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Após queda de 1,54% no dia anterior, que o levou a quase escorregar dos 117 mil pontos, o Ibovespa teve recuperação acentuada na última hora de negócios desta quarta-feira, 22, encerrando bem perto da máxima da sessão, em alta de 1,17%, a 118.391,36 pontos, mesmo com a perda de ímpeto em Nova York. O giro financeiro totalizou R$ 22,5 bilhões, em sessão na qual o índice oscilou entre mínima de 117.035,48 e máxima de 118.400,98 pontos, atingida nos instantes finais. Na semana, a referência reduziu a perda a 0,07% e, no mês, avança 2,37%. Anteontem, o principal índice da B3 renovou máxima histórica, a 118.861,63 pontos, no fechamento - o de hoje foi o terceiro maior de que se tem registro, superado também pelo do último dia 2, então a 118.573,10 pontos.

Depois de perdas acentuadas no dia anterior, a ação da Vale fechou a quarta-feira em alta moderada, de 0,48%, enquanto a preferencial de outro peso-pesado, Petrobras, seguiu em terreno negativo (-1,11% na PN, com ON estável), em dia de forte correção nos preços do petróleo, com os contratos futuros da commodity em queda acima de 2%. Entre as componentes do Ibovespa, destaque absoluto para a Usiminas, em alta de 13,93% no fechamento, após o Bradesco BBI colocar a ação como "top pick" do setor de siderurgia - a empresa anunciou na terça-feira aumento de mais de 10% a partir de março para a rede de distribuição. A ação da CSN foi a de segundo melhor desempenho, em alta de 6,96% no encerramento.

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De ontem para hoje, em nível global, houve moderação do temor quanto ao potencial de disseminação de nova variedade do coronavírus, que causou até o momento 17 mortes na China, ante 550 casos de infecção confirmados. No Brasil, a primeira suspeita da doença chegou a ser confirmada nesta quarta-feira, em Belo Horizonte (MG), pela secretaria estadual de Saúde: uma mulher de 35 anos que esteve em Xangai. Mais tarde, o Ministério da Saúde negou a informação, com base no fato de que a pessoa não esteve em Wuhan, cidade onde surgiu a doença.

Instituições como o banco americano Wells Fargo e a consultoria britânica Capital Economics manifestaram hoje percepção de que os efeitos sobre a economia tendem a ser limitados e transitórios. "Não dá para saber por quanto tempo esta preocupação pode persistir, mas a reação de hoje é de que não será como a SARS em 2003", diz Solange Srour, economista-chefe da ARX Investimentos, referindo-se a uma onda de aversão global a risco também originada na Ásia, por razão de saúde pública.

A julgar pelo comportamento do Ibovespa e de índices do exterior, como o S&P 500, ela considera que o mercado brasileiro vinha se inclinando à decepção, talvez exagerada, com os dados parciais do quarto trimestre sobre a economia interna - como a produção industrial, a atividade de serviços e as vendas do varejo em novembro -, que resultou em correção do "excesso de otimismo" que prevalecia até então para o desempenho doméstico em 2020. Por outro lado, a percepção de que dados menores sobre a atividade mantêm a porta aberta para novo corte da Selic continua a dar suporte a compras de ações.

A temporada de balanços locais, a partir da próxima semana, especialmente as referências que as empresas darão para o ano, contribuirá para que o mercado continue a se ajustar - a série de números trimestrais começa na segunda-feira, dia 27, com Cielo. Na agenda macro, após a decepção inicial com as leituras que têm chegado, ainda referentes ao fim de 2019, será preciso esperar um pouco mais para que se tenha "dados limpos de efeitos como a liberação de recursos do FGTS", de forma a se obter mais clareza sobre a perspectiva para o ano, acrescenta a economista.

Após ter renovado máxima histórica no dia anterior, aos 118.861,63 pontos no fechamento, o Ibovespa se curvou ao mau humor externo nesta terça-feira, 21, em dia marcado por perdas nas peso-pesadas Vale (-2,32%) e Petrobras (-3,00% na ON), além de nova queda no setor bancário, ainda sob pressão neste início de ano. O principal índice da B3 fechou em baixa de 1,54%, a 117.026,04 pontos, na mínima do dia, tendo na máxima ficado a 118.860,85 pontos, pela manhã. O giro financeiro totalizou R$ 22,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumula agora perda de 1,23% e, no mês, avança 1,19%.

A doença contagiosa causada por um novo tipo de coronavírus, identificado inicialmente na região central da China e com um caso confirmado até o momento nos EUA, foi a vilã do dia. As bolsas de Nova York foram às mínimas da sessão após o Centro para Controle e Prevenção de Doenças nos EUA ter confirmado que um cidadão americano, de volta da China, foi diagnosticado com o vírus em Seattle, segundo relato da agência AP.

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O temor se espalhou desde cedo, dos mercados da Ásia para os da Europa e dos EUA, de forma geral em terreno negativo ao longo do dia, com perdas mais fortes no Oriente, onde a Bolsa de Hong Kong fechou em queda de 2,81%. A onda de aversão a risco ganhou força na medida em que a eclosão da doença, na cidade de Wuhan, ocorre às vésperas do início do feriado pela passagem do Ano Novo Lunar, quando a folga prolongada leva milhões de chineses a se deslocarem pelo país, alavancando a chance de disseminação do vírus.

"O que houve hoje foi a reação inicial, de pânico, a um evento sobre o qual não se consegue antecipar bem as consequências. É natural que o mercado fique nervoso até que se tenha maior clareza quanto ao potencial de avanço dessa doença e o que será feito para contê-la", diz Pedro Galdi, analista da Mirae, lembrando de casos anteriores de aversão global a risco por razão de saúde pública, como a peste suína, também na China, anos atrás.

As vendas desta terça-feira ocorreram em base ampla, alcançando tanto setores que já vinham pressionados, como o de bancos, até parte de segmentos com ganhos acumulados, como o de varejo. Com o dólar a R$ 4,20 nesta terça-feira, empresas com exposição à moeda, como Gol (-2,96%) e CVC (-4,07%), estiveram entre as maiores perdedoras. Destaque também para queda de 3,34% em Bradesco PN e de 3,48% na ação ordinária do banco.

No cenário doméstico, as ações da Vale foram pressionadas pela denúncia à Justiça de 11 executivos da mineradora, entre os quais o ex-presidente Fabio Schvartsman, por homicídios dolosos duplamente qualificados e por crimes ambientais, em decorrência do rompimento da barragem em Brumadinho, que completa um ano neste sábado, dia 25.

Em entrevista coletiva, o delegado da Polícia Civil de Minas e membro da força-tarefa que investigou a tragédia, Eduardo Vieira Figueiredo, disse hoje que, pelo menos desde 2017, era de conhecimento da TÜV SÜD e da Vale que o fator de segurança da barragem 1 da mina Córrego do Feijão estava abaixo do recomendável, com potencial comprometimento da estrutura.

Com forte ganho de 3,32% na ação da Vale, beneficiada por avanço dos preços do minério de ferro em Qingdao (+1,27%), e alguma recuperação nos papéis de bancos, entre os mais pressionados neste início de ano, o Ibovespa retomou correlação com o exterior e fechou nesta sexta-feira, 17, em alta de 1,52%, a 118.478,30 pontos, pela segunda vez acima dos 118 mil - a primeira havia sido no dia 2, quando o índice fechou na máxima histórica de 118.573,10 pontos.

Na semana, o principal índice da B3 acumulou ganho de 2,58% e, no mês, de 2,45%. Na semana anterior, a primeira completa do ano, o principal índice da B3 havia registrado perda de 1,87%. Nesta sexta-feira, o giro financeiro totalizou R$ 20,6 bilhões. Durante a sessão, o índice foi a 116.709,91 na mínima e a 118.478,95 pontos na máxima do dia, instantes antes do fechamento. "O fluxo prevaleceu, com o doméstico comprando e levando o índice a se sustentar acima dos 118 mil pontos no fim da sessão", diz Luiz Roberto Monteiro, operador sênior da Renascença. "Os últimos dados econômicos, mais fracos, reforçaram o cenário de corte de juros - um ou até dois neste ano", acrescenta.

