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O Corinthians vinha de uma vitória importante na Copa Libertadores e o ambiente era de paz para a partida deste sábado, às 18h30, contra o Guarani, no Pacaembu, pela 13ª rodada do Campeonato Paulista. Mas Adriano, que seria titular e foi vetado de última hora, é pivô de mais uma crise dentro do clube. O atacante não joga neste sábado e também não viaja ao México para enfrentar o Cruz Azul, na próxima quarta.

Bastante irritado na entrevista coletiva, o técnico Tite barrou o atacante. E a diretoria também precisou se explicar. Apoiou o treinador e falou em "deficiência técnica" do jogador. "Ninguém joga no Corinthians com o nome", disse o diretor de futebol Roberto de Andrade.

A decisão de rescindir o contrato de Adriano só não foi tomada ainda porque o contrato dele termina em junho e o clube teria de pagar uma multa ao atleta. Adriano só sai hoje se houver um acordo entre ambas as partes. "O futuro dele depende o exclusivamente do Adriano, não é o Corinthians renova com ele, é ele quem renova com o Corinthians", afirmou o dirigente.

No treino da tarde, Tite colocou Elton entre os titulares e Adriano foi treinar entre os reservas.

Agora ele passará mais uma semana treinando com o objetivo de perder peso (ele precisa emagrecer pelos menos mais três quilos) e melhorar fisicamente.

Sobre o jogo deste sábado, o técnico disse que vai poupar titulares porque a partida contra o Nacional, do Paraguai, na última quarta, foi muito desgastante para os atletas. E como há outro jogo pela Libertadores,na próxima quarta, contra o Cruz Azul, os titulares não pegam o Guarani. "Se colocá-los em campo há o risco de lesão".

A dupla de zaga será formada por garotos que ganharam a Copa São Paulo de Futebol Júnior (Marquinhos e Antônio Carlos). No meio, Gomes, outra revelação, ganha chance no time. Dos jogadores mais badalados, entram em campo Douglas, Willian e Emerson.

O atacante Adriano voltou a ser problema para o Corinthians. Depois de atuar como titular nos três últimos fins de semana, o jogador foi vetado pelo técnico Tite e não vai enfrentar o Guarani, neste sábado, no Pacaembu, quando uma equipe reserva será utilizada. Ele também não viaja para o México, onde o Corinthians joga quarta contra o Cruz Azul, pela Libertadores.

"O Adriano está fora da equipe e da concentração. Ele não treinou como gostaríamos, por isso está fora", disse Tite, explicando por que surpreendeu a todos e não escalou Adriano nem mesmo para treinar entre os reservas no treino coletivo desta sexta-feira.

A explicação, porém, parou por aí. Visivelmente irritado com Adriano, Tite não quis dar continuidade ao assunto: "Peço para vocês (jornalistas) que não me perguntem mais a respeito do Adriano. Estou em um momento muito importante, o Corinthians é maior que

qualquer coisa, sigam a percepção de vocês. O futebol é uma coisa muito responsável, importante", afirmou o treinador, tentando evitar qualquer declaração mais polêmica.

"Já estava programado em cima da evolução física, que ele tinha necessidade desse tempo maior. Também já estava predeterminado que ele não iria para o México. Não teve dedicação na semana como os outros tiveram", criticou.

A decisão pela não utilização de Adriano, porém, não foi tomada apenas por Tite. Antes de conceder entrevista coletiva, o treinador se reuniu com o gerente de futebol Edu Gaspar, o diretor de futebol Roberto de Andrade, o diretor adjunto de futebol Diulio Monteiro e o preparador físico Fábio Mahseredjian.

Sem Adriano, Tite vai escalar Elton para fazer companhia a Willian e Emerson no ataque do Corinthians contra o Guarani. Assim, o time terá: Danilo Fernandes; Edenilson (Willian Arão), Marquinhos, Antônio Carlos e Ramon; Fernando Gomes, Ramirez e Douglas; Willian, Elton e Emerson.

Em jogo movimentado, de seis gols e outras boas oportunidades, o São Paulo mostrou poder de reação na noite desta quarta-feira, mas não conseguiu superar o Bragantino, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, pela nona rodada do Paulistão. Após sair perdendo por 2 a 0, o time da capital buscou a virada no segundo tempo, mas não sustentou o placar e teve que se contentar com o empate por 3 a 3.

