Tópicos | Carlos Chinin

A delegação brasileira, que conta com 32 atletas no Campeonato Mundial de Atletismo vem conquistando bons resultados na competição. Nesta segunda-feira (12), Ronald Julião, medalha de ouro no lançamento de disco na Universíade 2013, terminou com 12ª colocação na etapa de qualificação da prova. Mahau Sugimati, nos 400m com barreiras, terminou com a quinta colocação nas eliminatórias e avançou para as semifinais da prova.

A competição que segue até o dia 18 de agosto, já conta com a atleta Fabiana Murer na final no salto com vara, que acontece nesta terça-feira (13). Augusto Dutra, também do salto com vara, alcançou a vaga para representar o país na final do masculino. No decatlo, Carlos Chinin ficou com o sexto lugar e garantiu a melhor participação de um brasileiro na história dos mundiais de atletismo. 

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Recorde

O atleta Carlos Chinin melhorou seu recorde pessoal em quatro das dez provas do decatlo e deu ao Brasil a melhor classificação da modalidade na história dos Mundiais de Atletismo. Ele foi o sexto colocado, com 8.388 pontos. As atletas brasileiras do 100m Ana Cláudia Lemos e Franciela Krasucki também foram destaque no final de semana. Elas avançaram para a semifinal depois de passarem pela rodada de classificação no segundo dia do Campeonato. Ana Cláudia foi a segunda na série 5 e quarta no geral, com 11.08, segundo melhor tempo de sua carreira. 

Com informações da assessoria 

Carlos Chinin mostrou poder de superação neste domingo, mas não conseguiu chegar ao pódio no decatlo no Mundial de Atletismo de Moscou, na Rússia. O brasileiro começou o dia em 10º e terminou no 6º lugar, após disputar as cinco provas restantes da modalidade.

Com 8.809 pontos, a medalha de ouro ficou com o norte-americano Ashton Eaton, campeão olímpico em Londres e atual recordista mundial. Eaton havia faturado a prata no Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, há dois anos. Na Rússia, o segundo lugar ficou com o alemão Michael Schrader (8.670) e o bronze, com o canadense Damian Warner (8.512).

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Chinin terminou as cinco provas disputadas no sábado na 10ª colocação geral, após figurar até em 6º. Neste domingo, ele voltou a se destacar e apareceu em 5º depois do salto com vara. Antes, havia competido nos 110 metros com barreiras, o lançamento de disco. Depois manteve a posição no lançamento de dardo, mas caiu de rendimento na última prova, o tiro de 1.500 metros. Acabou com a competição com 8.388 pontos.

"A sensação é de trabalho cumprido. Eu acho que decatlo é uma prova sem grande ídolos. E os que tivemos, estavam muito ausentes. Tive que trabalhar bastante, junto aos patrocinadores, aos treinadores. E tudo foi muito valido. Aconteceu tudo ao mesmo tempo e está dando certo. É legal saber que está dando certo", comentou o atleta, em entrevista à Sportv.

Motivado pelo bom resultado, o brasileiro já disse pensar na medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. "Hoje estou bastante consciente, convicto do que é um treinamento para a Olimpíada. O pensamento da confederação e o meu e o ouro. Vou chegar ao Rio preparado para brigar pela medalha de ouro", garantiu Chinin, de 28 anos.

O brasileiro Carlos Chinin fechou o primeiro dia do Mundial de Atletismo de Moscou na 10ª colocação do decatlo. O atleta caiu de rendimento nas últimas provas deste sábado e soma 4.251 pontos, próximo aos 4.427 do alemão Michael Schrader, atual terceiro colocado. O decatlo será encerrado neste domingo.

Chinin se destacou nas primeiras provas do dia, nos 100 metros e no salto em distância. No entanto, não teve o mesmo desempenho no lançamento de peso, no salto em altura e na corrida de 400 metros, quando disputou a série mais difícil.

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Terminou em oitavo, mas somou pontos suficientes para seguir entre os 10 melhores no geral. Neste domingo, ele disputará os 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de martelo e a corrida de 1.500 metros.

Ao fim das disputas deste sábado, Chinin admitiu a queda de rendimento, mas mostrou confiança em brigar por um lugar no pódio. "Na verdade, não está como a gente tinha imaginado. No salto em distância, eu senti uma pequena dor no tornozelo. Mas estou preparado. Amanhã tem mais cinco provas. Aí vem surpresa. Todos estão muito embolados. Se eu alcançar boas marcas amanhã, pode dar surpresa", projetou.

