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Pelo segundo dia, o Ibovespa renovou máxima histórica de fechamento, sem, contudo, encerrar no pico como na quarta-feira, quando havia ainda prevalecido certo entusiasmo com o PIB do terceiro trimestre e algum sinal de progresso entre EUA e China. Nesta quinta-feira, 5, sem novos catalisadores do mesmo calibre, o principal índice de referência da B3 fechou em alta de 0,29%, aos 110.622,27 pontos, distanciando-se da nova máxima intradiária, de 111.072,80 pontos, alcançada à tarde.

O giro financeiro totalizou R$ 17,6 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumula agora ganho de 2,21% e de 25,87% no ano. O índice de ações defendeu bem a marca recorde do dia anterior, acima dos 110 mil pontos ao longo da sessão, tendo oscilado a 110.007,67 pontos na mínima desta quinta-feira.

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Embora limitando os ganhos observados mais cedo, destaque para avanço de 1,3% nas ações ordinárias e preferenciais da Petrobras, em dia de sinalização positiva sobre corte de produção na reunião da Opep. Após a renovação de máximas, o Ibovespa perdeu ímpeto, com parte das ações que demonstravam fôlego mais cedo e ofereciam desconto, como Itaú Unibanco (-0,14% no fechamento), acabando por devolver recuperação no dia.

A avaliação geral é a de que o humor externo continuará a ser modulado pela expectativa quanto a um possível acordo até o dia 15 entre EUA e China, que impeça a imposição de novas sobretaxas. "Há ainda muito ruído, idas e vindas, mas o mercado parece já estar antecipando desfecho positivo sobre EUA-China, na medida em que as notícias eventualmente ruins têm reverberado bem menos (sobre os preços dos ativos) do que algum tempo atrás", diz Raphael Figueredo, sócio e analista da Eleven Financial Research.

No plano interno, as recentes leituras sobre o PIB do terceiro trimestre e mesmo sobre a produção industrial sustentam a percepção de um ritmo de recuperação econômica mais favorável em 2020, especialmente quando se observa o desempenho do consumo das famílias e da Formação Bruta de Capital Fixo, observa Victor Beyruti, economista-chefe da área de varejo na Guide Investimentos.

Em Nova York, o dia foi de leves variações, com os três índices de referência encerrando o dia perto da estabilidade, em viés de alta, à espera da divulgação, amanhã, do relatório oficial de novembro sobre o mercado de trabalho nos EUA, com dados como a geração de vagas e o ganho médio na renda salarial.

O Ibovespa renovou sua máxima histórica em um dia, ultrapassando os 110 mil pontos nesta quarta-feira, 4. O recorde no encerramento é do dia 7 de novembro, quando o índice da Bolsa de São Paulo atingiu 109.580,57 pontos. Na sequência de dois dias de perdas pós-Black Friday, os índices de Nova York se recuperam, com ganhos entre 0,6% e 0,7% na sessão, em meio à retomada de otimismo quanto a um eventual entendimento entre Estados Unidos e China sobre a disputa comercial.

Às 14h50, o principal índice da B3 subia 1,10%, ais 110.157,04 pontos, enquanto o dólar seguia se acomodando a níveis mais baixos, em queda de 0,36%, a R$ 4,1906. Na semana, a moeda americana à vista acumula até aqui perda de 1,28%.

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Em entrevista ao site O Antagonista, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo Jair Bolsonaro "mudou o mix" da política econômica. A intenção do governo, segundo Guedes, é fazer com que os juros deixassem de servir como "freio" para a expansão fiscal, política que foi praticada pelo Brasil "nos últimos 40 anos". De acordo com o ministro, com o controle do gasto público possibilitando a queda dos juros, "consequentemente o câmbio vai para cima".

Ele se referiu às recentes iniciativas protecionistas direcionadas pelos EUA ao Brasil como um "equívoco brutal" do presidente Donald Trump. "Estamos só mudando o mix macroeconômico", disse Guedes, sobre a depreciação acumulada pelo real, que Trump trata como manipulação cambial.

O índice Ibovespa fechou a sessão praticamente estável, em baixa de 0,05%, a 108.233,28 pontos, acumulando perda de 0,42% na semana e ganho de 0,95% no mês de novembro. A leve recuperação das ações de bancos foi ofuscada pela queda nos papéis da Petrobras, em dia de forte ajuste nas cotações do petróleo, com o Brent em baixa de 4,39% e o WTI, de 5,06%, no encerramento da sessão. O giro financeiro nesta sessão foi de R$ 14,2 bilhões.

Em Black Friday de baixa liquidez nos negócios com a commodity, a queda acentuada nos preços do petróleo reflete temores de que a Opep e aliados, que voltam a se reunir na próxima semana, não alterem as cotas de produção. Com a queda de preço da commodity, Petrobras ON fechou em baixa de 1,23% e a PN, de 1,29%, acumulando, respectivamente, perda de 4,10% e de 3,54% no mês.

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As ações do setor de varejo fecharam sem direção única, após ganhos em sessões anteriores, quando haviam sido impulsionadas pela expectativa positiva para as vendas da Black Friday.

Em novembro, o saldo acumulado do investimento estrangeiro em bolsa ficou negativo em R$ 8,197 bilhões, correspondente a R$ 146,489 bilhões em compras e R$ 154,681 bilhões em vendas. No ano, a saída de recurso de estrangeiros totaliza R$ 38,601 bilhões.

O dólar à vista fechou o dia em alta de 0,60%, a R$ 4,2407, acumulando ganho de 1,14% na semana e de 5,77% no mês de novembro. Na terça-feira, com o dólar renovando máximas, os saques de estrangeiros na Bolsa chegaram a R$ 2 bilhões e, no dia seguinte, a leitura mais recente disponível, as saídas totalizaram R$ 478 milhões.

Ao longo de novembro, o Ibovespa ficou mais barato para o investidor estrangeiro, em dólar, com uma variação de 4,78% para quem tem a moeda americana na mão e quer comprar ações em São Paulo com desconto em dólar.