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Em Nova York, os três índices de ações voltaram a renovar recordes de fechamento, antes da pausa do fim de semana prolongado pelo feriado de Martin Luther King, na segunda-feira, quando não haverá negócios nos mercados de ações e bônus. Em dia acomodado a Wall Street nas máximas, o índice MSCI Brazil, que reúne ADRs de empresas brasileiras em NY, teve forte desempenho, em alta de 1,92%, a 46,76 pontos, no fechamento, acompanhando o movimento por aqui em antecipação ao vencimento de opções sobre ações na Bolsa brasileira, na segunda-feira.

"A leitura favorável sobre o PIB da China deu o tom e, com o cenário político ainda esvaziado e uma agenda menos carregada aqui, a tendência é de que, a exemplo de hoje, o mercado doméstico siga mais correlacionado ao exterior na próxima semana, com uma lista forte de dados nos EUA, entre os quais inflação e vendas do varejo", diz Stefany Oliveira, analista da Toro Investimentos, chamando atenção também para o noticiário corporativo, que tem induzido movimentos na ausência de catalisadores macro, e que ganhará interesse ainda maior com o início da temporada de balanços.

Além de avaliação positiva sobre a economia chinesa, grande consumidora de matérias-primas como o minério de ferro, o desempenho da Vale na sessão foi condicionado por aspectos do setor, que impactam diretamente a cotação do insumo. Ontem, a Vale confirmou interrupção das operações de uma barragem de rejeitos na mina de Esperança, que pode processar cerca de 1,2 milhão de toneladas de minério por ano - a interrupção decorre da necessidade de avaliação técnica e de obras para reforço da segurança.

Em outro desdobramento importante, a mineradora australiana Rio Tinto informou ter embarcado 327,4 milhões de toneladas de minério de ferro de seus poços no noroeste da Austrália, no ano passado, em queda de 3% ante 2018. Para 2020, a expectativa é de embarques entre 330 e 343 milhões de toneladas.

Entre os bancos, destaque para alta de 1,35% na ação do Banco do Brasil ON, com a do Bradesco PN apontando ganho de 2,34% e a Unit do Santander, de 1,92%, no fechamento - no mês, ainda acumulam perdas, respectivamente, de 5,11%, de 1,95% e de 2,76%.

O Ibovespa interrompeu sequência positiva que prevaleceu nas duas sessões anteriores, com o vencimento de opções sobre o índice exercendo pressão moderada e passageira nesta tarde. O movimento contribuiu para mantê-lo perto das mínimas do dia, sem contudo cruzar a linha em direção à faixa dos 115 mil pontos. Assim, o principal índice da B3 encerrou a sessão desta quarta-feira em baixa de 1,04%, a 116.414,35 pontos, oscilando entre mínima de 116.188,11 e máxima de 117.632,40 pontos. O giro financeiro mais uma vez ficou acima dos R$ 20 bilhões, reforçado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa, totalizando assim R$ 32,2 bilhões. No ano, o Ibovespa acumula alta de 0,66%, com ganho de 0,79% até aqui na semana.

Nesta quarta-feira, a leitura sobre as vendas do varejo em novembro veio abaixo do esperado, assim como, no dia anterior, a da atividade de serviços, uma combinação que esfriou parte do entusiasmo observado desde a divulgação do PIB do terceiro trimestre, e que havia elevado a expectativa para o desempenho econômico nos últimos três meses de 2019, estendendo-se ao ano ora em curso. Contudo, uma série negativa de novos dados - a começar pelos da Anfavea sobre as vendas de veículos, divulgados na semana passada - fez acender uma luz amarela entre os investidores.

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"É muito cedo para ajustar a expectativa para 2020, mas esses últimos dados, mais fracos, colocam alguma água no chope de dezembro", diz Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, referindo-se à forte progressão acumulada pelo Ibovespa ao longo do mês passado e que se estendeu à primeira sessão de janeiro, no dia 2, quando o índice atingiu nova máxima histórica, a 118.573,10 pontos, no fechamento daquele pregão.

"É preciso esperar um pouco mais, especialmente pelos resultados das empresas, mas esses dados mais recentes realmente não ajudaram", diz Luiz Roberto Monteiro, operador sênior da Renascença, observando um ruído inicial, ainda no fim do ano passado, quando uma associação de lojistas contestou o desempenho das vendas de Natal da associação de lojistas de shopping, a Alshop.

As ações de varejo, com gordura acumulada após terem figurado entre os destaques de 2019, e de bancos, sob pressão prolongada ante perspectiva de maior concorrência derivada da emergência de fintechs e bancos digitais, estiveram entre os pontos negativos do dia. Banco do Brasil ON fechou hoje em baixa de 1,83%, com a ordinária do Bradesco em queda de 2,29% e a preferencial, de 1,75%, enquanto ItaúUnibanco PN cedeu 1,23% e a unit do Santander caiu 2,30%.

Entre as ações de varejo, destaque para Lojas Americanas (-1,33%), com Via Varejo resistindo em terreno positivo (+1,50% no fechamento). A alta do dólar na sessão (+1,30%, a R$ 4,1843) pressionou a ação da CVC, em queda de 2,61% no fechamento, e de empresas com custos afetados pela moeda americana, como Gol (-2,68%).

O Ibovespa ensaiou depois das 16h uma acentuação do ajuste negativo, em linha com a perda de fôlego em Nova York, especialmente do Dow Jones, que concentra ações do setor industrial e com exposição a exportações. Mas o fluxo acabou segurando o principal índice da B3, que passou a subir levemente na hora final de negócios, para fechar o dia aos 117.632,40 pontos, em alta de 0,26%, tendo oscilado entre mínima de 116.609,75 e máxima de 117.705,16 pontos ao longo da sessão.

Em NY, os três índices se dividiram entre leves ganhos e perdas. Mais cedo, o índice blue chip de Nova York era impulsionado pela expectativa para o acordo EUA-China e pelo início, em geral positivo, da temporada de balanços. A perda de força decorreu de notícia da Bloomberg TV, que reportou que as tarifas dos EUA sobre a China devem permanecer em vigor até depois das eleições americanas de novembro, apesar do acordo inicial entre os dois países, que deve ser assinado amanhã. Por outro lado, a temporada de balanços em Wall Street começou de forma positiva nesta terça-feira, 14, com números acima do esperado para os bancos JPMorgan e Citi.

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Por volta das 16h30, sem direção única em NY, o principal índice da B3 voltava a limitar as perdas, para fechar o dia em alta moderada, após ter interrompido, no dia anterior, uma série negativa de seis pregões. Encadeando a segunda sessão de retomada, o Ibovespa preservou a linha de 117 mil pontos, acumulando até aqui ganho de 1,72% no mês e de 1,84% na semana. O giro financeiro foi de R$ 21,1 bilhões, em linha com as últimas sessões, nas quais o volume tem superado R$ 20 bilhões.

"O dia era quase de zero a zero, com o mercado aguardando algumas entregas, entre elas a do que o Copom fará em fevereiro, se cortará ou não os juros", disse o economista-chefe da Necton, André Perfeito. Hoje, após a queda, na margem, observada na atividade de serviços em novembro, a curva de juros se moveu um pouco para baixo, com o mercado ainda dividido quanto ao que o Comitê de Política Monetária anunciará ao final da reunião, no dia 5.

Para Perfeito, a leitura de amanhã sobre o varejo pode ajudar o mercado a ter um pouco mais de clareza sobre o próximo passo da política monetária. Ele observa que o Ibovespa mantém o viés positivo para o ano, mas continuará a ser carregado pelo investidor doméstico, em meio à indução proporcionada por juros em mínimas históricas.

