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A auditoria KPMG se recusou a aprovar as contas semestrais do Banco Espírito Santo (BES), diante das incertezas referentes ao processo de resgate da instituição, segundo um comunicado divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), de Portugal.

O plano para salvar o banco, que acumulou prejuízo de 3,488 bilhões de euros no segundo trimestre de 2014, consiste na criação do Novo Banco, no qual serão detidos ativos saudáveis, enquanto um "banco ruim" ficará com produtos tóxicos. A KPMG ressaltou, porém, que "não são conhecidos os critérios e bases de avaliação dos mesmos para efeito de sua transferência para o Novo Banco S.A".

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De acordo com a empresa de auditoria, as demonstrações financeiras do banco não refletem os ajustes ou divulgações que seriam necessários como resultado do resgate, anunciado em 3 de agosto, "nem o seu efeito na limitação à capacidade do BES de manter a continuidade da sua atividade".

A KPMG também ressalta os problemas relacionados à unidade do banco em Angola. Em julho, o Banco Nacional de Angola informou o Banco Espírito Santo Angola (BESA) da necessidade de uma injeção de capital de, pelo menos, 2,705 bilhões de euros.

Em agosto, o Banco Nacional de Angola também adotou medidas extraordinárias de saneamento do Banco Espírito Santo Angola. "A esta data não nos é possível quantificar os efeitos das medidas extraordinárias de saneamento do Banco Espírito Santo Angola", disse a KPMG.

A auditoria também informou que ainda não recebeu a carta de representações assinada pelo conselho de administração do BES, no qual teria de ser reconhecida a responsabilidade pela informação financeira publicada.

"A ausência de confirmação pelo Conselho de Administração do BES de informações relevantes com respeito às demonstração referentes a 30 de junho de 2014 constitui uma significativa limitação de âmbito ao nosso trabalho", afirmou.

As bolsas dos Estados Unidos devem começar a semana em alta, sinalizam os índices futuros. Depois das perdas da semana passada, os principais índices ensaiam uma recuperação neste início de segunda-feira, 04, dia de agenda fraca no país. Na falta de notícias internas, operadores destacam que o anúncio da intervenção do Banco Espírito Santo (BES) em Portugal ajuda a estimular as compras de ações. Às 10h15 (de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,19%, o S&P 500 ganhava 0,26% e o Nasdaq avançava 0,30%.

Havia o temor em Wall Street de que a crise no BES pudesse contaminar outras instituições financeiras na Europa. No domingo, 03, à noite o Banco Central de Portugal anunciou que a instituição deve ser dividida em duas, com a parte "boa" sendo recapitalizada. "Os investidores estão aplaudindo a decisão, em dia de calendário fraco tanto de indicadores como de balanços nos EUA", destacam os economistas da Schaeffer's Investment Research. Na agenda de hoje, o destaque é o índice das condições empresariais de Nova York, que será divulgado às 10h45 (de Brasília).

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Em Nova York, as bolsas passaram por uma correção de preços importante na semana passada. O índice S&P 500, por exemplo, acumulou queda de 2,69% com preocupações dos investidores sobre a normalização da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o calote dado pela Argentina e questões geopolíticas. Foi a pior semana para o indicador em dois anos, mas a correção já era esperada, pois o S&P já bateu 27 recordes de alta este ano e o Dow Jones, 15.

Esta semana tem calendário mais esvaziado de indicadores, mas traz alguns balanços corporativos de grandes empresas que podem mexer com os preços. Entre os indicadores, um dos dados mais esperados é a balança comercial de junho, que sai na quarta-feira, 05. A expectativa é de déficit de US$ 44 bilhões, mesmo nível do mês anterior, de acordo com consenso calculado pelo jornal Barron's.

Liz Ann Sonders, economista da corretora Charles Schwab, destaca em uma análise a clientes que, a partir de agora, haverá um "certo vácuo" no mercado. Os dirigentes do Fed só vão se reunir novamente em meados de setembro, o Congresso em Washington está em recesso de cinco semanas, muitos estrategistas e investidores estão de férias e os indicadores mais esperados foram divulgados na semana passada. Por isso, ela espera baixos volumes de negócios nas próximas semanas e contínuas especulações sobre o momento da alta de juros pelo Fed a cada novo indicador positivo ou negativo.

