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Exatos 30 dias antes do início da Copa do Mundo de 2014, a Embaixada do Brasil na Alemanha foi alvo de um ataque de vândalos contrários à realização do evento. Quatro homens encapuzados depredaram vidros de uma das fachadas do prédio, atirando mais de 80 pedras contra a representação brasileira na capital, Berlim. A ação do grupo foi flagrada por câmeras de segurança de um circuito interno de TV, mas os responsáveis ainda não foram identificados.

O ataque aconteceu por volta de 1h de segunda-feira (12). Acionada, a polícia chegou após a fuga dos vândalos, que continuavam foragidos até a noite de ontem. Às 11h de ontem, os supostos autores do ataque divulgaram um manifesto, em que assumem a autoria da ação. De acordo com o serviço brasileiro da rede pública de rádio e TV Deutsche Welle, o texto foi escrito em alemão e publicado em um site de movimentos de esquerda radical.

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O documento critica os gastos excessivos com o Mundial e usa o slogan dos movimentos contrários à realização da Copa do Mundo no Brasil: "Não vai ter Copa". O ataque em Berlim acontece na mesma semana em que a revista alemã Der Spiegel publicou reportagem de dez páginas, em que adverte para o risco de caos no País em razão dos protestos que podem acontecer.

O Urso de Ouro conquistado no Festival de Berlim pelo filme chinês "Black coal, Thin Ice" provocou curiosidade e perguntas nesta segunda-feira no país asiático, onde o longa-metragem ainda não estreou, e, entre as dúvidas, está uma eventual censura oficial.

O filme do diretor Diao Yinan narra a história de um ex-policial que se apaixona por uma suposta assassina. Tem enigmáticos 'flashbacks' e se passa nos anos 90 no norte da China. O diretor, até então um cineasta de obras experimentais e autorais, mostrou neste thriller sua faceta mais "comercial".

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Liao Fan, o protagonista, recebeu o Urso de Prata de melhor ator. Após a premiação, o filme foi o mais pesquisado na área de cinema do Sina Weibo, o equivalente chinês do Twitter. "Por quê os filmes que ganham prêmios são os que nunca são divulgados?", questiona um internauta. "Com o tema sensível e o forte conteúdo, não sei se permitirão que seja exibido na China, ou se terá muitos cortes", afirma outro.

Apesar das dúvidas, o governo anunciou na imprensa oficial que "Black Coal, Thin Ice" estreará na China em abril ou maio.

O ganhador do Urso de Ouro de melhor filme, do 64º Festival de Cinema de Berlim, ficou com "Carvão negro, gelo fino", do diretor chinês Diao Yinan.

Confira abaixo a lista dos vencedores do Urso de Ouro desde 1994:

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- 1994: "Em nome do pai", de Jim Sheridan (Irlanda/Grã-Bretanha)

- 1995: "A isca", de Bertrand Tavernier (França)

- 1996: "Razão e sensibilidade", de Ang Lee (EUA)

- 1997: "O povo contra Larry Flint", de Milos Forman (EUA)

- 1998: "Central do Brasil", de Walter Salles (Brasil)

- 1999: "Além da linha vermelha", de Terence Malick (EUA)

- 2000: "Magnólia", de Paul Thomas Anderson (EUA)

- 2001: "Intimidade", de Patrice Chéreau (França)

- 2002: "Domingo sangrento", de Paul Greengrass (Grã-Bretanha/Irlanda), e "A viagem de Chihiro", de Hayao Miyazaki (Japão)

- 2003: "Neste mundo", de Michael Winterbottom (Grã-Bretanha)

- 2004: "Contra a parede", de Fatih Akin (Alemanha/Turquia)

- 2005: "U-Carmen eKhayelitsha" (Carmen de Khayelitsha), de Mark Dornford-May (África do Sul)

- 2006: "Em segredo", de Jasmila Zbanic (Bósnia-Herzegovina)

- 2007: "O casamento de Tuya", de Wang Quan'an (China)

- 2008: "Tropa de elite", de José Padilha (Brasil)

- 2009: "A teta assustada", de Claudia Llosa (Espanha/Peru)

- 2010: "Um doce olhar", de Semih Kaplanoglu (Turquia/Alemanha)

- 2011: "A separação", de Asghar Farhadi (Irã)

- 2012: "César deve morrer", de Paolo e Vittorio Taviani (Itália)

- 2013: "Instinto materno", de Calin Peter Netzer (Romênia)

- 2014: "Carvão negro, gelo fino", de Diao Yinan (China)

O thriller do diretor chinês Diao Yinan "Carvão negro, gelo fino", história de um ex-policial que se apaixona por uma suspeita de assassinato, ganhou o Urso de Ouro da 64ª Berlinale, neste sábado. O protagonista do filme, Liao Fan, levou o Urso de Prata de melhor ator.

O diretor Diao Yinan usa os personagens do ex-policial e da mulher fatal como uma referência direta ao cinema clássico de detetives, sem deixar de entrar na vida das pessoas comuns.

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Vinte e cinco anos após a queda do Muro de Berlim, o documentário Anderson, exibido nesta quinta-feira (13) na Berlinale traça a vida dupla de Sascha Anderson, ícone da cena artística underground de Berlim que, paralelamente, trabalhava como um informante da Stasi, a polícia secreta da Alemanha Oriental. Este escritor, poeta e músico, de 61 anos, vive hoje em Frankfurt, mas foi uma figura chave de Prenzlauer Berg, beco de Berlim que atraia artistas alternativos da RDA nos anos 80, e hoje um dos bairros mais populares da capital alemã.

Sascha Anderson poderia ter se tornado uma das principais figuras intelectuais de seu país, mas está mais associado ao apelido de "Sascha Arschloch" (Sascha Babaca), dado por um amigo, que revelou ao público a relação do artista com a Stasi. Anderson, o filme que a diretora de origem alemã Annekatrin Hendel dedicou a ele, tenta traçar muito mais do que a carreira do homem que, para seus amigos e para muitos outros, encarna a figura absoluta do traidor.

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"Não sou juíza, e sim diretora", explicou à AFP. "Queria entender a história e contá-la através dele e de outros que tiveram alguma relação com ele (...) Este filme sobre a culpabilidade e expiação também faz a gente pensar se, 25 anos depois, somos capazes de falar sobre o assunto".

Os documentos de arquivo fazem o espectador penetrar nesta época apaixonante e efervescente, onde a livre criação artística encontrava refúgio nas cozinhas, e ao mesmo tempo mergulha em Anderson, atormentando pelas mentiras, traições, culpa e rancor. Anderson não procura desculpas, não pede perdão. "Vemos seu olhar, sua incerteza (...) ele tem essa natureza contraditória", afirma Hendel.

Após o filme, o verdadeiro Anderson, que veio prestigiar a exibição, saiu para beber com seus ex-amigos. Eles não se viam há 25 anos, a noite será longa, garante Hendel.

Muito sangue por um punhado de yuanes

Já o filme chinês Terra de ninguém, do jovem diretor Ning Hao, trata da ganância nas montanhosas regiões do deserto de Gobi, no extremo norte chinês. Pao Xiao, um brilhante advogado interpretado pelo ator Xu Zheng, tira da prisão um mafioso que procura fazer fortuna com a caça ilegal de falcões.

Para pagar seus honorários, o mafioso dá seu carro de luxo ao advogado que não hesita em segui-lo a toda velocidade pelo deserto de Gobi até um tribunal localizado a 500 km, onde deve participar de um outro julgamento. Os capangas do mafioso montam uma armadilha na estrada para tentar roubar o carro. Este é o início de uma série de confrontos sangrentos, filmado como um western.

"Este filme pode ser considerado tanto um filme de road movie quanto um western. Acredito que quando for exibido na China vão rotulá-lo de humor negro, mas não é uma comédia", disse o diretor do Ning Hao. "Os falcões estão enjaulados. Este animal simboliza a força e a liberdade. Mas quando estão presos encarnam o desejo de ganhar dinheiro, a ganância", acrescenta o diretor, que diz ter demorado quatro anos para finalizar o filme por causa da censura.

Hao não esconde a sua paixão pelos westerns. "Desde criança gosto muito. O deserto de Gobi, no norte da China, e sobretudo a paisagem montanhosa de Khingan, se apresentavam como o cenário perfeito para um western, mas essa não foi a ideia, a violência é universal", declarou.

Embora a tênue de soirée, ao contrário de Cannes, não seja obrigatória na Berlinale, Karin Aïnouz e seu elenco vão se vestir de gala para a première internacional de Praia do Futuro. Afinal, a ocasião merece. O filme devolve nesta terça-feira (11), o Brasil à competição pelo Urso de Ouro, que o País já venceu duas vezes - em 1998, com Central do Brasil, de Walter Salles, e em 2008 com Tropa de Elite, de José Padilha.

Pode ser mera coincidência, mas o Capitão Nascimento, Wagner Moura, também volta à Berlinale, e num papel bastante diferente. Wagner faz Donato, o irmão mais velho de Jesuíta Barbosa. Ele veio para a Alemanha e sumiu. O caçula, que sempre teve no irmão o seu super-herói, vem atrás dele.

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É um filme de descoberta, de amadurecimento. Aborda predominantemente personagens masculinos - e a obra de Karin privilegia as mulheres. São filmes quase sempre intimistas, delicados. Karin agora muda o tom. Fez um épico - do seu jeito. Explorando a porção feminina, a fragilidade, do super-herói. Está contente com Praia do Futuro, mas também ansioso. "É a primeira vez que concorro num grande festival internacional. É muita expectativa", avalia.

No sábado, Karin serviu de guia para o repórter, conduzindo-o num tour por Berlim. Visitaram as locações de Praia do Futuro na capital alemã. O filme passa-se 60% na Alemanha e 40% no Brasil - ou 70% e 30%. A principal locação brasileira é a praia de Fortaleza que lhe dá título. Karin nasceu no Ceará, frequentou muito a Praia do Futuro. "Sempre quis fazer um filme naquela locação, que foi muito importante na minha infância e juventude. Mas não era só o lugar. Era o nome, também. Praia do Futuro pode ter muitos significados e eu insisti para manter o título na versão internacional. Não houve tradução. Quem ficar intrigado, procure para saber."

Fortaleza, A Praia do Futuro

Berlim. Karin quer capturar a alma das cidades. "Não consigo filmar em lugares que não significam nada para mim", resume. O tour começou à 1 da tarde de sábado, 08, quando o carro da produção apanhou o repórter no hotel em Potsdamer Platz e o levou ao bairro de Neukolln, onde Karin reside. "Vim para Berlim em 2004, logo depois de fazer Madame Satã. O governo alemão tem um programa de residentes. Eles convidam artistas para que fiquem um ano no país. Dão casa e pagam salário para que você faça o que quiser. Pode até não fazer nada, só desfrutar da cidade, mas foi um período de muito trabalho para mim. Foi quando Praia do Futuro começou a nascer." Você pode pensar - mas então o filme demorou dez anos para ser feito? A escritura do roteiro começou lá atrás, mas Praia do Futuro foi feito nos últimos quatro anos.

"Não de forma consecutiva. Fiz muita coisa no período. Filmei depois da Berlinale de 2012, cinco semanas, e depois mais três em Fortaleza, em outubro. E passei 2013 montando o filme com calma. Como tem tudo a ver com a cidade, mostrei-o à Berlinale ainda no ano passado, quando não estava pronto. Eles toparam em seguida." A própria escolha das locações explicita a ligação de Karin Aïnouz com Berlim. Ele foi morar em Nova Colônia, um bairro de trabalhadores, na antiga Berlim Oriental.