Caso se confirme a recuperação dos lucros das empresas brasileiras esperada para o ano, a razão PL das ações tende a cair, reforçando o apelo por compras, com novos pontos de entrada. "Quando os preços caem, o investidor doméstico continua entrando, o que tem impedido uma realização maior. Então, o Ibovespa segue nesse padrão determinado pelo fluxo, com o doméstico comprando, em razão de juros mais baixos por aqui, e o estrangeiro ainda vendendo", aponta um operador, mencionando pessoas físicas, fundos mútuos e mesmo fundos de pensão mostrando interesse por aquisições nos primeiros dias do ano. "A renda fixa deixou de ser uma opção, todos precisarão se adaptar", acrescenta.

Após seis sessões de queda, o Ibovespa iniciou a semana em terreno positivo, retomando os 117 mil pontos e alcançando o segundo melhor fechamento de que se tem registro, abaixo apenas da marca histórica de 118.573,10 pontos alcançada na primeira sessão do ano, no dia 2, quando subiu 2,53%. Logo depois do Natal, o rali de fim de ano havia levado o índice de referência da B3 pela primeira vez acima dos 117 mil no fechamento de 26 de dezembro, aos 117.203,20 pontos.

Nesta segunda-feira, 13, o índice encerrou em alta de 1,58%, aos 117.325,28 pontos, com giro financeiro de R$ 21,9 bilhões, em linha com o observado nas últimas sessões, sustentado acima de R$ 20 bilhões. Na mínima de hoje, o Ibovespa foi a 115.502,53 e, na máxima, a 117.333,11 pontos, atingida pouco antes do fechamento. O desempenho foi condicionado por dois segmentos com forte peso no índice: bancos e mineração/siderurgia.

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A semana traz indicadores importantes para balizar apostas sobre os próximos movimentos na política monetária: volume de serviços (terça-feira), vendas no varejo (quarta-feira) e IBC-Br (quinta-feira). No exterior, expectativa para o início da temporada de balanços, com bancos, amanhã, e a assinatura da fase 1 do acordo comercial entre Estados Unidos e China em Washington, na quarta-feira, dia anterior ao que será divulgado o PIB chinês. Aqui, o mercado segue dividido quanto à possibilidade de o Copom efetivar, no início de fevereiro, novo corte na Selic já na mínima histórica, hoje a 4,5%.

"A recuperação de hoje foi muito puxada pelas ações de bancos, que estavam um pouco atrasadas após uma sequência de perdas, como Itaú, e também pelas de mineração e siderurgia, como Vale (+3,64% no fechamento), CSN (+6,05%), Usiminas (+4,38%) e Gerdau (+4,30%)", diz Pedro Nieman, analista da Toro Investimentos. Na China, o minério de ferro fechou nesta segunda-feira com ganho acentuado, de 2,14%, em Qingdao. "O mercado exagerou um pouco na última semana, especialmente com relação aos bancos, e temos uma correção hoje muito baseada em preço", diz Luiz Roberto Monteiro, operador sênior da Renascença.

Nesta segunda-feira, Itaú Unibanco PN fechou em alta de 1,33%, Bradesco PN avançou 1,07% e Banco do Brasil ON ganhou 1,12%, ainda acumulando perdas, respectivamente, de 5,46%, de 3,75% e de 4,54% neste início de ano.

No exterior, em novo passo para reduzir a tensão bilateral, os Estados Unidos podem remover a China de lista de países considerados manipuladores de câmbio, faltando dois dias para a assinatura de acordo comercial preliminar entre Washington e Pequim, de acordo com relato da CNBC. Assim, a distensão do cenário externo, com os índices de NY em torno das máximas históricas, contribui para que o Ibovespa, após uma semana de descolamento, volte a refletir a melhora do ambiente global.

O Ibovespa parecia a caminho de interromper hoje uma sequência de perdas, em alta na maior parte da sessão, mas acabou cedendo terreno após as 16h, para estender a seis pregões a série negativa que interrompeu estreia fulminante no Ano Novo, quando superou pela primeira vez a marca de 118 mil pontos logo no pregão inicial de 2020, no dia 2.

O principal índice da B3 fechou nesta sexta-feira em baixa de 0,38%, a 115.503,42 pontos, agora negativo no mês (-0,12%), e com perda de 1,87% nesta primeira semana completa. Na mínima do dia, meia hora antes do fechamento, o Ibovespa chegou a perder os 115 mil pontos, a 114.952,34 pontos, tendo chegado aos 116.744,90 pontos na máxima da sessão. Em relação ao pico histórico de 118.573,10 pontos, do dia 2, o índice acumula agora perda de 2,58%. O giro financeiro de hoje totalizou R$ 19,7 bilhões.

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A ponta curta da curva de juros sofreu um ajuste pontual, para cima, após leitura além do esperado para o IPCA de dezembro, que torna mais incerta a perspectiva para a reunião de fevereiro do Copom, sobre a qual já havia divisão do mercado quanto à probabilidade de corte adicional na taxa básica de juros, hoje em 4,50% ao ano - a simetria de posições, entre os que esperam ou não novo corte, ficou mais evidente após a nova leitura do IPCA.

Assim, as ações de bancos, com forte peso no Ibovespa, permaneceram entre as decepções deste início de ano, com a ON do Banco do Brasil em queda de 2,35%, a ordinária do Bradesco em baixa de 1,75% e a preferencial, de 1,82% no fechamento da sessão. O ajuste negativo do segmento, que vem de 2019, reflete uma variedade de fatores, como a queda de juros, o potencial de concorrência das fintechs e dos bancos digitais e mesmo as declarações de ontem à noite do presidente Jair Bolsonaro, de que a Caixa, ao cortar as taxas, pode induzir grau de concorrência maior no mercado de crédito.

"Continuamos a ver o cenário para inflação como benigno, com o movimento de dezembro ainda refletindo em boa parte o choque da carne, que não tende a alterar a perspectiva de longo prazo dos formuladores da política econômica", diz Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, casa que aguarda corte de 0,50 ponto porcentual na Selic, para 4%, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, e projeta IPCA a 3,68% no fim de 2020, abaixo do centro da meta para este ano, de 4%.

No exterior, novos desdobramentos no campo geopolítico contribuíram para a cautela, especialmente após autoridades americanas terem indicado que, além da eliminação do general Qassim Suleimani na semana passada, houve ataque a outro comandante militar iraniano, Abdul Reza Shahlai, no Iêmen, em operação que teria falhado. Em outro desdobramento relevante, o Departamento de Estado dos EUA negou categoricamente o pedido do primeiro-ministro interino do Iraque, Abdul-Mahdi, para elaborar um roteiro para a retirada de tropas americanas.

No cenário externo, também não contribuiu nesta sessão a leitura abaixo do esperado para a geração de vagas de trabalho e para o crescimento da renda salarial nos EUA em dezembro, apesar do contraponto significativo, de que a taxa de desemprego segue na mínima de 50 anos no país.

No Termômetro Broadcast Bolsa, a perspectiva do mercado para as ações nos próximos dias é otimista. Entre 23 participantes, 60,87% acreditam que a semana que vem será de ganhos para o índice, enquanto apenas 8,70% esperam queda e, para 30,43%, o principal indicador da B3 fechará a próxima semana sem variação.

Após uma largada positiva no ano, com ingresso de recursos concentrado no dia 3, os investidores estrangeiros sacaram com intensidade recursos da Bolsa brasileira na terça (7) e quarta-feira (8). Na terça-feira, os saques chegaram a R$ 1,706 bilhão e, na sessão de quarta, a R$ 1,616 bilhão. Assim, o saldo negativo de janeiro foi a R$ 3,065 bilhões, resultado de R$ 52,298 bilhões em compras e de R$ 55,364 bilhões em vendas de ações.

