O japonês Yasujiro Ozu (1903-63), um dos maiores cineastas daquele país, está sendo homenageado pelo Cinema da Fundação. Como parte do início das atividades de 2012 do Cineclube Dissenso, clássicos do diretor estão sendo exibidos em cópias 16mm na Sala Edmundo Morais. Já foram exibidos o longa Filho Único (Hitori Musuko, 1938), primeiro filme falado de Ozu, e Pai e Filha (Banshun, 1949), filme com o qual o diretor ganhou notoriedade internacional.

A mostra é realizada através de uma parceria do Cineclube Dissenso e o Escritório Consular do Japão no Recife. As sessões são gratuitas e seguidas de um debate aberto. No domingo (29), às 16h, o crítico de cinema Luiz Soares Jr. oferece uma palestra sobre o Ozu.

Confira a programação da Mostra Yasujiro Ozu:

Sexta-feira (27/01) - 15h50
Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari, 1953)
Considerado por muitos como a obra-prima do diretor, este filme celebrou uma espécie de nova maturidade para Ozu, que na época de seu lançamento completava 50 anos. Nele, um casal de idosos visita os filhos após uma ausência de duas décadas, mas são desprezados por seus descendentes, encontrando abrigo na hospitalidade de uma jovem nora que já está viúva. (135 min. P&B. 16mm)

Sábado (28/01) - 16h20
Fim de Verão (Kohayagawa-Ke No Aki, 1961)
No pós-guerra, patriarca de uma família em crise financeira revive uma antiga paixão. Enquanto isso, ele tenta casar sua segunda filha, bem como sua nora. Filme que representa a derrocada da família tradicional japonesa e do próprio indivíduo que, confrontado com uma realidade em transformação, tem como única certeza a existência da morte. (103 min. Cor. 16mm)

Domingo (29/01) - 16h20
A rotina Tem Seu Encanto (Sanma no Aji, 1962)
Último filme de Ozu. Um viúvo de idade avançada preocupa-se em arranjar o casamento de sua filha. Militar, ex-combatente na Segunda Guerra, ele sente com seus amigos fuzileiros o peso dos anos, de uma história que assola o Japão até mesmo em suas relações mais íntimas. (113 min. Cor. 16mm)