar, mas da forma que está não tem condições", continuou.   

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O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) havia determinado que 60% da operação do metrô fosse mantida entre 5h30 e 8h30 e das 17h30 às 19h30, com 40% da capacidade nos outros períodos. A multa diária de R$ 60 mil foi fixada em caso de descumprimento.  

Soares confirmou que o sistema não opera nesta manhã. "Estou agora no Centro de Manutenção, onde não tem ninguém. Já passei pelas estações de Recife e tudo parado, nenhuma composição rodando, quer dizer, houve uma adesão por parte da categoria", reiterou. 

Justiça reúne CBTU e sindicato nesta sexta

A paralisação do metrô pode chegar ao fim na tarde desta sexta com a nova audiência de conciliação com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), agendada às 15h, na sede do TRT-6, no Cais do Apolo, área central do Recife. 

 "Espero que a empresa trate as coisas com responsabilidade dessa vez e que ela possa trazer uma proposta de fato para a gente, que atenda aos interesses da categoria", apontou Soares. 

Um protesto na Estação Recife, também na área central da capital, é convocado pelo sindicato às 14h, seguido por uma passeata até a frente do TRT-6. A previsão é que, após a reunião, o grupo volta a estação para repassar o resultado da audiência em uma assembleia. 

Na última discussão entre as partes, o Sindmetro-PE aponta que a empresa sequer levou proposta ao debate. "Não avançou em nada. A gente que apresentou uma proposta, para que a gente pudesse negociar e infelizmente ela não trouxe nenhuma proposta, mais uma vez", reclamou. 

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Em greve desde a noite da quarta (2), o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) descumpriu a determinação da Justiça do Trabalho de garantir 60% das viagens nos horários de pico da manhã e da noite. Nesta sexta (4), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e os trabalhadores participam de uma nova reunião de conciliação.  

Antes mesmo da greve ser oficialmente deflagrada, a CBTU procurou o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) com uma ação cautelar para garantir a continuidade do transporte. A Justiça do Trabalho determinou a operação mínima de 60%, entre 5h30 e 8h30 e das 17h30 às 19h30, e 40% do serviço nos outros períodos, sob multa diária de R$ 60 mil em caso de descumprimento. 

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Na manhã desta sexta (4), todas as estações do metrô do Grande Recife amanheceram fechadas e os passageiros não tiveram acesso aos trens.

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O Sindmetro-PE ainda não se posicionou sobre o descumprimento da decisão da Justiça do Trabalho e convoca um protesto na Estação Recife, na área central da capital, às 14h, com a previsão de uma passeata até o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco. 

Também está programada para hoje, às 15h, uma nova reunião no TRT-6 para negociar o fim da greve. A tentativa de conciliação volta a colocar o Sindmetro-PE e a CBTU frente a frente. 

Os funcionários do metrô cobram a retirada da empresa do Plano Nacional de Desestatização (PND) e o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023/2025, conforme a ata do dia 19 de junho. A CBTU e as bases de Recife, João Pessoa, Maceió e Natal teriam acertado o reajuste de 15% do salário base, mas a empresa diz que não pode cumprir porque o governo federal não aceitou. 

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro) se reuniu em assembleia, nesta quarta-feira (3), na Estação Central do Recife, e decidiu deflagrar greve por tempo indeterminado, a partir da quinta-feira (4). A votação determina que, na próxima sexta-feira (5), seja feita uma passeata no Recife, seguida de nova assembleia para reafirmar a manutenção da paralisação. A reunião ainda vai decidir se a categoria fará uma excursão até Brasília para negociar diretamente com o governo federal.

A categoria reivindica, além de reajuste salarial no Acordo Coletivo Trabalhista (ACT) 2023/2025, que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) seja retirada do Programa Nacional de Desestatização (PND). Durante a tarde, as lideranças sindicais se encontraram com representantes da CBTU e do Governo Federal para negociar uma possibilidade de não haver paralisação.

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Na assembleia, o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, afirmou que a CBTU não aceitou nenhuma proposta da categoria. O presidente afirmou ainda que também não houve nenhuma contraproposta por parte do patronato. “Não há discussão com empresa que não honra nada”, declarou Soares.