O Ibovespa seguiu em correção moderada nesta quinta-feira, 9, em terreno negativo pela quinta sessão consecutiva. O principal índice da B3 fechou em baixa de 0,26%, aos 115.947,11 pontos, ainda descolado dos mercados externos, em alta desde a Ásia até a Europa e os EUA, movidos pela superação dos receios mais agudos quanto à evolução da tensão sobre o Irã.

Na Bolsa, mais uma vez o giro financeiro foi elevado, na casa de R$ 23,4 bilhões, em padrão atípico para o início de ano, período em que a fraqueza do noticiário doméstico costuma deixar o índice mais exposto ao humor externo.

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Logo na primeira sessão do ano, no dia 2, o Ibovespa renovou máxima histórica, encerrando naquela quinta-feira aos 118.573,10 pontos. Desde então, o principal índice da B3 acumula perda de 2,22% em relação ao pico.

"A realização de lucros começou e deve prosseguir dessa forma suave", diz Raphael Figueredo, analista técnico da Eleven Financial Research, observando que a primeira linha de resistência significativa foi testada hoje, em torno dos 115.500 pontos. Se superada de forma sustentada, a linha seguinte está aos 111.800 pontos, aponta o analista da Eleven, casa que projeta o Ibovespa a 138 mil pontos no fechamento de 2020.

Na mínima de hoje, o Ibovespa foi aos 115.410,67 e, na máxima, aos 116.820,04 pontos. Na semana, o índice acumula perda de 1,49%, mas ainda avança 0,26% neste início de janeiro. Nesta quinta-feira, as ações do setor financeiro estiveram entre as de desempenho negativo, com a Cielo liderando as perdas do índice, em queda de 6,13% no fechamento da sessão.

Destaque também para perda de 1,99% na ação preferencial do ItaúUnibanco e de 1,60% para a PN do Bradesco. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou hoje que deve autorizar fintechs e bancos a operar microcrédito, em nova sinalização da autoridade monetária no sentido de induzir grau maior de competição em um segmento caracterizado pela concentração.

"Há um movimento importante em curso, de emergência de fintechs e bancos digitais, mas levará tempo para que essa mudança estrutural afete os grandes bancos. O mercado talvez esteja exagerando", diz Figueredo. "Com a queda de juros e um cenário diverso, mais aberto à competição no crédito, surge o receio de que a rentabilidade e os dividendos dos bancos se enfraqueçam, o que favorece um giro nas carteiras em direção a outros segmentos, como o de varejo", diz Ari Santos, gerente da mesa Ibovespa da H. Commcor. "Pelo peso que têm na composição do índice, os bancos seguem como os vilões, e não é de hoje", acrescenta.

Nesta quarta sessão de 2020, o Ibovespa encerrou pela terceira vez seguida em terreno negativo, moderando as perdas observadas mais cedo, em cenário global ainda marcado pela expectativa do que o Irã poderá vir a fazer em reação à morte de seu principal líder militar, em ataque dos EUA ocorrido em Bagdá na madrugada da última sexta-feira. Após ter perdido a linha de 116 mil pontos, tocando a marca de 115.965,38 pontos na mínima do dia, o principal índice da B3 encerrou aos 116.661,94 pontos, em baixa de 0,18%, com giro financeiro de R$ 20,0 bilhões, alto mas abaixo do observado nas duas sessões anteriores. Na máxima de hoje, o Ibovespa foi aos 117.075,85 pontos.

Apesar do desempenho negativo do Ibovespa, parte dos papéis conseguiu se descolar do quadro de fundo, impelidos por notícias favoráveis a algumas empresas, como a melhora em dezembro dos dados operacionais da Azul (+3,31% na PN, segunda maior alta entre os componentes do índice na sessão) e a elevação da recomendação da Marfrig pelo Santander, que contribuiu para a ação do frigorífico fechar o dia em alta de 3,07%. Na ponta do dia, Cemig fechou em alta de 3,66%, com a B3, em recuperação de perdas recentes, apontando ganho de 3,23% no encerramento.

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No quadro mais amplo, a incerteza geopolítica permanece como trava incontornável, favorecendo realização de lucros após progressão de 31,58% acumulada pelo Ibovespa em 2019.

"O Irã está no período de luto, então é preciso esperar para ver o que pode acontecer. A atitude é de cautela, com atenção ao que o país e seus grupos aliados virão a fazer. Não dá para dizer que já estejamos em uma acomodação", observa Luiz Roberto Monteiro, operador sênior na Renascença, apesar de o petróleo ter devolvido hoje uma parte dos ganhos que havia acumulado nos últimos dias, e de as ações terem se mantido em variação relativamente modesta nesta sessão. "Não interessa tanto o que os americanos possam dizer agora, a questão é saber o que o Irã fará", concorda José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator.

Por aqui, embora a amostra seja muito pequena, referente apenas às duas primeiras sessões do ano, o investidor estrangeiro voltou a comprar ações brasileiras neste início de 2020, após o fluxo de saída de recursos acumulado ao longo do ano passado.

No primeiro pregão do ano, no dia 2, quando o Ibovespa subiu mais de 2% e renovou máxima histórica, acima dos 118 mil pontos, os investidores estrangeiros sacaram R$ 409,224 milhões da B3. No dia seguinte, quando a percepção de risco geopolítico voltou ao radar com a morte do general iraniano, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 862,402 milhões naquela sexta-feira (03), quando o Ibovespa fechou em baixa de 0,73%, aos 117.706,66 pontos, com giro financeiro elevado, de R$ 29,2 bilhões. Assim, nessas duas primeiras sessões, o saldo de janeiro está positivo em R$ 453,178 milhões, resultado de R$ 21,637 bilhões em compras e de R$ 21,184 bilhões em vendas de ações.

Após abrir em alta na faixa dos 117 mil pontos, o Ibovespa passou a operar em baixa, renovando mínimas. O movimento acontece apesar da alta da maioria das bolsas europeias e dos índices futuros de Nova York. Mais cedo, a leitura de analistas era a de que a ausência de fatos novos a respeito da tensão geopolítica entre Estados Unidos e Irã daria um pouco de alívio. Isso de fato aconteceu externamente mais cedo, mas depois foi perdendo força. Um dos motivos são renovadas incertezas sobre as relações comerciais sino-americanas.

Nesta terça-feira (7), saiu a informação de que o vice-ministro de Agricultura da China, Han Jun, afirmou que Pequim não elevará sua cota anual de importação de grãos dos EUA, o que era uma promessa para a assinatura da primeira fase do acordo comercial sino-americano. A expectativa é que esse acordo inicial seja assinado no próximo dia 15 e que a delegação chinesa viaje para os EUA na próxima semana. No entanto, ainda não há datas específicas para a partida das autoridades da China ou para a cerimônia de assinatura.

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Os investidores também seguem atentos ao noticiário geopolítico e continuam preocupados em relação ao clima tenso que fora instaurado após o ataque norte-americano em território iraquiano. Na ocasião, houve a morte do general iraniano Qassim Suleimani na semana passada.

Nesta terça também, o Irã disse estar avaliando 13 cenários para responder à morte de seu principal líder militar, afirmando que mesmo a mais fraca das opções será um "pesadelo histórico" para os EUA. O Parlamento do país aprovou projeto de lei emergencial que classifica o Exército norte-americano e o Pentágono como entidades terroristas

O investidor ainda acompanha os preços do petróleo no mercado internacional, que hoje cedem e passam por realização, para saber os rumos dos combustíveis no Brasil. "O repasse da alta do petróleo aos preços internos segue indefinida, o que deve manter a instabilidade nos papeis da Petrobras, estima Campos Neto.

Em reunião ontem, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, disse que há "liberdade total" no Brasil para os preços de derivados de petróleo e que não foi pressionado para reduzir os preços. Não houve anúncio de modificação nos valores dos combustíveis, mas o governo adiantou que prepara medidas compensatórias que poderão ser usadas em momentos de crise. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, no entanto, não informou quais são esses instrumentos e de que forma serão aplicados.

