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O brasileiro Ítalo Ferreira faturou neste domingo o título da etapa de Gold Coast do Circuito Mundial de Surfe, que abriu o calendário da elite da modalidade em 2019, e de quebra largou na frente na disputa por uma vaga na Olimpíada de Tóquio-2020. Os dois primeiros surfistas do País mais bem colocados no circuito ao término das competições deste ano vão assegurar um lugar no Japão, que marcará a estreia deste esporte em uma edição dos Jogos Olímpicos.

Com uma virada conquistada no finalzinho da decisão que travou com o norte-americano Kolohe Andino, ele garantiu o troféu ao triunfar com a apertadíssima vantagem de 12,57 a 12,43 sobre o adversário na Praia de Durambah, na Austrália, palco do evento encerrado na manhã desta segunda-feira no horário local.

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"Foi inacreditável. Eu treino muito e agora eu consegui a minha primeira vitória no ano. A temporada começou!", comemorou Ítalo logo após triunfar em Gold Coast, onde abriu este dia final de disputas da competição superando o australiano Wade Carmichael por 11,07 e 9,77 nas quartas de final e depois passou pelo sul-africano Jordy Smith na semifinal por 15,33 a 14,67. "Que bom começar com o pé direito a temporada e vamos seguir em frente", reforçou.

Antes de cair diante do grande vencedor na Austrália, Smith havia eliminado o brasileiro Gabriel Medina, atual campeão mundial, nas quartas de final, por 13,17 a 9,23 na soma das notas dadas pelos juízes. Em outro dois duelos desta fase, o havaiano John John Florence avançou ao superar o norte-americano Conner Coffin (11,00 a 10,56) e Kolohe Andino eliminou Seth Moriz, também do Havaí, por 12,33 a 11,47.

Para ganhar o direito de enfrentar Ítalo na final, Andino passou por Smith pela apertada vantagem de 9,23 a 8,96. E na decisão o norte-americano se viu perto de ganhar o título ao conseguir as duas melhoras notas desta bateria até pouco antes do término, ao receber 5,93 e depois 6,50 dos juízes, somando então 12,43.

Ítalo tinha 5,50 na melhor de suas notas até ali, mas, a dois minutos do fim, conseguiu pegar uma ótima onda, finalizou a sua performance com uma bela manobra de rotação e recebeu um 7,07 dos árbitros para somar os 12,57 que lhe asseguraram o título.

Na disputa feminina da etapa de Gold Coast, a norte-americana Caroline Marks, de apenas 17 anos, superou a havaiana Carissa Moore na final para ficar com o título.

Gabriel Medina está nas quartas de final da etapa da Gold Coast, evento australiano que abre a temporada 2019 do Circuito Mundial de Surfe. Nesta sexta-feira, o atual campeão fez um duelo equilibrado na quarta fase com o compatriota Yago Dora e seu melhor ao superá-lo por 13,00 a 12,53.

O equilíbrio da disputa foi tanto que Dora até conseguiu a melhor nota da bateria - 7,33 -, mas isso foi insuficiente para impedir o triunfo de Medina. O próximo adversário do brasileiro na Gold Coast vai ser o sul-africano Jordy Smith, que passou pelo australiano Mikey Wright por 13,57 a 11,07. Nos dois duelos anteriores no Circuito Mundial, Medina se deu melhor, incluindo um triunfo nas semifinais do Pipe Masters no ano passado.

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A quarta fase na Gold Coast teve outro duelo brasileiro, com Italo Ferreira, que chegou a trocar a sua prancha, superando Willian Cardoso, de virada, por 12,70 a 11,30. Seu próximo adversário vai ser o australiano Wade Carmichael, que superou Michel Bourez, do Taiti, por 14,43 a 10,70.

Em uma bateria de alto nível, Filipe Toledo até conseguiu a melhor nota - 7,77 -., mas perdeu no somatório geral para John John Florence por 14,06 a 13,27, na bateria que abriu a quarta fase. O norte-americano Conner Coffin será o próximo oponente do surfista do Havaí na Gold Coast.

O outro confronto das quartas de final da etapa de abertura do Circuito Mundial em 2019 vai envolver o havaiano Seth Moniz e norte-americano Kolohe Andino.

O Circuito Mundial de Surfe começa na próxima terça-feira à noite (manhã de quarta na Austrália) com novidades e mais uma vez com os brasileiros em alta após a conquista em 2018 de Gabriel Medina. O ano será importante para a classificação olímpica aos Jogos de Tóquio, em 2020, e também porque pela primeira vez homens e mulheres receberão a mesma premiação em todas as etapas.

"Queremos estar na vanguarda para pressionar pela igualdade em todas as esferas da vida, começando pelas ondas. É um passo à frente em nossa estratégia há tempos planejada de elevar o nível do surfe feminino", diz Sophie Goldschmidt, CEO da Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês), que organiza o Circuito.

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A intenção é melhorar o nível do surfe feminino e incentivar as meninas a praticarem a modalidade. Por isso, das 11 etapas da temporada masculina, as mulheres disputam nove delas, nas mesmas datas. Só não estão no Taiti, porque tem um tipo de onda tubular bem perigosa, e em Pipeline, pois a última etapa do calendário delas é em Maui, um pouco antes, também no Havaí.

O Brasil terá Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb na disputa. No masculino, a legião é bem maior. São 11 surfistas e que vão brigar entre eles por duas vagas para os Jogos de Tóquio - o critério de classificação olímpica prevê que os dez surfistas mais bem colocados do mundo (oito no feminino), com um limite de dois por país, vão carimbar sua vaga para o Japão.

Puxando a "Brazilian Storm", como essa geração ficou conhecida, está o bicampeão mundial Gabriel Medina. "O surfe brasileiro está vivendo um momento incrível. Cada ano que passa melhora. Fico feliz de fazer parte dessa geração, daqui para frente vão entrar mais brasileiros no Circuito Mundial e o País vem forte. Acho que vai piorar para os gringos", comentou.

