Há 35 anos morreu um dos maiores jogadores de futebol do Brasil e do mundo. Manuel Francisco dos Santos, o Garrincha, o anjo das pernas tortas. Foi no dia 20 de janeiro de 1983, aos 49 anos de idade. Durante 12 anos foi jogador do Botafogo do Rio de Janeiro. Era um autêntico ponta-direita, exímio driblador, que chamava seus marcadores por um mesmo nome: João.
O lateral esquerdo Nilton Santos dizia que sua maior sorte foi jogar no mesmo time de Garrincha. Foram 11 anos na seleção brasileira, de 1955 a 1966. Sessenta jogos e 17 gols. Garrincha participou de três edições da Copa do Mundo: 1958, 1962 e em 1966.
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Por causa das pernas tortas, quase foi cortado pela Comissão Técnica e Médica além de notas baixas nos testes psicológicos que foram aplicados nos jogadores. Seguiu como reserva de Joel e ficou de fora dos dois primeiros jogos, contra a Áustria e contra a Inglaterra.
Entrou no time contra a União Soviética e infernizou a defesa adversária nos primeiros minutos da partida com uma bola na trave do famoso goleiro Yachin.
Fez 4 jogos, e ganhou todos ao lado de um jovem que também aparecia para o mundo, chamado Pelé.
Campeão em 58, o time quase não mudou para 62 e lá Garrincha teve a sua mais destacada atuação. No segundo jogo, um empate com a Tchecoslováquia, Pelé se machucou e ficou de fora da Copa e coube a Garrincha ser decisivo nos jogos, fazendo quatro gols e foi um dos artilheiros da competição, ao lado de Vavá.
Fez dois contra a Inglaterra e dois contra o Chile. Expulso neste jogo, Garrincha acabou sendo liberado para jogar a final e foi bicampeão do mundo.
Em 66, quando o Brasil foi eliminado na primeira fase, Garrincha fez um gol cobrando falta contra a Bulgária, jogando pela última vez pela seleção ao lado de Pelé.
No jogo seguinte, foi a última partida de Copa dele e a única derrota por 3x1 diante da Hungria.
Não jogou a última do Brasil, contra Portugal. Ao todo, nas três Copas, o Brasil com Garrincha ganhou dois títulos mundiais, jogou 12 vezes, ganhou 10, empatou uma e perdeu uma.
Garrincha fez cinco gols e marcou seu nome em definitivo na história das Copas e do futebol mundial.