"A indicação é de que alguma atitude vão tomar, de que alguma coisa farão sem necessariamente mexer nos preços dos combustíveis. Isso é ingerência, e não é bom", observa o operador.

Às 11h23, o Ibovespa caía 0,53%, aos 116.257,90 após, após oscilar entre mínima de 115.995,45 pontos e máxima de 117.075,85 pontos.

No terceiro pregão do ano, o Ibovespa fechou em baixa, cedendo a linha dos 117 mil pontos, após ter permanecido boa parte da sessão, especialmente à tarde, não tão distante de máximas históricas renovadas logo na primeira sessão de 2020, na sequência do rali de dezembro. Assim, o principal índice da B3 encerrou a sessão desta segunda-feira em queda de 0,70%, a 116.877,92 pontos, tendo oscilado entre mínima de 116.268,69 e máxima de 117.706,66 pontos, ambas pela manhã. O giro financeiro foi elevado, totalizando R$ 27,4 bilhões na sessão.

Em dia de alta moderada para o Brent (+0,45%) e o WTI (+0,35%), as ações da Petrobras se mantiveram entre os destaques da sessão, com a preferencial em alta de 1,18% e a ordinária de 3,25% no fechamento. "Sabemos que o preço do combustível impacta inflação e o preço do frete", disse nesta tarde o presidente Jair Bolsonaro, logo após participar do início de reunião no Ministério de Minas e Energia sobre a questão.

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Em Nova York, os três índices neutralizaram as perdas observadas mais cedo e fecharam o dia em terreno positivo, na ausência de notícias que apontassem um recrudescimento da tensão EUA-Irã. Com a contribuição de Wall Street, o Ibovespa chegou a moderar as perdas à tarde, mas voltou a aprofundá-las nas duas horas finais do pregão, cedendo, como mais cedo, a linha dos 117 mil pontos. "Esse movimento foi local, pelo que observamos, com o ajuste no real isolado de outras moedas no dia, levando a Bolsa junto, para baixo. Como ambos avançaram muito nos últimos 15 dias, uma realização é até bem-vinda, tendo em vista as incertezas", diz o integrante de uma mesa de operações.

"O Irã dará alguma resposta; certamente a morte do general Qassim Suleimani, um importante líder militar, não passará em branco. Acho que não haverá guerra, mas uma reação menor, como algum bloqueio aos navios petroleiros", diz Victor Beyruti, economista-chefe da Guide Investimentos, acrescentando que a cautela deve prevalecer por algum tempo. "Não tende a ser algo tão pontual e passageiro, pela gravidade do que aconteceu."

"Se a Rússia e a China aliados do Irã mostrarem contenção nos próximos dias, e é o que se espera que aconteça, o mercado tende a esquecer um pouco esse problema. Até lá, a aversão a risco continuará a dar o tom", diz um operador. No primeiro pregão do ano, no dia 2, em meio à incerteza sobre o Oriente Médio, os investidores estrangeiros sacaram R$ 409,224 milhões da B3.

Apesar da falta de clareza que tende a prevalecer no curto prazo, o cenário-base para 2020 permanece favorável, com políticas monetárias acomodatícias nas maiores economias, como EUA, China e zona do euro. A indicação da assinatura, no próximo dia 15, da fase 1 do acordo comercial entre EUA e China contribui para aliviar parte da incerteza sobre a disputa entre as duas maiores economias do globo. "Depois da assinatura, o mercado deve ficar mais exigente, especialmente quanto ao grau de implementação efetiva de certos aspectos do acordo, como o volume de compras, pela China, de produtos agrícolas americanos", observa Beyruti.

Por aqui, esta semana reserva leituras sobre a produção industrial e o IPCA que podem corroborar a percepção de que a retomada mais firme observada no terceiro trimestre tenha se estendido aos últimos três meses de 2019, com efeitos positivos para o ano em curso, acrescenta o economista-chefe da Guide Investimentos.

A Bolsa brasileira começou 2020 registrando nova marca histórica e com alta praticamente generalizada entre as ações, amparada pelo bom humor no exterior, diante da proximidade de oficialização do acordo inicial entre Estados Unidos e China e ainda sustenta pelas perspectivas favoráveis para a economia doméstica este ano. O Ibovespa fechou o primeiro pregão do ano com elevação de 2,53%, na máxima, aos 118.573,10 pontos, recorde. Lá fora, o dia também foi de altas inéditas. Internamente, a confirmação de crescimento da atividade em 2019 como atestaram alguns indicadores informados hoje reforçaram entre analistas as estimativas de um ano de 2020 melhor que o anterior, o que também amparou o bom humor.

"O clima externo é positivo e isso ajuda a embalar o contexto local depois de uma leve correção, com investidores voltando às compras", diz o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria Integrada. No último dia útil de 2019, o Ibovespa caiu 0,76% (115.645,34 pontos), mas terminou o ano com ganhos de 31,58%.

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Nem mesmo a ressaca de fim de ano limitou o volume de negócios na B3, que somou R$ 20,9 bilhões, ficando acima dos anos anteriores: R$ 17 bilhões (2028) e de apenas R$ 8 bilhões (2017). Também no primeiro dia útil de 2019, o Ibovespa fechara em alta de 3,56%, aos 91.012 pontos, recorde histórico à época.

Normalmente, ressalta o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira, no início do ano o investidor sente-se um pouco mais confortável para ousar, pois tem um ano pela frente para tentar recuperar eventuais perdas. "Dá para arriscar mais pois o ano está só no começo, e depois pode se ajustar, caso precise", diz.

A afirmação do presidente dos EUA, Donald Trump, de que a assinatura do pacto comercial preliminar com a China ocorrerá neste mês foi um dos vetores do mercado acionário interno e internacional. Além disso, contribuiu para esse clima a informação de que o banco central chinês cortará a quantidade de dinheiro que os bancos devem ter nas mãos a partir do dia 6. A medida é um esforço para minimizar a desaceleração da economia, liberando cerca de 800 bilhões de yuans (US$ 114,6 bilhões) para fins de empréstimo.

Depois de iniciar o primeiro dia útil deste ano timidamente, na casa dos 115 mil pontos, o Ibovespa saltou para os 118 mil pontos, variando de uma mínima de 115.648,97 pontos a uma máxima de 118.573,10 pontos. Conforme um operador, "aparentemente" boa parte das compras hoje é feita por investidor estrangeiro, mostrando confiança no País. "Mas temos de esperar para ver se isso se concretizará e, em se concretizando, se será sustentável", diz.

Para Campos Neto, a consolidação de informações e indicadores recentes sobre a economia brasileira também contribui para o desempenho na B3 nesta quinta-feira pós feriado de Réveillon. "O cenário para 2020 é bom. Temos visto consistentes revisões para cima nas projeções para o crescimento econômico", diz, ao lembrar-se da Focus do Banco Central. Em seu última pesquisa (do dia 30), a mediana das estimativas para a alta do PIB em 2020 saiu de 2,28% para 2,30%. Quatro semanas atrás, estava em 2,22%.

"É só um ilustrativo Focus, mas há uma percepção mais favorável demonstrada pelos indicadores", diz o economista da Tendências.

Hoje, foram divulgados dois dados que reforçam esse quadro. O emplacamento de novos veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) no Brasil em 2019 teve o desempenho mais elevado em cinco anos, conforme a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No período, foram vendidos 2,78 milhões de novos veículos, maior número desde 2014, quando foram emplacados 3,5 milhões.

"Com a estabilidade econômica, a expectativa de crescimento do PIB Produto Interno Bruto, que devem gerar mais empregos e crédito à população, a Fenabrave acredita em um novo ciclo de crescimento das vendas de veículos para 2020, e projeta alta de 9,67% para o setor, em geral, sobre os resultados obtidos em 2019, devendo ultrapassar 4,3 milhões de unidades", estima em nota.

Já o Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV), relativo a dezembro, alcançou a maior marca desde janeiro de 2019, ao subir 97,1 pontos ante novembro.