O brasileiro é o atleta a ser batido, mas terá adversários complicados. Entre os brasileiros, Filipe Toledo e Italo Ferreira podem fazer frente, assim como Yago Dora e Jadson André, que além da experiência também vive ótimo momento, tendo chegado a três finais de QS 6.000 nesta temporada. E também Adriano de Souza, o Mineirinho, que não vai disputar as primeiras etapas por estar se recuperando de lesão no joelho.

Outro grande adversário de Medina será o havaiano John John Florence, que perdeu boa parte do ano passado por causa de contusão. Ele também é bicampeão mundial. "Cada um de nós tem dois títulos mundiais. Nossa relação é muito boa, mas sempre criam uma rivalidade. Ele está voltando, está bem, estou ansioso porque ele ficou fora e é bom tê-lo de volta. Ele é um cara que assisto bastante, me inspiro nele e gosto de competir contra ele e contra os melhores", explicou Medina.

Uma novidade da temporada 2019 é o formato de disputa das etapas. A quarta fase masculina e a terceira feminina passarão a ter oito baterias cada, com competições de oitavas de final. O primeiro evento, em Gold Coast, na Austrália, tem até o dia 13 para ser realizado.

Apenas dois dias depois de romper com André Stein, o campeão olímpico Alison tem um novo parceiro na briga por uma vaga nos Jogos de Tóquio-2020, no Japão. O "Mamute" vai encarar a disputa por um lugar na Olimpíada ao lado de Álvaro Filho, que estava formando dupla com Ricardo, medalha de ouro em Atenas-2004, na Grécia. A estreia da nova dupla só deve acontecer na etapa quatro estrelas de Xiamen, na China, pelo Circuito Mundial, no final de abril.

De acordo com Alisson, o convite a Álvaro Filho veio após reuniões com a comissão técnica e conversas com alguns treinadores. Mas uma indicação em especial, de Ricardo, pesou muito para a decisão. "Eu e Brachola (Leandro, técnico) conversamos bastante, falamos com alguns técnicos também, trocando informações, porque a decisão não era fácil e o tempo estava correndo. Mas foi depois de uma conversa com o Ricardo que tomamos a decisão. Tenho muito respeito e admiração por ele e a atitude que teve, poucos teriam", revelou.

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"Ricardo elogiou muito Álvaro e falou que abria mão da dupla para que Álvaro jogasse comigo. Ricardo disse que tem certeza de que faremos um time forte. É alguém muito especial, mais do que um ídolo do esporte, uma referência e um exemplo para mim. Álvaro é um jogador de muito talento, com bastante experiência, e vamos fortes para essa corrida olímpica. Treinar, treinar, dar o nosso melhor", continuou Alison, medalha de ouro nos Jogos do Rio-2016 e prata em Londres-2012.

Álvaro Filho, vice-campeão do Mundial de 2013 ao lado de Ricardo, agradeceu o convite e disse que o momento é de "viver um dia de cada vez". "Estou muito feliz pelo convite, em poder formar essa parceria com o Alison, alguém que admiro muito não apenas pelas conquistas, mas também pelas atitudes. Lembro da cirurgia que ele fez, do que ele passou e do que teve que superar, do poder de superação e da recuperação inspiradora que foi coroada com o ouro olímpico. Aprendi muito com Ricardo, hoje é mais do que parceiro, é mais do que um amigo... Essa atitude dele é algo louvável, que mostra o seu 'tamanho', seu caráter e a maneira como pensa o vôlei de praia. Ele é o padrinho desse time", disse.

A etapa da divisão de acesso (QS) do Circuito Mundial de Surfe em Fernando de Noronha chegou em sua reta final e o campeão será decidido neste domingo na praia da Cacimba do Padre. Neste sábado, foram definidos todos os oito surfistas classificados para as quartas de final do Oi Hang Loose Pro Contest e os dois mais bem ranqueados, Gabriel Medina e Italo Ferreira, seguem vivos na luta pelo título.

Em um dia de tempo fechado e muita chuva, foram realizadas as quatro últimas baterias da quarta fase no início da manhã e na sequência Gabriel Medina entrou no mar para enfrentar o norte-americano Nolan Rapoza. O brasileiro bicampeão mundial ganhou por 17,30 a 7,30 pontos e festejou a classificação.

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"O mar está menor do que em outros dias, mas está divertido e deu para dar uns aéreos. Acabou dando tudo certo e estou nas quartas. Estou me sentido bem com essa prancha e quando ocorre isso você fica cada vez mais confiante. Vou me concentrar e ir passo a passo porque quero chegar na final", afirmou o atleta de Maresias.

Medina vai enfrentar Jadson André, que vem fazendo um ótimo campeonato e despachou o australiano Reef Heazlewood por 13,56 a 11,44. Na terceira bateria da quinta fase, Tomas Hermes acabou cometendo uma interferência e foi eliminado por Adin Masencamp, da África do Sul, por 14,44 a 4,33.

Miguel Pupo, que já foi vencedor do Hang Loose em Noronha, acabou não tendo sorte diante do norte-americano Cam Richarsds, que com um show de aéreos ganhou por 16,36 a 14,50. Quem também cometeu interferência foi o brasileiro Krystian Kymerson, que acabou caindo diante de Yago Dora (10,26 a 5,67).

O japonês Reo Inaba garantiu mais um estrangeiro nas quartas de final ao eliminar Peterson Crisanto por 11,93 a 7,13. O espanhol Aritz Aranburu ganhou do peruano Miguel Tudela por 13,40 a 11,23 e vai enfrentar Italo Ferreira, que bateu o norte-americano Jake Marshall por 12,40 a 11,93. A próxima chamada será neste domingo, às 8h (7h horário de Brasília).

Confira a ordem dos confrontos das quartas de final:

1ª bateria: Gabriel Medina x Jadson André

2ª bateria: Adin Masencamp x Cam Richards

3ª bateria: Yago Dora x Reo Inaba

4ª bateria: Aritz Aranburu x Italo Ferreira

Se o bicampeão mundial Gabriel Medina tem atraído todos os holofotes em Fernando de Noronha, Italo Ferreira parece seguir o mesmo caminho na idolatria. Após uma apresentação com show de aéreos na segunda fase da etapa da divisão de acesso (QS) do Circuito Mundial de Surfe, o atleta foi bastante assediado na areia da praia da Cacimba do Padre e sabe que tem potencial para ir longe no evento.