Com o barateamento da bolsa em dólar ao longo de novembro, pode ser que dezembro fique um pouco mais interessante para o investidor ingressar, tendo em vista que os índices de Nova York estão perto das máximas históricas, renovadas esta semana, tendo acumulado ganhos entre 3,4% (S&P 500) e 4,5% (Nasdaq) no mês de novembro, apontam analistas.

Mas tal movimento, se realmente ocorrer, tende a ser pontual, avalia Renato Chain, estrategista da Arazul. "A questão de fundo permanece a mesma", acrescenta Chain, em referência à falta de solução para a fase 1 do acordo EUA-China, uma disputa comercial prolongada, que afeta diretamente a perspectiva de crescimento mundial.

A próxima data-chave do imbróglio é 15 de dezembro, data prevista para os EUA elevarem a alíquota sobre importações da China ainda não atingidas pelas sobretaxas, caso não haja entendimento, até lá, sobre a chamada fase 1 do acordo sobre a disputa comercial.

Em dia de liquidez moderadamente reduzida, véspera de feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos e sem negócios em Nova York nesta quinta-feira, 28, o Ibovespa conseguiu se firmar em alta no meio da tarde, encerrando o dia com ganho de 0,61%, a 107.707,75 pontos, após perda de 1,26% no dia anterior. O giro financeiro foi de R$ 15,5 bilhões, bem abaixo da média das últimas sessões - ontem, chegou a R$ 26,8 bilhões. No mês, o Ibovespa volta a acumular ganho, de 0,46%, com alta de 22,55% no ano.

Com a relativa acomodação do dólar após os picos desta semana, o Ibovespa pôde se beneficiar do dia em geral positivo no exterior. Em Nova York, os três índices de referência - Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq - renovaram nesta quarta-feira, 27, máximas históricas de fechamento pelo terceiro dia seguido.

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Em São Paulo, alguma recuperação para as ações do setor financeiro, com peso em torno de 25% na composição do Ibovespa e que havia estado entre os de desempenho negativo nas últimas sessões. Destaque também para o setor de varejo, com a ação da Via Varejo em alta de 4,03% e da Lojas Americanas, de 4,10% no fechamento, com Magazine Luiza apontando ganho de 5,95% na sessão.

O dólar mais forte continua a favorecer o desempenho das ações de empresas com geração de receita na moeda, como as do setor de papel e celulose (Suzano +2,68%). A Vale, contudo, fechou em baixa de 1,25% para a ação ordinária, com o ajuste negativo, de 1,95%, nos preços do minério de ferro em Qingdao.

A ação da Petrobras fechou em alta moderada, em dia de perda para as cotações do petróleo, após a elevação dos estoques dos EUA, quando se aguardava queda na contagem da semana. Favoreceu o desempenho das ações da empresa (Petrobras ON +0,19% e PN +0,48%) o fim da greve dos petroleiros, que havia sido iniciada na última segunda-feira, e o aumento dos preços da gasolina.

"De forma geral, tivemos hoje um ajuste técnico, acompanhando lá fora, com cautela ainda, especialmente porque amanhã será feriado em Nova York e, na sexta-feira, a sessão por lá será em meio período", diz Pedro Galdi, analista da Mirae, para quem o gatilho decisivo, daqui ao fim do ano, continua a ser alguma ruptura decisiva em relação à disputa comercial EUA-China.

Com dólar pressionado acima, tocando a marca de R$ 4,2203 no pico do dia, e renovando máxima de fechamento a R$ 4,2145 (+0,52%) em meio à típica intensificação de fluxos de saída no fim de ano, o Ibovespa teve uma sessão negativa, descolado dos mercados do exterior, após ter acumulado ganho de 2% na semana passada.

Nesta segunda-feira, 25, o Ibovespa fechou em baixa moderada, de 0,25%, a 108.423,93 pontos, atingindo 108.079,87 pontos na mínima e chegando a 108.914,73 pontos na máxima do dia. O giro financeiro foi de R$ 16,1 bilhões, abaixo da média do mês. No mês, o Ibovespa acumula agora ganho de 1,12%, com 23,37% de avanço no ano.

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As bolsas americanas e europeias tiveram alta em base ampla nesta segunda-feira, com os três índices em Nova York renovando máximas históricas no fechamento, impulsionados por sinais mais favoráveis sobre as negociações comerciais entre EUA e China.

No boletim Focus desta segunda-feira, os analistas ouvidos pelo BC ajustaram as estimativas para a Selic no fim de 2020, elevando a aposta, de 4,25% para 4,50%, com IPCA mantido a 3,60%, mas ajustado de 3,33% para 3,46% no fim do ano em curso, com a expectativa para o PIB também em alta, passando de 0,92% para 0,99% em 2019.

A perspectiva de um ciclo menos prolongado de corte de juros é um fator que pode afetar o apetite por ações, em um cenário político e econômico ainda marcado por incertezas, especialmente em relação à progressão de reformas adicionais, como a tributária e a administrativa.

A sessão contou com poucos catalisadores amplos, em uma segunda-feira de agenda doméstica relativamente esvaziada.

Nesta sessão, o desempenho das ações de bancos foi contraponto negativo ao bom comportamento da Vale (+1,66%, a R$ 50,86 para a ação ordinária) e da siderurgia (Gerdau PN +0,66% e Usiminas PNA +2,19%), em dia no qual o preço do minério de ferro avançou mais de 3% na China. A perspectiva de que o setor siderúrgico reajuste preços em 2020 também contribui para o avanço das ações do segmento.

Em outro desdobramento positivo, forte leitura sobre as compras de carne pelo país asiático em outubro impulsionou o segmento, destaque de alta do dia, com ganhos entre 5% e 9% para as ações de empresas como BRF, JBS e Marfrig. "O dia teria sido positivo não fosse o peso das ações de bancos", diz Ari Santos, gerente de Ibovespa na H.Commcor.