Carlos Chinin precisou despencar da altura de 5 metros para perceber que sua carreira de atleta precisava ser redirecionada. Do choque pelo acidente que sofreu ano passado em Gotzis, na Áustria, enquanto disputava o salto com vara do decatlo, veio a força necessária para que, com um novo técnico e um novo grupo de trabalho, ele conseguisse a vaga no Mundial de Moscou e o recorde sul-americano da prova. "Eu achei que minha carreira iria acabar (por causa do acidente), estava vivo, então precisava fazer alguma coisa diferente."

Chinin, de 28 anos, é um dos primeiros brasileiros a pisar na pista azul do Estádio Luzhniki, na capital russa. Fará, neste sábado, as cinco provas do decatlo (100 metros, salto em distância, arremesso do peso, salto em altura e 400 metros), a partir das 2h30 (horário de Brasília). No domingo, encara as disputas restantes: 110 metros com barreiras, lançamento do disco, salto com vara, lançamento do dardo e 1.500 metros.

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O decatleta surgiu no cenário do atletismo brasileiro em 2007, quando foi bronze no Pan do Rio. De lá para cá, conquistou bons resultados, mas inúmeras desventuras. Classificou-se ao Mundial daquele ano, em Osaka, mas teve de abandonar a competição, lesionado. O mesmo aconteceu na Olimpíada de Pequim, em 2008.

Em seguida, ele conseguiu índice para outro Mundial, o de Berlim, mas se machucou antes e nem viajou. Perdeu a temporada de 2010 por duas cirurgias. Em 2011, machucou-se no Troféu Brasil - perdeu o Pan de Guadalajara. E, quando estava em Gotzis em busca do índice para a Olimpíada de Londres, sofreu o acidente mais assustador de sua vida.

Chinin chegou a ultrapassar o sarrafo mas, na hora da queda, viu que estava fora do colchão. A queda no chão era inevitável. "Foi tudo muito rápido, mas eu consegui virar o corpo, como um gato, para evitar uma lesão na coluna. Quando me virei totalmente, o chão estava próximo. Caí de cara, quebrei o braço direito e desmaiei." Ele foi retirado da pista de helicóptero e levado para o hospital, onde passou por uma grande bateria de exames. Mas o medo da morte permaneceu. "Fiquei dois dias sem dormir."

No retorno da Áustria, o decatleta decidiu mudar de técnico. Foi aceito no grupo de Edemar Alves, que orienta apenas atletas das provas combinadas - antes, Chinin treinava com um grupo voltado aos saltos horizontais. "Isso fez toda a diferença, porque passei a treinar especificamente para minha prova. Virei um decatleta de verdade." Suas principais dificuldades eram com as provas de campo e o salto vertical.

A pior delas, conta Alves, era justamente o salto com vara. "Mas foi nessa prova a que ele mais evoluiu", explica. "Trabalhamos rápido para que ele não ficasse com traumas do acidente. Começamos treinando com marcas baixas, de forma bem segura e educativa. Isso ajudou no processo e ele melhorou seu resultado, que era de 4,70 m, para 5 metros."

Com o trabalho de melhora nas provas em que tinha dificuldade, Chinin viu suas marcas evoluírem. Ele tinha sido, em 2011, o segundo brasileiro a quebrar a barreira dos 8 mil pontos. Mas perdeu muito tempo na carreira por causa das lesões. Este ano, graças ao trabalho direcionado e à ausência de lesões, melhorou suas marcas e bateu o recorde sul-americano no Troféu Brasil, com 8.393 pontos.

Para o Mundial, o brasileiro mostra confiança e diz que está em Moscou para superar seu melhor resultado, que o coloca hoje na terceira posição do ranking da temporada. Alves afirma que, para sonhar com medalha, é preciso fazer pelo menos 8.500 pontos. O que conta a favor de Chinin, diz o técnico, é a motivação - afinal, além da boa jornada, é o retorno do decatleta às grandes competições desde a Olimpíada de Pequim. "Um atleta motivado é mais perigoso que um atleta bem preparado", aposta Edemar Alves.

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