No noticiário corporativo, a expectativa para esta semana inclui os balanços de grupos de mídia e entretenimento, como Walt Disney, Time Warner, 21st Century Fox e a rede de televisão CBS. Fora desse setor, os destaques são a Duke Energy e a CVS Caremark, maior rede de drogarias dos EUA e que no Brasil comprou a rede Onofre.

O banco central de Portugal buscou acalmar os investidores sobre a situação do Banco Espírito Santo (BES) e alegou nesta sexta-feira que a instituição tem margem de capital suficiente para se proteger dos problemas em seu controlador, mesmo no pior cenário.

O presidente do Banco de Portugal, Carlos Costa, que respondeu a perguntas no Parlamento, disse que não espera nenhum impacto material dos problemas em negócios em Angola do Banco Espírito Santo.

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O governo angolano concedeu 70% da carteira de crédito para o banco. Costa disse que não prevê que calotes superem esse nível. O presidente do BC também afirmou que todos os empréstimos fornecidos pelo Banco Espírito Santo para a unidade BES Angola deverão ser pagos como previsto, considerando que o credor de Angola é solvente.

Costa também afirmou que investidores privados têm demonstrado interesse em injetar capital no Banco Espírito Santo, apesar de as incertezas atuais impedirem que isso aconteça imediatamente.

O Banco Espírito Santo foi atingido por problemas em sua holding, Espírito Santo International, que mostrou estar em condição financeira grave. A sua principal unidade, Rioforte Investments, deve iniciar um pedido de proteção judicial nos próximos dias, de acordo com uma pessoa familiarizada com a situação.

O BES disse que tinha um colchão de capital 2,1 bilhões de euros (US$ 2,84 bilhões) para cobrir quaisquer potenciais calotes do Espírito Santo International. A sua exposição ao ESI e entidades relacionadas incluem 1,2 bilhão de euros em empréstimos, 853 milhões de euros em dívida detida por clientes de varejo e 2 bilhões de euros detidos pelos clientes institucionais. Fonte: Dow Jones Newswires.

O crescimento levemente acima do esperado da China no segundo trimestre e a amenização das preocupações com a crise do Grupo Espírito Santo (GES) oferecem suporte aos mercados de ações europeus nesta quarta-feira.

O fator que mais contribui para as valorizações é o otimismo após a China anunciar que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5% no segundo trimestre deste ano na comparação com igual período do ano anterior, acelerando frente ao crescimento de 7,4% registrado entre janeiro e março. O número interrompe uma série de dois trimestres consecutivos de desaceleração no crescimento econômico e sugere que a segunda maior economia mundial pode ter se estabilizado. A alta superou a expectativa do mercado de crescimento de 7,4%.

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Ações de mineradoras, que costumam ser altamente sensíveis a dados macroeconômicos chineses, tinham boas performances, com destaque para a Rio Tinto, que subia mais de 2%, que informou uma produção melhor que o esperado no primeiro semestre.

Enquanto isso, a Portugal Telecom confirmou que a Rioforte, que integra o conglomerado Espírito Santo, não pagou os 847 milhões de euros que deve à empresa de telecomunicações, mas há um período de carência de sete dias úteis para concluir o pagamento. As ações do Banco Espírito Santo, entretanto, subiam mais de 17% na Bolsa de Lisboa depois que o presidente do Banco de Portugal, Carlos Costa, disse que investidores estão prontos para injetar mais capital no banco. "Se for necessário capital adicional, por causa de riscos que não enxergamos neste momento, há acionistas interessados em participar de um aumento de capital no BES", disse Costa a uma rede de TV portuguesa.

Além disso, Oi e Portugal Telecom sinalizaram que seguem comprometidas com o processo de fusão. As duas empresas assinaram um memorando de entendimentos para fixar as bases de um acordo com relação às aplicação financeiras realizadas pelo grupo português nos papéis de emissão da Rioforte e para permitir um prazo maior para a conclusão do negócio. A operação de permuta e a celebração do contrato definitivo estão sujeitos à assinatura de outros documentos e à aprovação da assembleia geral de acionistas da PT, do conselho de administração da Oi e da Comissão de Valores Mobiliários. O papel da Portugal Telecom avançava 4,81% há pouco em Lisboa.

