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O clima dos jogadores do São Paulo era de revolta, na noite deste domingo, com o pênalti marcado pelo árbitro Leandro Bizzio Marinho em lance envolvendo Rogério Ceni e Alexandre Pato. A principal reclamação foi que o atacante corintiano entrou com a sola da chuteira no goleiro, o que caracterizaria jogo perigoso e invalidaria a infração.

"O árbitro deu a vitória pra eles. Eu levei um escorão e ele disse que estava de costas para o lance. Que árbitro fica de costas para o jogo? Ele disse que foi falta do Rogério. Se aquilo não foi solada, o que é então? Se for assim dá a vitória para eles que é mais fácil e a gente nem precisa entrar em campo", esbravejou Paulo Henrique Ganso, geralmente ponderado nas declarações. Assim que acabou a partida, alguns jogadores tricolores partiram para cima da arbitragem para questionar não só a penalidade como os cinco minutos de acréscimo - os jogadores esperavam oito, tempo entre a falta de Rogério e a cobrança de Pato.

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Segundo Ney Franco, os jogadores disseram que a ideia original do árbitro era marcar a falta de Pato. "A fala que ouvi do Osvaldo foi de que o quarto árbitro, ou o da linha de fundo, tinha dito que foi solada do Pato", disse.

Para piorar a situação, Rogério saiu com fortes dores no pé direito e, de acordo com o médico do clube, José Sanchez, é dúvida para a partida decisiva na Libertadores de quinta-feira contra o The Strongest em La Paz. "O choque foi forte e ele está sentindo muitas dores. Ele é dúvida", explicou. Para Ney, o capitão deverá ter condições de ir para a partida, decisiva para as pretensões na competição. "Até pelo fato de ele ter fechado o jogo, acredito que ele não deva ser problemas".

EVOLUÇÃO - Polêmicas à parte, o treinador elogiou o desempenho da equipe contra o rival e acredita que a formação mais agressiva com apenas um volante de ofício funcionou. Para ele, a derrota aconteceu em um lance isolado e não terá nenhum impacto psicológico negativo para o confronto na Bolívia. "Se tivéssemos perdido e jogado muito mal talvez tivéssemos um impacto psicológico, mas esse não foi o caso. O impacto é apenas na tabela do campeonato Paulista", minimizou o comandante.

Apesar de deixar transparecer que o time que esteve em campo no clássico contra o Corinthians deva ser também o que enfrentará o The Strongest, Ney não quis confirmar se manterá a formação ou se pensa em promover alguma alteração. "Ainda temos um tempo para pensar na montagem da equipe. Vamos avaliar as opções e ver o que consideramos melhor".

Enquanto o duelo não chega a diretoria segue trabalhando para conseguir dar condições de jogo a Luis Fabiano, suspenso pela Conmebol por quatro partidas. A expectativa é que o clube pelo menos consiga um efeito suspensivo que o deixe em condições de participar do jogo de quarta. Caso não consiga reverter a decisão a tempo, Aloísio será o titular.

O São Paulo fez, neste domingo, uma das suas atuações mais consistentes no Campeonato Paulista, mas acabou derrotado pelo Corinthians, por 2 a 1, no Morumbi, no último clássico da fase de classificação. A virada alvinegra veio graças um golaço de Danilo, sumido na partida, no finalzinho do primeiro tempo, e a um gol marcado por Pato, num pênalti bastante discutível.

No lance, o atacante foi mais rápido que Rogério Ceni. O goleiro foi dar um chutão e acabou acertando o pé de Pato. O time inteiro do São Paulo reclamou por minutos, mas de nada adiantou. A virada acabou servindo como punição à equipe que jogou melhor, criou as melhores chances, mas exagerou no preciosismo.

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Os dois times agora jogam pela Libertadores. Na quarta, o Corinthians enfrenta o Millonarios, na Colômbia. Um dia depois, o São Paulo pega o The Strongest, na Bolívia. Pelo Paulistão, ambos devem usar reservas no domingo. O time tricolor em Ribeirão Preto, contra o Botafogo. O alvinegro, no Pacaembu, diante do São Bernardo. De qualquer forma, Alessandro, Emerson e Ganso levaram o terceiro amarelo e estão suspensos no Estadual.

Apesar da derrota, o São Paulo segue líder do Paulistão, com 35 pontos, um a mais que a Ponte Preta - com um jogo a menos. O Corinthians está com 29, em quarto, mas pode ainda ser ultrapassado pelo Mogi Mirim, que joga logo mais em São Caetano do Sul.

O JOGO - Apesar dos compromissos pela Libertadores no próximo fim de semana, São Paulo e Corinthians entraram em campo com o que tinham de mais forte. O time tricolor contava com o retorno de Paulo Miranda à lateral direita, com Rodrigo Caio ficando banco de reservas. No Corinthians, Pato começou no banco, ainda voltando de lesão, com Emerson na equipe.

A promessa era de um bom jogo e logo aos 5 minutos isso começou a se tornar realidade. Os corintianos ficaram pedindo falta e deixaram Osvaldo disparar em velocidade. De volta da seleção, o atacante desceu pela esquerda e tocou para o meio. Ganso foi inteligente, deixou a bola passar, Jadson recebeu, limpou Fábio Santos e bateu tirando de Cássio.

Taticamente o São Paulo era muito bem organizado. Segurava-se bem atrás, apesar de alguma deficiência na marcação no meio-campo, e quando tinha a bola no ataque criava chances reais. Aos 19, por exemplo, Jadson enganou toda a zaga e inverteu para Osvaldo. O atacante poderia dominar, pensar, e bater, mas preferiu chutar de primeira, antes que a bola caísse, e mandou para longe.

Não fosse o preciosismo, o São Paulo poderia ter saído do primeiro tempo vencendo com um amplo placar. Num lance Ganso deu bela enfiada para Jadson, que tentou devolver ao invés de chutar. A zaga tirou. Em outro, Ganso é quem teve espaço para arriscar na área, mas preferiu dar para Luis Fabiano. Mais uma vez a zaga teve tempo de recuperação.

Ganso e Jadson faziam ótimo jogo, mas chutavam pouco. Danilo jogava muito mal, mas pelo menos ele tentou. E acertou. Aos 41, o Corinthians bateu uma falta com rapidez, Emerson recebeu pela direita e inverteu o jogo. Danilo dominou, cortou para dentro e arriscou de primeira. Colocou no ângulo de Rogério Ceni, sem chances de defesa.

O placar mudou, mas o panorama do jogo seguiu o mesmo no segundo tempo. Paulo Henrique Ganso ditava um ritmo lento, mas eficiente para o São Paulo. A troca de passes no campo ofensivo era com paciência. Em dois lances a bola chegou até Luis Fabiano, na cara de Cássio. Nas duas o auxiliar anotou impedimento (bom para o atacante, que errou os dois chutes).

Rogério Ceni não parecia no mesmo ritmo do restante do time. No primeiro tempo ele já havia entregue uma saída de bola para Ralf. Na segunda etapa, foi dar um chutão na pequena área, furou, e só não levou o gol porque a bola bateu na sua outra perna.

E foi numa falha do goleiro que nasceu o segundo gol corintiano. Toloi recuou uma bola na fogueira para Rogério, que atrasou o chute e permitiu a Pato chegar antes. O atacante bateu na bola e o são-paulino chutou a sola do seu pé. Pênalti que gerou cerca de sete minutos de reclamação e um amarelo para Ceni. Pato mesmo cobrou e fez.

Apesar do tempo perdido com o pênalti, o árbitro só deu cinco minutos de acréscimo. Com Wallyson e Douglas nos lugares de Paulo Miranda e Maicon, o São Paulo foi para cima, agora com muito menos paciência do que no restante do jogo. Na única boa chance, Osvaldo cruzou, Wallyson tentou pegar Cássio no contrapé, mas o goleiro foi espero e segurou.

FICHA TÉCNICA:

SÃO PAULO 1 X 2 CORINTHIANS

SÃO PAULO - Rogério Ceni; Paulo Miranda (Douglas), Rafael Toloi, Edson Silva e Thiago Carleto; Denilson (Wellington), Maicon (Wallyson), Paulo Henrique Ganso e Jadson; Osvaldo e Luis Fabiano. Técnico - Ney Franco.

CORINTHIANS - Cássio; Alessandro, Paulo André, Gil e Fábio Santos; Paulinho, Ralf, Danilo e Romarinho (Edenilson); Emerson (Jorge Henrique) e Guerrero (Alexandre Pato). Técnico - Tite.