Improvisado como centroavante, o volante Cícero foi o destaque são-paulino, autor de dois gols. O técnico Emerson Leão avançou o defensor por conta dos sete desfalques da equipe. Casemiro, que inicialmente seria poupado, precisou entrar em campo na metade do primeiro tempo por conta da estreia frustrada de Fabrício. O volante sentiu dores na panturrilha e precisou deixar o gramado mais cedo.

O empate custou ao São Paulo uma posição na tabela. Com 18 pontos, caiu para o quinto lugar, ainda dentro da zona de classificação para as quartas de final. O Bragantino segue fora do G-8, na nona colocação, com 12 pontos.

Na próxima rodada, o São Paulo buscará a reabilitação no clássico com o Palmeiras, domingo, em Presidente Prudente, no interior do Estado. O Bragantino enfrentará no mesmo dia o Catanduvense, fora de casa.

O JOGO - Desfalcado e desarrumado em campo, o São Paulo teve um início ruim, de muita movimentação e poucas chances concretas de gol. Mais eficiente, o Bragantino abriu o placar logo em sua primeira oportunidade.

Aos 8 minutos, Giancarlo surgiu com rapidez na pequena área e surpreendeu a defesa após cobrança de escanteio na área: 1 a 0. O atacante chegou ao seu oitavo gol e assumiu a liderança isolada da artilharia do Paulistão. Confiante, o time da casa quase ampliou aos 12, em lance de contra-ataque. Fernando Gabriel bateu com perigo no canto direito, mas parou na defesa de Denis.

Em desvantagem no placar, o São Paulo, que até então só ameaçara em lances de bola parada, acelerou o ritmo e deixou a partida movimentada e mais franca. Mas, enquanto o time de Leão tentava pressionar, com jogadas precipitadas, os donos da casa apostavam nos contra-ataques.

E foi assim que o Bragantino ampliou o placar. Romarinho disparou pela direita e cruzou rasteiro na área. A bola passou por Léo Jaime, mas não por Fernando Gabriel, que encheu o pé e mandou para as redes, aos 24.

Dois minutos antes de levar o segundo gol, o São Paulo perdeu Fabrício. Um dos principais reforços da equipe para a temporada, o volante sentiu dores na panturrilha e precisou ser substituído. Casemiro, que vinha sendo poupado pelo treinador, entrou em seu lugar.

O jogo só começou a melhorar para os visitantes a partir dos 27 minutos. Jadson sofreu falta dentro da área e o árbitro assinalou o pênalti. O próprio Jadson, que desperdiçara uma penalidade no clássico com o Corinthians, finalizou firme no canto. Foi seu primeiro gol com a camisa do São Paulo.

Em ritmo cada vez mais acelerado, o time da capital não demorou para buscar o empate. Aos 35, Fernandinho fez jogada individual pela esquerda e cruzou na pequena área para o volante Cícero, em lance oportunista de centroavante, só empurrar para o gol: 2 a 2.

O empate só resistiu ao intervalo. Com o mesma movimentação do primeiro tempo, os dois times continuaram gerando bons lances na segunda etapa. Depois de seguidas tentativas, o São Paulo arrancou a virada aos 14, em mais um gol do improvisado Cícero. O volante arriscou de fora da área e contou com um vacilo do goleiro Rafael para marcar.

Mas a festa são-paulina foi neutralizada no minuto seguinte. Fernando Gabriel aproveitou vacilo da defesa, avançou pela esquerda e cruzou na cabeça de Romarinho, que anotou o terceiro do Bragantino e devolveu a igualdade ao placar.

Sem desanimar, o São Paulo se manteve no ataque e quase chegou ao quarto gol em mais um lance perigoso de Cícero. Ele recebeu na entrada da área e acertou o travessão, aos 25. Leão ainda trocou Jadson e Fernandinho por Maicon e Osvaldo, nos minutos finais, mas não conseguiu buscar a vitória.

FICHA TÉCNICA:

BRAGANTINO 3 X 3 SÃO PAULO

BRAGANTINO - Rafael; Júnior Lopes (Patrick), André Astorga e Luis Henrique; Victor Ferraz, Fernando Gabriel (Diego Paulista), Serginho, Cambará, Léo Jaime; Giancarlo e Romarinho (Wellington). Técnico: Marcelo Veiga.

