Tópicos | conflito contra o Irã

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, controlada pela oposição democrata, votará nesta quinta-feira (8) uma medida para impedir que o presidente Donald Trump entre em guerra com o Irã depois de matar um representante do governo iraniano, disse a presidente da câmara, Nancy Pelosi.

Pelosi declarou que os democratas tomaram essa decisão porque suas preocupações não foram dissipadas nesta quarta-feira em um encontro a portas fechadas com o secretário de Estado, Mike Pompeo.

"O presidente deixou claro que não tem uma estratégia coerente para manter a população segura, diminuir a tensão com o Irã e garantir a estabilidade da região", afirmou Pelosi através de um comunicado.

"Nossas preocupações não foram atendidas pela insuficiente notificação do presidente por meio da Lei de Poderes de Guerra e pelo encontro de hoje" com membros do governo, afirmou.

Sob a Ata de Poderes de Guerra de 1973, o governo deve notificar o Congresso sobre importantes ações militares, mas Trump enviou de maneira incomum, como documento restrito, sua justificativa para o ataque que matou o poderoso general iraniano Qassem Soleimani no Iraque.

Pelosi disse que a Câmara dos Representantes votaria, de acordo com a lei de 1973, para limitar a capacidade de Trump de iniciar uma guerra contra o Irã.

A legisladora disse que a casa também pode considerar em breve a revogação da autorização do uso da força, que foi concedida ao Executivo após os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Desde então, três governos invocaram essa autorização como justificativa legal para a realização de uma série de ações militares no mundo islâmico.

Mas é improvável que qualquer medida que tente restringir Trump seja aprovada no Senado, pois seu partido, o Republicano, tem maioria.

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