Entre as blue chips, os papéis da Petrobras registraram avanços de 1,72%(PN) e de 2,50% (ON), enquanto Vale ON subiu 1,93%, na onda da expectativa de assinatura de acordo comercial sino-americano este mês que impulsionou o petróleo e minério, respectivamente. CSN ON teve alta de 4,11%e Gerdau, de 3,80%.

O setor financeiro também avançou: Bradesco PN (3,70%) e ON (4,02%), BB ON (1,86%), Itaú Unibanco PNA (2,53%) e Unit de Santander (2,85%).

Já as ações ON da B3 ficaram na lista das maiores variações (5,78%), após o anúncio da nova política tarifária na Bolsa, como por exemplo a redução nas tarifas para investidores com maiores volumes, o que também ajudou no ambiente otimista.

Ainda na corrente das maiores variações ficaram JBS ON (5,43%), após a informação de que o acordo de acionistas do BNDESPar com a J&F, que é controladora do grupo, não tem mais efeito, uma vez que o prazo de vigência se encerrou em 31 de dezembro. Os investidores também monitoraram a notícia de que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) notificou a identificação do primeiro foco de gripe aviária na Polônia.

Hoje, dos 68 ativos da carteira do índice, apenas cinco cederam e um ficou estável, com destaque para o recuo de YDUQS, de 1,58%.

Após uma sequência de renovação de máximas históricas, o Ibovespa deu lugar nesta penúltima sessão de 2019 a uma realização de lucros moderada no fim do dia, com liquidez bem mais acomodada do que na semana passada, mas não especialmente reduzida para a época do ano - o giro financeiro totalizou nesta sexta-feira, 27, R$ 16,7 bilhões, após volume de R$ 16,1 bilhões no dia anterior e também na casa de R$ 16 bilhões na segunda-feira.

Saindo do fechamento na última sexta-feira a 115.121,08 pontos e tendo encerrado ontem, duas sessões depois, pela primeira vez acima da marca de 117 mil pontos, o principal índice da B3 terminou o pregão de hoje em baixa de 0,57%, a 116.533,98 pontos, oscilando entre mínima de 115.995,12 pontos e máxima de 117.802,86, mais cedo, em novo pico histórico intradia, quando a leitura abaixo do previsto para a taxa de desemprego da pesquisa PNAD contínua contribuiu para reforçar o cenário de recuperação econômica para 2020, em ritmo mais sustentado do que o deste ano.

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"O IGP-M de dezembro, em variação de 7,30% no ano, também reforça essa percepção, de uma economia em dinamismo mais aquecido", diz Luana Nunes, analista da Toro Investimentos, que considera natural uma "lateralização" ou mesmo realização de lucros neste ajuste de fim de ano, com o Ibovespa acumulando até aqui ganho de 32,59% em 2019 - na semana, a quarta de ganhos consecutivos, o avanço foi de 1,23% e, no mês, de 7,67%. "Ficou esticado, então é natural que se tenha uma trava nessas últimas sessões do ano", acrescenta a analista.

Aqui, entre os componentes da carteira teórica do Ibovespa, as perdas foram bem distribuídas, à exceção de alguns papéis em queda mais acentuada, como B3 (-5,23% no fechamento), ainda em ajuste à perspectiva de que venha a enfrentar concorrência no futuro, reflexo do precedente jurídico aberto pelo acordo assinado com a ATS Brasil, sinalizando para o fim do monopólio e a possibilidade de entrada de novos players nos segmentos de renda fixa e variável. No ano, a B3 acumula ganho de 68%, mas cede 7,36% no mês.

Outros papéis, com forte avanço acumulado no ano, como JBS (127% em 2019) e Marfrig (78% no ano), deram lugar a uma realização no mês (-7,30% para a ação da JBS e -8,79% para a da Marfrig até o fechamento desta sessão), encerrando em baixa de 0,34% e em alta de 0,72%, respectivamente, o pregão desta sexta-feira.

Entre os destaques de alta no mês (30,5%) e no ano (162%), a ação da Via Varejo fechou hoje em baixa de 2,54%, enquanto a CSN, que avança 11% no mês e 69% no ano, encerrou em queda de 3,72%, a segunda maior perda do Ibovespa no dia, superada apenas pela ação da B3.

Na antepenúltima sessão do ano, com liquidez moderada, o Ibovespa deu novo sinal de que deve fechar 2019 em torno de máximas históricas, que têm sido pulverizadas em padrão quase diário nas últimas semanas. Neste retorno de Natal, não foi diferente: como aqueles apressados que sobem a escada de dois em dois degraus, o Ibovespa, que já havia rompido a inédita casa de 116 mil pontos pela manhã, aprofundou-se em terreno não mapeado para fechar o dia acima dos 117 mil pontos.

O principal índice da B3 encerrou a sessão em alta de 1,16%, aos 117.203,20 pontos, estabelecendo nova máxima de fechamento e, um pouco mais cedo, também intradia. O giro financeiro ficou em R$ 16,1 bilhões, com o índice oscilando entre 115.672,53 pontos, na mínima, e 117.219,91 pontos no pico da sessão, em dia também positivo em Nova York, onde o índice de tecnologia, Nasdaq, tocou e superou pela primeira vez a marca de 9 mil pontos - as três referências de NY seguem nas máximas históricas, renovadas hoje mais uma vez.

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Com entusiasmo lá e aqui, o índice MSCI Brazil, que reúne ADRs de empresas brasileiras negociadas em Nova York, fechou o dia em alta de 2,21%, a 47,69.

No Brasil, a melhora nos índices de confiança dos segmentos de comércio e serviços, em levantamento mensal da Fundação Getulio Vargas, bem como o forte desempenho reportado pela Associação de Lojistas de Shopping Centers (Alshop) nas vendas de Natal, foi o catalisador inicial dos ganhos. "O mercado tem se mantido eufórico com a melhora da perspectiva econômica para 2020, em uma progressão praticamente linear, que o deixa exposto a uma correção maior caso algum fato negativo sobrevenha", diz Gabriel Machado, analista da Necton, casa que projetava a princípio 112 mil para o Ibovespa no fechamento de 2019 e que estima 137 mil como meta para o próximo ano.

Para Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, há uma condição sem precedentes que favorece não apenas a progressão observada este ano, mas também postergação de eventual correção: inflação bem ancorada em horizonte de alguns anos, ao menos até 2021, e com Selic na mínima histórica, hoje em 4,5% mas podendo chegar a níveis ainda menores, como 4%, em 2020. Tal combinação de fatores favorece o maior apetite por risco, especialmente se a disputa EUA-China, como sinalizado em dezembro, permanecer em algum grau de dissipação no próximo ano.

O desempenho do Ibovespa em 2019, acima do que não poucos anteviam no início do ano, ocorreu a despeito da falta de apoio do investidor estrangeiro. De acordo com os mais recentes dados disponíveis, os estrangeiros retiraram R$ 349,867 milhões da B3 no pregão da última sexta-feira, 20.

Naquele dia, o Ibovespa fechou estável (-0,01%), a 115.121,08 pontos, após ter também renovado máximas nos dias anteriores, com giro financeiro de R$ 25,2 bilhões naquela sessão. Em dezembro, o saldo acumulado segue negativo em R$ 3,777 bilhões, apesar de o Ibovespa acumular até aqui ganho de 8,29% no mês. No ano, o saldo está negativo em R$ 43,033 bilhões, enquanto o Ibovespa acumula alta de 33,36% em 2019.

Em acomodação à recém-conquistada marca de 115 mil pontos, o Ibovespa ensaiou nesta sexta-feira, 20, uma realização de lucros após ter renovado máximas de fechamento em três sessões consecutivas até hoje, mas encerrou a sessão praticamente estável (-0,01%), a 115.121,08 pontos, acumulando ganho de 2,27% na semana - o terceiro avanço semanal em sequência - e de 6,36% no mês.