Neukolln é marcado pela miscigenação cultural, porque os aluguéis, há dez anos, eram mais baratos. Era uma zona mais tranquila das cidade, agora está virando uma Vila Madalena, cheio de bares e restaurantes, Um bairro boêmio. A primeira parada foi no local onde fica o apartamento de Konrad (Clemens Schick), que faz o namorado alemão de Wagner. Pronto - está revelado o segredo de Polichinelo. Se a ideia era humanizar/fragilizar o super-homem, nada melhor do que dar um personagem diferente ao heroico Capitão Nascimento.

Wagner faz um salva-vidas na praia do Futuro. O filme divide-se em três capítulos. No primeiro, O Abraço do Afogado, dois turistas alemães estão se afogando, Wagner salva um, o outro morre. Inicia-se uma ligação que o levará à Alemanha. Essa primeira parte se passa em 2004. Em 2012, o caçula chega à Alemanha em busca do irmão, mas não é fácil encontrá-lo. Karin explica sua escolha do ator que faz o papel - "Se tinha o Wagner, que não era cearense, queria, absolutamente, que o irmão fosse de Fortaleza. Fiz teste de elenco e cheguei ao Jesuíta (Barbosa)." O cinéfilo sabe quem é - Jesuíta tem importante participação e até foi premiado no Festival do Rio por Tatuagem, de Hilton Lacerda. A casa do amante alemão fica no 111 da Kienitzerstrasse. "Quando filmamos, há dois anos, isso aqui não era tão cuidado. Todo o bairro está passando por uma transformação. Pode não significar muito para quem não tem noção da cidade, mas eu queria documentar a mudança de Berlim. Se o filme é sobre a transformação de pessoas, eu também queria mostrar a transformação de lugares."

Em frente, há um bar em que foi filmada uma cena - um telefonema de Donato (Wagner). Na esquina, na Schiller Promenade, há um bar de motoqueiros que Karin queria ter usado como locação, mas não conseguiu. Ele conduz o repórter numa caminhada por dois quarteirões. "Para você sentir como é isso aqui" - e a próxima parada é o antigo aeroporto nazista de Berlim, Tempelholf, que virou um imenso parque, abrigando hortas comunitárias. "Os moradores dos prédios ao redor têm direito a seu lote. Agora, porque é inverno, parece abandonado, mas no verão é muito bonito. As crianças plantam e colhem, num projeto de comprometimento social e desenvolvimento da cidadania." Uma cena que parecia importante chegou a ser filmada ali. "Para tentar achar o irmão, Jesuíta chegava primeiro ao Konrad, que tem um filho. E ele perseguia o garoto, chegava a agredi-lo. Era uma cena que funcionava bem no roteiro, mas se revelou supérflua na montagem e caiu." Karin cortou muita coisa? "Muita, e em geral corto sem dó. Sobra o que é preciso para a história e os personagens." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A 64ª Berlinale começou oficialmente nesta quinta-feira (6), com a exibição de The Grand Budapest Hotel, do americano Wes Anderson, e com um elenco cheio de estrelas. Desde o início da tarde, os fãs se aglomeravam para ver Ralph Fiennes, Willem Dafoe, Bill Murray, Jeff Goldblum, Edward Norton, ou ainda Tilda Swinton, na saída da coletiva de imprensa do filme. Durante o festival, que vai até 16 de fevereiro, mais de 400 filmes serão exibidos.

O americano Philip Seymour Hoffman, que morreu recentemente, será homenageado com a exibição de Capote, no qual sua atuação foi premiada com o Oscar de Melhor Ator em 2006. Vinte longas metragens de vários países vão competir pelo Urso de Ouro, incluindo o brasileiro Praia do Futuro, uma coprodução de Brasil e Alemanha dirigida por Karim Ainouz; o muito aguardado Monuments Men dirigido e interpretado por George Clooney; e La belle et la bête, de Christoph Gans, com Vincent Cassel e Léa Seydoux.

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Filmes de grande orçamento ou mais modestos, diretores consagrados ou estreantes, vão competir pela premiação que será entregue 15 de fevereiro à noite. O veterano francês Alain Resnais apresentará aos 91 anos seu mais recente filme Aimer, boire et chanter, enquanto o jovem argentino Benjamin Naishtat trará seu primeiro longa Historia del miedo.

Os Estados Unidos serão representados ainda por Richard Linklater (Antes da meia-noite) com Boyhood, enquanto os crimes nazistas na Europa serão um dos temas centrais do festival, "mas não uma escolha consciente, porque há muitos filmes bons sobre a questão", afirmou recentemente o diretor do festival, Dieter Kosslick.

Monuments men, por exemplo, com Clooney, Matt Damon, Cate Blanchett, Bill Murray e Jean Dujardin, conta a história de uma equipe de especialistas que lutam para resgatar obras de arte roubadas por nazistas. Ao abrir o festival, Wes Anderson mostrou seu estilo estilo burlesco e uma imaginação sem limite, como de costume. The Grand Budapest Hotel se desenrola em um país imaginário da Europa Central - a República de Zubrowka - assolado por uma guerra, pelo fascismo e, depois, pelo comunismo, para descrever um mundo desaparecido, o de uma Belle époque e sua aristocracia.

Wes Anderson explicou à imprensa que para The Grand Budapest Hotel se inspirou no escritor austríaco Stefan Zweig, "mais pela atmosfera, do que por uma obra em particular", e também em Ernst Lubitsch, um mestre da comédia americana dos anos 1930-40. As mudanças da China contemporânea também serão abordadas através de três trabalhos em competição, com "filmes do gênero realizados por uma nova geração de cineastas", segundo Kosslick. Lou Ye apresenta Blind Massage, uma adaptação de uma obra literária sobre uma irmandade de massagistas cegos; Dao Yinan, Black Coal, Thin Ice, sobre um policial que persegue um serial killer; e Ning Hao, No Man's Land, que mergulha no submundo chinês.