Membros da assembleia comentaram acerca da incerteza de saber se os trabalhadores terão seus empregos mantidos, ou ao menos seus cargos realocados, caso a privatização aconteça de fato. Mesmo sendo contrária à ideia, a categoria espera medidas concretas  por parte do PND para evitar demissões.

Luiz Soares também se reuniu no dia 31 de julho com o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, com pedido de colaboração do banco na recuperação do metrô do Recife. Câmara se mostrou disposto a ajudar o equipamento, segundo Soares, e apresentou a disponibilidade de oferecer uma linha de financiamento e, se necessário, fornecer 50% dos recursos para melhorar o sistema do Metrô do Recife.

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) pode anunciar greve por tempo indeterminado a partir de amanhã. Nesta terça (1º), a categoria vota a paralisação em Assembleia Geral, agendada às 18h, na Estação Recife, na área Central. 

 Nessa segunda (31), os trabalhadores se reuniram com o Banco do Nordeste e com a equipe do presidente Lula (PT) para negociar a retirada do transporte do Plano Nacional de Desestatização (PND). 

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Na busca pelo reajuste salarial com a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023-2025, o sindicato participou de um encontro virtual com a Secretaria Geral de Diálogo da Presidência, na tarde desta segunda (31).  

Após ouvir as reivindicações, foi agendada uma nova reunião, ainda para esta terça, com a participação do Ministério do Trabalho, da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), da Companhia Brasileira de Trans Urbanos (CBTU) e do Sindicato dos Ferroviários do Nordeste. 

Mais cedo, o Fórum Permanente em Defesa do Metrô do Recife esteve com o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, que se mostrou interessado em reestruturar o transporte para garantir a continuidade do serviço pelo governo federal. 

"Eu torço muito pra que haja um desfecho positivo, que o banco possa ajudar neste processo. Como cidadão de Pernambuco, eu torço para que o desfecho seja o que vocês estão pleiteando. Eu acho que o melhor caminho nesse momento é recuperar o que tem, urgente! O Banco do Nordeste está à disposição, é uma decisão de governo mas, se for consultado, defenderá a recuperação do sistema pelo Governo Federal. O Banco do Nordeste está à disposição inclusive para participar de qualquer equação financeira no tocante a infraestrutura”, afirmou Paulo Câmara. 

Na ocasião, foi entregue o documento "Metrô nos trilhos é atendando à população" e o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, informou que o valor mínimo para reverter o sucateamento do sistema gira em torno de 1 bilhão e meio de reais. 

"Com 1 bilhão e meio a gente recupera o sistema e bota para funcionar a todo o vapor. Compra algumas composições, recupera as estações, recupera a linha, recupera a rede aérea, recupera as subestações, colocar tudo para funcionar com toda a força possível”, garantiu o representante. 

Pernambuco atravessa uma crise no transporte público desde a semana passada. Após seis dias de greve, os rodoviários negociaram um acordo com os empresários nessa segunda. Os serviços de ônibus e o metrô chegaram a ficar paralisados por dois dias, em uma mobilização conjunta por aumento salarial e melhores condições de trabalho.

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco solicitou uma reunião com a governadora Raquel Lyra (PSDB) para buscar apoio contra o processo de privatização e pedir melhorias no sistema de transporte. De competência federal, o metrô do Recife vive uma realidade de falhas recorrentes é considerado um equipamento sucateado pela falta de investimentos nos últimos anos. 

Uma audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais, do Senado, foi requisitada pelo senador Humberto Costa (PT) para a próxima terça (31). Na ocasião, será debatido o Plano de Recuperação do Metrô do Recife e a retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND). 

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Mesmo com o presidente do Sindmetro, Luiz Soares, em Brasília para articular diretamente com o governo federal, na quarta (24), o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, anunciou o envio de R$ 260 milhões para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em 2023. O valor é considerado insuficiente diante do problema do modal em Pernambuco. 