SÃO PAULO - Denis; Piris, Rhodolfo, Edson Silva e Cortez; Fabrício (Casemiro), Denilson, Lucas e Jadson (Maicon); Fernandinho (Osvaldo) e Cícero. Técnico: Emerson Leão.

GOLS - Giancarlo, aos 8, Fernando Gabriel, aos 24, Jadson, aos 27, e Cícero, aos 35 minutos do primeiro tempo. Cícero, aos 14, e Romarinho, aos 15 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Giancarlo, Rafael, Júnior Lopes, Jadson, Denilson, Cambará, Diego Paulista.

ÁRBITRO - Guilherme Ceretta de Lima.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP).

O Santos quer chegar à quarta vitória seguida nesta quarta-feira, às 19h30, contra o Comercial, na Arena Barueri, pela nona rodada, para se manter no bloco de cima da tabela de classificação do Campeonato Paulista e poder poupar os principais titulares na primeira quinzena de março, quando jogará duas vezes em cinco dias na Copa Libertadores da América - o primeiro compromisso será contra o Internacional, dia 8, na Vila Belmiro, e o segundo no dia 13 diante do Juan Aurich, em Chiclayo, no Peru.

O goleiro Rafael, outra vez vetado pelos médicos, será o único desfalque do time e será substituído por Aranha. No treinamento tático de uma hora, nesta terça, Muricy Ramalho armou a equipe para explorar os lados do campo, principalmente com Neymar e Juan pela esquerda, para superar a retranca que o adversário deverá armar. O treinador também insistiu no ensaio de cobranças de faltas próximas à área e de escanteios. Ibson está confirmado ao lado de Arouca, Henrique e Paulo Henrique Ganso, com Elano ficando na reserva.

"É difícil enfrentar equipes consideradas pequenas porque são fechadinhas. Além disso, elas aprontam grande correria porque lutam para cair para a segunda divisão", analisou o capitão Edu Dracena. Ele marcou o terceiro gol na vitória por 3 a 1 contra o Mirassol, quando o adversário pressionava em busca do empate, provando que fazer gols importantes continua sendo a sua especialidade.

Neymar voltou a treinar com disposição nesta terça, mesmo tendo aproveitado também a noite de segunda-feira e parte da madrugada da terça, depois de duas noites em Salvador, na Bahia, para assistir ao desfile das escolas de samba do carnaval do Rio de Janeiro, em um dos camarotes de celebridades na Marquês de Sapucaí. Na volta a Santos, Neymar parou no Centro de Treinamento Rei Pelé e dormiu no Hotel Recanto dos Alvinegros, usado como concentração para o time, preocupado em não se atrasar para o treino, que começou às 11 horas.

Nesta quarta, o garoto prodígio entra em campo determinado a marcar um gol de bicicleta, que prometeu ao ser homenageado com a criação do Espaço Puskas, no Memorial das Conquistas, na Vila Belmiro, após o seu gol na derrota por 5 a 4 contra o Flamengo ter sido eleito pela Fifa o mais bonito de 2011.

No primeiro clássico do Trio de Ferro do Paulistão, o Corinthians derrotou o São Paulo por 1 a 0, neste domingo, no Estádio do Pacaembu. Com gol marcado pelo meia Danilo ainda no primeiro tempo, o time corintiano dominou a maior parte do eletrizante confronto, que contou com 26.166 pagantes, apesar da forte chuva que atingiu a capital paulista. Os são-paulinos tiveram a chance do empate, mas o meia Jadson desperdiçou a cobrança de pênalti.

A vitória corintiana atrapalhou o plano são-paulino de voltar à liderança e acabou ajudando o arquirrival Palmeiras, que, depois de vencer o Ituano no sábado, assumiu a primeira colocação. Agora, os palmeirenses têm os mesmos 17 pontos do vice-líder Corinthians, mas levam a vantagem no saldo de gols. E o São Paulo caiu para a quarta colocação, ainda com 14 pontos, ultrapassado também pelo Guarani, que venceu o Paulista por 2 a 1.

Corinthians e São Paulo entraram em campo sem força máxima. De olho no jogo de estreia na Libertadores, na próxima quarta-feira, contra o Deportivo Táchira, na Venezuela, o técnico Tite poupou três titulares corintianos: o meia Alex e os atacantes Liedson e Emerson. Do lado do São Paulo, Emerson Leão, que já vem se acostumando com os desfalques importantes por lesão do goleiro Rogério Ceni e do atacante Luís Fabiano, não conseguiu contar com a volta do lateral-direito paraguaio Piris, que não passou no teste físico e foi vetado.

O São Paulo começou a partida com uma postura um pouco mais aguerrida, com forte marcação e buscando mais o ataque. Com o campo molhado e alguns lances de falta um pouco mais duros, a equipe do Morumbi já tinha dois jogadores com cartão amarelo em menos de 10 minutos de clássico: o volante Wellington e o meia Cícero.

Aos nove minutos, o São Paulo teve a primeira chance mais intensa da partida, depois que o lateral-esquerdo Cortez chutou rasteiro de fora da área, para importante defesa do goleiro Júlio César, que espalmou a bola para o lado. A resposta corintiana foi imediata e ainda mais perigosa: aos 11, quando o meia Danilo, na grande área, acertou forte chute, para grande defesa do goleiro Denis, que espalmou milagrosamente para a linha de fundo.

O jogo continuou bastante brigado, com fortes disputas de bolas, mas sem grandes lances de gol até os 21 minutos, quando, depois de uma cobrança de escanteio do atacante Jorge Henrique, Danilo aproveitou falha da zaga são-paulina e acertou cabeçada indefensável para Denis, abrindo o marcador no Pacaembu para o Corinthians: 1 a 0.

Após o gol, o time corintiano passou a controlar melhor o jogo, mas o São Paulo não deixava de criar jogadas de ataque. Os lances mais agudos, no entanto, continuavam sendo executados pela equipe do Parque São Jorge, que perdeu algumas oportunidades de ampliar o marcador. Numa delas, aos 36, o lateral Fábio Santos escapou pela esquerda, entrou na área e chutou forte, para mais uma difícil defesa do goleiro Denis.

A partir dos 43, o São Paulo teve duas enormes possibilidades de empatar o jogo. A primeira veio de uma cobrança de falta, quando o zagueiro Rhodolfo cabeceou forte e o volante corintiano Ralf salvou quase em cima da linha. Na sequência do lance, a bola sobrou para Cortez, que invadiu a área e foi derrubado pelo lateral Alessandro.

De maneira correta, o árbitro Raphael Claus marcou pênalti para o São Paulo. Na cobrança, aos 44 minutos, Jadson chutou mal e mandou a bola muito acima do gol de Júlio César, para delírio da torcida corintiana.

O primeiro tempo eletrizante ainda teve tempo para uma bola na trave. Aos 46 minutos, depois de cobrança de falta de Chicão, o zagueiro corintiano Leandro Castán cabeceou a bola na pequena área e ela raspou o poste esquerdo do gol de Denis.

Para a segunda etapa, ambas as equipes voltaram sem mudanças. Atrás no placar, o São Paulo começou pressionando um pouco mais, mas o Corinthians mantinha o controle da partida, com lances de contra-ataque perigosos.

Vendo que o time do Morumbi ainda continuava com dificuldades para criar lances agudos de gol, o técnico Leão surpreendeu aos 13 minutos, fazendo três substituições de uma só vez: o atacante Fernandinho entrou no lugar do meia Jadson; o meia Maicon substituiu o volante Casemiro; e o atacante Osvaldo entrou no lugar do também atacante Willian José.

Leão não contava, porém, que, aos 15 minutos, o zagueiro João Felipe, que jogou improvisado na lateral direita, complicasse ainda mais a situação do São Paulo. Ele fez uma falta dura em Jorge Henrique e foi expulso corretamente pelo árbitro, com cartão vermelho direto.

Aos 18 minutos, o Corinthians levou grande perigo ao São Paulo, depois que o atacante Willian chutou forte e rasteiro, na entrada da grande área, para mais uma importante defesa do goleiro Denis, que espalmou a bola para a linha de fundo. Aos 25, nova chance corintiana. Alessandro escapou pela direita e cruzou rasteiro. A bola chegou para Jorge Henrique, que, no meio da área, deu carrinho para o gol, mas Maicon interceptou o lance no momento exato e afastou a bola.

Aos 30 minutos, o São Paulo teve excelente oportunidade de empatar a partida, depois que Fernandinho pegou a bola na grande área e mandou um chute forte, para ótima defesa de Júlio César. No minuto seguinte, Ralf escapou da marcação, disparou para o ataque e teve uma ótima chance de ampliar o placar para o Corinthians, mas se atrapalhou com a bola na frente de Denis.