Neste sábado, ele compete na quarta fase do Oi Hang Loose Pro Contest numa bateria contra o japonês Hiroto Ohhara e o peruano Miguel Tudela. Os dois mais bem colocados avançam para a fase seguinte, que já vale como oitavas de final da competição.

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Para ele, o calor dos fãs serve de combustível para brilhar. "É bom ter o reconhecimento das pessoas e o carinho é a melhor parte. Você dá o show dentro da água e quando sai tem o carinho da torcida e o respeito de cada pessoa. Eu prezo muito isso e tento ser carinhoso com cada um", diz o surfista.

Italo ficou na quarta posição no Circuito Mundial no ano passado e ganhou três etapas. Agora, estreia na temporada numa etapa do QS (divisão de acesso), de 6 mil pontos, e tem correspondido às expectativas. Ele sabe que começar o ano com um bom resultado é importante para dar mais confiança para as competições da elite.

"Eu tenho me dedicado bastante todos os dias, tenho tentado ser melhor e com os pés no chão sempre. Deus tem bons planos para mim. No ano passado faltou só um pouco para que eu disputasse o título e são detalhes que podem ser ajustados. Estou na pegada, estou bem, feliz e isso que importa", explica.

A tranquilidade de Fernando de Noronha deu uma pausa com a presença de Gabriel Medina na praia da Cacimba do Padre nesta quarta-feira. Minutos antes de competir no Oi Hang Loose Pro Contest, etapa do QS, a divisão de acesso do Circuito Mundial, e depois de sair do mar, todos os holofotes (e câmeras de celulares) estavam voltados para ele, que se classificou para a terceira fase.

Medina avançou ao somar 15,86 pontos e passou junto com o local Patrick Tamberg, que fez 9,97. Foram eliminados Tomas King, da Costa Rica, e o brasileiro Mateus Sena. O grande diferencial da bateria foi que o bicampeão mundial de surfe, após não ir bem nas escolhas das ondas, decidiu ir para o outro lado do pico. Lá, longe de seus concorrentes, deu show e garantiu a classificação com sobras.

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"Eu adoro competir em Fernando de Noronha, gosto muito daqui, das pessoas e da comida", afirmou o atleta, que foi seguido por uma legião de torcedores ao sair do mar e não se negou a tirar fotos com as pessoas. Agora ele só volta a competir na terceira fase, que será disputada na quinta-feira se o mar estiver em boas condições.

A etapa do QS (divisão de acesso) está sendo disputada em Fernando de Noronha e a janela de competição é até domingo. No próximo dia de disputa serão realizadas as últimas baterias da segunda fase - a última delas terá a presença de Italo Ferreira - e algumas da terceira fase do evento que distribui 6 mil pontos no ranking mundial.

Depois de quase um ano de trabalho duro, que culminou no bicampeonato mundial de surfe, Gabriel Medina terá um período de férias e descontração. Neste sábado ele chegou ao Brasil com festa da torcida no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), e vai comemorar à noite o seu aniversário de 25 anos com a presença de familiares e amigos, entre eles Neymar. Mas garante que logo voltará o foco para o tricampeonato mundial e a vaga olímpica nos Jogos de Tóquio/2020, no Japão.

"É muito bom voltar para casa e ser recepcionado assim. Quando estou na água, o que mais penso é na torcida brasileira e na minha família. Isso é fruto do meu trabalho e esforço. Meu foco vai ser tentar a vaga olímpica pelo Circuito Mundial. Esse ano vai ser diferente, vou aproveitar agora esse momento, quando voltar para trabalhar, será treino duro. Quero estar muito em Tóquio e vou buscar esse sonho de participar da Olimpíada", disse.

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O surfista foi campeão mundial em 2014 e repetiu a dose este ano no Havaí. De quebra, ainda foi campeão da etapa de Pipeline, um sonho antigo. No início do ano, ele já havia falado que sabia o que precisava fazer para ser campeão porque já tinha percorrido o caminho quatro anos atrás. Agora, com a sensação de dever cumprido, promete que em 2019 o foco estará maior ainda, até por causa da corrida olímpica.

"Ano que vem será muito importante, quero me concentrar 200%, quero me qualificar e estar no Japão, representar nossa bandeira. Agora é hora de curtir, mas vou ter me dedicar mais. Sei o que quero e vou atrás disso", avisou o atleta, reconhecendo que está mais amadurecido com a experiência que adquiriu nos últimos anos.

"Desde 2014 o que mudou foi a experiência. São alguns anos no circuito, bati na trave, tive vitórias, derrotas e fui aprendendo. Sou mais maduro e me sinto mais preparado para tudo isso. Esse ano foi mais tranquilo, o tempo passou mais rápido, consegui me concentrar mais. Acho que a diferença é que me sinto mais maduro", continuou.

Após ganhar o título mundial em 2014, o surfista lembra que relaxou um pouco. Acabou vendo Adriano de Souza, o Mineirinho, seu amigo, ganhar em 2015 e nos dois anos seguintes quem ficou com a taça foi o havaiano John John Florence. Mas neste ano Medina voltou ao lugar mais alto do pódio e sabe que todo aprendizado das disputas anteriores foi fundamental para sua nova conquista.

"Em 2014, o que aconteceu era tudo novo. Querendo ou não dei uma relaxada, aproveitei mais a vida, mas esse ano foi um pouco diferente. Pela lição dos últimos anos que bati na trave, me dediquei um pouco mais. Lembrei o que tinha feito em 2014 e o que precisava fazer para chegar com chances de título. Esse ano botei um pouco mais de mim, todos os treinos estava me sentindo bem. Mesmo quando perdia, era surfando bem. Estava bem animado, queria muito isso. Foram escolhas que deram certo e acabaram sendo recompensadas agora", revelou.

"Espaço reservado para o troféu do bicampeonato mundial". Na sala de conquistas do surfista Gabriel Medina, no Instituto que criou com seu nome em Maresias, no litoral paulista, a mensagem servia de motivação antes do embarque para o Havaí. E como uma profecia, o atleta brasileiro cumpriu à risca o que dizia o bilhete e garantiu o seu mais novo troféu no surfe.

