Depois de ter passado a semana inteira tentando reconquistar os 60 mil pontos, sem êxito, não deve ser hoje que a Bovespa conseguirá cumprir essa missão (quase) impossível. Nesta última sessão antes do vencimento de opções sobre ações, os negócios locais podem até ficar descolados do comportamento dos mercados no exterior, onde o dia também não traz inspiração para novos ganhos. Às 11h05, o Ibovespa operava em baixa de 0,22% aos 59.797,48 pontos.
"Está difícil segurar os 60 mil pontos", queixa-se um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista. Segundo ele, o que falta, principalmente, é uma notícia "de peso" para fazer a Bolsa passar dessa marca.
##RECOMENDA##O profissional lembra, ainda, que esse nível representa uma mudança de patamar e interfere em muitas estratégias de negócios entre os investidores. "Envolve as posições em opções, em índices futuros, em opções de índices etc.", explica, acrescentando ainda que até mesmo o intervalo de oscilação do Ibovespa seria alterado.
E o exterior hoje também não contribui para mais uma sessão positiva da Bolsa. Nos EUA, o balanço pior que o esperado do JPMorgan, que abriu a temporada para os números trimestrais dos bancos norte-americanos. No quatro trimestre de 2011, o lucro líquido do JPMorgan caiu para US$ 3,7 bilhões, de US$ 4,8 bilhões em igual período de 2010. A receita líquida também recuou, na mesma base de comparação.
Já o novo leilão de bônus da Itália, realizado hoje, não gerou a mesma empolgação verificada ontem nos mercados. O governo italiano vendeu o volume máximo pretendido de 4,75 bilhões de euros em um leilão de bônus. Os papéis com vencimento em 2014 foram vendidos com yield mais baixo do que no leilão anterior, mas o papel para 2018 foi colocado com um yield mais alto.