Mesmo com um jogador a menos, o São Paulo continuou pressionando o Corinthians, que passou a marcar mais e contra-atacar com menor intensidade. Os avanços são-paulinos não foram suficientes, no entanto, para igualar o placar, para festa da torcida corintiana nas arquibancadas.

Enquanto o Corinthians estreia na quarta-feira pela Libertadores, o São Paulo volta a campo no dia seguinte. A equipe do Morumbi enfrentará o Paulista, na quinta, pela oitava rodada do Paulistão.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 1 X 0 SÃO PAULO

CORINTHIANS - Júlio César; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo (Douglas); Willian (Gilsinho), Jorge Henrique e Elton. Técnico: Tite.

SÃO PAULO - Denis; João Felipe, Paulo Miranda, Rhodolfo e Cortez; Wellington, Casemiro (Maicon), Cícero e Jadson (Fernandinho); Lucas e Willian José (Osvaldo). Técnico: Emerson Leão.

GOL - Danilo, aos 21 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Raphael Claus.

CARTÕES AMARELOS - Wellington, Cícero e Paulo Miranda (São Paulo); Paulinho, Fábio Santos, Alessandro e Chicão (Corinthians).

CARTÃO VERMELHO - João Felipe (São Paulo).

RENDA - R$ 786.728,00.

PÚBLICO - 26.166 pagantes.

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

Em tarde inspirada de Marcos Assunção, o Palmeiras superou o Ituano por 3 a 0, no Pacaembu, faturou sua quarta vitória seguida e assumiu a liderança provisória do Campeonato Paulista. O volante brilhou neste sábado ao dar assistência para dois gols, um deles concretizado pelo argentino Barcos, em sua estreia como titular. Patrik e o reserva Artur também balançaram as redes.

Como havia acontecido na quarta-feira, o embalado Palmeiras dormirá na liderança, ameaçada por São Paulo e Corinthians. Empatados com 14 pontos, os dois rivais farão o clássico deste domingo. Um empate manterá o time de Luiz Felipe Scolari, com 17, na primeira colocação. O Ituano, por sua vez, segue com quatro, em 16º, à beira da zona de rebaixamento.

Embalado por quatro triunfos consecutivos, o Palmeiras volta a campo na sexta-feira para enfrentar o Guaratinguetá, fora de casa. No dia seguinte, o Ituano receberá o Catanduvense, pela oitava rodada.

O JOGO - Depois de uma atuação morna diante do XV de Piracicaba, na quarta-feira, o Palmeiras resolveu acelerar neste sábado, sob a chuva que atingia a capital paulista. Comandado por Maikon Leite e Barcos, o time de Felipão começou a partida em grande ritmo e envolveu o Ituano com uma boa troca de passes no setor ofensivo e lançamentos rápidos da defesa.

No primeiro bote, Maikon Leite cruzou da direita e Patrik completou de cabeça para as redes ao completar rebote do goleiro Douglas, aos 7. A jogada se repetiu aos 16. Desta vez, Barcos passou da linha da bola e, quase desequilibrado, cabeceou para fora.

O argentino, porém, não perdoou em sua segunda oportunidade. Após levantamento na área de Marcos Assunção, a bola passou por todo mundo, menos por Barcos. Ele acertou a cabeça e ampliou a vantagem palmeirense, aos 22.

Sem enfrentar resistência do meio-campo do Ituano, o Palmeiras passeava em campo e chegava com facilidade ao ataque. Aos 32, Maikon Leite fez nova escapada pela direita, entrou na área e bateu rasteiro com perigo. Douglas fez a defesa e evitou mais um gol do Palmeiras.

Mas o fluente toque de bola palmeirense não resistiu ao intervalo. Depois de levar dois gols, o Ituano voltou mais atento na segunda etapa. Adiantou a marcação e passou a neutralizar as jogadas do Palmeiras já no meio-campo, evitando maiores riscos.

A mudança de postura do Ituano deixou o duelo mais equilibrado. Mais confiante, o time visitante quase descontou aos 13. Jefferson finalizou da entrada da área e mandou rente à trave direita de Deola.

Satisfeito com o placar, o Palmeiras se acomodou e reduziu o ritmo. Mesmo assim, não teve dificuldades para chegar ao terceiro gol. Marcos Assunção cobrou escanteio na área e Artur, que entrara no lugar de Cicinho, cabeceou para o fundo das redes. Foi o segundo gol seguido do lateral, que havia marcado contra o XV de Piracicaba logo em sua estreia.

