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O preço médio do etanol registrou queda em abril, mês de início da safra 2015/16 no Centro-Sul do Brasil, tanto na comparação anual quanto em relação a março. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), o litro do anidro teve média de R$ 1,4015 (PIS/Cofins zerados), recuo de 2,5% frente ao mês anterior e de 11% ante igual mês de 2014. Já o hidratado cedeu 1,1% e 9%, respectivamente, para uma média de R$ 1,2616 por litro. Os valores são sem impostos e referem-se ao produto retirado usinas de São Paulo, principal Estado consumidor.

"Os estoques relativamente altos continuam justificando os menores níveis atuais, uma vez que usinas precisam ofertar o combustível remanescente. Nem mesmo o maior volume negociado em abril, em relação ao mês anterior, tanto de anidro como de hidratado, foi suficiente para evitar novos recuos mensais das cotações", explica o Cepea, em nota.

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A demanda firme por etanol hidratado em razão dos preços mais baixos do combustível sinaliza para uma condição mais favorável ao setor, principalmente se a gasolina for reajustada, como reivindica a Petrobras, destaca o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O aumento dos preços da gasolina elevaria a remuneração dos produtores, já que a cotação do biocombustível acompanha a do combustível fóssil, chegando a até 70% do valor para ser competitivo no mercado.

Conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), citados pelo Cepea em relatório, as distribuidoras venderam, em junho, 6,4% mais etanol hidratado para a rede varejista paulista na comparação com maio, num total de 458,9 mil metros cúbicos - o maior volume no ano até agora. Já as vendas de gasolina C registraram queda de 9,65% no período.

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Ainda de acordo com a ANP, a relação entre os preços de etanol e a gasolina foi mais favorável ao biocombustível na última semana, ficando em 64,5% em São Paulo. O preço médio do hidratado nas bombas no período foi de R$ 1,744/litro e o da gasolina, de R$ 2,704/l. Também há vantagem em utilizar etanol nos estados de Goiás (65,09%), do Mato Grosso (65,69%) e Paraná (66,83%).

O preço do tomate recuou 40,2% no atacado e 43% ao produtor desde o pico de preços ocorrido na Semana Santa, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). Com a oferta em baixa e demanda em alta, na última semana de março o preço médio pago por varejistas a atacadistas na Ceagesp chegou a R$ 108,75 a caixa de 22 quilos, ou R$ 4,95 o quilo, e o produtor recebeu R$ 85,47 pela caixa na média das regiões que estão em colheita.

Segundo o Cepea/Esalq, logo após a Páscoa, os preços passaram a recuar: na primeira semana de abril, a média na caixa no Ceagesp foi de R$ 82,40 (R$ 3,75 o quilo), preço 24% menor que na Semana Santa. Ao produtor, a caixa recuou 18%, para R$ 70,81. Nesta semana, o preço médio no atacado foi de R$ 65,00 a caixa (R$ 2,95 o quilo) e ao produtor ficou em R$ 48,75 a caixa. Para a instituição de pesquisa, a redução dos preços nos últimos dias ocorre principalmente pela queda na demanda, com a substituição do tomate por outros produtos. A oferta, por sua vez, ainda segue baixa nas principais regiões que abastecem o Sul e Sudeste do Brasil.

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A menor oferta do tomate, segundo os pesquisadores do Cepea/Esalq, ocorreu pela diminuição da área cultivada nos dois últimos anos. Em 2012, a redução foi de 3%, mas a produtividade boa aumentou a oferta e derrubou os preços. Com isso, em 2013 a redução na área foi de 17,5% na média das regiões que colhem neste período e ainda não houve uma superprodução como no ano passado.

Com os preços em queda ao produtor e no atacado, pesquisadores do Cepea/Esalq avaliam que o tomate, apontado como um dos vilões recentes da inflação, fique mais barato também ao consumidor. A oferta deve ainda aumentar a partir de junho, quando as regiões que produzem na safra de inverno ampliem a colheita.

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