O brasileiro conquistou o bicampeonato mundial de surfe nesta segunda-feira durante a disputa da etapa de Pipeline, no Havaí. Ele confirmou o favoritismo ao passar as suas baterias sempre com bom desempenho enquanto que seus adversários, o compatriota Filipe Toledo e o australiano Julian Wilson, não tiveram como pará-lo na última edição.

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Medina precisava chegar à final em Pipeline para ser campeão. Nem precisa disputá-la. E como um mantra, repetia isso a cada entrevista após baterias vitoriosas. Passou na primeira fase diretamente para a terceira, deixando o australiano Connor O’Leary e o havaiano Benji Brand na repescagem.

Na terceira fase, eliminatória, o brasileiro de Maresias ganhou de um outro surfista local, Seth Moniz, e manteve o foco para cumprir a sua meta. Foi nessa prova que Filipe Toledo acabou sendo eliminado, perdendo para o lendário Kelly Slater e dando adeus à disputa do título. O caminho estava mais livre para Gabriel Medina.

Na quarta fase, Medina fez 16,90 pontos para avançar às quartas de final em bateria que tinha ainda o havaiano Sebastian Zietz e Michel Bourez, do Taiti. Depois, despachou o norte-americano Conner Coffin nas quartas com impressionantes 19,43 pontos em 20 possíveis - o rival fez 14,26 pontos.

Na semifinal, o brasileiro teve um duelo equilibrado com o sul-africano Jordy Smith, que começou na frente, mas tomou a virada depois que Medina pegou um lindo tubo para Backdoor, alcançando uma nota de 9,10 pontos. No final, ele somou 16,27 contra 15,83 de Smith e saiu do mar nos braços dos amigos em Pipeline.

É o segundo título do Circuito Mundial de Surfe do garoto de Maresias. Em 2014, ele se tornou o primeiro brasileiro a ser campeão mundial na modalidade. Agora, é o primeiro bicampeão e deixa o Brasil com três troféus - Adriano de Souza, o Mineirinho, ganhou o Mundial em 2015. O feito de Medina coroa o ótimo momento do surfe nacional.

Medina chegou ao Havaí na liderança do campeonato e sabia que dependia apenas de si para conquistar o título. Com grandes tubos, manobra mais bem pontuada no Pipe Masters, levantou a torcida brasileira e sua família na areia em Pipeline. Quando o título foi sacramentado, os fãs fizeram a festa na praia, um verdadeiro carnaval verde e amarelo.

TALENTO - A façanha de Medina confirma o talento do jovem de 24 anos, que desde cedo mostrou enorme talento e sempre foi precoce nas conquistas. O surfista de Maresias começou a pegar ondas desde cedo e ainda na adolescência festejou os primeiros resultados. Aos 11, ganhou o seu primeiro campeonato a nível nacional, a etapa Rip Curl Grom Search na categoria Sub-12, disputada em Búzios (RJ).

Com 15 anos foi o atleta mais novo a vencer uma etapa do Mundial de Surf (ASP). A partir daí, colecionou feitos sempre mostrando um estilo arrojado e moderno. Tanto que até o campeão mundial Joel Parkinson, da Austrália, se rendeu ao talento do brasileiro. Em uma entrevista para o podcast "Ain’t that swell surf radio", considerou Medina o maior talento de todos os tempos.

"Eu sempre falei isso dele. Desde jovem eu achei isso. É um dos melhores que eu já vi, se não é o melhor que eu já vi sobre uma prancha. Eu sou um fã do Gabriel e amo vê-lo surfar. Falo para o Mick Fanning e para todo mundo. Ele é o melhor que eu já vi", afirmou Parko, que ganhou o título mundial em 2012.

Um dos trunfos de Medina é que desde cedo teve o apoio da família. Quando ainda era criança, falou para o padrasto Charles Saldanha que queria ser campeão mundial. Foi daí que surgiu a parceria que dura até hoje, com Charles atuando como técnico e principal mentor. A mãe de Gabriel, Simone, é a grande incentivadora e torcedora número um. O irmão Felipe é grande parceiro e a irmã Sophia já segue os passos no surfe e demonstra grande talento.

E foi dessa união familiar, talento precoce e uma competitividade enorme que Gabriel Medina levou o surfe mundial para um outro patamar. Ao lado de John John Florence, Filipe Toledo e Italo Ferreira, é o grande nome da nova geração e tem tudo para ampliar esse número de troféus no futuro.

O país do futebol será do surfe a partir deste sábado, quando será dada a largada para a etapa de Pipeline, a última do Circuito Mundial de Surfe e que definirá o campeão da temporada. A chamada está prevista para as 16 horas (de Brasília) na praia de Pipeline, no Havaí. Favorito, o brasileiro Gabriel Medina busca o bicampeonato, enquanto que seu amigo Filipe Toledo tentará desbancá-lo. Já o australiano Julian Wilson quer estragar a festa verde e amarela.

O evento é a celebração de uma temporada na qual o Brasil se tornou a principal potência da modalidade - agora olímpica -, deixando para trás nações tradicionais do surfe. Das 10 etapas disputadas até agora, oito foram vencidas por surfistas do País - só Julian Wilson se "intrometeu" nessa competição caseira. Esse bom momento poderá ser coroado até o próximo dia 20, quando termina o prazo para a disputa do Pipe Masters, com mais um título para o Brasil no surfe.

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Com vantagem na liderança do ranking mundial, Medina está mais perto do bicampeonato porque seus adversários precisam, no mínimo, chegar à final em Pipeline, o que nunca é fácil. Wilson já venceu o Pipe Masters justamente no ano que o brasileiro foi campeão mundial, em 2014, e Filipinho tem como melhor resultado um quinto lugar naquele ano. Isso sem contar que Medina costuma ir bem nas perigosas ondas havaianas - grandes e de fundo afiado, com pedras e corais.

Na preparação para Pipeline, Medina fez trabalho físico com seu preparador Allan Menache na praia de Maresias, em São Sebastião (SP), e viajou para o Havaí no fim de novembro. Para manter a concentração, evitou entrevistas e se concentrou na busca do bi. "Quero agradecer à torcida por todo carinho recebido. Estou focado nessa reta final para dar o meu melhor", disse o surfista, que ganhou nos últimos dias um vídeo com mensagens de apoio de grandes ídolos do esporte como Pelé, Neymar, Cesar Cielo, Gustavo Kuerten e Kaká, entre outros.

