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O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, chegou à Ucrânia nesta terça-feira (21) e visitou a cidade mártir de Bucha, nas proximidades de Kiev, símbolo das atrocidades da ocupação russa.

Kishida viajou para Bucha de trem, logo após sua chegada a Kiev pelo mesmo meio de transporte.

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O primeiro-ministro japonês também tem uma reunião programada com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

Kishida era o único líder do G7 que não havia viajado à capital da Ucrânia desde o início do conflito em fevereiro de 2022.

A Ucrânia celebrou a "visita histórica" de Kishida como um "gesto de solidariedade" do país asiático.

"Esta visita histórica é um gesto de solidariedade e de forte cooperação entre a Ucrânia e o Japão. Somos gratos ao Japão por seu sólido apoio e contribuição para nossa futura vitória", tuitou a primeira vice-ministra das Relações Exteriores, Emine Dzheppar.

A visita acontece no momento em que o presidente da China, Xi Jinping, está em Moscou e se reúne com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para abordar o conflito na Ucrânia.

O Japão anunciou em fevereiro uma oferta de ajuda de 5,5 bilhões de dólares à Ucrânia, depois de enviar assistência humanitária e emergência.

O governo japonês não ofereceu apoio militar até o momento porque a Constituição pacifista do país limita a ação de suas Forças Armadas a missões de defesa.

As forças russas controlam "uma parte" de Severodonetsk, cidade do leste da Ucrânia em que executam uma ofensiva há várias semanas, anunciou nesta terça-feira o governador da região de Lugansk, onde fica a localidade.

"A situação é muito complicada. Uma parte de Severodonetsk está controlada pelos russos", afirmou o governador Serguii Gaidai no Telegram.

Gaidai acrescentou que, apesar do avanço russo, as forças ucranianas "permanecem na cidade" e que as tropas russas "não podem se deslocar livremente".

"O inimigo está planejando uma operação para limpar as localidades próximas", disse.

Depois de fracassar na tentativa de tomar o controle da capital ucraniana, Kiev, nos primeiros dias do conflito, a Rússia passou a concentrar esforços na região leste do Donbass e tenta consolidar as áreas sob seu controle.

Severodonetsk, com uma população de quase 100.000 pessoas antes da guerra, é um dos vários núcleos urbanos importantes que estão no caminho da Rússia para capturar toda a região de Lugansk e o centro administrativo do leste da Ucrânia, Kramatorsk.

Ao menos nove pessoas, incluindo duas crianças, morreram na segunda-feira (7) à noite em um bombardeio na cidade de Sumy, 350 km ao leste de Kiev, informaram nesta terça-feira (8) os serviços de emergência ucranianos.

"Aviões inimigos atacaram de maneira insidiosa edifícios residenciais", afirma uma mensagem publicada no Telegram pelos serviços de emergência, que chegaram ao local às 23H00 locais. Os socorristas encontraram os corpos de nove civis e conseguiram resgatar uma mulher dos escombros.

Sumy, perto da fronteira com a Rússia, é cenário de combates violentos há vários dias.

De acordo com a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk, o ministério russo da Defesa se comprometeu em uma carta enviada à Cruz Vermelha a respeitar o corredor humanitário para a retirada de civis nesta terça-feira, com uma trégua das 9H00 às 21H00 locais (4H00 às 16H00 de Brasília). O primeiro comboio com civis deveria sair às 10H00 locais.

Mas logo em seguida, Vereshchuk denunciou uma violação das garantias.

"Temos informações de que o lado russo planeja perturbar este corredor e que há manipulações para obrigar as pessoas a seguir outro itinerário que não está coordenado (com os ucranianos) e é perigoso", disse.

Também insistiu nos pedidos de corredores humanitários para retirar civis de outras cidades como Kiev, Kharkiv, Mariupol e Volnovakha e pediu a Moscou uma 'coordenação urgente com os ucranianos" para garantir um cessar-fogo nestas regiões.

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