GOLS - Jadson, aos 5, e Danilo, aos 42 minutos do primeiro tempo. Alexandre Pato, de pênalti, aos 36 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Leandro Bizzio Marinho.

CARTÕES AMARELOS - Thiago Carleto, Rogério Ceni, Paulo Henrique Ganso, Alexandre Pato, Emerson e Alessandro.

RENDA - R$ 708.080,00.

PÚBLICO - 20.930 pagantes.

LOCAL - Estádio do Morumbi, em São Paulo.

Mesmo com Montillo e Neymar em campo, o Santos tropeçou diante do Mogi Mirim, nesta quinta-feira à noite, no encerramento da 15.ª rodada do Campeonato Paulista. O empate em 2 a 2 fez justiça ao que foi o jogo, apesar das poucas chances de gol de ambos os lados. O time da casa ficou duas vezes à frente do placar na Vila Belmiro, mas nos dois momentos caiu de produção e permitiu o empate do time interiorano.

O resultado deixa o Santos cada vez mais longe da liderança, com 29 pontos, contra 35 do São Paulo, que ainda tem um jogo a menos. O Mogi aparece logo atrás, em quarto, com 27, sendo o segundo melhor time do interior, atrás apenas da Ponte Preta. No domingo, o Santos visita o Oeste e o Mogi Mirim vai até São Caetano.

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O JOGO - Apesar de terem jogado com suas seleções durante a semana, Neymar e Montillo foram escalados como titulares do Santos para a equipe se reabilitar do empate contra o Palmeiras. Na frente, Giva foi mantido depois de duas boas atuações.

Mas o que se viu na Vila Belmiro foi um primeiro tempo morno, de raras chances de gol. Neymar, como sempre, era o mais lúcido, mas desta vez as jogadas insistiam em dar errado. O Mogi, bem organizado taticamente, assustava quando conseguia controlar a bola por um pouco mais de tempo. Aos 21 minutos, por exemplo, Val arriscou de longe e mandou raspando o travessão.

O Santos só teve duas boas jogadas no primeiro tempo. Numa, Neymar recebeu pela esquerda, ninguém se aproximou dele para receber, e o atacante cruzou cheio de estilo. Cícero subiu junto com o goleiro e mandou para fora. Em outra, já aos 42, Arouca cruzou, Neymar não dominou, mas ela sobrou para Cícero bater no canto e fazer 1 a 0.

A vitória parcial não era justa e a igualdade no placar veio logo aos 5 minutos do segundo tempo. João Paulo cobrou falta pela direita, Lucas Fonseca desviou de cabeça e Henrique apareceu livre na frente do gol para empatar.

O gol elevou a moral do Mogi, que passou a jogar mais no campo de ataque. Só que isso abriu espaço para contra-ataques. Aos 12 minutos, Montillo teve ótima chance na cara do gol, mas mandou em cima de Daniel. Se o argentino jogava mal, Cícero resolvia. Aos 22, o meia fez ótima jogada entre três marcadores e deu passe perfeito para Giva, que ficou cara a cara com o goleiro e não desperdiçou.

Por pouco o terceiro gol não saiu dos pés de Neymar, que bateu uma falta no travessão aos 30. Mas pouco depois o Mogi empatou. Guilherme Santos, substituto de Léo (que havia saído machucado), errou na marcação e a bola chegou até Wagninho, que bateu mascado e deixou tudo igual no seu primeiro toque na bola.

FICHA TÉCNICA:

SANTOS 2 X 2 MOGI MIRIM

SANTOS - Rafael; Bruno Peres, Edu Dracena, Durval e Léo (Guilherme Santos); Arouca, Renê Júnior, Cícero e Montillo; Neymar e Giva. Técnico - Muricy Ramalho.

MOGI MIRIM - Daniel; Roniery, Tiago Alves, Lucas Fonseca e João Paulo; Magal, Val, Roger Gaúcho (Juninho) e Wagner (Carlos Alberto); Roni (Wagninho) e Henrique. Técnico - Dado Cavalcanti.

GOL - Cícero, aos 42 minutos do primeiro tempo; Henrique, aos 5, Giva, aos 23, e Wagninho, aos 33 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Guilherme Ceretta de Lima.

CARTÕES AMARELOS - Roniery, Tiago Alves e Henrique.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP).

Com exceção de Renato Augusto e Igor, machucados, Tite tem os demais jogadores à disposição para o clássico de domingo com o São Paulo, mas somente nesta sexta-feira, após o treino da manhã e depois de conversar com o preparador físico Fabio Mahseredjian e o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, é que o treinador vai definir o time que levará ao Morumbi. Isso porque na quarta-feira o Corinthians tem um jogo decisivo contra o Millonarios, na Colômbia, pela Libertadores.

O treinador já avisou que "clássico é um campeonato à parte", mas que a prioridade é a Libertadores. A tendência é que, visando a partida em Bogotá, no domingo voltem ao time os atletas que precisam de ritmo após lesões ou problemas musculares.

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Nesta quinta-feira, os jogadores que não participaram do empate por 1 a 1 com o Penapolense fizeram um treino leve no CT do Parque Ecológico. Entre eles estavam Alexandre Pato, Cássio e Paulinho, recuperados de lesões, e Alessandro, Gil, Ralf e Danilo, poupados da partida de quarta-feira. Os atletas que enfrentaram o Penapolense fizeram um trabalho de recuperação física na academia.

O volante Paulinho, que por causa de uma lesão na coxa esquerda foi cortado dos amistosos da seleção brasileira contra Itália e Rússia, disse que ainda não conversou com Tite, mas se colocou à disposição para atuar tanto domingo como na quarta-feira. "Estou 100% fisicamente. Posso garantir que estou pronto para voltar a jogar", disse.

Ele, inclusive, garante não estar com a cabeça na partida contra o Millonarios. "O clássico é um jogo à parte, por conta da rivalidade entre as equipes, e por isso não queremos perder. Queremos um grande jogo contra o São Paulo. Somos maduros a ponto de pensar primeiro no clássico, e só depois no confronto de quarta-feira."

O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira, depois de conversar com os jogadores e com o técnico Gilson Kleina, e garantiu que o treinador não será demitido apesar da derrota que ele considerou "vexatória", por 6 a 2, para o Mirassol, na noite anterior.

"O Gilson é o nosso técnico. Não é questão de uma ou outra derrota que ele deixaria de ser o técnico. As coisas continuam normais", disse Nobre, garantindo que Kleina não será demitido se cumprir o combinado com a diretoria. "Ele será o técnico da Série B desde que cumpra o planejamento que começamos no começo do ano", assegurou.

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O dirigente quis ser enfático para assegurar que Gilson Kleina continua no cargo porque há um planejamento. "Não é na base da pressão que tomo minhas decisões. Tem um planejamento e dentro dele que tomamos nossas decisões", reforçou.

Mas Paulo Nobre não escondeu que a derrota contra o Mirassol foi das piores da história do clube. "Uma derrota por seis nunca é normal, mesmo desfalcado. Como torcedor fiquei com vergonha". Ele ponderou, entretanto, que o clube vive, de forma geral, um momento conturbado. "Estar na Série B não é natural para o Palmeiras. Ja aconteceu de tomar de sete na Copa do Brasil. São coisas que acontecem."

O presidente do Palmeiras também negou que a derrota com seis gols em apenas 45 minutos possa ter sido forçada pelos jogadores alviverdes, numa resposta ao atraso em pagamentos de direitos de imagem. "Existem duas imagens atrasadas. Herdamos isso. Não temos condições de honrar agora e os jogadores sabem disso. Essa diretoria é séria, não está embromando eles. Quando tivermos condições, tudo será pago."

Antes da coletiva, Paulo Nobre conversou, juntamente com José Carlos Brunoro, diretor executivo, com os jogadores e com Kleina. "Fiz questão de bater um papo com os jogadores para deixar claro que aquele comprometimento que exijo continua sendo ponto básico no Palmeiras. Eu não queria que a derrota vexatória mudasse a cabeça deles. Queria todo mundo com cabeça erguida sábado. Foi isso que quis deixar para os jogadores."

Nobre disse entender se os torcedores quiserem protestar antes do jogo de sábado contra o Linense, no Pacaembu, mas afirmou confiar numa volta por cima. "Esse time é um grupo comprometido. Esse pessoal tem vergonha na cara e está tão incomodado quanto o torcedor hoje está. Eu confio neles."