A possibilidade de que os lucros e dividendos dos bancos venham a ser tributados, em paralelo à redução do IRPF, afetou o desempenho das ações das instituições financeiras nesta sessão. Segundo o secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, haverá cuidado para afastar o argumento de que taxar lucros e dividendos constituiria bitributação.

A ação ordinária do Bradesco fechou em baixa de 1,44% e a preferencial, em baixa de 0,50%, enquanto a preferencial do ItaúUnibanco cedeu 1,43%.

A ação preferencial da Petrobras fechou o dia em baixa de 0,83% e a ordinária, de 0,62%, ambas limitando as perdas observadas mais cedo, em dia de alta moderada, na casa de 0,4%, para os preços do Brent e do WTI. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) manteve a greve de cinco dias, a partir de hoje.

O Ibovespa interrompeu nesta sexta-feira duas semanas de perdas consecutivas. Nos quatro dias até esta sexta-feira - não houve negócios na quarta, feriado -, a bolsa acumulou ganho de 2%, com a alta de 1,11% nesta sessão, encerrada aos 108.692,28 pontos, na máxima do dia pelo segundo pregão. No mês, o Ibovespa acumula agora ganho de 1,37%.

Relatório do Rabobank mostra que o Ibovespa teve o melhor desempenho na semana entre os 20 principais índices de ações mundiais.

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Nesta sexta pela manhã, declaração mais favorável do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a China ajudou em especial as ações da Vale ON (+3,33% no fechamento), em dia no qual o minério de ferro teve alta. Também ajudou a recomendação de compra pelo ScotiaBank para as ADRs da companhia.

Neste pregão, o volume financeiro foi de R$ 16,9 bilhões, em mais um dia de amplitude entre a mínima, de 107.156,64, e a máxima, de 108.692,28 pontos, que coincidiu mais uma vez com o fechamento.

Analistas acreditam que o desempenho da semana abre caminho para um rali de fim de ano, no qual volte a ser testada a máxima histórica do Ibovespa, na casa de 109 mil pontos.

Os dados da semana corroboram a visão de recuperação econômica gradual, com inflação ainda contida - o IPCA-15 de novembro, divulgado nesta sexta-feira, foi o menor para o mês desde 1998. O quadro é de retomada da atividade, com inflação ainda baixa, o que mantém a perspectiva de juros reduzidos, beneficiando as ações de empresas com exposição à economia doméstica.

Assim, em dia de queda do petróleo (-0,90% para o Brent e -1,38% para o WTI, após ganhos acima de 2,5% no dia anterior), as ações de companhias aéreas, como Azul (+4,73), estiveram entre as vencedoras na sessão. Após os ganhos do dia anterior, as ações da Petrobras fecharam em leve alta (+0,44% para a preferencial e também para a ordinária).

Já o dólar fechou o dia estável, a R$ 4,1929, replicando o desempenho da semana.

No retorno do feriado da Consciência Negra, o Ibovespa fechou nesta quinta-feira na máxima do dia, em alta de 1,54%, a 107.496,73 pontos, e recuperou nível não visto desde o encerramento da sessão de 8 de novembro. O dia foi de viés negativo para os índices de referência em Nova York e de alta superior a 2% nas cotações do petróleo, fator que beneficia as ações da Petrobras. O giro diário foi de R$ 19,5 bilhões. O Ibovespa acumula agora leve ganho de 0,26% no mês.

No plano doméstico, a geração de empregos em outubro, o sétimo avanço mensal consecutivo, contribuiu para alimentar a percepção de recuperação, ainda que gradual, da economia brasileira. O apelo por compras de ações foi reforçado também por avaliação positiva de grandes casas, como o UBS, que elevou a recomendação da bolsa.

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O dólar voltou a tocar a marca de RS 4,21 mais cedo na sessão, e acabou por se acomodar à faixa de R$ 4,19, a R$ 4,1930 (-0,25%) no fechamento da moeda à vista.

Os ganhos em São Paulo tiveram contribuição importante das ações da Petrobras, com a preferencial em alta de 3,72% e a ordinária, de 2,66% no fechamento, e do setor siderúrgico, especialmente Gerdau (+7,52% na preferencial) - o BTG Pactual reiterou recomendação de compra para Gerdau e manteve a ação como "top pick" entre as siderúrgicas.

Pelo segundo dia os preços da commodity fecharam em alta, com relato da Reuters de que a Opep e aliados devem estender os atuais cortes de produção, de 1,2 milhão de barris/dia, até junho de 2020. O grupo se reunirá no próximo dia 5.

Eduardo Guimarães, especialista em ações da Levante, chama atenção também para o efeito positivo da MP 905 sobre o passivo trabalhista de estatais como a Petrobras e a Eletrobrás. "Para a Petrobras, o efeito positivo é de R$ 24 bilhões em cinco anos", diz Guimarães.

No exterior, embora persistam incertezas com relação às negociações entre Estados Unidos e China, o dia foi de perdas bem moderadas para os principais índices de Nova York, ainda próximos de suas máximas históricas.

Após ter operado em terreno positivo, chegando a 107.519,18 pontos na máxima da sessão, o Ibovespa fechou em baixa moderada, de 0,27%, a 106.269,25 pontos, tocando a marca de 106.246,06 na mínima, em dia de exercício de opções sobre ações. O volume financeiro ficou em torno de R$ 26,9 bilhões - considerando o vencimento, que movimentou R$ 8,9 bilhões, sendo R$ 5,576 bilhões em opções de compra e R$ 3,385 bilhões em venda. As opções mais movimentadas foram Banco do Brasil e Petrobras.

As ações da Petrobras, que até o meio da tarde mostraram ganhos conjuntamente, passaram a apresentar sinais mistos no meio da tarde, mas, no fim, as ordinárias sucumbiram, encerrando o dia em baixa de 0,03% enquanto as preferenciais perderam 0,75%. O movimento de queda acompanhou a desvalorização do petróleo no mercado internacional, com os barris do Brent em baixa de 1,67% e os do WTI, de 1,46%, no momento de fechamento da bolsa por aqui.