Se ele já sabe o caminho para levantar o troféu, quem está tentando trilhar essa estrada é Filipinho, que teve uma temporada fabulosa, mas por causa de duas etapas abaixo da média, na França e em Portugal, deixou de estar em melhores condições para brigar pelo título no Havaí. Matematicamente é possível que ganhe, mas o rapaz de Ubatuba (SP) terá de se superar nos tubos em Pipeline. "As chances existem e só vou desistir quando não tiver mais", disse.

Para os primeiros dias da disputa, a previsão de ondas é boa. Como os três candidatos ao título só podem se enfrentar em uma possível semifinal, por causa do chaveamento definido pelo ranking, a tendência é que especialistas nas ondas de Pipeline possam fazer a diferença em suas baterias e, assim, atrapalhar a caminhada dos três que brigam pelo título. Os candidatos a estragar a festa são Kelly Slater, Jeremy Flores, Michel Bourez, Joel Parkinson e alguns locais.

Quem também pode eliminar os mais bem colocados é Italo Ferreira, quarto no ranking mundial e que teve bom ano. Foi o único a vencer três etapas da elite e, por pouco, não está no Havaí brigando pelo caneco. Para ele, quem aparecer em seu caminho terá de surfar muito para avançar e ser campeão.

"A disputa está boa, os três estão muito fortes. O Gabriel é um dos cotados para ser campeão do mundo, até pelo histórico dele em Pipeline, mas o Julian também é uma pessoa que surfa muito bem esse tipo de onda e pode incomodar bastante", disse. "O Filipe, por sua vez, vem embalado. Teve dois resultados ruins agora, mas isso vai dar mais vontade de ir bem no Havaí. Estou ansioso para essa última etapa, torcendo pelos brasileiros. Espero que um deles possa levar essa taça. Desejo sorte e que vença o melhor".

Além do título, está em jogo para muitos atletas a permanência na elite do surfe. Alguns brasileiros estão perto da zona de corte - como Yago Dora, Tomas Hermes e Ian Gouveia - e precisam de resultados para permanecer. Já Peterson Crisanto, Deivid Silva, Jesse Mendes e Jadson André estão garantidos.

O surfista brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho, vai ficar de fora da última etapa da temporada do Circuito Mundial, em Pipeline, no Havaí, e pode perder também a primeira disputa de 2019. A ausência, estimada em seis meses, se deve a uma lesão no joelho direito sofrida logo no início da etapa de Peniche, em Portugal, na semana passada.

Segundo divulgou o próprio surfista, a contusão é maior do que o esperado. "Os exames parciais indicaram um estiramento parcial do ligamento colateral medial com ruptura do cruzado e isso vai exigir um período de recuperação de seis meses", informou o atleta, pelas redes sociais.

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Com o diagnóstico, o campeão mundial de 2015 não competirá no Havaí, em dezembro, na etapa que vai definir o campeão do ano. E também deve perder a primeira etapa de 2019, na Austrália, no início de abril. Pela estimativa dos médicos, o surfista só deve voltar a competir em meados deste mês.

Apesar disso, Mineirinho confia em um retorno antecipado ao mar. "Mas, sendo assim, já estarei firme e forte para a primeira etapa do WCT de 2019. Tenho fé, vou dar o máximo de mim e vai dar tudo certo, novamente queria agradecer a todos pelas inúmeras mensagens que venho recebendo diariamente! Muito obrigado!", declarou.

O brasileiro sofreu a lesão logo ao entrar na água para a disputa da repescagem, após ir mal na primeira fase. Uma torção no joelho praticamente acabou com sua participação na etapa portuguesa. Ele chegou a pegar uma onda após a contusão, mas não conseguiu seguir na disputa. Acabou abandonando, o que o deixou na 17ª colocação geral no campeonato.

As brasileiras Maria Elisa e Carolina Solberg conquistaram neste domingo a medalha de bronze da etapa de Las Vegas, nos Estados Unidos, pelo Circuito Mundial do vôlei de praia. A partida contra as compatriotas Ana Patrícia/Rebecca acabou encerrada no segundo set, após uma entorse no tornozelo esquerdo de Ana Patrícia.

A lesão aconteceu no segundo set, quando a partida estava empatada por 16/16 - Ana Patrícia e Rebecca haviam vencido a primeira parcial por 21 a 19. A bloqueadora mineira de 1,94 metro ainda tentou retornar para o duelo, mas não conseguiu seguir em quadra. Assim, o placar oficial terminou com vitória por 2 sets a 1 (desistência do time B).

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Logo após a lesão, Maria Elisa e Carol imediatamente prestaram auxílio e ampararam Ana Patrícia. A defensora carioca comentou a medalha e lamentou a lesão da adversária.

"A gente nunca quer que nenhum atleta se machuque. É uma situação muito difícil, infelizmente aconteceu com ela e definiu o resultado da partida. Fizemos um jogo duríssimo ontem (na semifinal), disputado ponto a ponto, queríamos demais disputar a final, mas não conseguimos. Viemos para a disputa de bronze muito focadas, sabíamos que seria outro duelo muito forte, a Rebecca e a Ana Patrícia estão embaladas, perdemos o primeiro set mas estávamos na disputa do segundo. Queríamos muito essa medalha, não da forma como aconteceu, mas bola pra frente. Estamos felizes por estar no pódio do Circuito Mundial novamente", disse Maria Elisa após o final do jogo.

O bronze na etapa de Las Vegas rende 640 pontos no ranking do Circuito Mundial, além de cerca de R$ 37 mil em premiação. Já Ana e Rebecca somam 560 pontos e recebem cerca de R$ 29 mil. Foi o quinto confronto entre os times, com cinco vitórias de Maria Elisa/Carol.