O placar mais folgado deu ainda mais tranquilidade ao time mandante. Sem sobressaltos, o Palmeiras se defendeu bem das investidas do Ituano, arriscou pouco no ataque e administrou o resultado até o apito final.

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 3 X 0 ITUANO

PALMEIRAS - Deola; Cicinho (Artur), Leandro Amaro, Henrique e Juninho; Márcio Araújo, Marcos Assunção (Pedro Carmona), Patrik e Daniel Carvalho (João Vítor); Maikon Leite e Barcos. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

ITUANO - Douglas; Alex, Thiago Gomes, César Gaúcho e Gustavo; Allan Mota, Rodrigo Costa (Otacílio Neto), Alemão, Kleyton Domingues; Michel (Evando) e Jefferson Luiz (Hugo). Técnico: Doriva (interino).

GOLS - Patrik, aos 7, e Barcos, aos 22 minutos do primeiro tempo. Artur, aos 22 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Cicinho, Jefferson Luiz, Kleyton Domingues e Artur.

ÁRBITRO - Edson Reis Pavani Junior.

RENDA - R$ 367.835,00.

PÚBLICO - 11.193 pagantes.

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo.

Artilheiro do Santos no Campeonato Paulista com quatro gols, o atacante Alan Kardec está pronto para voltar a ser titular da equipe do técnico Muricy Ramalho. Nesta quinta-feira, diante do Botafogo, em Ribeirão Preto, ele vai substituir Borges, que será poupado com um incômodo no músculo posterior da coxa direita. Agora, porém, exercerá uma função diferente daquela das primeiras rodadas, como centroavante.

"Passei boa parte da minha carreira jogando mais enfiando. Não tenho preferência, o que quero é jogar. O Borges é um jogador que faz falta para nosso grupo, mas as oportunidades aparecem e estou preparado", comentou Alan Kardec.

O ex-atacante do Benfica foi o grande destaque da equipe reserva que atuou nas três primeiras rodadas do Paulistão, enquanto os titulares ainda estavam de férias. Desde que as estrelas voltaram (entre elas Neymar e Ganso), o time não venceu. O último triunfo foi dos reservas, no 2 a 1 diante do Ituano.

"O time tem que jogar para vencer sempre, ainda mais com uma sequencia sem vitórias. O mais importante é entrar e buscar o resultado. O alerta já foi ligado e vamos ficar espertos sim. Temos que nos doar e buscar a força de onde não tem", completou Kardec.

Com os desfalques de Durval, Borges e Edu Dracena e também sem Léo, que passou por artroscopia no joelho direito e só voltará em 40 dias, o técnico Muricy Ramalho deve escalar o Santos nesta quinta com: Rafael; Maranhão, Bruno Rodrigo, Vinícius e Pará; Arouca, Henrique, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Alan Kardec.

As torcidas e os elencos de Santos e Palmeiras deram uma demonstração de que o clássico de domingo, que será disputado em Presidente Prudente, válido pela quinta rodada do Campeonato Paulista, será em clima de paz, dentro e fora de campo, apesar da rivalidade entre os clubes.

Na tarde deste sábado, Santos e Palmeiras desembarcaram no aeroporto de Presidente Prudente em clima de confraternização e festa das respectivas torcidas, que não hostilizaram os jogadores adversários. Os times vieram no mesmo voo, mas os jogadores do Santos desembarcaram primeiro e foram recebidos com carinho pelos seus fãs.

Destaque, claro, para Neymar, jogador mais celebrado pelos santistas e também por várias adolescentes, que chegaram a chorar ao ver o ídolo. Com o futuro incerto no clube, Elano foi um dos jogadores mais saudados, ao contrário de Paulo Henrique Ganso, desgastado com o público por conta dos desentendimentos públicos com a diretoria do clube.

Após a saída do Santos, foi a vez do elenco palmeirense ser recepcionado pelo público em Presidente Prudente. O meia Valdivia foi o jogador mais ovacionado pelos torcedores da equipe no aeroporto. O lateral-direito Cicinho também foi recebido com festa pelas pessoas.

O clássico entre Palmeiras e Santos será disputado neste domingo, a partir das 17 horas, no Prudentão. O Palmeiras está na quinta colocação no Campeonato Paulista, com oito pontos. Já o Santos ocupa o nono lugar, com seis pontos.