Entre os demais filmes está, em particular, La voie de l'ennemi do franco-argelino Rachid Bouchareb, com os atores americanos Forest Whitaker e Harvey Keitel. O produtor americano James Schamus (O Segredo de Brokeback Mountain, O Tigre e o Dragão) presidirá o júri, que será formado pelos atores Christoph Waltz e Tony Leung, pelo cineasta francês Michel Gondry, pela documentarista iraniana Mitra Farahani e pela produtora da franquia James Bond, Barbara Broccoli.

Os horizontes são muito diferentes, mas, para James Schamus, "o cinema é uma grande família", mesmo que "em todas as famílias haja desavenças profundas no jantar". "No café da manhã do dia seguinte, todos continuam a se amar".

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, primeiro longa de Daniel Ribeiro, é um dos três filmes que representam o Brasil no 64.º Festival de Berlim. O filme integra a seção Panorama, a segunda mais importante do evento, e narra com sutileza e força as experiências de um adolescente que se apaixona pela primeira vez.

Ele é Leo (Ghilherme Lobo), um garoto como todos os outros de sua idade, que leva uma vida normal e não desgruda de sua melhor amiga Giovana (Tess Amorim). Tudo vai bem até que Gabriel, um novo estudante, entra para a escola, desequilibra a amizade entre os dois e provoca em Leo sensações que ele nunca havia experimentado.

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Além de ter de aprender a lidar com o que sente por Gabriel, Leo também começa a querer lidar com o mundo de uma nova forma. Ele, que é cego, já não quer mais ser levado pelo braço para casa, quer viajar, ficar sozinho, beijar, beber. "A cegueira dele não é um problema. Mas uma condição para falar da descoberta da sexualidade. Ela vem de dentro ou de fora?", questiona Ribeiro. "Apesar de haver um milhão de formas de nos conectarmos com o mundo, a visão está sempre muito atrelada ao desejo. O que acontece quando se tira este sentido? A gente nasce assim? ", completa Ribeiro, que já havia tratado do tema em seu segundo curta, Eu Não Quero Voltar Sozinho (2010), que dá origem ao longa. "O curta nasceu como experiência para Hoje Eu Quero, como forma de ter um portfólio para conseguir meios para filmar o longa", conta o jovem diretor de 32 anos.

A experiência deu tão certo que Eu Não Quero Voltar Sozinho rodou festivais pelo mundo, recebeu dezenas de prêmios e caiu no YouTube. O curta já foi visto por mais de 3 milhões de pessoas. "Foi um acidente. A gente tinha ganhado um prêmio que permitia que o filme fosse exibidos por 15 dias no PortaCurtas. Aí, alguém baixou e postou no YouTube", relembra o diretor, que, após diversas 'tiradas do ar', rendeu-se à rede e postou oficialmente o filme. "Tirávamos do ar por uma questão de participação em outros festivais, de ineditismo, mas a gente não venceu. Toda hora alguém postava de novo. Então decidimos: se era para o pessoal ver o filme na internet, que fosse no nosso próprio canal."

São estes mais de 3 milhões de espectadores que aguardam ansiosos para assistir ao longa, cuja première mundial ocorre na próxima segunda, dia 10, na Berlinale, com a presença do diretor, da produtora executiva Diana Almeida e do elenco principal.

Essa não será, no entanto, a estreia de Ribeiro em Berlim. Em 2008, foi premiado com o Urso de Cristal de Melhor Curta-Metragem (Generation 14plus) por seu primeiro curta, Café com Leite. Dois anos depois, voltou com o roteiro de Hoje Eu Quero para participar do Talent Campus (oficina que desenvolvimento de roteiros). "Agora é a prova dos nove. Finalmente vamos mostrar a história em versão longa para o público", diz Ribeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os crimes nazistas na Europa e as mudanças na China atual serão os principais temas abordados pelos filmes exibidos no Festival de Cinema de Berlim, que começa em 6 de fevereiro, anunciou a organização do evento nesta terça-feira (28). Cerca de 400 obras - grandes produções hollywoodianas, filmes independentes ou documentários - serão divulgados na 64ª edição da Berlinale.

O diretor do festival, Dieter Kosslick, explicou que os temas dominantes surgiram naturalmente. "Nossa programação lança um olhar sobre a história alemã dos anos 1930 e 1940 e sobre o Holocausto", disse Kosslick durante coletiva de imprensa de lançamento do primeiro grande encontro cinematográfico europeu de 2014, que vai até 16 de fevereiro. "Não foi uma escolha consciente, mas há muitos bons filmes sobre o assunto", justificou.

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George Clooney deve ir à capital alemã para apresentar o filme "The Monuments Men", que narra a história de uma equipe de especialistas em arte americanos, britânicos e franceses que tentam salvar o patrimônio artístico europeu das garras nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. A abertura do festival ficará a cargo de "The Grand Budapest Hotel", do diretor Wes Anderson e com Ralph Fiennes no elenco. O filme é uma narrativa histórica baseada parcialmente nos relatos do escritor austríaco Stefan Zweig sobre a destruição da Europa pela guerra.

O filme "começa em 1914 e compreende o período até a chegada dos nazistas no poder, em 1933", explicou Kosslick. "Apenas doze anos depois, a Europa tinha virado cinzas e pó". O diretor alemão Volker Schlöndorff - vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1979, com "O Tambor", que tem como plano de fundo o Terceiro Reich - exibe em pré-estreia mundial "Diplomatie", um filme sobre as razões pelas quais os nazistas optaram por não destruir Paris.

