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O ex-diretor da construtora Delta na região Centro-Oeste, Cláudio Abreu, foi libertado da prisão na madrugada deste sábado (9), segundo noticiou a Globo News. A decisão de soltar o empresário foi da juíza Ana Cláudia Barreto, da 5ª Vara Criminal de Brasília. Informações da Polícia Federal dão conta que Abreu estaria envolvido com o esquema de jogos ilegais de Carlinhos Cachoeira.

Segundo o advogado de Cláudio Abreu, Fabrício de Aquino, a liberação do seu cliente do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, aconteceu depois das 2h. A ordem de soltura chegou na noite da sexta-feira (8) ao presídio. Abreu estava recluso no Complexo desde 25 de abril. Contra o executivo pesam suspeitas de corrupção e formação de quadrilha.

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MP - O pedido de soltura do executivo foi contestado pelo Ministério Público. No entanto, a magistrada considerou que a liberdade de Abreu não representa risco à ordem pública, já que ele está afastado da construtora Delta.

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia Antunes Rocha concedeu nesta quinta-feira liminar para garantir que o ex-diretor da Delta Cláudio Abreu permaneça em silêncio no depoimento que vai prestar à CPI do Cachoeira, marcado para a terça-feira que vem. Cármen Lúcia também permitiu a Abreu direito a consultar seus advogados durante o encontro.

No início desta semana, o decano do Supremo, Celso de Mello, assegurou a Cachoeira o direito de ficar calado no depoimento que prestou na última terça-feira à CPI. Segundo o ministro, a jurisprudência do STF estabelece que ninguém é obrigado a responder perguntas que possam provocar a autoincriminação.

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No habeas corpus, impetrado no mesmo dia do depoimento de Cachoeira, a defesa de Cláudio Abreu usou os mesmos argumentos da defesa do contraventor. "Todas as investigações realizadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito devem observância as garantias constitucionais, se permitindo, inclusive, que as pessoas convocadas possam exercer o direito constitucional ao silêncio, caso entendam conveniente", afirmou os advogados do ex-diretor da Delta.

Cláudio Abreu foi preso no dia 25 de abril, em Goiânia, por envolvimento na Operação Saint-Michel, deflagrada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Brasília. A ação, um desdobramento da Operação Monte Carlo, que levou à prisão Carlinhos Cachoeira no final de fevereiro, investiga um esquema de irregularidades no serviço de concessão de bilhetagem de ônibus do Distrito Federal.

A CPI do Cachoeira deve votar, no mesmo dia que está previsto o depoimento de Cláudio Abreu, a convocação dos governadores de Goiás, o tucano Marconi Perillo; do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz; e do Rio de Janeiro, o peemedebista Sérgio Cabral. A comissão também pretende votar a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico da matriz da Delta.

O ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu foi transferido para a carceragem da Central de Polícia Especializada (CPE) de Brasília, após fazer exame de corpo de delito no final da tarde desta quarta-feira. Abreu foi preso em Goiânia na Operação Saint-Michel, um desmembramento da operação Monte Carlo, que desmantelou a organização criminosa comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

O advogado de Abreu, Roberto Pagliuso, informou que a prisão foi desnecessária porque o cliente vinha colaborando com as investigações, tem endereço fixo e não representa risco à ordem pública. "Vou tirar cópia dos autos para conhecer as acusações e entrar imediatamente com pedido de habeas corpus", disse o defensor. "Não há justificativa para essa prisão. Ele tem comparecido a todos os depoimentos, não reagiu à prisão e tem colaborado de forma serena", enfatizou.

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A Operação Saint-Michel - bairro de Mônaco que, a exemplo de Monte Carlo, concentra cassinos - foi desencadeada pelo Núcleo de Combate a Organizações Criminosas (Ncoc) do Ministério Público do DF, com auxílio da Polícia Civil do DF. O objetivo é desarticular um esquema de tráfico de influência, fraude em licitação e desvio de dinheiro público no sistema de bilhetagem eletrônica do Departamento de Transportes Urbanos (Dftrans). A empresa vencedora seria ligada à Delta e a Cachoeira.

Ao todo, foram efetuadas quatro prisões e cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Brasília, Goiânia, Anápolis e São Paulo. Entre os presos estão o vereador Wesley Clayton da Silva (PMDB), vice-presidente da Câmara de Anápolis; Valdir Reis, ex-assessor da Secretaria de Planejamento do governo do DF e Dagmar Alves, todos acusados de envolvimento no esquema.

Embora com ordem de prisão temporária também decretada, Heraldo Puccini Neto, diretor da Delta em São Paulo, não foi localizado. O advogado da empresa, Marcelo Souza, compareceu à delegacia para negociar a apresentação do executivo.

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