"É uma medalha importante para nós, Maria e eu tivemos uma ótima temporada. Perdemos algumas disputas de bronze no ano, então queríamos muito vencer hoje. Sempre são jogos duros contra Ana e Rebecca, nos enfrentamos no Circuito Brasileiro muitas vezes. Infelizmente acabou acontecendo a lesão, é triste, mas faz parte do nosso esporte. Espero que ela se recupere rápido e possamos fazer outros jogos em breve", disse Carol Solberg.

Com o resultado de Las Vegas, as duplas brasileiras já somam cinco medalhas na temporada 2018/2019, que começou em setembro, após o World Tour Finals.

Quatro anos após conquistar seu primeiro título mundial, Gabriel Medina poderá sacramentar o bicampeonato na etapa de Portugal do Circuito Mundial de Surfe, que terá início nesta terça-feira (16), nas ondas da cidade de Peniche. Para tanto, o brasileiro precisará desbancar o compatriota Filipe Toledo e o australiano Julian Wilson, seus principais rivais nas últimas etapas.

O campeão mundial de 2014 poderá assegurar a nova conquista por antecipação graças à boa reação na temporada nas etapas mais recentes. O crescimento culminou na boa campanha na França, onde foi até a semifinal, na sexta-feira passada. Foi o suficiente para superar Filipinho no ranking da temporada, ainda que por breve margem.

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Agora Medina exibe 51.770 pontos, contra 51.450 do compatriota. Wilson, o vencedor da etapa francesa, corre por fora, com 47.125. Em Portugal, somente o líder do campeonato tem chances de sair com o troféu da temporada.

Mas ele tenta evitar a pressão. "Meu objetivo é manter a liderança do ranking. Mas estou tentando encarar com leveza esta etapa. Sei o que tenho que fazer. Estou focado somente em mim. Já estive nesta situação antes. Espero que dê tudo certo", diz Medina. "É ótimo voltar a Portugal. As ondas são muito poderosas aqui."

Apesar do foco em si mesmo, o brasileiro sabe que será quase impossível não acompanhar as ondas dos rivais, porque somente uma combinação de resultados lhe dará o título já nas praias portuguesas. Para levar o troféu com antecedência, Medina terá que ser campeão da etapa e ainda torcer por tropeços de Filipinho e Wilson.

O título será sacramentado se Medina vencer, Filipinho não passar do 10º lugar e o australiano ficar, no máximo, na quarta colocação. Se um dos concorrentes obter uma posição acima destas, a disputa do troféu será adiada para Pipeline, no Hawaí, na etapa final da temporada. Caso Medina não alcance o título da etapa, a definição também ficará para dezembro.

Enquanto Medina sonha com o bicampeonato, Filipinho tenta recuperar o terreno perdido. Ele foi o surfista que vestiu a camiseta amarela, concedida ao líder do campeonato, por mais tempo nesta temporada. Mas deixou a primeira colocação escapar, de forma inesperada, nas águas francesas.

O então líder foi eliminado logo na terceira fase por um rival um tanto desconhecido. O australiano Ryan Callinan era convidado da organização e disputa neste ano a categoria de acesso à elite mundial do surfe - o surpreendente surfista da Austrália chegou à final e só parou diante de Julian Wilson, na final.

"Neste ponto da minha carreira, eu aprendo com as minhas derrotas. Antes eu sentia muito a decepção e ficava paralisado. Neste ano, passei a admitir que muitas vezes não há o que fazer", afirma Filipinho, sem se abalar com a derrota precoce. "Vou fazer o meu melhor e ver o que acontece."

Em Peniche, o brasileiro espera retomar a ponta apostando na manobra que o tornou um dos principais destaques do campeonato: o tubo. "Os supertubos daqui são um sonho", projeta o vice-líder do campeonato.

O Brasil deixou a etapa de Yangzhou do Circuito Mundial de vôlei de praia com dois pódios, conquistados neste domingo, na China. O destaque maior foi para a dupla formada por Ana Patrícia e Rebeca, que faturaram a medalha de prata.

Na segunda final da parceria no Circuito, elas foram superadas pelas norte-americanas Alix Klineman e April Ross pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 19/21 e 16/21.

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O segundo lugar mais alto do pódio garantiu às brasileiras 720 pontos no ranking mundial e o prêmio de US$ 16 mil (cerca de R$ 60 mil). Ana Patrícia e Rebeca vinham de um ouro obtido na etapa de Qinzhou, também na China, há cerca de dez dias.

No masculino, Guto e Saymon levaram a medalha de bronze em Yangzhou. E nem precisaram suar para subir ao pódio. Antes da partida decisiva, eles foram avisados que a dupla canadense formada por Sam Pedlow e Sam Schachter não iria competir por conta de lesão.

Como consequência, os brasileiros somaram 640 pontos no ranking e receberam US$ 10 mil (R$ 37 mil) em premiação.

As duas duplas brasileiras voltam à disputa na próxima etapa do Circuito Mundial, em Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 17 e 21 de outubro. Assim como em Yangzhou, a etapa americana será de nível quatro estrelas.

O brasileiro Gabriel Medina não resistiu ao australiano Julian Wilson e caiu nas semifinais da etapa da França do Circuito Mundial de Surfe. Nesta sexta-feira, Wilson conseguiu a única nota 10 do evento até o momento e garantiu a classificação à decisão, mas não impediu que Medina assumisse a liderança da temporada.

Com o resultado, Medina chegou aos 51.770 pontos, superando o também brasileiro Filipe Toledo, o "Filipinho", agora vice-líder com 51.450. Desta forma, Medina vai na liderança para a etapa de Portugal, a partir da próxima terça-feira, penúltima etapa da temporada e onde venceu no ano passado.

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Nas águas de Soorts-Hossegor, Medina começou o dia avançando às quartas de final. Na disputa da quarta fase, o brasileiro ficou na segunda colocação de sua bateria, ao cravar 13,90 contra 13,96 do australiano Mikey Wright, resultado suficiente para garantir sua classificação. Na mesma disputa, o também brasileiro Michael Rodrigues foi eliminado, ao terminar com apenas 6,70 pontos.

Outro brasileiro a garantir vaga nas quartas foi Adriano de Souza, o "Mineirinho". Ele também terminou na segunda colocação de sua bateria, com 16,50, atrás do australiano Ryan Callinan, que teve um desempenho quase perfeito e anotou 18,53. Willian Cardoso obteve 12,44 e também foi eliminado.