Um documentário chamado "The Decent One" mostrará a descoberta, em Israel, de centenas de cartas, escritos e fotos pessoais do braço direito de Hitler, Heinrich Himmler. Também será exibido "Memory of the Camps", um filme produzido recentemente pelo museu britânico Imperial War Museum (Museu Imperial da Guerra, situado em Londres) a partir de imagens feitas da liberação do campo de concentração de Bergen-Belsen.

Alfred Hitchcock participou como conselheiro desse projeto, que tinha como objetivo levar os alemães a encararem a sua responsabilidade, mas que acabou engavetado. Os espectadores também poderão ver um documentário sobre a história dessas imagens, "Night Will Fall".

Uma nova China

O diretor do festival também ressaltou que três dos 20 filmes na disputa pelo Urso de Ouro são chineses. Mas nenhum deles se parece com "The Grandmaster", a epopeia kung-fu de Wong Kar-wai que abriu a Berlinale de 2013.

As três produções chinesas são de baixo orçamento. De acordo com Kosslick, "são histórias que se amparam no cinema de gênero e foram feitas por uma nova geração de cineastas". "Black Coal, Thin Ice", de Dao Yinan, é um filme noir sobre um policial que vasculha os pertences de um serial killer cujas vítimas têm relação com uma mesma mulher.

"Blind Message", de lou Ye, é a adaptação cinematográfica de um livro que conta a história de um fisioterapeuta cego, e "No Man's Land", de Ning Hao, é um mergulho na vida de marginais chineses, que vivem numa "terra de ninguém".

Disputa pelo Urso

A seleção oficial conta com 23 títulos, e vinte deles concorrerão pelo Urso de Ouro - premiação máxima da Berlinale. Serão 18 pré-estreias mundiais e três primeiras projeções. O produtor americano James Schamus, dos aclamados "O Tigre e o Dragão e "O Segredo de Brokeback Mountain", vai presidir o júri responsável pela entrega da premiação - que acontecerá em 15 de fevereiro. O último dia do festival será consagrado à reexibição dos melhores filmes.

O filme "Praia do Futuro", co-produção entre Brasil e Alemanha do cineasta brasileiro Karim Aïnouz, está na seleção oficial. A seleção Berlinale Special reúne filmes que terão projeções de gala, mas não estão na seleção oficial. Abaixo, segue a lista completa dos filmes da Seleção Oficial, com o nome do diretor e os países de produção.

SELEÇÃO OFICIAL :

"'71", Yann Demange, Grã-Bretanha

"Aimer, boire et chanter", Alain Resnais, França

"Aloft", Claudia Llosa, Espanha/Canadá/França

"Bai Ri Yan Huo" (Black Coal, Thin Ice), Diao Yinan, China

"Boyhood", Richard Linklater, Estados Unidos

"Chiisai Ouchi" (The Little House), Yoji Yamada, Japão

"Die geliebten Schwestern" (Beloved Sisters), Dominik Graf, Alemanha

"Historia del miedo" (History of Fear), Benjamin Naishtat, Argentina/Uruguai/Alemanha/França

"Jack", Edward Berger, Alemanha

"Kraftidioten" (In Order of Disappearance), Hans Petter Moland, Noruega

"Kreuzweg" (Stations of the Cross), Dietrich Brüggemann, Alemanha

"La belle et la bête", Christophe Gans, França/Alemanha (fora da competição)

"La tercera orilla", Celina Murga, Argentina/Alemanha/Países Baixos

"La voie de l'ennemi", Rachid Bouchareb, França/Argélia/Estados Unidos/Bélgica

"Macondo", Sudabeh Mortezai, Áustria

"Ninfomaníaca, Volume 1 (versão do diretor)", Lars von Trier, Dinamarca/França/Bélgica/Suécia (fora de competição)

"Praia do futuro", Karim Aïnouz, Brasil/Alemanha

"Stratos", Yannis Economides, Grécia/Alemanha/Chipre

"The Grand Budapest Hotel", Wes Anderson, Grã-Bretanha/Alemanha (abertura do festival)

"The Monuments Men", George Clooney, Alemanha/Estados Unidos (fora da competição)

"Tui Na" (Blind Massage),Lou Ye, China/França

"Wu Ren Qu" (No Man’s Land), Hao Ning, China

"Zwischen Welten" (Inbetween Worlds) Feo Aladag, Alemanha

O filme brasileiro Praia do futuro, de Karim Ainouz, disputará este ano o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim, que acontece de 6 a 16 de fevereiro. Praia do futuro, uma coprodução entre Brasil e Alemanha, foi filmado em Fortaleza e Berlim, e é protagonizado por Wagner Moura, Clemens Schick e Jesuita Barbosa. Moura interpreta o papel de um salva-vidas que tenta reorganizar sua vida depois da morte de um turista alemão durante uma operação de resgate.

O principal festival de cinema europeu do ano divulgou a lista dos 20 filmes selecionados para a competição oficial. Junto com os novos filmes de George Clooney e Wes Andersen, a Berlinale exibirá a esperada Boyhood, última parceria entre Ethan Hawke e o diretor americano Richard Linklater (Antes da meia-noite). O longa, que também conta com Patricia Arquette, foi filmado periodicamente durante dez anos e conta a história da relação de um garoto com seus pais divorciados.

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Lea Seydoux, que ganhou a Palma de Ouro do festival de Cannes em maio, junto com seu diretor e sua coprotagonista, contracena com Vincent Cassel em A bela e a fera, uma coprodução franco-alemã. O filme, dirigido por Christophe Gans, será exibido fora de competição.

Forest Whitaker, ganhador de um Oscar em 2007 por O último rei da Escócia, atua junto com Harvey Keitel no filme do diretor francês de origem argelina Rachid Bouchareb, Two men in town, sobre um ex-presidiário que se converte ao Islã. Os organizadores do festival anunciaram três filmes chineses, entre eles Black coal, thin ice, de Diao Yinan, sobre um policial que investiga uma série de crimes nos quais as vítimas estão ligadas a uma mesma mulher.