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Entre as blue chips, Vale ON iniciou e terminou o pregão com valorização firme (1,30%). E, nas maiores altas do índice, Marfrig ON ganhou destaque, avançando 5,56%, seguida por Suzano ON (3,19%).

Um operador, que opta pelo anonimato, chama a atenção para a falta de um condutor positivo interno, uma notícia que possa dar um empurrão no ânimo dos investidores locais, uma vez que os não-residentes seguem assumindo a ponta de venda. "Há uma crise espalhada em vários países da América Latina e os gringos estão atrás de um lugar mais sossegado."

Assim, os fatores externos, como a falta de progresso nas negociações EUA-China, predominaram sobre os domésticos nesta abertura de semana na B3, com os investidores locais aguardando a atualização dos dados sobre a situação fiscal no Brasil. "Com feriado no meio da semana, é natural que haja cautela, interferindo inclusive nos volumes", observa Renato Chaim, da Arazul Capital.

O Ibovespa conseguiu voltar e se manter na região de suporte técnico, dos 106,3 mil pontos, mas em uma sessão marcada por alta comedida que não teve capacidade de anular as perdas acumuladas em 1,00% na semana que se encerra nesta quinta-feira, 14, em razão do feriado da Proclamação da República, na sexta-feira, 15.

O principal índice do mercado acionário brasileiro fechou com ganho de 0,47%, aos 106.556,88 pontos, e um volume financeiro de R$ 17,9 bilhões.

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As tensões geopolíticas nesta semana, com destaque para o recrudescimento das questões políticas em vizinhos latinos - com a alta do dólar ante moedas emergentes - arranharam o mercado acionário brasileiro.

"Uma vez que nós paramos de falar de Previdência, que já está até promulgada, era para o mercado andar um pouco mais, mas isso não ocorreu", observa Ariovaldo dos Santos, gerente da mesa de renda variável da H.Commcor.

Ele chama atenção também para alguns fatores, que mexeram com a análise de empresas listadas, em especial os bancos.

Segundo ele, o fato de a Caixa ter anunciado uma queda forte de sua taxa de juros fez com que instituições financeiras, listadas no principal índice da Bolsa, tendessem a cair, sob o temor de que um novo nível de juros à pessoa física reduza a rentabilidade dos negócios. "Qualquer alívio nos bancos muda o patamar da Bolsa."

No cenário externo, prevaleceu também na semana a falta de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China, com os chineses mostrando relutância em firmar compromisso quanto a um volume de compras de produtos agropecuários americanos.

Na próxima semana, os investidores tendem a reagir mais a questões econômicas domésticas, se o cenário externo ajudar, avaliam analistas, ao considerar o quadro interno, em evolução favorável apesar da cautela sobre a política.

Com a temporada de balanços corporativos chegando ao fim, os investidores contarão na semana que vem com uma agenda mais forte de dados econômicos, como os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a criação de empregos e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), além do nível de confiança da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Ibovespa não conseguiu se isolar do sentimento de instabilidade política na América Latina, que acentua a alta do dólar frente a moedas desses emergentes, e fechou mais um dia em queda. Os ventos favoráveis vindos de seus pares no exterior, assim como o decorrente da alta nas cotações do petróleo, foram suficientes apenas para limitar perdas do principal índice da B3.

No meio da tarde, porém, relatos de que as negociações entre Estados Unidos e China teriam travado de novo levaram os índices em Nova York a mudar de direção, pontualmente, e o indicador do mercado acionário local à piora. A mínima do dia foi de 105.260,78 pontos. O Ibovespa acabou mostrando alguma melhora perto do encerramento, para fechar em baixa de 0,65%, aos 106.059,95 pontos.

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O vencimento de opções sobre Ibovespa pode ter contribuído em alguma intensidade para a queda do dia. "Mas é difícil discernir o quanto", diz Glauco Legat, analista-chefe da Necton Investimentos. "Hoje (quarta), de certa forma, grande parte do desempenho negativo veio de blue chips, como Vale, Petrobras e bancos."

"Nos últimos dias, houve piora lá fora e pegou o mercado muito comprado, quando renovava máximas históricas", ressalta Marcelo Faria, gestor de renda variável da Porto Investimentos. "As coisas entre EUA e China ficaram mais difíceis do que o mercado imaginava, seguem os protestos em Hong Kong e há uma questão específica de pressão sobre as moedas na América Latina."

As incertezas no cenário político doméstico, com a iniciativa do presidente Jair Bolsonaro para criar um novo partido, também contribui para a cautela, com a percepção de que o movimento pode contribuir para acirrar a fragmentação da base do governo, colocando em dúvida o ritmo de progressão das reformas, especialmente em pontos nos quais a negociação com o Congresso tende a ser árdua, como as mudanças tributárias e no pacto federativo.

O investidor, especialmente o estrangeiro, já cauteloso, deve continuar a ser condicionado também, no curto prazo, pelo aumento da percepção de risco em relação à América Latina. "Não há mudança estrutural, apenas uma correção de curto prazo, saudável", com o Ibovespa tendo renovado máximas nas últimas semanas, aponta Legat.

Faria, da Porto Investimentos, ressalva que, a despeito do noticiário ruim, os fundamentos econômicos no Brasil seguem um bom caminho. "O ajuste fiscal está sendo feito de maneira tecnicamente competente, em um cenário de política monetária frouxa com inflação baixa. Assim, a procura por ativos de risco tende a aumentar."

As tensões políticas internas e na América Latina deixaram os investidores ressabiados na sessão de negócios desta terça-feira do mercado acionário brasileiro e resultaram em disparada nas ordens de venda dos ativos em carteiras. O Ibovespa encerrou o dia em baixa de 1,49%, aos 106.751,11 pontos, voltando próximo ao fechamento de 24 de outubro.

"De uma hora para outra apareceram muitas nuvens e as pessoas correram para baixo da marquise. Mas acho que é só chuva, não é um tsunami", afirmou Alexandre Espirito Santo, economista da Órama.

