Tópicos | Cia Bella Maia

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Pela necessidade de se fazer dança na capital pernambucana de forma diferente, sem rótulos, independente de faixa etária, corpo ou nível de profissionalização dos bailarinos, a Cia Bella Maia se dispõe ao desafio de entrar no mercado e mostrar para que veio. A Cia traz de volta aos palcos, quinta (11) e sexta (12), no Teatro Barreto Junior, às 20h30, o espetáculo A Pausa Que Move, que já foi apresentado em novembro de 2012.

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Com trilha sonora assinada por Leopoldo Nunes, o espetáculo promove um diálogo entre a dança e a fotografia e conta com cenas novas e 25 dançarinos em cena – todos alunos de dança contemporânea de Bella Maia, que concebeu e dirigiu a peça. Dançar a vida com o corpo que se tem é a maior premissa para quem faz parte do grupo da bailarina Bella Maia. Além disso, a Cia tem como objetivo escrever com o corpo e dançar com a alma.

A bailarina e diretora Bella Maia falou com exclusividade ao LeiaJá sobre A Pausa Que Move, suas inspirações e a realidade da dança contemporânea no Recife:

Como surgiu a ideia de fazer um espetáculo que cria um diálogo entre dança e fotografia?

Eu gosto de discutir assuntos que estejam sendo vislumbrados na atualidade. A fotografia está sendo bastante discutida e atuada num contexto onde todas podem se apossar desta vertente com rapidez e interatividade. Dessa maneira, para estreitar este diálogo e encontrar questões no meio do caminho, a dança entrou como impulsionador para que o encontro dessas vertentes fosse possível. Na realidade, trata-se de um encontro entre duas grandes características desses dois universos: a pausa e o movimento. A partir desse encontro, desencadearam-se várias questões e pensamentos que foram construindo cada cena desse espetáculo.

Os 25 bailarinos têm diferentes tipos de corpos e faixas etárias. Houve desafios em trabalhar com eles devido às diferenças?

Os desafios são muitos quando as pessoas que dançam se permitem a descobri-los e encará-los. Estes mesmos desafios estão presentes em pessoas que já dançam há muito tempo e que vivem da dança, por exemplo, mas que muitas vezes não têm tempo de entrar em contato consigo mesmo para encontrá-los por que estão ocupados na execução do movimento. Eu acredito numa dança que vem de dentro, e, se vem de dentro, vem junto com todas as coisas que pertencem a nós. E os desafios estão em fazer todos esses eus dançarem. Às vezes pensamos que o desafio está na idade ou na experiência. Mas dentro da minha metodologia, a idade lhe dará movimentos únicos e a sua experiência de vida particular e intransferível também. O desafio está em aceitar isso como legitimo e dançar a sua verdade, que vem de dentro. E isso independe de idade e experiência. 

Quais são suas inspirações na dança?

Minhas inspirações estão na vida. No momento em que percebo meu corpo vivendo e reagindo. Algo que alguém me diz. Uma palavra. Uma música, um som. Alguém que passa na rua, alguma situação que me faz querer mover. Abro bem os olhos pra vida, é lá que encontro minha inspiração para a minha dança. Em relação a pessoas, posso citar Pina Bausch, que simplesmente é a maior de todas. 

O espetáculo A Pausa Que Move estreou em 2012. O que o público pode esperar dessa nova apresentação? 

Um espetáculo mais maduro, mais seguro, com cenas novas e com os integrantes mais apaixonados ainda pelo que dançam e por eles próprios. Está emocionante.  

Qual recado você daria para as pessoas que gostam de dançar e têm vergonha?

Se permitam, se entreguem. A vida é uma só e é curta. Um sopro. Você merece encontrar a sua dança. 

Em uma palavra, dançar para você é...? 

Dançar é viver. 

 

Serviço

Espetáculo A Pausa Que Move

Quinta (11) e Sexta (12), às 20h30

Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, 121 – Pina)

R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

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