Duas comissões para apurar supostos crimes praticados por agentes no sistema prisional de Alagoas foram criadas pela Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap). Alguns servidores do Presídio Baldomero Cavacanti, em Maceió, teriam facilitado a entrada de drogas e celulares em módulos de segurança máxima. Os agentes também são investigados por participação em outros atos de corrupção.
O superintendente geral de Administração Penitenciária, Carlos Luna, assinou a portaria, que foi publicada no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (10).
##RECOMENDA##Os nomes dos agentes que teriam praticado os supostos crimes não foram divulgados.
Denúncias de maus tratos
O Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) anunciou, na semana passada, que vai inspecionar as instalações do recém-inaugurado Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano, após receber denúncias de maus-tratos. A inspeção também vai apurar a denúncia de que o fornecimento d'água e de alimentação para os reeducandos é deficiente, de acordo com o procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio ao Ministério Público em Arapiraca, Geraldo Magella Barbosa Pirauá, que integra o Conseg.
A Associação dos Advogados Criminalistas de Alagoas (Acrimal) chegou a protocolar pedido de prisão do superintendente-geral de Administração Penitenciária, coronel Carlos Luna, junto à corregedoria e à presidência do Tribunal de Justiça (TJ), por desobediência, visto que um acórdão proibia a transferência de presos que estavam no Baldomero Cavalcanti. No entanto, o juiz da Vara de Execuções Penais, José Braga Neto repudiou a informação ao afirmar que os advogados estariam 'causando tumulto', já que o superintendente, na opinião do magistrado, 'agiu corretamente, para evitar princípios de motim ou rebelião no Baldomero'.