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Autoridades norte-americanas disseram que as Forças Armadas dos Estados Unidos entraram em contato com a Rússia antes de lançar um ataque aéreo no sábado (17) que atingiu por engano aliados de Moscou no governo sírio, usando um canal de comunicação montado justamente para evitar esses erros.

Representantes do Ministério da Defesa russo não foram encontrados neste domingo (18)para comentar a alegação dos oficiais norte-americanos. No sábado, Vitaly Churkin, o enviado da Rússia à Organização das Nações Unidas (ONU), sugeriu que o ataque não foi um acidente e disse que os EUA não haviam coordenado a ação com oficiais militares russos.

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Militares norte-americanos locados na Base Aérea de al-Udeid, no Qatar, relataram aos russos com cerca de meia hora de antecedência sobre o plano de atacar alvos na província de Deir Ezzour na Síria, em uma área onde dezenas de indivíduos, um tanque e outros equipamentos militares estavam presentes, disseram as autoridades dos EUA.

Autoridades russas teriam dito que não havia nada indicando que soldados do regime sírio estavam no local, ainda conforme as autoridades norte-americanas. Minutos após o início do ataque, os russos retornaram para dizer que soldados sírios estavam de fato no local e que os EUA deveriam evitar o ataque, de acordo com as mesmas autoridades. Os EUA suspenderam imediatamente a operação, segundo as fontes.

Fontes de segurança nacional da Rússia disseram que o incidente tornou o estabelecimento de um mecanismo de coordenação militar entre EUA e Rússia mais urgente. O acordo de cessar-fogo exige que as duas potências criem um "Centro de Implementação Conjunta" para coordenar a atividade militar na Síria. "Este incidente demonstra claramente a necessidade urgente", disse Konstantin Kosachev, chefe do comitê de assuntos estrangeiros da câmara alta do Parlamento russo, em comentários à agência de notícias Interfax.

O ataque de sábado foi o primeiro exemplo conhecido em que os militares do governo sírio foram atingidos por aviões dos EUA, disseram autoridades norte-americanas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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