Com a maior parte dos jogadores que começaram a temporada como titulares, o time hoje considerado reserva do São Paulo voltou a fazer uma partida consistente nesta quarta-feira, sem correr riscos defensivos e apresentando organização tática, e foi recompensado com uma vitória por 2 a 0 sobre o Paulista, em Jundiaí, pela 15.ª rodada do Paulistão.

Ney Franco preferiu escalar os reservas porque o São Paulo tem pela frente o Corinthians, domingo, no Morumbi, e o The Strongest, quarta, na Bolívia. E vencer os dois jogos é fundamental. Os únicos titulares em campo no Jaime Cintra foram o fominha Rogério Ceni e Luis Fabiano, suspenso na Libertadores. E foi exatamente o atacante quem marcou os dois gols do jogo, voltando a sorrir depois de dizer, na rodada anterior, que estava triste e por isso não comemorava mais os gols. Já são cinco em quatro jogos.

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O resultado garante o São Paulo nas quartas de final do Paulistão, no mínimo no sétimo lugar. A equipe tricolor mantém dois pontos de folga sobre a Ponte Preta, com um jogo a menos. Já o Paulista, com 17 pontos, está a quatro do G8. No sábado, a equipe visita o Bragantino em confronto direto. Precisa vencer para continuar sonhando.

O JOGO - A proximidade de dois compromissos importantes permitiu a Ney Franco observar diversos jogadores nesta quarta-feira. De Rogério Ceni a Luis Fabiano, todos os 11 são-paulinos que começaram o jogo já haviam sido titulares em algum momento dessa curta temporada. Só o goleiro e o centroavante continuam assim. Os outros tiveram a chance de correr atrás do prejuízo.

E o que se viu em campo foi o São Paulo demonstrando tranquilidade com a bola, trocando passes com facilidade para chegar até a área do time de Jundiaí. Um dos que mais precisava ser testado, uma vez que voltava de lesão, Paulo Miranda teve boa chance aos 12 minutos. Mas tentou chutar de esquerda, escorregou e mandou por cima.

Apesar do bom volume de jogo por parte do São Paulo, as chances reais de gol eram poucas. E quando a oportunidade apareceu, o time não desperdiçou. De Douglas para Wallyson, que dominou bonito, esperou o bote do zagueiro e deu para Luis Fabiano, livre, empurrar para o gol vazio.

O sorriso aberto logo assim que a bola estufou a rede era a certeza de que Luis Fabiano havia feito as pazes com a felicidade. Outro sorriso de orelha a orelha aos 3 minutos do segundo tempo: Fabrício deu uma de lateral e cruzou na medida na cabeça de Luis Fabiano, que testou firme para fazer o oitavo dele no Paulistão. A festa foi tanta que até Rogério Ceni atravessou o campo para abraçar o centroavante.

O terceiro gol de Luis Fabiano quase veio aos 30 minutos da segunda etapa. O São Paulo continuava pressionando e Douglas surpreendentemente jogava bem como meia. Foi dele um belo passe por elevação para o centroavante bater na saída de Richard. Mas Lázaro conseguiu tirar em cima da linha.

Nos últimos minutos, o São Paulo relaxou e quase que o Paulista descontou. Rodolfo Testoni acertou uma falta na trave. Matheus também exigiu boa defesa de Rogério Ceni. Para responder, Ademilson balançou as redes, mas o árbitro anulou apontando impedimento. O curioso é que a assistente não levantou a bandeira. Quem fez a anotação foi o próprio Luis Flávio de Oliveira.

FICHA TÉCNICA:

PAULISTA 0 X 2 SÃO PAULO

PAULISTA - Richard; Thales (Hudson), Dráusio, Lázaro e Rodolfo Testoni; Matheus, Kasado, Chiquinho e Renato Ribeiro; Cassiano Bodini (Flávio) e Marcelo Macedo (Alfredo). Técnico - Giba.

SÃO Paulo - Rogério Ceni; Paulo Miranda (João Schmidt), Rhodolfo, Lúcio e Cortez; Wellington, Fabrício, Cañete (Aloísio) e Douglas; Wallyson (Ademilson) e Luis Fabiano. Técnico - Ney Franco.

GOLS - Luis Fabiano, aos 26 minutos do primeiro tempo e aos 3 do segundo.

ÁRBITRO - Luiz Flávio de Oliveira.

CARTÕES AMARELOS - Douglas.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Jaime Cintra, em Jundiaí (SP).

O técnico Gilson Kleina pode ser demitido nesta quinta-feira no Palmeiras. Tudo depende de uma conversa entre o presidente Paulo Nobre, o gerente executivo José Carlos Brunoro e o gerente de futebol, Omar Feitosa. Nesta quarta, apenas Feitosa estava com a equipe em Mirassol e claramente pressionado deixou claro que algo pode acontecer. Ao ser perguntado sobre o futuro do treinador, após a vexatória derrota por 6 a 2, limitou-se a dizer que não era hora de tomar decisões, pois elas poderiam ser precipitadas.

Ele elogiou o trabalho de Gilson Kleina, mas disse que seria "prematuro falar algo" em relação ao futuro. Ele não poderia tomar nenhuma decisão sem consultar Paulo Nobre, que no momento do jogo estava no avião, retornando da viagem feita como chefe da delegação da seleção brasileira nos amistosos contra Itália e Rússia, na Europa.

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A reportagem tentou falar com Brunoro, mas ele desligou o telefone celular. O fato é que a pressão em cima da diretoria para demitir Gilson Kleina aumenta a cada dia e após a derrota desta quarta, deve se tornar praticamente impossível de aguentar. Até candidatos a ocupar o cargo já são falados. Os dois nomes mais fortes são de Mano Menezes, ex-técnico da seleção brasileira, e de Dorival Júnior, que estava no Flamengo.

Existe a chance da diretoria dar mais um voto de confiança e manter Gilson Kleina no cargo pelo menos até a próxima terça, quando o Palmeiras enfrenta o Tigre pela Copa Libertadores, no Pacaembu. Um resultado negativo nesta partida pode sacramentar a queda.

Nesta quarta, o clima no vestiário era de velório. O treinador garantiu que não iria entregar os pontos, mas que ainda não tinha ouvido da diretoria que estava garantido no cargo. "Não vou desistir jamais. Estamos com vergonha, mas vamos trabalhar. Nunca tinha passado por isso, mas o momento é de ter tranquilidade e levantar a cabeça", disse o treinador com o semblante bastante abatido, lembrando muito a fisionomia da partida contra o Flamengo, no ano passado, no jogo que decretou a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Ao ser questionado se ficaria no cargo após a derrota, o treinador mostrou incomodado com a situação. "Não sei e não sou eu que tenho de resolver isso. Todos tem de entender a situação. Não isento minha culpa e a decisão cabe à diretoria. Foi um desastre, uma fatalidade, mas vamos nos reerguer e trabalhar muito".

O dia 27 de março de 2013 vai entrar para a história como mais uma página para os palmeirenses rasgarem das memórias do clube. Nesta quarta-feira, o Palmeiras visitou o Mirassol e foi goleado por incontestáveis 6 a 2. O placar foi todo ele construído no primeiro tempo, quando a equipe do técnico Gilson Kleina levou três gols nos primeiros 11 minutos, equilibrou a partida, mas sofreu outros três nos cinco minutos finais.

A goleada, porém, não é algo tão raro na história recente do Palmeiras. Faz menos de dois anos que o clube levou 6 a 0 do Coritiba, na Copa do Brasil. Perder de um time do interior que beirava a zona de rebaixamento, porém, é algo ainda mais grave e pode acentuar a crise que ronda o Palestra Itália há muito tempo. O temor é geral pela violência da torcida, que mostrou sua fúria diversas vezes nos últimos anos.

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Para o Mirassol, a vitória histórica coloca a equipe com 15 pontos, subindo para o 13.º lugar depois de passar cinco rodadas sem vencer. Já o Palmeiras continua no sétimo lugar, com 25 pontos. Sábado, a equipe deve enfrentar protestos contra o Linense, no Pacaembu.

A indisposição sentida por Maurício Ramos no vestiário parecia um problema relevante para o Palmeiras. Mas não era nada perto do que viria. Logo aos 40 segundos, André Luis cruzou e o garoto Marcos Vinicius, estreante na vaga de Maurício Ramos, cabeceou para marcar contra. Henrique, Vilson e Leandro Amaro estão machucados.

Seria fácil dizer que o garoto, que ficou ainda mais nervoso depois do gol contra, atrapalhou o time. Mas nos dois gols que se seguiram ele não teve responsabilidade. No segundo, André Luiz marcou mal e Caion recebeu livre para bater tirando de Fernado Prass. No terceiro, logo em seguida, Caion de Márcio Araújo na corrida e no corpo e encobriu o goleiro.