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Na avaliação de Espirito Santo, esse humor mais azedo dos investidores reflete um pouco a situação atual na América Latina, com os movimentos políticos no Chile - onde o dólar chegou a superar a marca de 800,10 pesos chilenos, recorde histórico, em dia de greve geral no país e em meio a avanços nas discussões sobre uma nova Constituição - e na Bolívia. "Não são questões para dar de ombros", ressalta.

Internamente, o rearranjo partidário do presidente Jair Bolsonaro, que anunciou sua saída do PSL para a criação da Aliança pelo Brasil, é um elemento que traz incerteza a partir da leitura de que poderá haver uma remodelação de forças no Congresso Nacional. Muito embora o presidente nacional do partido, Luciano Bivar (SP), que ocupa a segunda vice-presidência da Câmara, tenha declarado que o partido não vai barrar projetos do governo.

A sessão também foi marcada por uma realização natural após ter prevalecido nas últimas semanas renovação de máximas históricas que levaram o Ibovespa acima dos 109 mil pontos, e que resultou no pregão desta terça-feira em uma correção mais significativa, na avaliação de um analista do mercado.

O dia começou positivo especialmente na Europa, com a melhora do índice de confiança da Alemanha e a expectativa de que o presidente americano Donald Trump anunciasse adiamento de sobretaxas sobre as montadoras do continente, o que acabou não se confirmando. Em Nova York, o dia foi de leves variações, fraco de novidades, proporcionando menos impulso do que parecia antecipar o mercado.

A bolsa conseguiu impulso para retomar o nível dos 108 mil pontos, perdido na sexta-feira passada, em uma sessão de negócios que iniciou com desvalorização refletindo o cenário internacional que ganhou certa complexidade no final de semana. A avaliação de analistas é a de que o dia tenha tido um componente mais forte de ajustes por um exagero de pessimismo visto no pregão anterior, quando o índice à vista perdeu quase 2%. Nos últimos minutos, o indicador acelerou a alta para 0,69% e fechou na máxima do dia, aos 108.367,44 pontos. O volume financeiro foi de R$ 14,7 bilhões.

Pouco antes do final do pregão, o governo anunciou um conjunto de medidas para tentar alavancar o mercado de trabalho, o chamado emprego Verde Amarelo, que tem como foco jovens entre 18 e 29 anos e meta de gerar 1,8 milhão de postos de trabalho até o fim de 2022.

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Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, diz que a ação é positiva, apesar de já amplamente esperada, mas entra em um contexto econômico mais favorável, juntamente com maior liberação tanto de crédito quanto do FGTS. "Isso mantém as perspectivas de um melhor Natal para o comércio desde 2013 e impulsiona a valorização das companhias. Ajuda as empresas mais ligadas ao varejo, que deram sua contribuição de alta hoje", disse. No setor, Magazine Luiza subiu 2,76% e Lojas Renner avançou 3,33%.

Nesse sentido, diz Villegas, há uma tendência positiva, por enquanto. "As questões que pressionaram pela manhã tiveram efeito isolado. No entanto, a falta da continuidade de notícias internas positivas pode levar o índice a se acomodar nesse nível ou ainda iniciar movimento de realização".

O fato de Lula estar novamente em liberdade ficou em segundo plano para os negócios na avaliação de analistas. Em artigo para o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Rafael Cortez, sócio da Tendências Consultoria, diz que o efeito da saída do ex-presidente é alterar o conteúdo da agenda legislativa. A tendência é de movimentação das forças políticas em direção à produção legislativa destinada à reversão da nova interpretação do Supremo. Naturalmente, o debate deve minimizar o espaço para a agenda econômica e provocar divisões na centro-direita.

A semana no mercado de ações encerrou com os investidores se desfazendo de suas posições, mesmo após terem absorvido a frustração com os dois leilões de petróleo e gás, com resultado negativo para o governo. Em um dia de baixa, nesta sexta-feira o Ibovespa acelerou o ritmo de perdas para perto de 2% minutos após a notícia de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava liberado da prisão.

Por volta das 16h30, o índice à vista passou a operar na faixa dos 107 mil pontos, zerando os ganhos da semana, mas ainda segurando levemente no mês de novembro (+0,38%). Durante a sessão de negócios, o indicador variou 2,4 mil pontos entre a máxima (109.572) e a mínima (107.126) intraday, para terminar o pregão com desvalorização de 1,78%, aos 107.628,98 pontos.

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Na avaliação do economista-chefe do banco digital ModalMais, Álvaro Bandeira, o noticiário deu impulso à realização de ganhos acumulados na esticada de cinco mil pontos do índice à vista desde o final de outubro. "A soltura de Lula já estava mais ou menos no preço. O mercado já estava meio que esperando a decisão do Supremo desde que a ministra Rosa Weber mudou o voto", disse.

No entanto, para ele, apesar dos ruídos que podem haver com a intensificação da polarização, se o governo seguir tocando a agenda liberal e reformista, não deve comprometer a tendência até agora vista para a Bolsa. "Por enquanto não dá para assustar, vamos ver os desdobramentos."

Nesse meio tempo, o senador José Serra (PSDB-SP) protocolou requerimento solicitando dados que embasaram a elaboração das três Propostas de Emenda à Constituição (PECs) do pacote 'Mais Brasil', em tramitação no Senado. O senador quer saber informações detalhadas, entre elas a economia esperada das medidas e a memória de cálculo das projeções.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, poderá ter de abrir em até 30 dias todos os dados e, caso contrário, a tramitação das PECs ficará sobrestada, interrompendo seu andamento na Casa. A recusa em fornecer as informações é crime de responsabilidade.

Mas, de maneira geral, olhando os fundamentos macroeconômicos, não deveria haver alterações no cenário com que os investidores trabalharam até agora. Para Bandeira, se China e Estados Unidos engrenarem o acordo comercial de fato a situação pode se sobrepor, uma vez que aumentam as chances de reduzir o ritmo de desaceleração global. Nesta tarde, o presidente americano, Donald Trump, expressou sua resistência para reverter as tarifas comerciais sobre produtos chineses para fechar a "fase 1" de um acordo com Pequim. O governo da China pede essa reversão como prova de boa vontade aos EUA.

