Ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho, José Ivaldo Gomes, mais conhecido como Vado da Farmácia (sem partido), também é um dos políticos que integra a lista de investigados por envolvimento na Lava Jato construída pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, a partir de delações premiadas. Ele é citado por ex-executivos da Odebrecht por ter recebido propinas duas vezes para facilitar as negociações para a instalação de um hotel na Reserva do Paiva.
De acordo a denúncia feita pelo Ministério Público, Vado teria recebido primeiro R$ 150 mil para a campanha de 2012 em que foi eleito prefeito. Em sua defesa, entretanto, o ex-gestor disse que na época quem coordenava as ações eleitorais e a arrecadação dos recursos foi o atual prefeito do Cabo, Lula Cabral (PSB). Vado e Lula eram aliados em 2012, inclusive, o pessebista indicou o político citado por Fachin para a sucessão municipal.
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“Se houve, de fato, alguma doação ilícita eu desconheço. Quem quiser tirar a dúvida basta perguntar a quem denunciou se alguém manteve contato comigo ou me entregou algum dinheiro. Não tenho nada a temer, estou absolutamente tranquilo quanto a isso”, rebateu Vado da Farmácia em nota encaminhada à imprensa.
O segundo registro de repasse ilícito aconteceu, segundo a denúncia, em 2014 quando o político teria recebido R$ 750 mil da Odebrecht em troca de desoneração fiscal junto ao município e outros benefícios sobre o projeto da Reserva do Paiva.
Em 2014, Vado não disputou a reeleição. O ex-prefeito negou que tenha recebido “qualquer recurso de forma ilícita”. Veja a nota na íntegra:
O ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho Vado da Farmácia, que teve o nome incluído na relação de políticos beneficiados por doações irregulares feitas pela Empreiteira Odebrecht, negou que tenha recebido qualquer recurso de forma ilícita para sua campanha eleitoral em 2012. Segundo ele, todas as doações foram feitas legalmente, de acordo com a legislação, e as contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. O ex-prefeito enfatizou que não tem nada a temer e se coloca à disposição da Justiça para fazer os esclarecimentos necessários.
De acordo com Vado, em 2012, o coordenador da sua campanha e o responsável pela arrecadação de recursos foi o atual prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), também seu “padrinho” político naquela eleição. “Se houve, de fato, alguma doação ilícita eu desconheço. Quem quiser tirar a dúvida basta perguntar a quem denunciou se alguém manteve contato comigo ou me entregou algum dinheiro. Não tenho nada a temer, estou absolutamente tranquilo quanto a isso”, rebateu Vado da Farmácia.
Assessoria do ex-prefeito Vado da Farmácia