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A zagueira Tainara, titular da seleção brasileira feminina, foi diagnosticada com covid-19 após exame protocolar realizado na quarta-feira e será desfalque no jogo contra a Venezuela, pela terceira rodada da primeira fase da Copa América Feminina. De acordo com o departamento médico do Brasil, ela está com sintomas leves.

Tainara terá de cumprir sete dias de isolamento, conforme determinado pelo protocolo sanitário da Colômbia, país-sede do torneio continental. Depois desse período, será reavaliada para saber se poderá ser reincorporada ao elenco. Caso esteja em condições, pode ser utilizada na rodada final da primeira fase, em duelo com o Peru, na próxima quinta-feira.

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A defensora é quarta jogadora da seleção brasileira a ser contaminada com o coronavírus. Antes dela, Luana, Duda Francelino e Geyse já haviam testado positivo. A Conmebol tem sido bastante rigorosa com a prevenção contra a covid durante a disputa da Copa América, tanto que tem realizado testes dois dias antes do início de cada rodada do torneio.

Sem Tainara, a treinadora Pia Sundhage deve preencher a vaga com Kathellen, que entrou no decorrer da vitória por 3 a 0 sobre o Uruguai, na terça-feira. Outra opção seria deslocar Antonia da lateral direita para formar a dupla de zaga com Rafaelle. Nesse caso, Fê Palermo ou Letícia Santos entrariam para fechar o lado direito.

De folga nesta quinta-feira, as brasileiras voltam a treinar às 13 horas (horário de Brasília de sexta). Com as vitórias sobre Argentina e Uruguai nas duas primeiras rodadas, o Brasil ocupa a liderança do Grupo B, com seis pontos.

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, anunciou nesta quinta-feira que a Copa América Feminina será disputada a cada dois anos, a partir de 2022. A competição era realizada a cada quatro, como acontece com a versão masculina do torneio entre seleções sul-americanas.

O dirigente também revelou que está em tratativas com a Uefa para a realização de uma Copa Intercontinental, entre times femininos. A competição poderia seguir o formato da mesma competição que havia no masculino antes de a Fifa criar o seu Mundial de Clubes, envolvendo sete equipes. Antes, o campeão da Copa Libertadores decidia a Copa Intercontinental com o vencedor da Liga dos Campeões da Europa.

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De acordo com Domínguez, a meta da Conmebol é valorizar o futebol feminino, a partir destas e de outras iniciativas. Ele fez estes anúncios durante o Congresso de Futebol com F de Feminino, realizado até sábado em Assunção, no Paraguai, onde fica a sede da Conmebol.

O presidente da entidade admitiu preocupação com o desenvolvimento do futebol feminino no continente, que estaria atrasado em comparação a outros países e confederações. Domínguez reconheceu que a Conmebol até pouco tempo atrás "pensava que o futebol era apenas um esporte masculino".

A seleção brasileira feminina de futebol segue fazendo valer sua maior qualidade na Copa América do Chile. Nesta quarta-feira, na cidade de Coquimbo, a equipe comandada por Vadão voltou a golear, desta vez a Venezuela, por 4 a 0, e garantiu vaga com antecipação à próxima fase do torneio.

O Brasil tem 100% de aproveitamento no torneio, com 15 gols marcados e somente um sofrido em três partidas. A seleção chegou aos nove pontos, na liderança do Grupo B, e não pode mais ser ultrapassada por Venezuela e Argentina, segundas colocadas, com seis, e que se enfrentam na última rodada.

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O time brasileiro enfrenta a Bolívia, sexta-feira, pela última partida da chave, precisando de apenas um empate para garantir a primeira colocação. Já Argentina e Venezuela lutam pela segunda vaga. Quem vencer, avança. O empate favorece as venezuelanas pelo saldo de gols.

Nesta quarta, o Brasil demorou apenas dez minutos para abrir o placar. Marta cruzou da direita, Cristiane escorou de cabeça para o meio da área e Mônica marcou. Aos 38, Bia Zaneratto ampliou. O time brasileiro ainda perdeu diversas oportunidades e viu a goleira venezuelana impedir um placar ainda mais elástico.

Mas no segundo tempo a seleção transformou a vitória em goleada. Aos 27, Debinha fez grande jogada pela esquerda e tocou para Bia Zaneratto, que teve tempo para dominar e fuzilar para a rede. Faltava o gol de Marta, e ele saiu aos 40. Em contra-ataque pela direita, Andressa avançou e tocou no meio da área para a craque, que balançou para cima da zagueira e finalizou cruzado.

O campeão e o vice do torneio sul-americano garantirão lugar direto no Mundial de 2019, na França, enquanto o terceiro disputará repescagem contra um representante da Concacaf em busca de outra vaga. A seleção vencedora da Copa América também vai assegurar um posto na Olimpíada de Tóquio, em 2020, e a vice-campeã jogará repescagem contra uma nação da África por uma segunda vaga.

O Brasil faturou o título sul-americano em 1991, 1995, 1998, 2003, 2010 e 2014 e só não ficou com a taça de campeão em 2006, quando foi surpreendido pela Argentina na decisão realizada na casa da adversária.

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