No fim da sessão, o índice acabou neutralizando a baixa que prevalecia ao longo do dia, com as ações de bancos, como Bradesco e ItaúUnibanco, limitando as perdas observadas mais cedo, e Gerdau PN na ponta positiva, em alta de 4,82% no fechamento.

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A poucas sessões do fechamento do ano, o principal índice da B3 acumula até aqui ganho de 30,99% em 2019. Na mínima de hoje, o Ibovespa foi a 114.525,95 pontos e, na máxima do dia, a 115.170,58 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 25,2 bilhões, mais uma vez acentuado bem perto do fechamento, em semana que teve vencimento de opções sobre ações, na segunda, e sobre o Ibovespa, na quarta-feira.

O dia também foi em geral positivo no exterior, com ganhos nos EUA e na Europa, tendência que tem prevalecido desde o rompimento do impasse sobre a fase 1 do acordo entre americanos e chineses, no fim da semana passada. Hoje, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse ter mantido uma "ótima" conversa telefônica com o líder chinês, Xi Jinping, e que o país asiático "já começou a comprar em grande escala nossos produtos agrícolas".

Aqui como lá fora, o foco segue no noticiário corporativo, em geral positivo, e nos sinais favoráveis que chegam da economia, melhorando a perspectiva para 2020. "No ano que vem, pelo que temos de informação até agora, teremos algo como um IPO a cada oito dias úteis, em ritmo que não se via desde 2007-2008, antes da crise global", diz Arthur Ferrone, economista e assessor de investimentos na Criteria Investimentos.

"Hoje a ação da Vale rompeu a importante linha de resistência de R$ 54, em boa recuperação desde a ruptura de Brumadinho, quando havia deixado este nível em direção a R$ 45 ou R$ 46", aponta Ferrone. Nesta sexta, a ação ordinária da mineradora fechou em alta de 1,46%, a R$ 54,79, com o minério de ferro apontando baixa de 2,28% em Qingdao. Ferrone vê o Ibovespa a 140 mil pontos no fim de 2020 e perspectiva especialmente positiva para as ações do setor siderúrgico. "Com o ajuste de fim de ano dos fundos, é possível que o índice ande um pouco mais até o encerramento de 2019", acrescenta.

O Ibovespa iniciou o dia aquém dos 115 mil pontos e segue nessa dinâmica, sem muito fôlego, porém caminha para fechar a segunda semana consecutiva de alta. Até o momento, acumula valorização acima de 1,8%. O moderado ganho das bolsas internacionais, novos dados da economia brasileira e algumas notícias corporativas ajudam a limitar a perda, mas o investidor começa a se preparar as festas do fim do ano.

"O movimento hoje é moderado, já que lá fora está meio devagar, mas o rali de fim de ano deve continuar", prevê Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença DTVM.

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Ontem, o índice subiu 0,71%, aos 115.131,25 pontos, renovando máxima pelo terceiro dia seguido. "Passa por um pequeno ajuste, mas a tendência continua positiva", diz uma fonte.

Depois do Caged de novembro acima do esperado ontem, hoje dois indicadores reforçaram sinais da retomada econômica. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), tanto o índice da confiança da construção (+3,3 pontos) quanto o do consumidor (+2,7 pontos) subiram em dezembro.

"Por aqui, a agenda de hoje reforçou a melhora de ambiente, com novas altas dos indicadores de confiança", escreveu em nota o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria Integrada.

Hoje, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA - 15) acelerou a 1,05% em dezembro ante 0,14% em novembro (previsões de 0,65% a 1,08%, com mediana de 0,96%). "Sinais que favorecem as apostas de fim do ciclo de corte da Selic", diz Campos Neto. Porém, a taxa anual fechou em 3,91% (3,86% em 2018). O IPCA-15 de 2019 ficou aquém do centro da meta de 4,5%, o que indica quadro inflacionário tranquilo.

Grande parte do avanço mensal do IPCA-15 foi puxado pelo encarecimento de carnes, algo que é considerado por economistas e pelo próprio Banco Central como passageiro, sem incomodar o andamento da política monetária. Entretanto, o quadro deve continuar cauteloso quanto ao Comitê de Política Monetária (Copom), sobretudo de fevereiro diante de estimativa de avanço da atividade.

No campo corporativo, a atenção deve recair principalmente em Petrobras. A empresa informou que aprovou os termos finais de acordo com a Sete Brasil. Também informou que não faltará combustível marítimo para abastecer mercado local com o insumo em 2020. Além disso, a companhia pagará a primeira parcela de bônus de Búzios à ANP, no valor de R$ 34,420 bilhões.

Às 12h45, o Ibovespa caía 0,48%, aos 114.578,17 pontos.

O Ibovespa renovou máximas intradia e de fechamento nesta quinta-feira, 12, em meio ao entusiasmo suscitado pela elevação da perspectiva para o Brasil pela agência Standard & Poor's, anunciada na noite anterior, assim como pela porta aberta deixada pelo Copom para novo corte de juros, após a redução da Selic a nova mínima histórica, a 4,50%. Por volta das 16h30, o principal índice da B3 tocava novos picos, com o relato da TV Bloomberg de que os Estados Unidos chegaram a um acordo comercial com a China em princípio, que agora aguarda aprovação do presidente americano, Donald Trump. Em Nova York, os três índices fecharam o dia com ganhos entre 0,73% e 0,86%, com S&P 500 e Nasdaq em novas máximas históricas de encerramento.

A notícia causou entusiasmo em Wall Street, levando os índices de NY às máximas da sessão. Assim, o Ibovespa fechou em alta de 1,11%, aos 112.199,74 pontos, não muito distante do pico intradia, oscilando entre mínima de 110.963,08 e máxima de 112.444,74 pontos durante a sessão. Na semana, o índice passa a acumular ganho de 0,97% e, no mês, de 3,66%. Em 2019, avança 27,66%. Das nove sessões realizadas em dezembro, apenas duas foram negativas - e, ainda assim, levemente: baixa de 0,13% na segunda e de 0,28% na última terça-feira. O volume financeiro hoje foi de R$ 21,6 bilhões.

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"Com a melhora da perspectiva anunciada ontem, a sinalização dada pela S&P é muito importante, na medida em que ela costuma ser a primeira entre as principais casas de classificação de risco de crédito a tomar posição, liderando o processo. Dá para contar com recuperação do grau de investimento até o fim do ano que vem", diz Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante. "Conversando com colegas, já é possível ver aumento de interesse entre os estrangeiros", acrescenta.

O fluxo do investimento estrangeiro na Bolsa brasileira, carregada até aqui basicamente pelos domésticos, é a chave para testar o fôlego do Ibovespa em direção a novas máximas. A eventual superação, ainda que sem um acordo em definitivo, na disputa comercial entre EUA e China, bem como a recuperação das notas de crédito pelas agências internacionais de classificação de risco são fatores essenciais para a retomada dos fluxos estrangeiros, apontam analistas.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse hoje que há uma tendência de que as demais agências de classificação de risco olhem a economia brasileira com "mais cuidado", após a S&P ter melhorado a perspectiva da nota do País. "Quando uma agência melhora, todas as outras olharão os dados com mais cuidado. Acho que outras agências vão ter que claramente olhar para esse cenário mais positivo", disse, destacando as cerca de 30 empresas que também tiveram melhora no rating.

Para Bevilacqua, da Levante, o ajuste fiscal e os cortes já acumulados na Selic começam a produzir efeitos positivos sobre a confiança dos agentes econômicos e sobre o ritmo de atividade, com consequências positivas para 2020. "Com a questão fiscal encaminhada e o crescimento econômico, estamos saindo do lodo", diz o estrategista da Levante, com referência para o Ibovespa a 115 mil pontos no fechamento de 2019.

Dos 68 papéis que compõem a carteira teórica do Ibovespa, 14 fecharam em baixa nesta sessão. A ação PN da Petrobras subiu 1,88%, com o petróleo em alta na casa de 0,7% no fechamento da Nymex. Outro carro-chefe, Vale ON, avançou 2,16%.