As outras duas são Blind massage, de Lou Ye, e No man's land, de Ning Hao. O filme escandinavo In order of disappereance, protagonizado por Bruno Ganz e Stellan Skarsgard, narra a guerra do tráfico de drogas entre a máfia norueguesa e bandidos sérvios. Os organizadores da Berlinale já tinham anunciado que George Clooney apresentará seu thriller da época nazista The monuments men, enquanto Wes Anderson exibirá The grand Budapest Hotel na noite de abertura do festival, em 6 de fevereiro.

O polêmico diretor dinamarquês Lars von Trier exibirá uma versão sem censura da primeira parte de Ninfomaníaca, sua nova epopeia erótica. O júri da 64ª Berlinale será presidido pelo produtor americano James Schamus e integrado pelo diretor francês Michel Gondry e pelos atores Christoph Waltz (Áustria) e Tony Leung (Hong Kong), entre outros.

Em reação à moda efêmera e barata de gigantes da moda como H&M e Zara, estilistas de Berlim reciclam roupas usadas, convencidos de que o reaproveitamento pode se aplicar também ao prêt-à-porter. O chão do ateliê de Daniel Kroh, próximo da estação central de Berlim, está coberto de macacões e coletes laranjas com listras fluorescentes usados pelos trabalhadores da ferrovia alemã.

Descosturados, esses uniformes velhos são matéria-prima desse estilista que tinge e retalha o material para fazer roupas masculinas. Em uma peça de roupa, "procuro o traço autêntico", afirma Kroh resumindo seu trabalho.

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Cada peça é única. É o oposto de uma gigante da moda como a Zara, que deu origem do movimento conhecido como "fast fashion" (moda rápida em referência à comida fast food), que produz uma roupa rapidamente e a baixo preço.

Daniel Kroh, assim como outros estilistas de Berlim, é especializado na valorização de resíduos têxteis para fabricação de produtos de qualidade superior. Ele recupera uniformes e calças de carpinteiros que seriam queimadas para fazer roupas novas sob medida vendidas para uma clientela de 'dandys'.

Sua abordagem de moda faz parte da luta contra o desperdício e o consumo desenfreado.

Esses estilistas não inventaram a roda. "Minha mãe e avó (...) faziam saias novas com pedaços de vestidos ou remendavam casacos" para economizar, diz a italiana Carla Cixi, estilistas instalada há cinco anos dem Berlim.

"Mas e hoje? Nos livramos de uma roupa em que falta um botão ou que está com o zíper emperrado", diz Cecilia Palmer. Essa estilista trintona está sempre levando roupas que não usa mais e as troca com outras pessoas. Os participantes dessa "festa" podem também fazer novas roupas graças ás máquinas de costura que Cecilia leva. A ideia subjacente de seu projeto? "Consumir de forma diferente", explica a estilista, denunciando as toneladas de roupas jogadas no lixo a cada ano.

Esses estilistas se revoltam contra as roupas "descartáveis". "É um escândalo o que fazem algumas marcas vendendo roupas que não serão usadas mais do que duas ou três vezes", já que em pouco tempo já estarão fora de moda, diz Carla Cixi, que leva horas trabalhando em criações de crochê. Comprar na H&M "é como ir a um fast-food e se entupir de hambúrgueres. Nós nos sentimos mal depois", compara Daniel Kroh, para quem "essas roupas não tem alma".

De Atenas até o norte da Noruega, a juventude europeia usa o mesmo jeans slim (estreito), produzido em Bangladesh ou Camboja aos milhões de exemplares e vendido a preços imbatíveis. É uma moda que agrada a todos, mas que "termina sendo a mesma coisa" para todos, diz Carla Cixi. Cada jaqueta ou terno que Daniel Kroh fabrica tem explicações sobre sua origem.

Eugenie Schmidt e Mariko Takahashi, que criaram sua própria marca de roupas recicladas, também decidiram "contar a história" dos vestidos e calças confeccionados em seu ateliê no coração da antiga Berlim Oriental. "Quanto mais uma roupa é usada, mais ela tem uma parte da história da pessoa que usou", explica Eugenie Schmidt, mostrando um vestido rosa tranparente com mangas permanentemente manchadas. "Esses são os traços da pintura", já que ele pertencia a uma pintora.

Mas as roupas recicladas, que necessitam de um longo trabalho, ainda são inacessíveis para a maior parte das pessoas. Uma jaqueta pode facilmente passar dos 400 euros. Os estilistas reconhecem que este ainda é um nicho. Eles denunciam, ao mesmo tempo, os preços praticados pelas cadeias de prêt-à-porter, com camisas vendidas muitas vezes a 5 euros.

A última a embarcar no mundo da roupa descartável foi a irlandesa Primark, que atrai - sem publicidade - milhares de pessoas pelo preço baixo a cada loja aberta na Europa. É exatamente o que acontece em Berlim, onde as mulheres saem com os braços cheios. Os preços baixíssimos alimentam a polêmica sobre as condições de fabricação.

A maior ironia da história: no ateliê de Eugenie Schmidt e Mariko Takahashi, grande parte das roupas recicladas é feita justamente a partir de peças de lojas como a H&M e a Zara.

Apesar de ser torcedor do Clube Náutico Capibaribe, o governador e futuro candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), parabenizou os torcedores do Santa Cruz pela vitória e acesso à Série B, no jogo desse domingo (3). Acompanhado de sua comitiva, em Berlim, Alemanha, o socialista se manifestou através de rede social e mostrando popularidade com o time rival, disse estar na torcida pela classificação do tricolor do Arruda.