Gilson Kleina logo agiu, tirando o volante Charles e colocando o meia Ronny - ele evitou tirar Marcos Vinicius, formado nas categorias de base do Corinthians, e queimar para sempre o garoto. À primeira vista pareceu uma boa substituição. Aos 22, Ronny cruzou na medida para Caio descontar. Aos 30, o meia arriscou de longe, Gustavo pulou atrasado, e aceitou: 3 a 2.

Parecia que o Palmeiras entraria de novo no jogo, tanto que a equipe alviverde criou chances para empatar. A zaga, porém, continua uma peneira. Aos 39, Leomir bateu falta com perfeição e marcou o quarto. Pouco depois, Medina ganhou fácil de Juninho no choque e encobriu Prass. Ainda deu tempo de um sexto gol, com Camilo, num contra-ataque.

A goleada criou enorme expectativa para o segundo tempo, que não rendeu o esperado. De destaque, um gol de Caio, de cabeça, anulado por conta de uma falta de ataque aparentemente mal marcada.

De qualquer forma, poderia ter sido pior para o Palmeiras. Fernando Prass pegou um bom chute de Leomir. Mineiro perdeu uma chance com o gol vazio.

FICHA TÉCNICA:

MIRASSOL 6 X 2 PALMEIRAS

MIRASSOL - Gustavo; Pio (Mineiro), Augusto, Gian e Diogo; Alex Silva, Leomir, Camilo e André Luis (Medina); Caion e Tiago Luís (Felipe Lima). Técnico - Ivan Baitello.

PALMEIRAS - Fernando Prass; Weldinho (Airton), Marcos Vinicius, André Luiz e Juninho; Charles (Ronny), Márcio Araújo, Léo Gago (João Denoni) e Wesley; Caio e Leandro. Técnico - Gilson Kleina.

GOLS - Marcos Vinicius (contra), aos 40 segundos, Caion, aos 9 e aos 11, Caio, aos 22, Ronny, aos 30, Leomir, aos 39, Medina, aos 43, e Camilo, aos 46 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Vinícius Gonçalves Dias Araújo.

CARTÕES AMARELOS - Leomir, Gustavo, Pio, Marcos Vinicius, André Luiz e Léo Gago.

RENDA - R$ 112.836,00.

PÚBLICO - 4.159 pagantes.

LOCAL - Estádio José Maria de Campos Maia, em Mirassol.

Clássico paulista agora é sinônimo de zero a zero, com público decepcionante. Neste domingo, Santos e Palmeiras fizeram no Pacaembu um confronto melhor do que os dérbis anteriores (São Paulo x Palmeiras, Santos x Corinthians), mas também empataram sem gols. Pelo menos tiveram alguns minutos de lucidez e criaram chances de modificar o placar. Mas, novamente, faltou um pouco mais de qualidade, até porque eram 13 desfalques somadas as duas equipes.

Para o Santos o empate significa permitir ao São Paulo abrir quatro pontos na liderança do Paulistão, mesmo com um jogo a menos após 14 rodadas. A equipe de Muricy Ramalho tem 28 pontos e pode perder a vice-liderança para a Ponte Preta, que visita o Paulista logo mais. O Palmeiras já deixou escapar a quinta posição, sendo ultrapassado pelo Corinthians. Com 25 pontos, ainda pode perder o sexto lugar para o Mogi Mirim até o fim do dia.

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O Santos volta a campo na quinta-feira, às 19h30, na Vila Belmiro, contra o Mogi Mirim. Já o Palmeiras joga antes, na quarta, no mesmo horário, contra o Mirasol, fora de casa.

O JOGO - Os dois times colecionavam desfalques. O Palmeiras tinha mais: Henrique, Valdivia, Vilson, Kleber, Souza, Maikon Leite e Leandro Amaro. O Santos não podia contar com Montillo, Neymar, Felipe Anderson, Pato Rodríguez, Emerson Palmeiri e Marcos Assunção. Eram 13 os desfalques que desmotivaram ainda mais os torcedores, que compareceram em pequeno número ao Pacaembu: menos de 12 mil pagantes.

Os dois times tinham garotos no ataque. O Palmeiras jogava com Caio e Leandro. O Santos, com Neilton e Giva fazendo companhia a André. Na correria, o jogo começou elétrico. Logo no primeiro minuto, Giva chutou e Prass pegou. No lance seguinte, Wesley bateu, Rafael deu rebote, mas Leandro mandou por cima.

Depois o jogo foi caindo de qualidade, principalmente por conta da atuação fraca do Santos. O Palmeiras tentava. Aos 12, Léo Gago arriscou de longe e assustou Rafael. Charles também tentou de fora da área, mas o goleiro salvou. Ele voltaria a trabalhar num lance em que a zaga santista deu bobeira e deixou Leandro livre na área. O atacante pegou de primeira e facilitou a defesa de Rafael.

Mas nada que se comparasse à intervenção de Fernando Prass, aos 35 minutos, após cabeceio de Giva. O goleiro se esticou todo para buscar a bola no chão. O atacante, melhor em campo no primeiro tempo, ainda deu trabalho num cruzamento errado que quase foi para o gol. Prass salvou de novo.

Apesar das chances que criou, o Santos não foi melhor que o Palmeiras no primeiro tempo. Por isso Muricy Ramalho abriu mão da formação com três atacantes e deu chance a Alan Santos no lugar do sumido Neilton, voltando ao 4-4-2. O jogo melhorou.

Em poucos minutos foram três boas chances. Primeiro com Juninho, que tabelou com Léo Gago, girou sobre Edu Dracena na área, mas mandou por cima. Em seguida com Giva, que recebeu de Arouca na área e bateu de primeira. Fernando Prass praticou outro milagre. No minuto seguinte, Bruno Peres cruzou da direita, a bola passou pelo goleiro, mas André não conseguiu completar para o gol, mesmo se esticando todo.

Quando o jogo novamente caiu de produção, ficou evidente a deficiência dos elencos de Palmeiras e Santos. Kleina recorreu a Rondinelly, Vinicius e Marcelo Oliveira. Muricy deu mais uma chance a Miralles e a Victor Andrade. Nada que tirasse o zero a zero do placar, até porque quem entrou foi ainda pior. Aos 43, Wesley chutou e Rafael deu rebote. Vinicius só precisava rolar para Leandro, que vinha livre, mas cruzou muito alto, de forma injustificável.

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 0 X 0 SANTOS

PALMEIRAS - Fernando Prass; Weldinho, Maurício, André Luiz e Juninho; Léo Gago, Charles (Rondinelly), Márcio Araújo e Wesley; Leandro e Caio (Vinicius). Técnico - Gilson Kleina.

SANTOS - Rafael; Bruno Peres, Edu Dracena, Durval e Léo; Renê Júnior, Arouca e Cícero; Neilton (Alan Santos), Giva (Victor Andrade) e André (Miralles). Técnico - Muricy Ramalho.

ÁRBITRO - Marcelo Ribeiro de Souza.

CARTÕES AMARELOS - Renê Júnior e André Luiz.

RENDA - R$ 384.920,00.

PÚBLICO - 11.912 pagantes.

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo.

Não foi nenhum espetáculo, mas finalmente o São Paulo venceu sem poréns. Buscando se recuperar de um início de crise, a equipe do técnico Ney Franco recebeu o Bragantino neste sábado à noite no Morumbi e venceu por 2 a 0, em jogo válido pela 14.ª rodada do Campeonato Paulista. Petro, contra, impedindo um chute de Ganso, e Luis Fabiano, após assistência de Jadson, fizeram os gols tricolores.

Diferente dos últimos jogos, o São Paulo não teve grandes dificuldades defensivas e criou boas jogadas de ataque, principalmente no segundo tempo. Não fossem os erros de finalização, poderia ter goleado. Um placar mais elástico, aliás, teria sido um resultado mais justo.

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Apesar da campanha ruim na Libertadores, o São Paulo lidera com folga o Paulistão, tendo chegado ao 10.º jogo sem derrota e à terceira vitória seguida. Soma 32 pontos, com os mesmos 13 pontos que os demais. O Bragantino, por sua vez, perdeu a nona posição, com 18 pontos.

