Tópicos | cias aéreas

A companhia área Azul registrou a maior participação no mercado doméstico de passageiros em 2021, com 22,8 milhões transportados, seguida por Latam (19,9 milhões) e Gol (18,8 milhões). É o que aponta o Anuário do Transporte Aéreo 2021 publicado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Nas decolagens domésticas, a primeira colocação também foi para a Azul, que ficou com 41,7% dos voos, enquanto Latam e Gol responderam por 26,1% e 24,4%, respectivamente, de participação no mercado.

De acordo com a Anac, todas as três companhias registraram aumento no número de passageiros transportados em comparação a 2020. Os crescimentos para Gol, Latam e Azul foram de 16%, 37% e 62%, respectivamente. O aumento no número de decolagens domésticas da Azul em 2021, ante o ano anterior, foi de 56,2%; para a Latam, a alta foi de 34,7% e, no caso da Gol, um aumento de 11,1%.

##RECOMENDA##

O relatório da agência reguladora aponta também que o aumento de casos da covid-19 no início de 2021 interrompeu um processo de retomada das operações do mercado doméstico que havia começado a ocorrer a partir de junho de 2020. "Tanto o número de voos quanto de passageiros caiu bruscamente entre fevereiro e abril de 2021. A partir de maio/21 observa-se nova retomada. O mês de dezembro apresentou -11% das decolagens e -13% dos passageiros transportados em comparação a dezembro/19, antes da pandemia", destaca o documento.

Tarifa

Em relação aos preços de passagem, a Tarifa Doméstica Média subiu 19% em 2021 com relação ao ano anterior, em termos reais, enquanto o Yield Doméstico Médio (preço cobrado por quilômetro voado) aumentou 18%. Se comparado aos valores de 2019, a tarifa média real subiu 11%, enquanto o Yield caiu 3%. Entre as três principais empresas, a Azul apresentou o maior valor médio de Yield em 2021, de R$ 0,43, seguida pela Gol, com R$ 0,37 e a Latam com R$ 0,32.

Ainda de acordo com a Anac, mais de um terço (37%) dos bilhetes comercializados ao público geral em 2021 ficou abaixo de R$ 300, enquanto 10% foram vendidos a valores acima de R$ 1 mil.

As companhias aéreas estão mais rigorosas com a bagagem de mão dos passageiros. Nesta semana, a Gol começou a usar gabaritos de metal - semelhantes aos usados pelas empresas americanas e europeias - para medir o tamanho das malas na porta do avião. Aquelas cujas dimensões (largura, altura e comprimento) somadas ultrapassam os 115 cm são etiquetadas e enviadas para o bagageiro da aeronave. O processo é feito na fila de embarque por funcionários da companhia, ou seja, não é preciso voltar ao balcão de check-in do aeroporto para despachar a mala acima do limite.

A maior fiscalização ocorre por causa da popularização do check-in online. É quando o passageiro imprime o cartão de embarque em casa ou no totem de autoatendimento. Em alguns casos, usa apenas o smartphone para entrar na sala de embarque.

##RECOMENDA##

Com isso, o passageiro ganha independência: não pega filas e não tem contato com nenhum funcionário da companhia aérea até a hora de entrar no avião. Mas acaba levando uma bagagem que não cabe nos compartimentos da cabine.

"Isso causa problemas operacionais que atrasam o embarque. E normalmente tem mais seis ou sete voos depois, então acaba prejudicando um monte de passageiros", explica o gerente corporativo de aeroportos da Gol, Alessandro Minucci.

Por enquanto, a fiscalização da Gol ocorre apenas em Congonhas - mas será expandida para todos os voos da companhia em Cumbica, Galeão, Santos Dumont, Confins e Porto Alegre nas próximas semanas.

Para que a própria verificação do tamanho de cada bagagem não se transforme em um motivo de atraso do voo, funcionários da Gol estão fazendo a medição por amostragem - as malas que parecem maiores passam pelo teste do gabarito. Para isso, o embarque dos voos será adiantado.

"Vamos chamar para embarque cinco minutos antes do previsto. Com a fila formada, o agente do aeroporto circula e faz a avaliação", diz Minucci. No Brasil, o limite de bagagem é estabelecido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Nos Estados Unidos e na Europa, é determinado pelas empresas.

O desejo das companhias brasileiras é de que a Anac desregulamente o quesito bagagens. Com isso, o peso, o tamanho e o número de peças que cada um pode carregar poderá ser diferente dependendo de cada companhia. "Um laptop modelo antigo pode pesar dois quilos e o limite de uma mala de mão hoje é de apenas cinco quilos", exemplifica Minucci.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando