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Por conta da expansão da pandemia do coronavírus (Covid-19), muitas lojas físicas tiveram que suspender suas atividades, o que fez muitos consumidores recorrerem às compras online. Segundo a pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), a partir de 12 de março houve aumento no consumo nas categorias  saúde (111%), alimentos (80%) e perfumaria (83%). Por outro lado, outros segmentos tiveram quedas drásticas. A venda de câmeras e filmadoras caiu 62% e os games 37%.

De modo geral, desde as primeiras recomendações de isolamento social, o e-comerce teve um crescimento de 30% a 40% no Brasil. Para o economista e professor Carlos Darienzo essa já era uma tendência que vinha crescendo nos anos anteriores, mas que foi potencializada por conta do avanço do coronavírus.

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Darienzo enfatiza que o consumidor deve tomar algumas precauções antes de realizar as compras online, portanto, é necessário checar a qualidade do produto ou serviço, prazos de entrega, idoneidade da empresa e realizar pesquisas de preços. Considerando que o setor alimentício foi um dos segmentos a crescer no comércio digital, Darienzo explica que as famílias com mais renda estão fazendo estoque de alimentos, mas destaca que isso é um erro. “Não faltará comida no Brasil, estão comprometendo uma parte de sua renda com estoques. Os mais pobres não podem fazer isso e são penalizados, pois irão pagar preços mais altos, em função do aumento expressivo da demanda por alimentos”, declara.

Apesar do crescimento das vendas digitais, o economista prevê que isso não será suficiente para amenizar os impactos que a pandemia irá gerar na economia do país. “A economia irá cair numa depressão, só a iniciativa privada não será o suficiente para manter a economia operando em um nível aceitável”, explica o professor,  que acredita que o Governo é o único que pode restabelecer a economia do país.

“O Estado tem a obrigação constitucional de socorrer as pessoas e empresas, para que a economia continue funcionando com razoabilidade, mas a recuperação só irá iniciar a partir do segundo semestre de 2020”, calcula.

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