O JOGO - Parecia que o São Paulo voltaria a irritar a sua torcida nesta noite. Por 15 minutos, só deu Bragantino no Morumbi. Foram três boas chances, com Carlinhos, de cabeça, Diego Macedo, num cruzamento que quase encobriu Rogério Ceni, e num chute de Léo Jaime. O goleiro fez três defesas difíceis, impedindo ainda um gol olímpico.

Demorou para o São Paulo entrar no jogo. Até sair o gol, aos 30 minutos, a equipe não joga bem, mas também já não corria riscos. No lance que abriu o placar, Luis Fabiano tocou para Wallyson na direita. O atacante cruzou rasteiro para Ganso, que faria o gol se Preto não tentasse dar o carrinho e marcasse ele mesmo.

O gol deu tranquilidade para o time da casa, que passou a mandar no jogo. Aos 43, Wallyson puxou o contra-ataque e deu para Jadson. O meia, ainda em grande fase, tocou na medida para Luis Fabiano estufar a rede do goleiro Rafael Defendi.

Aproveitando os espaços que o Bragantino dava, o São Paulo tocou bem a bola no ataque e agradou na segunda etapa. Mas perdeu muitos gols. Num dos lances, Carleto, mais uma vez muito bem, roubou a bola na bandeirinha de escanteio e cruzou na cabeça de Luis Fabiano. O goleiro fez linda defesa.

Ganso também estava em noite inspirada. Aos 10 minutos, ele recebeu de Luis Fabiano na área com espaço para chutar, mas preferiu dar o passe para Carleto fazer o terceiro. Mas o lateral não pegou bem na bola e permitiu a defesa do goleiro. Num outro bom lance de Ganso, ele tabelou com Jadson e a bola sobrou para Luis Fabiano, que marcou. O bandeira anulou assinalando impedimento.

Com Rodrigo Caio, Tolói, Edson Silva e Carleto, a zaga do São Paulo pareceu ter se encontrado. Fora os 15 minutos iniciais, o Bragantino só assustou com um chute de longe, que acertou o travessão.

FICHA TÉCNICA:

SÃO PAULO 2 X 0 BRAGANTINO

SÃO PAULO - Rogério Ceni; Rodrigo Caio, Rafael Tolói, Edson Silva e Thiago Carleto; Denilson (Wellington), Maicon, Jadson (Aloísio) e Paulo Henrique Ganso; Wallyson (Cañete) e Luis Fabiano. Técnico - Ney Franco.

BRAGANTINO - Rafael Defendi; Toninho, Raphael Andrade e Geandro; Diego Macedo, Carlinhos (Malaquias), Preto, Serginho e Léo Jamie; Magno Cruz (Bruno Iotti) e Lincom (Ramazotti). Técnico - Mazola Júnior.

GOLS - Preto, contra, aos 30, e Luis Fabiano, aos 43 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral.

CARTÕES AMARELOS - Raphael Andrade, Geandro, Paulo Henrique Ganso, Thiago Carleto e Denilson.

RENDA - R$ 249.180,00.

PÚBLICO - 9.254 pagantes.

LOCAL - Estádio do Morumbi, em São Paulo.

Afastado há dois jogo do time titular do Santos, o veterano Léo, de 37 anos, deve receber nesta quinta-feira mais uma chance de começar jogando. Isso porque o lateral-esquerdo Emerson Palmieri, que ganhou a posição, sentiu um desconforto na coxa direita durante o treino de terça-feira no CT Rei Pelé e será poupado diante do Mirassol, nesta quinta, na Vila Belmiro.

De acordo com o Santos, o garoto de 19 anos logo realizou exames médicos. A ressonância magnética não apontou lesão, mas o lateral será poupado do confronto diante do Mirassol, por precaução. Ele vai ficar fazendo fisioterapia no Cepraf para ficar à disposição no clássico contra o Palmeiras, domingo, no Pacaembu.

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Emerson Palmieri é o quinto desfalque de Muricy Ramalho para o jogo desta quinta. O treinador também não pode contar com Neymar e Montillo, que servem respectivamente às seleções de Brasil e Argentina, Cícero, suspenso, e Marcos Assunção, machucado.

Depois de ser um dos destaques do Corinthians nas conquistas da Libertadores e do Mundial de Clubes, Emerson está mesmo em baixa no clube. Nesta terça-feira, o técnico Tite comandou um treino coletivo no CT do Parque Ecológico e escolheu Romarinho para ser o substituto de Alexandre Pato na partida desta quarta-feira contra o XV de Piracicaba, no Barão de Serra Negra. Emerson, assim, continua no banco de reservas.

Mas Pato não será o único desfalque da equipe no interior. Cássio está com um edema na coxa esquerda, Paulo André com uma lesão no punho e Paulinho sente dores na coxa esquerda, tanto que foi cortado da seleção brasileira. Além deles, Douglas virou desfalque de última hora, uma vez que sentiu uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda e foi vetado pelo departamento médico.

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De resto, o Corinthians vai usar o que tem de melhor para começar uma série de quatro jogos seguidos pelo Campeonato Paulista. Vai a campo com: Danilo Fernandes; Alessandro, Gil, Chicão e Fábio Santos; Ralf, Guilherme, Danilo e Renato Augusto; Romarinho e Guerrero.

O Palmeiras voltou a apresentar os velhos problemas e não passou de um empate por 1 a 1 diante do lanterna São Caetano neste domingo, no Estádio Anacleto Campanella, pela 12.ª rodada do Campeonato Paulista. Diante de um adversário em má fase, que perdeu o técnico Geninho no início da semana, a equipe da capital paulista até foi superior, manteve a posse de bola, mas encontrou dificuldade na criação e teve poucas oportunidades. Em uma delas, Henrique perdeu pênalti ainda no primeiro tempo, quando o jogo estava 0 a 0.

O resultado levou o Palmeiras aos 21 pontos, chegando à sexta colocação. Na próxima rodada, a equipe enfrentará o Botafogo, quarta-feira, no Pacaembu. Já o São Caetano foi a seis pontos, segue na lanterna do Paulista, e terá como adversário o Ituano, na quinta, novamente no Anacleto Campanella.

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Sem Valdivia, que sentiu uma nova lesão muscular durante a semana, Gilson Kleina optou pela entrada de Wesley na equipe. E o meio-campista foi responsável por criar a primeira chance da partida. Aos seis minutos, ele achou Vinícius pela esquerda e o atacante tocou para o meio. Kleber finalizou, mas Fábio evitou o gol palmeirense.

O lado esquerdo, sempre com Wesley, Vinícius ou Patrick Vieira, era por onde o Palmeiras mais chegava, aproveitando os espaços dados por Samuel Xavier. Nos primeiros 15 minutos, só a equipe da capital paulista conseguia chegar ao ataque, com o São Caetano acuado na defesa.

Wesley era a principal arma do Palmeiras e quase marcou após bela jogada de Márcio Araújo. Aos 26 minutos, o meio-campista cruzou para a área e o árbitro viu pênalti duvidoso de Bruno Aguiar em Kleber. O zagueiro Henrique foi para a cobrança, mas bateu para fora, à direita do gol.

O pênalti perdido não mudou o panorama do jogo, que seguiu nas mãos do Palmeiras. Mas logo em sua primeira chegada, já aos 41 minutos, o São Caetano abriu o placar. Eder recebeu pelo lado esquerdo, cortou Wesley e bateu. A bola passou por Henrique e enganou Fernando Prass, que sequer pulou nela.

O técnico Gilson Kleina voltou com Leandro no lugar de Vinícius e a alteração deu certo logo aos três minutos. O Palmeiras apertou a marcação na saída de bola do São Caetano e conseguiu roubar. Wesley arrancou com a bola da intermediária e, na saída de Fábio, tocou para Leandro marcar com o gol vazio.

O gol empolgou o Palmeiras, que quase ampliou no lance seguinte, com Kleber, de cabeça. A resposta do São Caetano aconteceu aos oito minutos, quando Rivaldo achou Eder pela esquerda e o meia quase marcou. Ao contrário do primeiro tempo, a etapa final era mais movimentada e equilibrada.

O Palmeiras ficava mais com a bola, mas o São Caetano levava perigo nas poucas idas ao ataque. Aos 22 minutos, Eder deu lindo lançamento e deixou Danielzinho sozinho na área, mas o atacante pegou muito mal na bola e jogou longe. Depois, foi Pedro Carmona, em um chute de longe, que assustou Fernando Prass. Sem maiores emoções, o jogo foi se arrastando até o final.