“(...) Ouvi pela internet a grande vitória do Santa Cruz. O Santinha, depois de seis anos, volta para a série B e segue firme na luta pelo retorno à elite do futebol brasileiro”, publicou cumprimentando em seguida os torcedores. “Quero parabenizar os 60 mil fanáticos torcedores que fizeram uma incrível festa no Arruda e impressionaram o Brasil na tarde de hoje (3). Torcida esta que, independente de fase ou competição, jamais deixou de apoiar o seu time”, frisou. 

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Depois de congratular os adeptos ao time, o governador ainda afirmou esperar pela classificação do Santa. “Agora, fico na torcida para que o Santa classifique-se à final e encerre o ano com chave de ouro, trazendo mais um título nacional para Pernambuco” anseia.

Agenda – Ainda no exterior onde cumpre agenda desde a última quinta-feira (31), Eduardo Campos assinará o Memorando de Entendimento entre o Governo de Pernambuco e o Estado de Brandenburgo, na Alemanha, com foco em economia criativa. A solenidade será realizada às 16h (horário de Berlin), no Castelo de Oranienburg, nesta segunda-feira (4).

Em viagem ao exterior desde a última quinta-feira (31), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), segue o ritmo de agendas intensas pelos países da Inglaterra e Alemanha. Neste domingo (3), o socialista se reunirá com a embaixadora do Brasil em Berlin, Luisa Viotti.

O governador ainda deverá passar esta semana no exterior onde participa de reuniões, encontros e palestrará em alguns eventos. Nesse sábado (2), também em Berlim, a agenda do futuro presidenciável foi visitar uma instituição científica na Alemanha. Após reunião, ele prometeu realizar, no mês de fevereiro de 2014, uma feira de soluções científicas em Pernambuco.

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Administração – Enquando está ausente do Estado, quem assumiu a gestão de Pernambuco interinamente foi o vice-governador João Lyra Neto (PSB). O socialista também deverá governar, desta vez de forma oficial, no próximo ano, caso Campos se ausente para concorrer às eleições presidenciais de 2014. 

Segundo a assessoria de imprensa de Lyra, o gestor não teve agenda pública neste fim de semana.

Vestindo um modelito provocativo e com um enorme bigode, Lady Gaga apresentou pela primeira vez a canção Gypsy, nesta quinta (24). A música estará em ARTPOP, seu novo disco que será lançado no dia 11 do próximo mês. 

Gaga impressionou ao sentar sozinha no piano. Diante do público, dispensando batidas eletrônicas e danças esquisitas, a cantora interpretou com bastante empenho a faixa que exigiu que a cantora mostrasse o alcance vocal. “Escrevi essa música quando estava viajando ao redor do mundo e é sobre o que me disseram sobre ciganos não terem casa. Mas eu tenho uma casa com vocês, sempre”, disse ela antes da performance.

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ARTPOP é o terceiro disco de estúdio da cantora e sucede The Fame (2008) e Born This Way (2011). Além de Gypsy, o álbum terá o single Applause e outras faixas já reveladas, como Aura e Do What U Want, com participação de R Kelly.

Os conservadores CDU-CSU da chanceler alemã Angela Merkel venceram hoje (22), com maioria absoluta, as eleições legislativas, de acordo com estimativas das cadeias de televisão públicas da Alemanha.

Angela Merkel poderá governar sozinha, sem necessidade de recorrer a uma coligação com os sociais-democratas (SPD), indicam as estimativas divulgadas às 17h10 (18h10 em Lisboa). A última vez que esta situação ocorreu foi em 1957, com o chanceler Konrad Adenauer.

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Da Agência Lusa

Milhares de pessoas protestaram neste sábado em Berlim contra a violação da vida privada pela espionagem das comunicações realizada pelos serviços secretos, como a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos.

A manifestação, que tinha como lema "a liberdade antes do medo", foi convocada por um grupo de organizações, incluindo o Partido Verde, a esquerda radical Die Linke e o Partido Pirata.

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Segundo os organizadores, 20.000 pessoas compareceram ao protesto. A polícia não divulgou um número de participantes.

Apesar de dirigida contra todas as violações da vida privada, a manifestação teve como alvo particular a NSA, cujos métodos generalizados de espionagem foram denunciados pelo americano Edward Snowden, ex-consultor da NSA refugiado em Moscou.

Os manifestantes também criticaram o governo alemão, pois consideraram muito leve a reação de Berlim às revelações de espionagem americana, que afetou instituições europeias e alemãs.

A partir desta sexta-feira (6) até o próximo quarta (11) Berlim irá receber a IFA 2013, evento onde grandes empresas anunciam lançamentos e tendências para o próximo ano. Entretanto, algumas companhias já realizaram pré-eventos para mostrar equipamentos de grande destaque, como por exemplo, a Sony e Samsung, além de outras empresas, como, LG, Lenovo, Dell e Toshiba.

A Samsung se adiantou e já apresentou seu smartwatch, o Galaxy Gear, no pré-evento nesta quarta-feira (4). O aparelho rodará o sistema Android, e poderá se integrar com outros equipamentos que utilizam a plataforma Google. O pequeno aparelho também terá conectividade NFC e rastreador. A expectativa é que, além da coreana, Sony e Apple briguem por um lugar ao sol diante da perspectiva positiva deste novo tipo de produto. Além disso, a companhia também já mostrou o Galaxy Note III, com tela ainda maior de 5,7 polegadas, especificações mais avançadas e até novos sons.

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A outra companhia que mostrou suas primeiras novidades foi a Sony também com o smartwatch. O aparelho é pareado com Android e conta agora com a tecnologia NFC. Ele ainda é resistente a respingos d’água e possui tela touchscreen de 1,6 polegadas. A Sony ainda poderá apresentar nas lentes QX para smartphones. Espera-se que as lentes tenham dois módulos QX, cada um destinado a uma função. Um para o sensor RX100M2 e outro para o uso do zoom de 10x. Será possível usá-las tanto em aparelhos com Android quanto em iPhones.