O bom desempenho das bolsas de Nova York foi importante referência para levar o Índice Bovespa a um novo pregão de alta nesta segunda-feira, registrando novos recordes históricos. A expectativa mais otimista em relação às relações comerciais entre Estados Unidos e China foi o principal motor para as ordens de compra nas bolsas de Nova York, onde a segunda-feira foi de ganhos generalizados. No front doméstico, o cenário foi de otimismo cauteloso, principalmente no que diz respeito ao leilão da cessão onerosa, cuja proximidade tem gerado volatilidade nas ações da Petrobras.

Em alta desde a abertura, o Ibovespa fechou com aos inéditos 108.779,33 pontos, com alta de 0,54%. Na máxima do dia, alcançou recorde intraday aos 109.352 pontos (+1,07%). Entre os ganhos mais significativos do dia estiveram as ações da Vale (+2,85%) e das siderúrgicas, que, apesar da queda dos preços do minério, avançaram com os sinais de maior entendimento entre EUA e China. Gerdau PN subiu 4,96% e foi a maior alta do Ibovespa. Usiminas PNA ganhou 2,29%. As units da Klabin também refletiram a expectativa de arrefecimento da guerra comercial, registrando ganho de 4,83%.

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"O clima é positivo no Brasil, mas foi o cenário internacional que determinou esse novo dia de alta do Ibovespa. Pela importância do acordo entre EUA e China, há boas chances desse otimismo perdurar por mais tempo, se os entendimentos se confirmarem", disse Vítor Miziara, analista da Criteria Investimentos.

Já as ações da Petrobras foram fator de instabilidade ao longo do pregão, principalmente no período da tarde. Assim como aconteceu na última sexta-feira, o vaivém das cotações foi influenciado pelas especulações em torno do leilão da cessão onerosa, marcado para quarta-feira (6).

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, alertou que o megaleilão do pré-sal é um projeto único no mundo, que envolve grandes valores e, por isso, tende a atrair poucos atores, que devem participar em consórcios para dividirem custos e riscos. Nesse cenário de ocorrência pouco acirrada, ele previu que os ágios no leilão não deverão ser muito elevados.

A possibilidade de uma guerra de liminares também gerou instabilidade nas cotações, embora esse evento já fosse esperado. Uma ação popular impetrada na Justiça Federal de São Paulo por associações de petroleiros tenta impedir o leilão. Os autores alegam que as regras da oferta são lesivas ao patrimônio público e que falta previsão legal para a entrada de novas empresas nas áreas a serem leiloadas. Ao final do pregão, as ações da Petrobras seguiram em sentidos diferentes, com ganho de 0,70% na ordinária e baixa de 0,23% na preferencial.

Indicadores econômicos internacionais positivos ativaram o apetite por risco nas bolsas pelo mundo nesta sexta-feira e o Índice Bovespa acompanhou o tom otimista. Em alta desde a abertura, o Índice Bovespa terminou o dia aos 108.195,63 pontos, com ganho de 0,91%. Assim, anulou a leve perda que contabilizava na semana, passando a registrar alta de 0,77% no período. Dessa forma, o índice teve sua quarta semana consecutiva de ganhos.

Apesar do noticiário doméstico escasso, típico das sextas-feiras, analistas reforçam que o clima seguiu positivo no cenário interno, com os investidores já à espera dos eventos importantes esperados para a próxima semana, com destaque para o leilão da cessão onerosa e o encaminhamento de medidas econômicas do ministro Paulo Guedes.

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Segundo análise gráfica da corretora Itaú BBA, o Ibovespa segue em tendência de alta no curto prazo, tendo como primeira resistência os 108.400 pontos, patamar do último recorde histórico registrado. Superada essa marca, o índice teria fôlego para partir em direção aos objetivos de 114.000 e 120.000 pontos. Do lado da baixa, o índice tem suporte em 106.700 pontos. Os analistas da instituição reforçam que "ventos favoráveis impulsionam os mercados", citando os recordes do Ibovespa e do índice americano S&P-500 nesta semana.

Para Pedro Galdi, analista da corretora Mirae, a semana que se aproxima pode ser promissora. Embora não se espere resultados financeiros surpreendentes, ele estima que a combinação entre boas notícias internas e externas pode levar o Ibovespa a registrar novos recordes nos próximos pregões. "De repente, se Estados Unidos e China assinam algum acordo... E teremos Paulo Guedes falando sobre as medidas. A semana pode ser bem positiva", disse.

O volume de negócios do dia foi expressivo e somou R$ 20,7 bilhões. O montante acima da média animou operadores que vêm acompanhando o leve, mas constante restabelecimento de recursos externos na bolsa. Já são oito dias consecutivos de ingressos de dinheiro de não-residentes, atingindo a marca dos R$ 3 bilhões. Na última quarta-feira (30), entraram R$ 493,618 milhões.

Entre os destaques da tarde estiveram as ações da Petrobras, que enfrentaram intensa volatilidade, em meio a especulações em torno do leilão da cessão onerosa e até mesmo sobre o vazamento de óleo nas praias do Nordeste. Embora não houvesse qualquer notícia concreta a respeito dos assuntos, os papéis alternaram altas e baixas diversas vezes, antes de terminarem o dia com ganhos discretos. Assim, deixaram de refletir os ganhos expressivos do petróleo no mercado internacional, na faixa dos 3%.

O último dia de outubro foi de realização de lucros na bolsa brasileira, que pegou carona no viés negativo que vigorou no mercado americano. Em queda desde a abertura nesta quinta-feira, o Índice Bovespa terminou o dia aos 107.219,83 pontos, com baixa de 1,10%. Mesmo assim, terminou o mês com valorização de 2,36%, levando os ganhos acumulados no ano para 22,0%. Os negócios no pregão somaram R$ 19,3 bilhões.

