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O presidente russo Vladimir Putin concedeu a Ordem do Valor, uma das maiores distinções do país, ao astronauta americano que sobreviveu à decolagem fracassada de um foguete Soyuz há um ano.

De acordo com um decreto presidencial publicado nesta terça-feira (8), o americano Nick Hague, 44 anos, foi recompensado por "sua bravura e seu alto grau de profissionalismo" em condições perigosas durante o lançamento abortado no cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão.

Em 11 de outubro de 2018, o foguete Soyuz, no qual Nick Hague e o russo Alexei Ovchinin estavam, registrou uma falha durante a fase de lançamento. A cápsula que os levaria à Estação Espacial Internacional (ISS) foi automaticamente separada e devolvida ao solo com os dois tripulantes ilesos.

O foguete se desintegrou logo depois, um acidente sem precedentes no programa espacial russo desde o final da ex-URSS. Em março, ambos viajaram com sucesso para a ISS, de onde retornaram na semana passada, após uma missão de seis meses.

Considerada uma das mais altas distinções russas, a Ordem do Valor é frequentemente entregue de forma póstuma. A Estação Espacial Internacional é um dos mais recentes exemplos de cooperação ativa entre a Rússia e os Estados Unidos, em um contexto de tensões sem precedentes desde o final da Guerra Fria.

O astronauta Edgar Mitchell, um dos poucos sortudos a pisar na lua onde chegou como parte da Apollo 14 em 1971, morreu aos 85 anos.

Mitchell morreu na noite de quinta-feira em um hospital de West Palm Beach, Flórida (sudeste dos Estados Unidos), depois de uma curta doença, disse sua família ao Palm Beach Post.

Nascido no Texas em 17 de setembro de 1930, Mitchell foi o sexto astronauta da Nasa a pisar o solo lunar, de um grupo de uma dúzia que conseguiu essa façanha.

Cinco anos após começar a trabalhar na agência espacial dos Estados Unidos, em 31 de Janeiro de 1971, Mitchell decolou do Centro Espacial Kennedy em Cabo Canaveral, na Flórida, na missão Apollo 14, com Alan Shepard Jr. e Stuart Roosa, de acordo com a biografia da Nasa.

Mitchell foi encarregado de pilotar o módulo lunar Antares, que pousou na região da cratera Fra Mauro. Lá, os astronautas realizaram um grande número de experimentos científicos e recolheram mais de 40 quilos de rochas lunares para trazer de volta à Terra.

A missão foi concluída com êxito em 9 de fevereiro de 1971, quando os astronautas pousaram no Oceano Pacífico.

Mitchell, que teve um total de 216 horas e 42 minutos no espaço, era o único astronauta dessa missão que ainda vivia. Roose Shepard morreu em 1994 e em 1998.

Em 1972, Mitchell se aposentou da Nasa, mas manteve uma vida ativa desde então.

Nunca fugiu da polêmica, como quando em 1973 fundou o Instituto de Ciências Noéticas, dedicado a fenômenos não-convencionais - e até mesmo disse que acreditava em Ovnis, embora afirmasse que nunca tinha visto um.

Foi autor de vários livros, incluindo "Psychic Exploration: A Challenge for Science", de 1974.

O astronauta deixou duas filhas, três filhos adotivos e nove netos.

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