 

FICHA TÉCNICA:

SÃO CAETANO 1 X 1 PALMEIRAS

SÃO CAETANO - Fábio; Samuel Xavier, Eli Sabiá, Bruno Aguiar e Diego Corrêa; Moradei, Fabinho, Eder (Samuel Santos) e Rivaldo (Pedro Carmona); Danielzinho e Geovane (Eduardo). Técnico: Ailton Silva.

PALMEIRAS - Fernando Prass; Weldinho, Maurício Ramos, Henrique e Marcelo Oliveira; Vilson, Márcio Araújo, Wesley e Patrick Vieira (Tiago Real); Vinícius (Leandro) e Kleber (Caio). Técnico: Gilson Kleina.

GOLS - Eder, aos 41 minutos do primeiro tempo. Leandro, aos três minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Márcio Henrique de Gois (SP).

CARTÕES AMARELOS - Bruno Aguiar (São Caetano); Maurício Ramos (Palmeiras).

RENDA - R$ 85.120,00.

PÚBLICO - 2.360 pagantes.

LOCAL - Estádio Anacleto Campanella, São Caetano do Sul (SP).

O Corinthians sofreu com a retranca do União Barbarense neste sábado (16), mas deslanchou no final e conseguiu a vitória por 3 a 0, no Pacaembu, pela 12.ª rodada do Campeonato Paulista. Mesmo poupando a maioria dos titulares e diante de um adversário com o propósito claro de se defender, a equipe do Parque São Jorge conseguiu o resultado positivo com os gols de Douglas, Jorge Henrique e Renato Augusto, todos no segundo tempo. Chicão ainda perdeu um pênalti, defendido por Walter.

O resultado levou o Corinthians aos 21 pontos e a equipe subiu para a quinta colocação. Na próxima rodada, o adversário será o XV de Piracicaba, nesta quarta-feira, às 22 horas, no Barão de Serra Negra. Já o União Barbarense, penúltimo colocado com seis pontos, pega a Ponte Preta na quinta, às 19h30, em casa.

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O Corinthians vinha de vitória no meio de semana pela Libertadores - 3 a 0 sobre o Tijuana, no Pacaembu - e para evitar o desgaste excessivo poupou alguns jogadores. Dos considerados titulares, somente Gil, Fábio Santos e Ralf foram escalados. Foi uma boa oportunidade para Emerson, que vive má fase, mostrar serviço, e o atacante não decepcionou: foi o criador das jogadas dos dois primeiros gols corintianos.

O JOGO - O União Barbarense entrou em campo fechado, com apenas um atacante, mas o Corinthians levou somente um minuto para ter a primeira oportunidade. Depois de cruzamento de Edenílson da direita, Emerson escorou de cabeça para Romarinho, que foi atrapalhado pela defesa e bateu fraco, em cima de Walter.

Aos poucos, no entanto, o time do interior via seu objetivo de parar o ataque corintiano dar certo. Os mandantes tinham a posse de bola, mas não conseguiam furar o bloqueio armado pelo técnico Claudemir Peixoto. Romarinho e Jorge Henrique, pelos lados do campo, eram os mais acionados, mas tinham dificuldade para superar a marcação.

Outro que se esforçava no ataque era Emerson, que criou boa jogada aos 35 minutos. Ele tentou o drible pelo lado direito e foi desarmado, mas não desistiu da jogada, recuperou a bola, cortou o zagueiro e bateu travado por Camacho. Gil, de cabeça, em dois momentos seguidos, também levou perigo.

O segundo tempo começou como terminou o primeiro: o Corinthians seguia dono da posse de bola, mas tinha dificuldade para penetrar na defesa adversária. Emerson se movimentava muito e era o principal criador de jogadas da equipe. Seria criado por ele o primeiro gol corintiano.

Aos sete minutos, Jorge Henrique recebeu no meio e, de letra, deu lindo toque para Emerson. O atacante arrancou pela direita, levantou a cabeça e cruzou rasteiro para Douglas, que entrava sozinho pelo meio da área e tocou para o gol.

Emerson estava endiabrado e, além da qualidade de sempre, mostrou capacidade como marcador aos 11 minutos. Ele apertou o zagueiro Júnior Goiano, roubou a bola e deixou com Jorge Henrique, que entrou na área e tocou para Douglas. O meia foi atrapalhado pelo quique da bola e chutou por cima do gol uma grande oportunidade.

Novamente Emerson levou perigo aos 24 minutos, depois que recebeu cruzamento de Edenílson e cabeceou para grande defesa de Walter. Nem mesmo após o gol corintiano o União Barbarense abdicou da postura defensiva, o que complicava a vida do ataque do time da casa.

Tite colocou Renato Augusto e Paulinho em campo e o volante quase deixou sua marca aos 35 minutos, depois que tabelou com Jorge Henrique e bateu cruzado, para fora. Quatro minutos depois, o árbitro viu pênalti em Gil após bola cruzada na área. Chicão bateu e o goleiro Walter defendeu.

Mas aos 42 minutos, não teve jeito e o Corinthians ampliou. Emerson arrancou com a bola do meio de campo, passou por três marcadores e foi desarmado na hora de bater. A sobra ficou com Jorge Henrique, que dominou e encheu o pé. A bola ainda desviou em Brito e matou o goleiro.

Ainda dava tempo para mais um. Aos 46 minutos do segundo tempo, Giovanni tentou bater de fora e foi travado. Renato Augusto aproveitou a sobra e deu um toque por cobertura, para fazer um golaço, seu primeiro com a camisa do Corinthians, e fechar o placar.

 

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 3 X 0 UNIÃO BARBARENSE

CORINTHIANS - Julio Cesar; Edenílson, Chicão, Gil e Fábio Santos; Ralf, Guilherme (Paulinho) e Douglas (Giovanni); Jorge Henrique, Romarinho (Renato Augusto) e Emerson. Técnico: Tite.

UNIÃO BARBARENSE - Walter; Júnior Goiano, Juliano e Camacho; Alex Reinaldo, Cláudio Britto, Edilson Azul, André Cunha, Cleverson (Júlio) e César; Caihame (Dário). Técnico: Claudemir Peixoto.

GOLS - Douglas, aos sete, Jorge Henrique, aos 42, e Renato Augusto, aos 46 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Marcelo Aparecido Ribeiro (SP).

CARTÕES AMARELOS - Romarinho (Corinthians); Juliano, Alex Reinaldo, André Cunha (União Barbarense).

RENDA - R$ 547.850,50.

PÚBLICO - 19.359 pagantes (20.906 total).

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

O Santos é o novo líder do Campeonato Paulista, pelo menos de forma provisória. Neste sábado, a equipe derrotou o Guarani por 2 a 1, na Vila Belmiro, e alcançou os 24 pontos, ultrapassando São Paulo e Ponte Preta - ambos com 23 -, que ainda atuam na rodada. Já o time campineiro segue desesperado na zona de rebaixamento, com nove pontos, na 18.ª colocação.

Se não foi brilhante, o Santos contou com bons momentos de Neymar e Montillo para chegar à vitória. A equipe foi encurralada pelo Guarani depois que sofreu o gol, mas suportou bem a pressão e não impediu que o adversário empatasse.

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A próxima partida santista pelo Campeonato Paulista acontecerá na quinta-feira, diante do Mirassol, às 21 horas, novamente na Vila Belmiro. No mesmo dia, mas às 19h30, o Guarani enfrenta o Paulista no Brinco de Ouro.

O Santos contou neste sábado com a volta de Neymar, que não enfrentou o Atlético Sorocaba por estar suspenso, e foi decisivo para a vitória, fazendo grande jogada no segundo gol da equipe, marcado por André. Montillo fez o primeiro, seu segundo pelo clube, o segundo consecutivo. Tiago Pagnussat descontou para o Guarani e colocou fogo na partida, mas a reação do time campineiro parou por aí.

A primeira chegada foi do Guarani, que logo no primeiro minuto exigiu boa defesa de Rafael após chute de Thiago Gentil de fora da área. Neymar respondeu aos nove minutos, quando arrancou pela esquerda, passou por Tiago Pagnussat e cruzou rasteiro. Com o gol vazio, André só não marcou porque Cássio afastou antes.

Neymar foi o criador de outra grande chance santista aos 17 minutos. Ele cruzou da direita na cabeça de Durval, que escorou para o meio. André, sozinho, cabeceou na trave. A bola voltou para o próprio atacante, que, desequilibrado, tocou para fora e perdeu gol feito.

Aos poucos o Santos foi tomando conta do jogo, explorando as jogadas pelas laterais, principalmente pelo lado direito, onde Bruno Peres aparecia com qualidade. A equipe só esbarrava na defesa adversária próxima à área e, por isso, não conseguia criar grandes chances.

