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O presidente do PSB de Pernambuco e deputado estadual, Sileno Guedes protocolou um pedido  deputado de aplauso na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pelo "pelos excelentes resultados do Carnaval" do Recife este ano. O anúncio da solicitação foi feito pelo parlamentar, que é líder da sigla na Alepe, pelas suas redes sociais. O deputado classificou o Carnaval do Recife de 2023 como "inesquecível".

O pessebista enalteceu o Carnaval realizado pelo prefeito João Campos (PSB) e teceu críticas a gestão do Governo de Pernambuco pela realização da festa no Estado. Na publicação, o deputado disse que o governo estadual "não tem resultados para mostrar e se nega a divulgar o balanço da segurança pública no período da folia".

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Citando o prefeito João Campos em meio ao elogios e sem mencionar a governadora Raquel Lyra (PSDB), Sileno comparou as duas gestões do Carnaval. "Protocolei hoje um requerimento para que a @assembleiape faça um VOTO DE APLAUSO à @prefeiturarecife, na pessoa do prefeito @joaocampos, pelos excelentes resultados do Carnaval 2023. Diferentemente do @governope, que não tem resultados para mostrar e se nega a divulgar o balanço da segurança pública no período da folia, a Prefeitura do Recife apresentou os resultados expressivos do evento, que atraiu mais de 2,7 milhões de foliões e injetou mais de R$ 2 bilhões à economia do município. Foi um Carnaval histórico não só na cultura e no turismo, mas também nos serviços disponibilizados pela gestão de João Campos em áreas como limpeza urbana, proteção à infância e comunicação. Mais uma vez, parabéns, Prefeitura do Recife, prefeito João Campos e todo o povo do Recife, por essa festa inesquecível", escreveu Sileno.

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Além dos ritmos tradicionais que atraem turistas de todo o mundo para curtir as noites de Carnaval do Recife, o Hip Hop e a música eletrônica também ganham força na festa. Nesta segunda (19), o Festival RecDJ leva o clima dançante das boates ao lado da Igreja Madre de Deus.

Com luzes especiais, tenda e globo espelhado, a proposta do RecDJ é criar um ambiente imersivo que agregue ao carnaval e ofereça uma experiência diferente do frevo e maracatu.

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Quem passa em direção ao Marco Zero acaba tomado pelas batidas, como foi o caso do agricultor Sharly Barros, morador de Ipojuca. "Acho muito inclusivo esse tipo de abertura não só para o que é regional. É muito massa por que o carnaval tem sempre espaço para trazer  cultura. Acho que o carnaval é isso".

A motorista particular Gilda Félix destacou que o festival também tem potencial inclusivo e rompe paradigmas sociais. "Tem pessoas que curtem o Maracatu e o Frevo, mas a periferia também gosta gosta disso. Existe alguns lugares que são para a elite, inclusive no carnaval, mas esse projeto é interessante porque pode abranger toda a comunidade", observou.

O Festival RecDJ promete agitar até a terça (21), sempre a partir das 18h.

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As ruas e ladeiras de Olinda ficaram pequenas para tanta gente com saudade do Carnaval. Neste domingo (19), segundo dia da maior festa popular em Pernambuco, o público migrou em massa para a vizinha do Recife. A mudança era percebida já a partir do trajeto: metrô da linha Centro mais vazio e integrações mais folgadas, mas ônibus no sentido Olinda e Subúrbio lotados.

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Os encantos olindenses mataram a saudade do folião local, mas também causaram uma primeira impressão forte nos turistas. Para quem visitava a cidade pela primeira vez, a energia da festa na cidade se tornou o aspecto mais distinto, em relação aos carnavais ao redor do Brasil.

"A dinâmica de onde eu venho [Pará] é diferente. É de rua, mas voltado às escolas de samba e é antecipado, não é como aqui, nas datas oficiais. A convite delas, vim conhecer o Carnaval de Recife e Olinda e Recife, e estou amando. Carnaval de rua é isso aqui. A aglomeração não assusta a gente, pelo contrário, ontem a gente estava no Galo da Madrugada, vestidos de galinhas. Somos as 'galetes do Pará'", disse Laura Castillo, de 53 anos.

Vinda de Belém, ela estava acompanhada de um grupo formado por três paraenses e uma pernambucana. Foi a primeira vez de Laura no Carnaval do estado. Quem organizou a chegada do grupo foi Sarah Furtado, de 61 anos, moradora de Jaboatão dos Guararapes. Ela é recifense, mas morou em Belém por quase 40 anos e foi lá onde conheceu Laura, na faculdade.

"Nós somos amigas de faculdade há 40 anos. Sempre fomos muito festeiras. Eu a conheci e morava em Belém do Pará, aí voltei pra cá e praticamente todos os anos ela está aqui. O último Carnaval dela aqui foi o de 2020. A gente dançou tudo o que tinha para dançar, parecia que estávamos adivinhando. Ela é a responsável por trazer o povo do Pará pra cá, porque ela divulga tudo o que acontece aqui e o pessoal tem vontade de vir", disse a foliã.  Perguntada sobre a experiência de vivenciar o Carnaval de novo, ela disse que o sentimento se traduz em gratidão.