"São anos sem verbas e com o sistema colapsado e o valor de investimento é muito pouco para o tamanho do problema. É preciso que o governo entenda a real situação da CBTU e envie os valores necessários para resolver o problema. O valor é bem-vindo, mas não é suficiente”, pontuou o presidente nas redes sociais. 

Nesta quinta-feira (20), os metroviários do Recife se reunirão na Estação Central, localizada no bairro de São José, às 18h. Durante a Assembleia Geral Extraordinária organizada pelo Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), os profissionais discutirão se haverá a deflagração de greve no sistema ferroviário.

Ao LeiaJá, o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, disse que "até o momento" o objetivo é decretar a greve, porém será necessário aguardar como procederá as discussões na reunião. "Vamos ver o sentimento da categoria na Assembleia, que é o espaço de decisão", disse. 

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A principal reivindicação da categoria é a retirada da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Programa Nacional de Desestatização (PND). O Sindmetro considera que a privatização não é solução para resolver os problemas no Metrô, pois o sistema precisa de investimentos e verbas de custeio para voltar a funcionar com qualidade.

Também ao LeiaJá, na última terça-feira (18), Luiz Soares, cobrou uma postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  “Os trabalhadores estão se sentindo assim, não posso dizer traídos, mas foram apunhalados covardemente pelo governo, porque a ação tomada pelo presidente foi um golpe para os trabalhadores e trabalhadoras da CBTU e da Transurb”, disse.

“Porque o presidente Lula se comprometeu em retirar a CBTU do PND e infelizmente isso não ocorreu. Então, vamos fazer uma grande assembleia e vamos fazer uma grande paralisação, porque o Lula precisa rever todo o seu posicionamento com relação à CBTU e à Transurb, principalmente o metrô do Recife”, completou.

A assembleia do Sindicatos dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) lançou oficialmente o Fórum Permanente em Defesa do Metrô e suspendeu o estado de greve, nessa quinta-feira (26). Com apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE) e mais de 20 entidades, o núcleo vai discutir sobre meios para evitar a privatização do metrô do Recife.

A mesa de debate permanente foi apresentada durante reunião no Auditório do Edifício Sede Administrativo da Superintendência de Trens Urbanos do Recife (STUREC). Uma comissão de 11 pessoas já havia indicado a criação do fórum, no último dia 13.

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Entre a pauta contra a abertura do serviço à administração privada, o fórum vai avaliar as condições de uma futura paralisação. Os profissionais pedem mais investimento federal para manutenção e melhoria do transporte, além da tarifa social de R$ 2, que contribua com a economia dos usuários.

"O metrô é o transporte público mais seguro, rápido e ecológico que temos no Recife. Por isso, é essencial que ele continue sendo público e atendendo a população de maneira ampla, com os investimentos necessários sendo aplicados e para isso, o Governo Federal precisa mandar os valores solicitados pela CBTU para que as manutenções e reparos sejam feitas, melhorando o serviço do metrô", reforçou o sindicato.

As entidades que integram o Fórum:

Sindicato dos Metroviários de Pernambuco Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco;



Conselho de Arquitetura e Urbanismo Federação Nacional dos Metroferroviários; Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe); União Nacional dos Estudantes (UNE);



União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES);



União dos Estudantes de Pernambuco (UEP);



Clube de Engenharia Sindicato dos Engenheiros e Arquitetos de Pernambuco;



Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco;



Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste;



Associação dos Engenheiros Ferroviários do Nordeste;



Sindicato dos Ferroviários do Nordeste;



Sindicato dos trabalhadores em empresas Ferroviárias da Paraíba - SINTEFEP; Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Rio grande do Norte - SINTEFRN;



Sindicato dos trabalhadores Ferroviários do Nordeste - SINDFER/NE;



Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários de Alagoas - SINFEAL;



CUT;



CTB;



FENAMETRO;



Sinpro;



Sindmetro-BH;



Sindupe;



Sindicato dos Papeleiros;



UNACOMOPE;



Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo;



Sindicato dos Bancários de Pernambuco;



Simpere;



Sindicato dos Metalúrgicos.