Entre os principais indicadores do dia, o superávit comercial da zona do euro subiu para 15,4 bilhões de euros em maio em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar do crescimento, o resultado mostrou uma forte queda na relação comercial com a Rússia após a anexação da Crimeia. Nos quatro meses até abril, as exportações da região para a Rússia caíram 13% na comparação anual.

No Reino Unido, a taxa de desemprego caiu pra 6,5% no período de março a maio em relação à média móvel anterior de três meses, resultado que representa o menor nível desde o fim de 2008 e veio em linha com a previsão de analistas. A libra chegou a cair para as mínimas do dia após a divulgação do dado e analistas apontam que o crescimento semanal da renda continuou fraco em maio.

Às 8h43 (de Brasília), as principais bolsas europeias operavam em território positivo. O índice PSI 20, da Bolsa de Portugal, subia 2,70%, a 6.277,04 pontos. O Ibex 35, da Bolsa de Madri, avançava 1,39%, a 10.624,50 pontos. Em Milão, o FTSE Mib ganhava 2,24%, a 20.877,30 pontos. O CAC-40, da Bolsa de Paris, se valorizava 1,43%, a 4.366,75 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o DAX subia 1,39%, a 9.854,38 pontos. Em Londres, o FTSE-100 tinha alta de 1,07%, a 6.782,11 pontos. No mesmo horário, o euro caía em relação ao dólar, também pressionado pelo alívio de parte dos temores de contágio da crise no Grupo Espírito Santo.

A Usiminas seria a siderúrgica para quem faria mais sentido a compra do Porto do Sudeste, da MMX, aponta um comentário da analista Catarina Pedrosa, em relatório do Banco Espírito Santo (BES) distribuído a clientes. O BES considera o Porto do Sudeste como um dos ativos de valor do grupo X, de Eike Batista, principalmente por estar com mais de 50% das obras concluídas e ter contratos fechados de exportação de minério.

"Acreditamos que, apesar do fato de ter um terminal exportador de aço em São Paulo, (a Usiminas) seria a mais provável candidata ao porto", escreve a analista. Além da Usiminas, companhias como Gerdau e ArcelorMittal, donas de minas no País, são apontadas no mercado como potenciais interessadas. A capacidade inicial de embarque do Porto do Sudeste será de 50 milhões de toneladas de minério por ano, mas poderá chegar a 100 milhões de toneladas.

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O BES lembra que a Usiminas tem com a MMX um contrato para a exportação de minério via Porto do Sudeste, em Itaguaí (RJ). O acerto é válido por cinco anos, prorrogáveis por mais cinco, e prevê a exportação gradual de 3 milhões a 12 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Outro ponto levantado pela analista do BES é que o negócio faria sentido porque a Usiminas tem um terreno ao lado do porto, onde pretende construir uma área de armazenagem.

O atraso da operação do Porto do Sudeste pode ferir o acordo logístico firmado para o escoamento do minério da Usiminas. Pelo contrato, a siderúrgica tem o direito de cobrar uma multa, caso a MMX deixe de realizar embarques, mas a Usiminas declarou que tentará uma solução amigável com a mineradora do grupo EBX. Os embarques da companhia só devem ser afetados a partir de setembro ou outubro, quando começa a operar o Projeto Friáveis de minério de ferro da Usiminas, em Serra Azul (MG).

No comentário, a analista aponta que seria difícil avaliar se a compra do ativo seria positiva para a companhia, o que depende do preço, mas considera o ativo atraente. Indagada se a atual situação de caixa da Usiminas permitiria uma oferta pelo porto, a analista disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que isso passa pelas condições do negócio, como uma eventual participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ao fim do primeiro trimestre de 2013, a dívida líquida da Usiminas era de R$ 5 bilhões ou 3,4 vezes o Ebitda, nível bastante elevado. Catarina acredita que a tendência é que o nível se reduza um pouco no segundo trimestre, já que a empresa encerrou um ciclo de investimentos em siderurgia.

A Usiminas terá uma produção de 12 milhões de toneladas de minério de ferro até o fim do ano, mas seus planos preveem um salto para até 29 milhões de toneladas nos próximos anos.

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