"A única palavra que expressa o que eu sinto é gratidão. Porque foram dois anos muito difíceis e a pandemia veio pra nos limitar. Quando chegou, eu me perguntei logo: 'e o Carnaval?'. Mas aí depois veio a vacina, porque sim, a ciência venceu, e começamos a ter tudo de volta. Pensei comigo 'agora o Carnaval vem', e veio. Vamos todo mundo pra Recife", completou.

Durante a visita do LeiaJá às ladeiras, o bloco Sambadeiras descia dos quatro cantos no sentido Praça do Carmo. A rainha de bateria, Isabelle Soares, de 37 anos, cumprimentava os admiradores e chorava, emocionada. "É uma explosão de amor. Estava com muita saudade. Tá tudo muito lindo. Estou emocionada de estar aqui, feliz, sinto prazer em desfilar. É incrível e está só começando", disse a bailarina, que desfila pelo Sambadeiras há 13 anos.

 

Neste domingo (19), um grupo de 11 amigos causou furor nas ruas de Bezerros, no agreste pernambucano, graças às fantasias de Padre Kelmon. Ao contrário do último candidato do PTB à presidência da República, que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro no segundo turno do pleito, contudo, o grupo faz questão de demonstrar apoio ao atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Com gritos de "Lula lá" e fazendo o sinal de L com os dedos, eles são abordados por diversos foliões para o registro de fotos. "As cópias de Padre Kelmon servem pra gente iludir Bolsonaro. Pra mostrar que o Padre Kelmon não está com ele, foi tudo uma farsa. Estamos com Lula", brinca o aposentado José Carlos da Silva, de 60 anos.  De acordo com ele, os amigos saem juntos no carnaval de Bezerros há cerca de 30 anos. "Todos os anos brinquei no carnaval. Após a pandemia, a gente esperava isso que está acontecendo, uma cidade tomada carnaval. Hoje, Bezerros e o interior de Pernambuco estão de parabéns", acrescenta.

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Folia do Papangu 

A tradição dos papangus surgiu em Bezerros, nos anos 1900, através de uma brincadeira promovida pelos familiares dos senhores de engenho. Mascaradas e mal vestidas, essas pessoas saíam pelas ruas da cidade pedindo angu de milho aos moradores. As crianças logo adquiriram o hábito de anunciar a chegada dos mascarados aos familiares, gritando: "lá vem os papa-angu". A prática passou a ser repetida nos carnavais da cidade, transformando-se em um dos símbolos da folia pernambucana.

O pedido da oposição para que a Força Nacional seja solicitada para auxiliar na segurança em Pernambuco durante o Carnaval e por mais 30 dias foi condenado pelo líder da bancada do governo na Assembleia Legislativa (Alepe), Isaltino Nascimento (PSB). Sob a ótica do pessebista, o colegiado adversário tem feito a política do “quanto pior melhor”.

“Não dá para fazer proselitismo político. Pedir a vinda da Força Nacional é dizer que não confiamos na Polícia Militar. É apostar no quanto pior, melhor, e fazer agouro com relação ao Carnaval”, afirmou, durante a sessão plenária dessa terça-feira (21). 

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Para contrapor a solicitação, Nascimento relatou que o Governo tem um plano de segurança para o Carnaval, que irá mobilizar 31.213 servidores da área de segurança pública, incluindo Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Científica, entre outros setores. “Criamos um protocolo para grandes eventos em Pernambuco que foi referência para todo o Brasil na Copa do Mundo e nas Olimpíadas”, destacou.

Os deputados Waldemar Borges, Antônio Moraes, Rodrigo Novaes (PSD), Terezinha Nunes (PSDB) e Lucas Ramos (PSB) corroboraram as críticas à oposição. “Se a Força Nacional vier, só deverão vir no máximo cem homens. Não acredito que isso vá resolver a questão”, declarou Moraes. “Há um desejo velado da bancada para que aconteçam várias mortes e furtos no Carnaval”, julgou Novaes.

A solicitação da bancada aconteceu após um assalto a uma empresa de transporte de valores na Zona Oeste do Recife durante na madrugada dessa terça. A ação criminosa deixou três policiais feridos e um prejuízo estimado em cerca de R$ 60 milhões para a empresa. A polícia não conseguiu prender nenhum dos bandidos. Apesar disso, o governador Paulo Câmara (PSB) elogiou a atuação do efetivo.

Para o líder oposicionista, Sílvio Costa Filho (PRB) o pedido é um alerta de “que este pode ser um dos carnavais mais violentos da história de Pernambuco”. “O Governo está perdendo a guerra contra a criminalidade, achando que vai resolver o problema da segurança sem planejamento e sem diálogo”, avaliou.

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