Nas quartas, Medina obteve notas 6,67 e 5,77, somando 12,44 contra os 10,73 do havaiano Sebastian Zietz, garantindo-se nas semifinais. Por outro lado, Mineirinho não foi páreo para o norte-americano Conner Coffin, perdendo com ampla distância, por 13,50 a 7,83.

Foi então que Medina encarou Wilson. O brasileiro começou melhor e encaixou a primeira boa onda da bateria, conseguindo a nota 7,67 logo em sua segunda tentativa. Ele liderou boa parte da disputa, até que o australiano encaixasse um aéreo em uma bela onda, que lhe garantiu a nota 10.

Medina ainda foi para cima, tentou e, a dois minutos para o fim, teve uma onda com dois aéreos, mas sem a mesma plasticidade da onda obtida pelo australiano. O resultado foi uma nota 7,77, insuficiente para virar o placar. Melhor para Wilson, que seguiu para a decisão.

O 10 dado a Wilson e o 7,77 para Medina geraram alguma polêmica, mas o brasileiro minimizou. "Foi uma boa bateria, estou feliz com meu surfe, foi divertido. É o que é. Só quero só ver o 10 dele. Estou feliz com meu desempenho, ainda tem dois eventos pela frente. Foi um bom resultado. Estou ansioso para Portugal, é muito divertido lá", disse na saída do mar.

O Brasil terá três representantes na final da etapa de Surf Ranch do Circuito Mundial de Surfe. Neste sábado, último dia da fase classificatória do evento disputado em uma piscina de ondas, Gabriel Medina, Filipe Toledo e Miguel Pupo avançaram entre os oito melhores e que vão brigar pelo título da inédita competição no domingo.

A etapa de Surf Ranch, a oitava da temporada 2018, não é disputada em baterias como as demais do campeonato. Pelas peculiaridades do evento, os competidores, divididos em grupos por dia, entravam na água, cada um por vez, surfando para a esquerda e a direita, com as melhores notas sendo determinadas para definir a classificação. E neste sábado, os 36 surfistas da elite tiveram uma chance final de melhorarem suas notas.

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Medina não melhorou seu desempenho em comparação ao resultado de sexta-feira, mas ainda assim avançou em primeiro lugar, já que havia tido desempenho praticamente perfeito, com um somatório de 17,70 pontos. Filipe Toledo avançou em quarto lugar, com 16,64 pontos e Miguel Pupo foi o sétimo colocado, com 15,56.

Os outros cinco classificados à final foram o australiano Julian Wilson (17,27), o japonês Kanoa Igarashi (16,83), o também australiano Owen Wright (16,13), o norte-americano Kelly Slater (15,77) e o havaiano Sebastian Zietz (15,50).

Mas vários brasileiros deixaram o evento neste sábado. Yago Dora foi o nono colocado e Italo Ferreira ficou em 13º, seguido por Tomas Hermes e Adriano de Souza. Michael Rodrigues terminou em 18º, logo à frente de Ian Gouveia. Willian Cardoso foi o 26º, Jesse Mendes terminou em 32º e Wiggoly Dantas concluiu em 36º e último lugar.

A Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês) fará a maior aposta de sua história a partir de quinta-feira, quando os melhores atletas do mundo disputarão pela primeira vez uma etapa, a de Surf Ranch, do Circuito Mundial em uma piscina de ondas, a quilômetros do litoral. O evento entrou no calendário no lugar de Trestles, tradicional praia da Califórnia, e tem tudo para permanecer.

O grande trunfo da entidade é poder realizar uma competição com data e horário marcado, ou seja, sem depender da natureza para ser realizado. Isso facilitará a transmissão televisiva e permitiu a venda de ingressos. Anteriormente, foram realizados dois eventos no local, como testes, e tiveram sucesso.

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A etapa ocorre em um momento promissor do surfe brasileiro. O líder do campeonato, Filipe Toledo, costuma se dar bem nas ondas do Surf Ranch, assim como seu principal adversário, o também brasileiro Gabriel Medina. Na quarta posição está Italo Ferreira, que também vive boa fase. Intruso no grupo é o australiano Julian Wilson, que quer estragar a festa verde e amarela em 2018.

Por ter ondas semelhantes para todos, o tipo de competição será diferente nesta etapa. Todos os atletas (36 no masculino e 18 no feminino) vão pegar seis ondas, metade para cada lado, e serão computadas as duas melhores de cada um, sendo necessariamente uma para a esquerda e uma para a direita. Os oito mais bem colocados no masculino e as quatro no feminino vão para a final.

Na decisão, os surfistas terão novamente a chance de pegar seis ondas, metade para cada lado, e as duas melhores serão computadas, como na primeira fase. Quem tiver as melhores notas vence a competição e ganha preciosos pontos para o ranking mundial, que depois do Surf Ranch terá apenas mais três etapas: na França, em Portugal e no Havaí.

Além da competição, a WSL deseja levar o surfe em piscina para outras partes do mundo. Ela comprou a Kelly Slater Wave Company (KSWC) e espera realizar outros eventos. Nos Jogos de Tóquio, em 2020, chegou-se a cogitar construir uma piscina de ondas no Parque Olímpico para a estreia do surfe no programa. Para 2024, em Paris, os Jogos deverão contar com uma dessas para a disputa da modalidade.

Durante anos, o 11 vezes campeão mundial Slater se debruçou nesse projeto da piscina de ondas, sem muito alarde, para achar uma maneira ideal de representar o mar longe do oceano. Foram dezenas de testes, modelos de computador e tempo de pesquisa para ter uma onda que é considerada quase perfeita. Aos poucos, ele foi revelando detalhes da tecnologia e agora realizará o primeiro evento de impacto mundial.

Para se ter uma ideia, os ingressos variam de US$ 10 (R$ 40), para um dia de evento para crianças até 10 anos, até US$ 499 (R$ 2.032,00), um pacote vip com bebida liberada e comida e, entre outras coisas, inclui um show da banda Blink 182. A final será no domingo.