Lá fora, as novas dúvidas quanto à capacidade de Estados Unidos e China chegarem a um entendimento no campo comercial continuaram no rol de preocupações dos investidores. O quadro de cautela foi reforçado pela desaceleração da atividade industrial de Chicago em outubro, elaborado pelo Instituto para a Gestão da Oferta (ISM).

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No cenário doméstico, o noticiário foi considerado escasso, deixando em evidência a polêmica em torno das declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que defendeu a possibilidade de adoção de uma espécie de AI-5 pelo governo, na hipótese de haver no Brasil protestos populares semelhantes aos que ocorrem no Chile. As declarações, que geraram fortes reações no âmbito político e Judiciário, não tiveram eco na fala do pai do deputado, o presidente Jair Bolsonaro, que descartou qualquer ato nesse sentido. "Quem quer que fale em AI-5 está sonhando", disse.

Profissionais do mercado ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, afirmaram que o mais recentes episódio polêmico envolvendo o clã Bolsonaro gerou desconforto, mas não ao ponto de influenciar o ambiente de negócios na bolsa, que segue positivo. Inflação sob controle, juros baixos e aprovação da reforma da Previdência são alguns dos fatores que motivam uma percepção mais otimista dos analistas.

"A alta do Ibovespa no mês poderia ser maior, mas o clima segue positivo e vejo razões para uma visão otimista para a bolsa", afirma Alvaro Bandeira, economista da Modalmais. Ele acrescenta ao cenário favorável a proximidade do leilão da cessão onerosa, marcado para o próximo dia 6, e o retorno tímido, mas constante, do capital estrangeiro na bolsa nos últimos dias.

As ações do setor financeiro e a Vale comandaram as quedas no dia. Vale ON perdeu 2,86%, repercutindo a queda nos preços do minério de ferro no mercado chinês e alguma cautela do investidor ante o acionamento preventivo do protocolo de emergência na barragem de Forquilha IV, em Ouro Preto (MG). Já entre os bancos, a queda foi atribuída mais essencialmente ao movimento de correção, uma vez que esse grupo respondeu pelo melhor desempenho na bolsa em outubro. O Índice Financeiro (IFNC) caiu 1,78% no dia, mas teve ganho de 4,91% em outubro.

A terça-feira foi dia de correções no mercado brasileiro de ações, com os investidores recolhendo parte dos ganhos obtidos recentemente. O desempenho fraco das bolsas de Nova York contribuiu para a correção nos preços das ações, assim como a expectativa pelas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, nesta quarta. Nesse ambiente, o Índice Bovespa terminou o pregão contabilizando baixa de 0,58%, aos 107.556,26 pontos.

A queda foi puxada pelas ações do setor financeiro, justamente as que vinham dando fôlego às altas dos últimos dias, quando o Ibovespa bateu sucessivos recordes. O Ifinanceiro, que congrega ações de 19 papéis de bancos e empresas de seguro e previdência, teve perda de 1,22%, bem superior ao Ibovespa. Já alguns papéis do setor de consumo estiveram entre as maiores altas do dia, refletindo a expectativa pela divulgação de balanços financeiros e também os efeitos positivos do novo corte de juros no Brasil, previsto para amanhã.

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"O dia foi de agenda vazia na véspera de duas decisões que serão determinantes do fluxo de recursos no curto prazo. E os investidores estiveram cautelosos aqui e nos Estados Unidos, à espera da confirmação do que se espera para esses dois eventos", disse Raphael Figueredo, sócio da Eleven Financial. Ele afirma que os resultados trimestrais conhecidos até agora ajudam, uma vez que não apontam para uma piora do cenário de expectativa de retomada do crescimento.

Com a reforma da Previdência aprovada e o Banco Central chegando às suas últimas reuniões de política monetária do ano, o analista afirma que cabe ao governo dar o "gatilho" para que o mercado de ações continuar a avançar. "Está nas mãos do governo fazer publicidade daquilo que pretende fazer em 2020 no que diz respeito a novas reformas e projetos, para que isso se reflita no mercado", afirma Figueredo, que acredita na ocorrência de um "rali" de fim de ano, com investidores antecipando resultados positivos das empresas no quarto trimestre.

Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, a maior queda ficou com Magazine Luiza ON (-3,56%), que divulga seu resultado trimestral ainda nesta terça. Pão de Açúcar PN veio em seguida (-2,86%), com balanço para ser divulgado na quarta. Entre as maiores altas ficaram MRV ON (+3,03%) e Raia Drogasil ON (+2,24%).

Na última sexta-feira (25), os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 256,059 milhões. No acumulado da semana passada, os ingressos totalizaram R$ 1,859 bilhão. Em outubro, os investimentos estrangeiros registram um saldo negativo de R$ 9,631 bilhões. Mesmo com o resultado negativo desta terça, o principal índice de ações da B3 ainda contabiliza alta de 2,68% no mês.

O Índice Bovespa iniciou a última semana de outubro registrando novos recordes, garantidos pela combinação entre o apetite por risco no mercado internacional e a percepção de um cenário doméstico mais benigno para o mercado de ações nos próximos meses. Em alta desde a abertura, o principal índice da B3 terminou o dia aos inéditos 108.187,06 pontos, com ganho de 0,77%. Os negócios somaram R$ 14,9 bilhões.

Os ganhos foram puxados principalmente pelas blue chips do setor financeiro e da Petrobras, que acumulam valorização bem superior à do Ibovespa em outubro. Enquanto o índice registra alta de 3,29% no período, a ação preferencial da petroleira estatal contabiliza 7,44% e a ação preferencial do Bradesco, por exemplo, acumula 12,52%.