Apresentado na CES 2013 no início do ano, o tablet 4K gigante da Panasonic promete ganhar uma nova versão ainda mais fina e potente. Rumores apontam que o modelo venha equipado com o novo Haswell Core i5 de 1.6 GHz, GPU da Nvidia, 4 GB de RAM, 128 GB SSD e Windows 8.

Outras empresas como LG e HTC vão apostar em dispositivos Android, mas precisamente em tablets. A LG trará o G Pad 8.3, ainda tendo seus pontos verdadeiramente fortes para um confronto esperados. Já a HTC quer brigar com a família Galaxy Note da Samsung com o lançamento do One Max.

Toshiba, Lenovo e Dell devem apenas atualizar seus produtos numa escala menor. No caso da Lenovo poderá ser inovações na área de produtos híbridos. O que pode ser considerado como a vinda de novos dispositivos da família Yoga com Windows 8.1 já instalado. A Dell pode finalmente mostrar seu ultrabook XPS 11 conversível em tablet, e a Intel apresentará sua nova geração de processadores Haswell, assim como uma possível amostra de um ultrabook.

Em relação as TVs 4K, Samsung, Sony, Toshiba e Philips podem estar preparando boas novidades na área. Um modelo gigante de 98 polegadas UltraHD da Samsung também promete aparecer por lá.

A Uefa anunciou nesta quinta-feira, em Londres, durante encontro do seu Comitê Executivo, que a final da Liga dos Campeões 2014/2015 será realizada no Estádio Olímpico de Berlim. A entidade confirmou o palco da decisão, que será realizada daqui a dois anos, apenas dois antes de Bayern de Munique e Borussia Dortmund decidirem o título desta edição da competição continental, no Estádio de Wembley, na Inglaterra.

A capital alemã nunca recebeu uma decisão da Liga dos Campeões, que no ano passado teve a final entre Bayern e Chelsea no Allianz Arena, em Munique, onde a equipe inglesa acabou se sagrando campeã na disputa por pênaltis. Já o campeão da edição 2013/2014 da competição será conhecido no Estádio da Luz, em Lisboa.

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Antes de abrigar a decisão do ano passado, a Alemanha foi palco anteriormente da final da principal competição europeia de clubes em 2004, quando o Porto se sagrou campeão ao vencer o Monaco por 3 a 0, em Gelsenkirchen.

Confirmado como palco da final em 2015, o Estádio Olímpico de Berlim recebe a final da Copa da Alemanha desde 1985 e tem capacidade para mais de 74 mil torcedores. O local foi também o grande palco da decisão da Copa do Mundo de 2006, entre Itália e França, e abrigou outras cinco partidas daquele Mundial. Já na Copa de 1974, bem antes de ser reformado e modernizado para o grande evento de 2006, o estádio recebeu três partidas.

LIGA EUROPA NA POLÔNIA - A Uefa anunciou também nesta quinta-feira que o Estádio Nacional de Varsóvia, na Polônia, receberá a final da Liga Europa em 2015. Construído para a Eurocopa de 2012, o local tem capacidade para 57 mil torcedores, foi o palco da abertura daquela competição e também sediou a semifinal entre Itália e Alemanha, além de outros três jogos do torneio de seleções organizado em conjunto por poloneses e ucranianos.

A próxima edição da Liga Europa terá a sua final, em 2014, na nova arena da Juventus, em Turim, na Itália. Na semana passada, o Chelsea se sagrou campeão da competição continental ao bater o Benfica por 2 a 1, no estádio do Ajax, em Amsterdã, na Holanda.

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Com mais de 2.500m2, a Casa da Barbie se tornou ponto turístico no centro de Berlim para vários fãs da boneca que é considerada um padrão de beleza. "Queremos conhecer o que se esconde na casa dos sonhos da Barbie", comentou uma mãe que levou a filha e o marido para passear pelos corredores da atração.

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Entretanto, nem todos acham que o lugar ajude as crianças a sonhar. Muitos veem a figura da boneca como um pesadelo, um clichê que faz com que muitas garotas se sintam diminuídas frente ao modelo imposto, e a criação de um ambiente que aumente essa visão só faria mal às meninas.

"Os centros médicos têm que lidar com a anorexia, estão lotados com meninas que pensam em virar top model. A casa da Barbie só estimula esse comportamento", desabafou uma mulher.

Independente do ponto de vista, o fato é que a boneca cinquentona continua sendo uma atração para várias gerações. 

O Museu judeu de Berlim expõe a partir desta sexta-feira desenhos clandestinos do artista tcheco Bedrich Fritta, deportado a Theresienstadt (1941-1944), uma viagem esmagadora neste campo-gueto criado para burlar a opinião pública sobre o destino dos judeus na Europa.

"Em um lugar terrível produz uma obra terrível". Seu neto, David Haas, resume o trabalho deste desenhista, internado aos 35 anos com sua mulher e seu filho de apenas um ano nesta cidade fortaleza dos arredores de Praga que o regime nazista apresentava como um "campo modelo" em suas visitas organizadas para a propaganda.

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Theresienstads (hoje Tezerin, na República Tcheca), acolhia muitos artistas: músicos, escritores, pintores, cujo talento foi explorado para este fim. Responsável por um ateliê de cerca de 20 desenhistas, Fritta era um deles. Mas, escondido de seus captures, produziu outro trabalho, revelando o lado obscuro do lugar.

Cerca de 150.000 homens, mulheres, avós e crianças passaram pela cidade fortaleza de Thereseinstadt. Cerca de 35.000 morreram ali devido às más condições de higiene e 87.000 foram deportados e morreram em Auschwitz-Birkenau, como Bedrich Fritta.

A exposição "Bedrich Fritta: desenhos do gueto de Theresienstadt" (36 desenhos de grande formato, 25 esboços) dura até 25 de agosto.

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