O São Paulo desistiu momentaneamente da contratação do atacante Nilmar, atacante brasileiro do Villarreal. A expectativa era de que o jogador já reforçasse o time do Morumbi no Campeonato Paulista.

"Nos termos finais não chegamos a um acordo e o São Paulo não quis ceder mais nos valores", disse Adalberto Batista, diretor de futebol. "Se houver flexibilização do agente, com certeza podemos voltar a conversar depois."

De acordo com o dirigente, o motivo não foi apenas o alto salário pedido pelo atacante, acima do teto salarial tricolor. "Tem exploração de imagem, direitos de imagem, ações de marketing... A gente viu que tinha um limite e que não dava mais para avançar."

O vice-presidente João Paulo de Jesus Lopes seguiu o discurso e admitiu que o clube chegou a um limite. "Se superássemos a nossa política financeira, seríamos injustos, além de trazer um problema para dentro da nossa equipe, encargos que não queremos ter", falou. "Felizmente o São Paulo continua em situação favorável, fechamos com superávit nos últimos anos."

O Corinthians dá a largada neste sábado no Campeonato Paulista com um objetivo bem definido: estrear bem na Copa Libertadores. O time tem sete jogos para recuperar o futebol que lhe deu o título do Campeonato Brasileiro antes de ir a Venezuela para enfrentar, no dia 15 de fevereiro, o Deportivo Táchira. O primeiro adversário dessa sequência é o Mirassol, às 17 horas, no estádio do Pacaembu.

"Uma competição empresta confiança a outra. Estão relacionadas. Não dá para desligar da tomada", afirmou o técnico Tite. Ele acredita que é possível conquistar as duas competições e lembrou que, quando estava no Grêmio em 2001, conquistou o Campeonato Gaúcho e a Copa do Brasil. No ano passado, o Santos de Muricy Ramalho e Neymar foi campeão do Paulistão e também da Libertadores. "Vamos precisar do nosso nível de competitividade tal qual foi no Brasileiro. E isso não acontece naturalmente, temos de jogar bem, e o nosso rival hoje é o Mirassol".

Fã incondicional dos Estaduais, Tite vê as competições regionais como um bom teste para o início do ano.

"Vamos enfrentar equipes qualificadas, não só os grandes. Tem a Ponte, tem a Portuguesa. O grau de dificuldade é alto".

Tite teve tempo para treinar o time, diferentemente de 2011, quando pulou etapas da pré-temporada para enfrentar o Deportes Tolima, da Colômbia, na fase preliminar da Libertadores. Passou um bom período de treinos no CT, fez dois amistosos contra equipes fortes (Flamengo e Portuguesa) e não perdeu nenhum titular. Tudo ia bem até Adriano, que não joga neste sábado, criar mais uma crise dentro do clube.

Taticamente a equipe também não muda. Mantida a base campeã brasileira, ele repete o esquema 4-3-2-1, com três atacantes. Willian começa o ano como titular, roubando vaga de Danilo, e joga no ataque ao lado de Emerson e Liedson. No meio, Alex é o principal articulador e carrega a esperança do treinador de, enfim, repetir as boas atuações pelo Internacional (2006).

"Contra o Flamengo (amistoso em Londrina), precisávamos reter mais a bola. Por isso joguei com dois meias. Já em casa é necessário mais agressividade", disse Tite, ao explicar a opção pela entrada de Willian. O fato de o Paulistão classificar oito times para a fase final também ajuda a disputar a competição com mais tranquilidade. "Isso é uma vantagem", admitiu o treinador.

MIRASSOL - O técnico Ivan Baitello, do Mirassol, sabe que a parada inicial no Paulistão será bastante indigesta. Ele preferia enfrentar algum time do interior e em casa do que estrear contra o atual campeão brasileiro e dentro do Pacaembu. "É uma pedreira para o Mirassol como para qualquer outro time que vai enfrentar o Corinthians em sua casa e ao lado de sua torcida. Mas nosso time tem que acreditar e vamos tentar segurar o ímpeto do adversário", analisou Baitello.

O principal desfalque do time será o atacante Henrique Dias, que sentiu uma fisgada na coxa direita e está fora do duelo. Em seu lugar irá jogar Esley. No meio de campo, o volante Sérgio Manoel começa jogando. Ele ganhou a disputa com Acleisson.

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