Mesmo assim, em rápido contra-ataque, o Santos chegou ao primeiro gol aos 34 minutos. Neymar ganhou dividida na zaga e Edu Dracena tocou de cabeça para Arouca. O volante dominou e rapidamente tocou para Montillo, que pedalou para cima da zaga, cortou para a esquerda e bateu cruzado, marcando um belo gol.

Logo na volta do intervalo, o Santos aumentou, aos três minutos, após linda jogada de Neymar. O atacante aproveitou cochilo de Ademir Sopa, roubou no meio de campo e arrancou. Ele passou por Douglas, por Tiago Pagnussat e cruzou. André, em cima da linha, só teve o trabalho de tocar para o gol.

O segundo gol fez com que o espaço na defesa do Guarani aumentasse, e somente dois minutos depois o Santos teve a chance de ampliar. Neymar recebeu na intermediária e arrancou sozinho. De frente para Renan, tentou tocar por cima, mas acertou o goleiro e perdeu grande oportunidade. No rebote, ainda bateu de bicicleta, mas fraco.

O Guarani levava pouco perigo para o gol santista, mas conseguiu diminuir em um lance isolado. Aos 13 minutos, Ronaldo Mendes bateu escanteio pela esquerda e o zagueiro Tiago Pagnussat subiu mais alto que a defesa para escorar de cabeça. A bola ainda tocou no travessão antes de entrar.

O gol mudou completamente o panorama do jogo. O Guarani cresceu e passou a comandar as ações, principalmente com jogadas pelos lados do campo. O atacante Cadu, que entrou no lugar de Dener, dava trabalho para a defesa santista, que tinha trabalho para parar o ataque campineiro.

Giva respondeu em bela jogada pela direita, que quase resultou em gol após erro do goleiro Renan, mas logo o Guarani voltou a assustar em bela jogada de Ronaldo Mendes, que arrancou pela esquerda, cortou para o meio e bateu rente à trave.

O Santos só chegava em jogadas individuais, e dessa forma Neymar quase marcou aos 34 minutos. Ele recebeu de Montillo, passou por dois zagueiros com facilidade, mas parou em Renan novamente. Na sequência o atacante fez outra grande jogada e deixou Cícero de frente para o goleiro, que salvou mais uma vez. Foi o último grande momento do jogo.

FICHA TÉCNICA:

SANTOS 2 X 1 GUARANI

SANTOS - Rafael; Bruno Peres, Edu Dracena, Durval e Emerson; Renê Júnior, Arouca, Cícero e Montillo; Neymar e André (Giva). Técnico: Muricy Ramalho.

GUARANI - Renan; Boiadeiro, Tiago Pagnussat, Tiago e Diogo; Ademir Sopa (Coutinho), Mika, Dener (Cadu) e Thiago Gentil; Wilson (Juan Cominges) e Ronaldo Mendes. Técnico: Branco.

GOLS - Montillo, aos 34 minutos do primeiro tempo. André, aos três, e Tiago Pagnussat, aos 13 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Rodrigo Guarizo do Amaral (SP).

CARTÕES AMARELOS - Cícero (Santos); Tiago Pagnussat, Boiadeiro (Guarani).

RENDA E PÚBLICO - não disponíveis.

LOCAL - Estádio Vila Belmiro, em Santos (SP).

A convocação para voltar à seleção chilena parecia o prenúncio de que a maré mudaria para Valdivia, mas o momento realmente não é o bom para o meia. Nesta sexta-feira, o departamento médico co Palmeiras constatou que o jogador tem uma lesão no músculo reto femural da coxa direita. O problema vai afastá-lo dos gramados por cerca de um mês, pela previsão dos médicos.

As dores começaram durante a partida contra o Paulista, quinta à noite, no Pacaembu. Com desconforto na coxa, o chileno pediu para ser substituído, dando lugar a Leandro. Os exames realizados nesta sexta apontaram a gravidade da lesão.

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Esta é a segunda contusão de Valdivia em 2013. O chileno começou o ano se apresentando atrasado ao Palmeiras, alegando que ficou mais tempo no seu país natal para trabalhar numa clínica de fisioterapia e fortalecer a musculatura. Queria uma temporada sem problemas físicos.

Mas logo no começo do Campeonato Paulista ele se machucou pela primeira vez. Após quatro jogos, teve diagnosticada uma lesão muscular na coxa esquerda que o afastou por quatro partidas. Fez dois jogos entrando no segundo tempo, outros três como titular, e agora se machucou novamente.

Nesse meio tempo, caiu na provocação de um torcedor do Palmeiras no aquecimento antes do jogo contra o Tigre, na Argentina, respondeu com gestos obscenos, e provocou a ira da torcida organizada, que tentou agredi-lo no aeroporto de Buenos Aires.

Com a nova lesão, Valdivia desfalca também a seleção chilena, contra Peru e Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa. Era a chance de o meia voltar à equipe nacional depois de 15 meses de afastamento, por indisciplina.

Pelo Palmeiras, ele deve perder sete das últimas oito rodadas da fase de classificação do Paulistão. A esperança é que volte a tempo de enfrentar o Sporting Cristal, na última rodada da Libertadores.

Neymar, que cumpriu suspensão pelo terceiro amarelo contra o Atlético Sorocaba, será a única novidade do Santos para enfrentar o Guarani, sábado, às 16h, na Vila Belmiro, pela 12ª rodada do Campeonato Paulista. No coletivo contra a equipe sub-17, nesta quinta à tarde, no CT Rei Pelé, Muricy Ramalho manteve o garoto Émerson Palmieri na lateral-esquerda, enquanto Léo treinou apenas na parte final, entre os reservas.

Outro que está confirmado é André, autor de dois gols na vitória dos titulares por 4 a 0 - os outros foram marcados por Neymar e Edu Dracena - no coletivo. Muricy chegou a cogitar a escalação de Miralles ao lado de Neymar, levando em conta que o argentino não perdeu a posição por deficiência técnica e que só deixou o time por causa de contusão. Mas, mudou de ideia e não se arrependeu porque, mais magro, André voltou a treinar bem.

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Léo explicou nesta quinta que ficou fora do jogo de domingo passado, contra o Atlético Sorocaba, porque teve de completar os exames médicos da pré-temporada no Hcor, na capital, e não pôde participar dos últimos treinos da semana. Como ele fez uma artroscopia no joelho direito em novembro do ano passado e estava em recuperação em janeiro, ficou impossibilitado de fazer testes de resistência na esteira.

Com a ausência de Léo nos treinos, Muricy aproveitou para dar nova oportunidade a Émerson Palmieri no jogo contra o Sorocaba, no estádio Walter Ribeiro, domingo passado. O garoto de 19 anos já havia sido aprovado pelo treinador no ano passado, quando teve as primeiras oportunidades, mas não teve sequência porque sofreu seguidas contusões. Neste ano, Émerson voltou a enfrentar problemas de lesões, mas se recuperou a tempo de participar das últimas etapas da Copa São Paulo de Futebol Júnior, conquistada pelo Santos, e foi um dos destaques do time.

Se Muricy não resolver fazer mudanças na escalação no treino de sexta, o time para enfrentar o Guarani sábado contará com Rafael; Bruno Peres, Edu Dracena, Durval e Émerson; Renê Júnior, Arouca, Cícero e Montillo; Neymar e André.

Os jogadores do São Paulo lamentaram a expulsão do zagueiro, Lúcio, aos quatro minutos do segundo tempo do clássico contra o Palmeiras, que terminou 0 a 0, neste domingo (10), no Morumbi. A avaliação são-paulina foi de que, com um jogador a menos durante tanto tempo, foi difícil buscar a vitória.

Lúcio foi expulso após tentar atingir uma cotovelada em Valdivia durante uma disputa de bola. Depois disso, o Palmeiras passou a dominar o jogo, mas o São Paulo soube segurar o resultado e ainda teve algumas chances no contra-ataque. No final, os rivais ficaram no empate pelo Paulistão.

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Ganso avaliou que o cartão vermelho desequilibrou a partida a favor do Palmeiras. "Eles tiveram mais posse de bola depois que perdemos um homem. Até então, estávamos com mais chances na partida", disse o meia. "As duas equipes criaram bastante, pena que não conseguimos fazer o gol", completou.

Substituído por Jadson no segundo tempo, Ganso ficou chateado por ter deixado o campo mais cedo. "Achei que podia ter continuado, mas o treinador optou pela mudança", admitiu o meia, que foi contratado em setembro e ainda luta para conseguir se firmar no time do São Paulo.

