O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta terça-feira (9), que o país vive momento de “confusões” e mesmo com as dificuldades na relação do Estado com a União é preciso buscar unidade com os municípios para garantir os serviços à população. As declarações do pessebista foram expostas durante a abertura do Seminário dos Municípios Pernambucanos, em Olinda.
“Em um momento difícil por que passa o Brasil, numa crise que tem dificultado o dia a dia dos Estados e as administrações dos municípios, a gente vê cada vez mais a necessidade de unidade na discussão em relação aos temas nacionais, que são urgentes e imprescindíveis, mas que sempre estão ficando à margem de uma discussão necessária em relação à federação brasileira”, argumentou Paulo Câmara.
##RECOMENDA##Para uma plateia de prefeitos e gestores municipais, o governador ressaltou também a necessidade de “trabalhar de forma integrada, juntos, União, Estados e municípios, e buscar, principalmente nos municípios, as diretrizes necessárias para alcançar as pessoas”.
“As dificuldades federativas reconhecemos. As dificuldades de relação com a União diante dessas confusões que vemos no Brasil são claras”, observou, sem detalhar que confusões seriam essas. “Então temos que buscar, entre os entes que estão juntos, as diretrizes necessárias para alcançar as pessoas. A ponta é que precisa realmente do trabalho. Olhar para todos. Não dá para governar olhando região A, B ou C; e lutar, principalmente, do lado do que mais precisa, do mais pobre e mais vulnerável”, acrescentou.
Ainda no discurso, após fazer um apanhado das ações do seu governo e projetar expectativas para este semestre, o governador pernambucano ressaltou também que estava trabalhando para “construir o caminho da minoria” e “nesse sentido, em contraponto a muita coisa que a gente não concorda e está acontecendo no Brasil, não podemos deixar essas confusões em Brasília chegar a Pernambuco”.
Logo após o evento, Paulo deixou o auditório do Centro de Convenções sem falar com a imprensa. Apesar de não citar diretamente, uma das confusões que o governador deixou a entender que Brasília enfrentava é a reforma da Previdência, que está sendo discutida hoje no plenário da Câmara dos Deputados. O texto exclui Estados e municípios da mudança nas regras da aposentadoria.