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"Após um fim de semana sem muitas novidades, o mercado doméstico segue otimista com o ambiente interno após a aprovação da reforma da Previdência e à espera dos próximos resultados trimestrais. O sentimento é que o País passa por uma mudança estrutural importante, que deve levar a uma melhora no ambiente de negócios", disse Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

O economista destaca a queda do dólar ao patamar inferior a R$ 4,00, em meio à expectativa de ingresso de recursos externos ao País com o leilão da cessão onerosa marcado para o próximo dia 6. Há, ainda, a aposta em novo corte de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide sobre a taxa Selic na quarta-feira (30). À espera dos efeitos positivos do afrouxamento monetário, as ações do setor imobiliário subiram acima da média do mercado, como mostra o Índice Imobiliário (IMOB), que subiu 1,15% no dia, levando o acumulado do ano a 40,7%, contra 23,1% do Ibovespa.

"Se o País continuar a avançar nas medidas de mudança estrutural, a tendência é uma melhora na atratividade do Brasil ante outros mercados", afirmou Beyruti.

No cenário externo, a influência positiva das bolsas de Nova York contou com os novos recordes do S&P-500, em meio à safra de balanços e às notícias de que as negociações entre Estados Unidos e China convergem para um acordo parcial. Além disso, o adiamento do Brexit para janeiro também tranquilizou os investidores lá fora, o que reduziu a procura por ativos defensivos, como dólar e os títulos do Tesouro americano, o que beneficiou as bolsas do mundo inteiro.

Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, as maiores altas foram de Bradesco PN e ON, que avançaram 3,61% e 2,97%, nesta ordem. O banco divulga seu resultado do terceiro trimestre na quinta-feira (31), antes da abertura dos negócios. Já BRF ON (-2,65%) e Marfrig ON (-2,37%) foram as quedas mais significativas do índice, em movimento atribuído a correções de ganhos recentes. Na máxima do dia, o Ibovespa atingiu 108.392,72 pontos (+0,96%).

As ações de Petrobras, Vale e bancos conduziram o Índice Bovespa de volta ao terreno positivo nesta sexta-feira, após breve realização de lucros na véspera. O índice encerrou o dia com ganho de 0,35%, aos 107.363,77 pontos, próximo da marca recorde registrada na quarta-feira. A alta foi sustentada pela combinação entre o otimismo com os resultados corporativos do terceiro trimestre, o cenário externo favorável e a expectativa de novo corte de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima semana.

Operando em alta desde a abertura, o principal índice de ações da B3 chegou a renovar máxima histórica intraday pela manhã, atingindo 108.083,26 pontos (+1,03%). Pesaram positivamente as blue chips de Vale e Petrobras, que divulgaram resultados trimestrais que confirmaram a expectativa positiva do mercado. Petrobras ON e PN subiram 2,92% e 3,28%, enquanto Vale ON ganhou 3,87%.

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Mas os ganhos foram limitados por papéis também importantes na carteira do índice, como Ambev ON, que tombou 8,29%, liderando o ranking de perdas do Ibovespa. A gigante de bebidas apresentou resultado considerado mais fraco que o previsto pelo Goldman Sachs, que apontou decepção nos números da operação brasileira.

Com o resultado desta sexta, o Ibovespa encerrou a semana com valorização acumulada de 2,50% na semana, que foi a terceira consecutiva de avanço. Nesse período de 15 pregões, a alta é de 4,69%. Segundo Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria, o resultado do Ibovespa no acumulado da semana reflete uma série de fatores, que contaram não apenas com a conclusão da reforma da Previdência e a divulgação de dois dos balanços financeiros mais importantes do mercado.

"O fechamento da curva de juros foi um combustível bastante significativo para o

mercado de ações. A redução da taxa Selic e a percepção de que já há sinais de melhora na economia são fatores que também incentivaram a alta da bolsa", disse o economista, citando ainda o ambiente mais aberto à tomada de risco no exterior, diante de indicativos de menor risco na relação EUA x China.

Depois de três recordes consecutivos, favorecidos em boa medida pela aprovação da reforma da Previdência, o Índice Bovespa cedeu a um movimento de correções e terminou a quinta-feira em baixa de 0,52%, aos 106.986,15 pontos. Os negócios com ações na B3 somaram R$ 18,8 bilhões. Com a agenda e o noticiário escassos no período da tarde, a atenção dos investidores seguiu concentrada na votação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prisão em segunda instância e a expectativa em torno dos resultados corporativos no terceiro trimestre.

Números aquém do esperado de CSN e Localiza levaram os dois papéis a registrem os piores desempenhos da carteira do Ibovespa, com quedas de 6,85% e 6,1%, reforçando o viés negativo do índice. Segundo operadores, os resultados geraram temores de novas decepções nos balanços que estão por vir. Ainda nesta quinta-feira serão conhecidos os resultados de Petrobras e Vale, que têm potencial para dar o tom das expectativas para os balanços que estão por vir. Ao final do dia, Petrobras ON e PN caíram 1,97% e 2,18%, nesta ordem, enquanto Vale ON perdeu 0,76%. Nos dois casos, as quedas foram atribuídas essencialmente ao movimento de realização de lucros.

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"Em princípio tudo segue tranquilo na bolsa após a aprovação da reforma da Previdência, mas há grande expectativa com os resultados que serão apresentados nos balanços trimestrais. A leitura é que, se houver muitas decepções, o processo de realização de lucros recentes poderá se estender por mais tempo", disse Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora.

O setor financeiro voltou a mostrar maior resistência aos movimentos de realização de lucros. Com os preços das ações considerados atrasados, esses papéis tiveram perdas mais brandas ou pequenas altas, como no caso de Itaú Unibanco PN (+0,47%). O Ifinanceiro, índice que congrega 19 ações dos setores bancário, de serviços financeiros, previdência e seguros, terminou o dia em alta de 0,12%, o único a registrar ganhos entre os índices setoriais da B3.

Na última terça-feira, dia em que o Ibovespa subiu 1,28%, embalado pela iminente aprovação da reforma da Previdência, os investidores estrangeiros trouxeram R$ 539,649 milhões à B3.

Em outubro, os investimentos estrangeiros registram um saldo negativo de R$ 10,578 bilhões.

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