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro) realizará Assembleia Geral Extraordinária às 18h desta quinta-feira (26), para decidir se haverá greve da categoria, que se opõe à privatização do metrô. Conforme anunciado no início de maio, o metrô do Recife vai passar por licitação e sua responsabilidade ficará a cargo da iniciativa privada nos próximos 30 anos.

Além de contrários à privatização, os metroviários pedem mais investimentos ao sistema do metrô e defendem uma tarifa social de R$ 2 para a população. Após uma sequência de aumentos, a tarifa estacionou em R$ 4,25, apesar do serviço não ter apresentado melhorias.

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Na noite da quarta-feira (25), de acordo com o Sindmetro, o presidente do sindicato, Luiz Soares, e outros representantes sindicais, foram recebidos pelo governador Paulo Câmara (PSB), pela vice-governadora Luciana Santos (PCdoB), e pelo presidente estadual do PSB, Sileno Guedes. A reunião teve como objetivo ouvir qual é a decisão do Governo do Estado de Pernambuco sobre o processo de privatização do metrô.

Ainda de acordo com a entidade, Câmara repudiou a “degradação do sistema [metroviário] feita pelo Governo Federal” e alegou que não há diálogo com a esfera Executiva nacional. O governador também teria afirmado que não há interesse, por parte do Governo Estadual, de administrar o metrô. Por fim, o socialista disse que não assinará nada definitivo até o fim de sua gestão.

Também nesta quinta-feira (26), às 10h, o Sindicato dos Metroviário e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE) lançam o Fórum Permanente pela Mobilidade e em Defesa do Metrô, no Auditório do Edifício Sede Administrativo do STUREC, no Recife.

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Uma comissão de 11 pessoas participou de um encontro nesta sexta-feira (13), no gabinete da presidência do Crea-PE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco) para criação do fórum para discutir sobre o metrô. 

O presidente do Crea, Adriano Lucena disse, no encontro que recebeu os representantes do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) e o corpo técnico da CBTU, que a luta pela melhoria do metrô é possível. "O Crea defende a empresa pública de qualidade, a ampliação do metrô, a geração de emprego. Não é uma luta fácil, mas é possível. A gente tem que juntar pessoas. O Crea coloca-se à disposição para construir, caminhando com vocês nessa difícil missão. A gente consegue, de forma propositiva, construir um caminho para a solução possível neste momento", assegurou. 

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O encontro, que contou com a presença do presidente do (Sindmetro-PE), Luiz Soares, seu vice-presidente, Valmir Assis, acompanhado do vice-presidente do Crea-PE, Stênio Cuentro, do superintendente de gestão do Crea-PE, Marcos André Carvalho, do presidente do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco (Senge-PE) e conselheiro do Crea, Mozart Bandeira, e da gerente de gestão de pessoas do Crea-PE, Lívia Estrela, já está com nova data marcada para o dia 18 de maio, às 17h, no auditório do Crea. Desta vez, outras entidades participarão da congregação. 

Luiz Soares, por sua vez, lamentou a falta de investimento. "Com base em estudos e relatórios, hoje o metrô para funcionar bem, o Governo Federal teria que disponibilizar US$ 1,5 bilhão, ao longo de quatro anos, e R$ 300 milhões, por ano, como verba de custeio. Eu tenho certeza absoluta que num período de 6 meses a um ano você já veria resultados importantíssimos para a população e ao final dos quatro anos a gente terá esse metrô praticamente recuperado, atendendo bem à população". 

Ele contou que o intervalo de circulação de trens, que hoje é de 10 a 15 minutos, reduziria para 4 a 5 minutos, o que garantiria mais gente circulando. 

"O metrô não é para dar lucro financeiro. Pode-se dar um lucro de outra forma: um sistema que não polui o ambiente, que não provoca trânsito, não provoca engarrafamento, que permite ao usuário chegar com mais rapidez. Em 30 minutos ele já está em casa, com a redução no estresse na vida do trabalhador que chega a passar duas horas no engarrafamento no trânsito. O metrô contribui para diminuir o custo na saúde e contribui com uma série de fatores para a economia do Estado", observou Soares, que defendeu a criação de uma tarifa social de R$ 2. 