O Ibovespa fechou em terreno negativo pelo segundo dia, na véspera de decisões de política monetária no Brasil e nos EUA, com o mercado atento também, aqui como no exterior, aos sinais de autoridades americanas e chinesas sobre as negociações comerciais, a poucos dias do prazo-limite de domingo, quando novas tarifas podem ser impostas. Assim, o principal índice da B3 encerrou a sessão aos 110.672,01 pontos, em baixa de 0,28%, restringindo o ajuste nos minutos finais.

Agora, o Ibovespa acumula perda de 0,41% na semana e ganho de 2,25% no mês. Em 2019, o índice avança 25,92%. O giro financeiro foi de R$ 17,2 bilhões nesta sessão, na qual o índice oscilou entre mínima de 110.132,84 e máxima de 111.184,37 pontos.

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"Um ajuste desse com o Ibovespa a 110 mil pontos não assusta, nem chega a ser uma realização, considerando o ganho no mês e que estamos a poucos dias de vencimento de opções", diz Ari Santos, gerente da mesa de operações da H. Commcor, chamando atenção para a acomodação do dólar e a perspectiva de o Copom confirmar, amanhã, o aguardado corte de meio ponto porcentual na Selic, de 5% para 4,5% ao ano, em processo de ajuste nos custos de crédito já bem "balizado", tanto no Brasil como no exterior.

Para o Federal Reserve, a expectativa é de que o BC dos EUA mantenha, amanhã à tarde, a taxa de juros na faixa de 1,50% a 1,75% ao ano, e possa sinalizar a conservação dos custos de crédito neste nível até o final do próximo ano.

Por aqui, a expectativa é de que o Copom tenha espaço, no máximo, para um corte de 0,25 ponto porcentual em 2020, a depender do comportamento da atividade e da inflação, após ter se esperado no mercado um escopo maior, de até 0,50 ponto para o ano que vem. Assim, o comunicado do Copom será esquadrinhado amanhã em busca de sinais sobre a visão do BC quanto às mais recentes leituras da inflação e do crescimento econômico, em geral acima do consenso.

Como pano de fundo, o mercado segue atento a indicações, frequentemente contraditórias, sobre a disputa EUA-China. Larry Kudlow, assessor-chefe do Conselho Econômico Nacional, disse hoje que ainda está sobre a "mesa" a possibilidade de os EUA, de fato, optarem no dia 15 pela adoção de novas tarifas para importações da China, parecendo contrariar relato do secretário de Agricultura, Sonny Perdue, de que "algum tipo de recuo" estaria a caminho.

Entre as ações, destaque para a alta de 2,85% na ação preferencial da Gerdau, após elevação do preço-alvo pelo Bradesco BBI, de R$ 18,00 para R$ 24,00, com rentabilidade superior proporcionada pela alta do dólar, na avaliação do banco. Nesta terça-feira, a moeda americana à vista fechou em alta de 0,47%, a R$ 4,1488, praticamente estável na semana (+0,05%), mas acumulando perda de 2,17% no mês.

Após três fechamentos em nível recorde e cinco sessões de ganhos consecutivos, o Ibovespa fez uma pausa neste pregão, encerrando o dia em leve baixa de 0,13%, a 110.977,23 pontos, cedendo a recém-conquistada marca de 111 mil. O giro financeiro foi de R$ 18,6 bilhões, com o principal índice da B3 oscilando entre mínima de 110.869,87 e máxima de 111.453,05 pontos na sessão.

Concluída a primeira sessão de desempenho negativo neste mês de dezembro, o Ibovespa acumula agora ganho de 26,27% no ano, tendo fechado novembro aos 108.233,28 pontos. Em Nova York, os três principais índices encerraram o dia com perdas em torno de 0,3% a 0,4%.

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"É natural que haja uma pausa, e mesmo alguma realização, quando se considera o nível em que o Ibovespa está agora", diz Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, que considera que o índice de ações não deve se afastar de 111 mil pontos até o fim do ano. "Tivemos uma dicotomia hoje, entre o doméstico e o exterior, com o doméstico ainda amparado por revisões, para cima, nas estimativas de crescimento econômico, e o exterior ainda atento a EUA-China, com alguma cautela para o próximo domingo", acrescenta, referindo-se também à fraca leitura sobre as exportações do país asiático.

No boletim Focus desta segunda-feira, 9, a projeção de crescimento do mercado para o PIB de 2019 foi elevada de 0,99% para a marca de 1,1%, com ajuste marginal, também para cima, na projeção para 2020. No Focus, a expectativa para o IPCA em 2019 foi elevada de 3,52% para 3,84% e mantida a 3,60% para o próximo ano.

Em desdobramento positivo após a recente preocupação com as contas externas, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,646 bilhão na primeira semana de dezembro. No ano, o saldo acumulado é de US$ 42,72 bilhões e, no mês, houve alta de 4,9% na média diária das exportações em comparação a dezembro de 2018.

Além da decisão do governo Trump sobre a adoção ou não, no dia 15, de novas tarifas de importação sobre bens produzidos na China, a semana reserva decisões de política monetária no Brasil e nos EUA, na quarta-feira, e na zona do euro, na quinta. Embora esteja precificado nesta reunião um corte de 0,5 ponto porcentual na Selic, de 5% para 4,5% ao ano, é preciso ver o que haverá de sinal para o próximo ano.

A semana chega ao fim com o Ibovespa acumulando ganho de 2,67% no período e renovando máxima de fechamento pela terceira sessão consecutiva, firmando-se acima dos 111 mil pontos. Nesta sexta-feira, 6, o principal índice da B3 fechou em alta de 0,46%, a 111.125,75 pontos, elevando os ganhos no ano a 26,44%. O giro financeiro da sessão foi de R$ 17,9 bilhões e, na máxima intradia, o Ibovespa foi hoje aos 111.429,66 pontos.

No exterior, o dia também foi positivo, com ganhos em torno de 1% nos três índices de referência de Nova York, que encerraram a semana praticamente no zero a zero. Contribuiu para o desempenho positivo na sessão a forte leitura sobre o payroll de novembro, bem acima do esperado e confirmando a percepção de que a economia americana se mantém sólida, apesar da prolongada disputa com a China.

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No Brasil, a semana viu o dólar se acomodar a R$ 4,14, após ter tocado pico histórico de R$ 4,27 na semana anterior, em meio a dúvidas sobre a dinâmica negativa na conta corrente do balanço de pagamentos e a comentários ruidosos do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o nível do câmbio. Nesta sexta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,99%, a R$ 4,1469, acumulando queda de 2,21% na semana.

Assim, passado o barulho, tanto o dólar como a curva de juros voltam a se acomodar após o ajuste da semana anterior, estimulando rebalanceamento de carteiras que já vinha em curso, em meio à perspectiva de ciclo virtuoso de baixa inflação, juros reduzidos e recuperação econômica bem como dos resultados das empresas, ainda que gradual.

Para Solange Srour, economista-chefe da ARX Investimentos, a dinâmica positiva do PIB no terceiro trimestre, que tende a se estender ao ultimo trimestre e contribuir para o início de 2020, é um fator que contribui para a posição negociadora do governo sobre as reformas estruturais - ainda que o próximo ano tenda a ser ainda mais curto para os legisladores, em razão de eleições municipais que devem esvaziar Brasília no segundo semestre.

No exterior, o quadro de fundo é o mesmo, a disputa EUA-China, com a data de 15 de dezembro permanecendo como a chave do que pode vir a seguir. "Se houver algum acordo ou se ao menos não elevar tarifas e as negociações prosseguirem, com nova data, ainda há espaço para a Bolsa subir mais", diz Solange. Por outro lado, se prevalecer o cenário extremo, de elevação de tarifas pelos EUA, a tendência é de forte ajuste negativo na Bolsa, na medida em que esta possibilidade parece ter se minimizado entre os investidores.

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