Para o volante Wellington, a marcação são-paulina foi afetada com a saída de Lúcio. "Ficamos com um a menos no começo do segundo tempo e isso complica para marcar", comentou. Na opinião dele, o empate em 0 a 0 acabou sendo positivo para o São Paulo, embora não fosse o resultado desejado.

Nem a chuva, nem o time reserva e nem a boa atuação do Ituano impediram a vitória do Corinthians em seu reencontro com a torcida, neste sábado, no Pacaembu. Sem os titulares, a equipe do técnico Tite derrotou o rival do interior por 3 a 2, contando com gol aos 41 minutos do segundo tempo, pelo Paulistão. Felipe salvou o Corinthians logo depois de Emerson desperdiçar um pênalti.

Tite mandou a campo o time reserva, liderado por Emerson, Jorge Henrique e Douglas, para dar um descanso aos titulares. A delegação corintiana sofreu com a desgastante viagem até o México, onde jogou pela Copa Libertadores, na quarta passada. O Corinthians só chegou ao Brasil ao meio-dia de sexta-feira.

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Assim, Tite pode dar nova chance a jogadores como Douglas e Emerson, além de promover a estreia de Chicão neste ano. O zagueiro, que passou por cirurgia no início deste ano, estava sem jogar desde a final do Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro.

E, mesmo aos tropeços, a equipe reserva do Corinthians venceu o Ituano, encerrou uma sequência de cinco empates seguidos no Estadual e ainda chegou aos 18 pontos na tabela do Paulistão. Assim, subiu para o 6º lugar e se manteve na zona de classificação para a próxima fase da competição. Já o adversário estacionou nos 10 pontos, em 15º, próximo da zona da degola.

A partida deste sábado marcou o reencontro do time com a torcida. O Corinthians não jogava no Pacaembu desde o empate no clássico com o Palmeiras no dia 17 de fevereiro, pelo Paulistão. Desde então, foram quatro jogos disputados fora de casa e um com os portões fechados, no próprio Pacaembu, ao cumprir punição imposta pela Conmebol na Copa Libertadores.

Os torcedores poderão acompanhar a equipe novamente na quarta-feira, em novo duelo do Corinthians com o Tijuana, do México. Desta vez, o confronto será disputado no Pacaembu. Será o primeiro jogo do time brasileiro diante de sua torcida nesta edição da competição sul-americana.

O JOGO - Nem mesmo a forte chuva que caiu sobre São Paulo, neste sábado, impediu que os ansiosos torcedores pudessem ver novamente o Corinthians em campo. Antes do apito inicial já havia pequenas porções do gramado alagadas. E a precipitação constante só piorou a situação do campo e a qualidade do jogo no decorrer do primeiro tempo.

Mesmo em condições adversas, o ataque das duas equipes não deixou de trabalhar. Foram quatro gols na etapa inicial. O primeiro foi marcado por Edenílson aos 16 minutos. Ele bateu forte e cruzado da direita após receber bom passe em inversão de jogada articulada por Emerson.

Mas a torcida corintiana só comemorou até os 23, quando o zagueiro Cléber empatou a partida. Ele subiu alto após cobrança de escanteio e cabeceou para as redes. O duelo seguiu equilibrado, com baixo nível técnico e predomínio de jogadas aéreas, em razão da dificuldade de se jogar com a bola rolando no gramado encharcado.

Diante desta limitação, o Corinthians retomou a dianteira do placar em lance de bola parada. Em cobrança de falta ensaiada, Chicão ajeitou para Guilheme encher o pé e acertar belo chute. A bola ainda carimbou o travessão antes de entrar, aos 32.

E, como aconteceu no primeiro gol corintiano, a torcida festejou por pouco tempo. Quatro minutos após o gol de Guilherme, o Ituano buscou novamente a igualdade. Fernando Gabriel levantou na área da direita e viu Luciano, sem marcação dentro da área. O meia só ajeitou a bola e acertou no canto esquerdo de Danilo Fernandes.

O segundo tempo teve um início mais tranquilo. A chuva amenizou e os dois times puderam valorizar mais a posse de bola e as trocas de passe em um gramado em melhor estado. Os gols, porém, rarearam na etapa final.

Nem com pênalti o placar sofreu alterações. Emerson desperdiçou a melhor chance do Corinthians no segundo tempo ao ser parado pelo goleiro Vagner na cobrança da penalidade, aos 40 minutos.

O atacante, porém, contou com ajuda do zagueiro Felipe para escapar das críticas ao fim da partida. Logo após o pênalti, o defensor mandou para as redes ao completar de cabeça cobrança de escanteio, aos 41, garantindo a vitória do Corinthians e a festa da torcida nas arquibancadas do Pacaembu.

O próximo compromisso do Corinthians no Paulistão será contra o União Barbarense, no sábado que vem, novamente no Pacaembu. O Ituano vai receber o XV Piracicaba, na noite de sexta-feira, diante de sua torcida.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 3 x 2 ITUANO

CORINTHIANS - Danilo Fernandes; Edenílson, Chicão, Felipe e Igor (Alexandre Pato); Willian Arão (Giovanni), Guilherme, Douglas (Yago) e Jorge Henrique; Emerson e Romarinho. Técnico: Tite.

ITUANO - Vagner; Leandro Silva, Cléber, Vitor Hugo, Patrick (Alisson); Marcinho Guerreiro, Cambará, Kleiton Domingues, Fernando Gabriel (Paulinho); Luciano (Marinho) e Adailton. Técnico Roberto Fonseca.

GOLS - Edenílson, aos 16, Cléber, aos 23, Guilherme, aos 32, e Luciano, aos 36 minutos do primeiro tempo. Felipe, aos 41 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Leandro Silva, Cléber, Marcinho Guerreiro e Giovanni.

ÁRBITRO - Aurélio Santanna Martins.

RENDA - R$ 561.832,00.

PÚBLICO - 19.966 pagantes (21.491 no total).

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo.

Com contrato apenas até agosto, o lateral-direito Lucas Farias vinha sendo a quinta opção de Ney Franco para a posição. Mas o temor de que o jogador se destacar e assinar com outro clube, deixando o Morumbi de graça, já não existe mais. Nesta terça-feira o São Paulo finalmente acertou a renovação de contrato do jogador por cinco temporadas.

"Lucas Farias é um talento que o São Paulo lapida há muito tempo e que vai fazer história no clube. Está sendo formado pelo clube desde os seus 11 anos e não tenho dúvida que, assim como outros jogadores que vieram de Cotia, o Lucas vai dar muitas alegrias à nossa imensa torcida", disse o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista.

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Lucas Faria tem apenas 18 anos - faz 19 em agosto -, mas já está no profissional desde o ano passado. Destaque na base, ele chegou a ser titular no clássico contra o Corinthians, que fechou o Brasileirão 2012. Mas, nesta temporada, perdeu espaço e virou quinta opção de Ney Franco.

Contra o Penapolense, domingo passado, o treinador não tinha Paulo Miranda, machucado, e Douglas, poupado, mas resolveu observar o zagueiro João Filipe na lateral. O defensor foi muito mal e saiu no intervalo. Com isso, Rodrigo Caio foi deslocado para a direita. A opção também não foi boa e Ney Franco finalmente chamou Lucas Farias, que saiu do banco e foi bem. Depois do jogo, o treinador negou que estivesse evitando escalar Lucas Farias por causa da demora em renovar o contrato.

"Percebemos o talento e começamos a preparar esse jogador. Será importante para ele ficar no São Paulo, trabalhar com um treinador que o conhece, com a certeza de que vai ser aproveitado. Em um futuro próximo será um dos melhores laterais do futebol brasileiro", elogiou Ney Franco, depois do jogo, buscando convencer Lucas a renovar. Deu certo.

Com novo contrato, o garoto se diz feliz em continuar no Morumbi. "É uma honra muito grande ser valorizado por um clube que eu amo de coração. Sempre mostrei meu desejo em ficar e graças a Deus deu tudo certo. Agora é dar sequência neste trabalho", comentou Lucas.

Em texto publicado no seu site oficial, o São Paulo exaltou a participação da família do jogador na renovação, citando que os pais dele estavam presentes no momento da assinatura. "Minha família sempre me acompanhou em todos os momentos. Hoje sou o que sou graças a eles. Toda minha estrutura devo a eles, que sempre quiseram que eu ficasse no São Paulo. Essa era a minha vontade também, então deu tudo certo", reforçou o garoto.

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