Os servidores do metrô do Recife decretaram estado de greve, na noite dessa quarta-feira (12), para se posicionar contra a concessão do ramal à iniciativa privada. A decisão ainda não altera o funcionamento do metrô, mas representa o primeiro passo para a paralisação.

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Em assembleia extraordinária, com a participação de cerca de 500 profissionais, na Estação Central do Recife, a categoria defendeu melhorias no sistema e a tarifa social de R$ 2,00. As mobilizações dos metroviários serão mantidas até a próxima quinta-feira (19), quando uma nova assembleia vai discutir o futuro do movimento.

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Durante assembleia realizada na noite da quinta-feira (24), metroviários de Pernambuco decretaram estado de greve. Agora em situação de alerta, a categoria pode confirmar de vez a greve em nova assembleia agendada para o dia 7 de junho.

Segundo o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), os trabalhadores estão com "altíssimo grau de insatisfação". As reivindicações são principalmente por causa do reajuste salarial referente ao ano de 2017 e condições estruturais do sistema metroviário.

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"A postura do Governo Federal e da CBTU [Companhia Brasileira de Trens Urbanos], com relação a protelar e não resolver o dissídio da categoria, está gerando o nível de insatisfação muito alto. Isso está provocando uma crise não só no Recife. Belo Horizonte já decretou greve", explica Levi Arruda, diretor de comunicação do Sindmetro-PE.

A discussão sobre o reajuste dos metroviários já chegou até o Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas, segundo a categoria, a CBTU entrou com uma manobra para protelar a decisão. "Eles apresentaram também uma proposta para que abríssemos mãos do retroativo referente a esse período. O ministro relator do TST chegou a apresentar um reajuste de 3,98% mais retroativos, o que seria aceito pela base, mas uma ministra pediu vistas", complementa Levi, destacando que não houve mais avanços e até uma proposta pior chegou a ser apresentada posteriormente.

A nova tarifa do metrô começou a valer nesta sexta-feira (11). No Recife, o valor da passagem saltou de R$ 1,60 para R$ 3, um acréscimo de 87,5%. Na Estação Central da capital, no bairro de São José, movimentos sociais realizaram um ato, com entrega de panfletos para os usuários.

Com apoio de carro de som, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP) e demais movimentos acusavam a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de autorizar um aumento absurdo. O descontentamento também fazia parte do discurso dos usuários. 

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“É um transporte péssimo. Quase sempre sem ar condicionado, durante a viagem, falta luz, segurança nenhuma, muito ambulante. É um absurdo haver esse aumento”, diz a passageira Alice Sampaio, de 21 anos, que é artista. Uma das principais reclamações dos usuários, como foi no caso de Alice, é com relação ao ar condicionado, que tem problemas constantes. 

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“Esse valor é um abuso, quase 100% de aumento. Se fosse algo em torno de 2%, 3%, tudo bem. O ar condicionado quase sempre está quebrado, quando chove tem vazamento demais. É uma pena que o povo não se una, é cada um por si”, lamenta o mecânico Elias Barbosa, 64. “Claro que não é um aumento justo. É um transporte péssimo, não tem conforto, ar condicionado é quebrado...”, complementa o cabeleireiro Marcelo de Andrade.

Para o diretor de comunicação do Sindmetro-PE, Levi Arruda, o aumento da tarifa do metrô é uma estratégia para atrair a privatização do sistema. “A gente precisa de orçamento, não aumento. O governo federal deveria prover esse orçamento maior. De onde viria o dinheiro? A União passa grande parte do tempo perdoando dívidas milionárias de empresas caloteiras e grande parte do orçamento vai para pagamento de juros a banqueiros”, critica Arruda. O integrante do sindicato destaca que não há um plano de investimento ou garantias de que melhorias ocorrerão.

Cerca de 400 mil pessoas utilizam o metrô do Recife diariamente. Desses, 56% acessam o sistema metroviário pelos terminais de integração. O último ajuste da tarifa da capital pernambucana havia ocorrido há seis anos. A expectativa com o aumento é arrecadar R$ 110 milhões por ano. 

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