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O Banco Central avalia que, desde setembro, quando divulgou o Relatório Trimestral de Inflação anterior, os riscos para a estabilidade financeira global permaneceram "elevados". Em particular, de acordo com o BC, os que são consequência do processo de desalavancagem nos principais blocos econômicos.

Apesar disso, o BC enxerga no documento publicado nesta quinta-feira um recuo na probabilidade de ocorrência de "eventos extremos" nos mercados financeiros internacionais.

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No relatório desta quinta-feira, a avaliação é de que a economia global tem enfrentado um período de incerteza "acima da usual", com perspectivas de baixo crescimento por "período prolongado". Isso, apesar da recente acomodação nos indicadores de volatilidade e de aversão ao risco.

"Altas taxas de desemprego por longo período, aliadas à implementação de ajustes fiscais, ao limitado espaço para ações anticíclicas e a incertezas políticas, traduzem-se em projeções de baixo crescimento em economias maduras, principalmente na Europa", diz o documento.

Em relação à política monetária, o BC salientou que as economias maduras persistem com posturas fortemente acomodatícias. Já nas economias emergentes, conforme o documento, o viés da política monetária se apresenta expansionista, de um modo geral.

O BC lembrou que isso se conjuga, em alguns casos, com outras ações anticíclicas. "Nesse cenário, destacaram-se a valorização dos principais mercados acionários, o aumento nas cotações das commodities metálicas, e a manutenção da trajetória de recuperação do segmento imobiliário dos Estados Unidos.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, com os investidores mais uma vez preocupados com as incertezas econômicas globais e como a demanda futura pela commodity poderá ser afetada.

A posição de cautela foi inspirada por dados do Japão, que mostraram seu Produto Interno Bruto (PIB) registrando uma contração anual de 3,5% no terceiro trimestre, a maior queda desde o grande terremoto e tsunami que atingiram o país em março do ano passado.

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Além disso, o Irã disse na última sexta-feira (09) que vai retomar conversações com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em dezembro, aliviando temores de que o grande produtor de petróleo pudesse comprometer a oferta da commodity.

"Parece que, finalmente, parte da pressão internacional está começando a fazer os iranianos falarem mais", comentou Christin Tuxen, analista sênior da Danske Research. "Isso é algo que pode pesar nos preços do petróleo mais para a frente."

Para Simon Wardell, gerente de pesquisa da IHS Global Insight, o anúncio do Irã pode ajudar a reduzir os preços do petróleo, mas o mercado está mais focado na situação econômica da China e da Europa.

Às 10h09 (de Brasília), o petróleo para dezembro negociado na Nymex caía 0,17%, para US$ 85,92 por barril, e o brent para dezembro recuava 0,20% na ICE, para US$ 109,18 por barril. As informações são da Dow Jones.

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