Gabriel Medina entrou de vez na briga pelo título da temporada 2018 do Circuito Mundial de Surfe. No domingo, ele faturou o troféu da etapa do Taiti, disputado nas ondas de Teahupoo, e assumiu a segunda colocação do campeonato, atrás somente do compatriota Filipe Toledo. Após a conquista, Medina admitiu que voltou a sonhar com o título mundial.

"Eu treinei muito para conseguir outra vitória aqui nesse lugar fantástico. Eu amo o Taiti, já tive ótimas finais aqui, ganhei uma, fiquei em segundo duas vezes, agora consegui outra vitória e é incrível isso. Agora, eu posso começar a pensar em ganhar o título mundial de novo", diz o brasileiro, campeão no Taiti pela segunda vez - a primeira foi em 2014.

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Com o resultado do fim de semana, Medina chegou aos 35.685, contra 41.985. O campeão mundial de 2014 terá mais quatro etapas para rentar reverter esta desvantagem. "Eu acho que tudo é possível, pois ainda temos quatro eventos e eu só quero continuar dando o meu melhor nas baterias", projetou.

Na final do Taiti, no domingo, Medina estava em desvantagem até o minuto final da disputa com o australiano Owen Wright. "Eu estava rezando lá dentro para Deus mandar mais uma onda pra mim, só mais uma", diz o brasileiro, que virou o placar ao pegar a última onda da bateria.

"Estou muito feliz agora e sei que o Owen (Wright) deve estar com o mesmo sentimento que fiquei no ano passado (quando Medina perdeu a decisão para Julian Wilson), que foi horrível para mim, mas é por isso que amamos competir. Eu me sinto abençoado por ter estado no lugar certo na hora certa durante as baterias e agora quero aproveitar esse momento, antes de focar na próxima etapa lá no Surf Ranch."

Eliminado nas semifinais no Taiti, Filipinho exaltou seu bom resultado, sua melhor performance nas ondas de Teahupoo, apesar de não chegar à final. "Eu estou orgulhoso de mim mesmo por todo o trabalho duro que fiz aqui, pois o resultado na semifinal foi o meu melhor aqui em todos os anos", comentou o líder do campeonato.

O Circuito Mundial vai retornar no próximo mês com a disputa da etapa no Surf Ranch, onde fica a piscina de ondas de Kelly Slater, na Califórnia, entre os dias 6 e 9 de setembro.

Com uma onda decisiva no último minuto da disputa da final, o brasileiro Gabriel Medina virou o placar sobre o australiano Owen Wright e se sagrou campeão da etapa do Taiti do Circuito Mundial. O título nas ondas de Teahupoo deixou o campeão mundial de 2014 na briga pelo troféu da temporada, em disputa direta com o compatriota Filipe Toledo.

Medina chegou aos 35.685 pontos, subindo da terceira para a segunda posição do ranking da temporada. Filipinho segue na liderança, com 41.985 pontos, apesar da queda nas semifinais no Taiti, neste domingo (19). E o australiano Julian Wilson ocupa o terceiro lugar geral, com 32.380 pontos.

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Medina começou o dia vencendo o compatriota Italo Ferreira por 13,10 a 7,57, pelas quartas de final, fase que foi toda disputada neste domingo, após dia de descanso no sábado, em razão das fracas ondas. Ao mesmo tempo, Filipinho superou o sul-africano Michael February por 11,43 a 8,60.

Nos outros duelos das quartas de final, Owen Wright venceu o compatriota Wade Carmichael por 16,00 a 9,57, enquanto o francês Jeremy Flores desbancou o norte-americano Kolohe Andino por 13,34 a 5,73.

Nas semifinais, Medina eliminou Jeremy Flores por 15,17 a 6,10, e Owen Wright despachou Filipinho por 12,60 a 10,03. E, na grande final, o brasileiro estava atrás do australiano no placar até o minuto final, quando obteve 7,33 em sua segunda onda e virou o marcador para superar o rival por 13,50 a 12,07. Medina já havia se sagrado campeão no Taiti em 2014.

O Circuito Mundial vai retornar no próximo mês com a disputa da etapa no Surf Ranch, onde fica a piscina de ondas de Kelly Slater, na Califórnia, entre os dias 6 e 9 de setembro.

As brasileiras Josi e Lili garantiram na madrugada deste sábado (no horário de Brasília) classificação às semifinais da etapa de Nantong do Circuito Mundial do Vôlei de Praia, evento de duas estrelas do calendário da elite da modalidade, na China.

A dupla nacional seguiu na luta por medalhas da competição ao vencer dois jogos neste dia de confrontos. Primeiro, pelas oitavas de final, Josi e Lili superaram as norte-americanas Thibodeau e Witt por 2 sets a 0, com parciais de 21/17 e 21/19, em 33 minutos. Em seguida, nas quartas de final, elas derrotaram as lituanas Ieva Dumbauskaite e Irina Zobnina por 21/18 e 21/19, em 34 minutos.

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Na semifinal, marcada para ocorrer às 22 horas (de Brasília) deste sábado (manhã de domingo na China), as brasileiras terão pela frente as australianas Phoebe Bell e Jessyka Ngauamo. O confronto é inédito entre estas parcerias e a dupla do Brasil ainda está invicta nesta etapa chinesa, com quatro vitórias em quatro jogos.

O outro duelo que valerá uma vaga na decisão, previsto para começar às 23 horas deste sábado, será entre a dupla japonesa Kusano/Take e o time italiano Zuccarelli/Traballi.

"Tivemos um dia muito bom, estávamos bem focadas nos dois jogos e não deixamos nenhum set escapar. No segundo jogo estava chovendo bastante, mas nos adaptamos bem. A temperatura sempre esteve alta, mas hoje a chuva veio forte e não deixamos que atrapalhasse. Espero que na semifinal a gente consiga colocar o mesmo ritmo de jogo que colocamos hoje", afirmou a capixaba Lili, em declarações reproduzidas pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

A etapa de Nantong distribui 400 pontos no ranking da temporada e cerca de R$ 16 mil ao time campeão. O melhor resultado de Josi e Lili neste ano foi um quarto lugar obtido na etapa de Mersin, na Turquia, em evento de nível três estrelas do Circuito Mundial.

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