Tópicos | Copa do Mundo de Ginástica

A ginástica artística, principalmente a masculina, é dividida em dois tipos de atletas: os generalistas, que competem em todos os aparelhos e brigam por títulos no individual geral, e os especialistas, que vão bem em alguns aparelhos especificamente. Na seleção brasileira, que tem vaga por equipes nos Jogos Olímpicos do Rio, os generalistas foram testados ao longo das últimas três semanas e agora é a vez dos especialistas.

Ângelo Assumpção, Diego Hypolito, Felipe Arakawa e Henrique Flores estão escalados para competir na etapa de Doha da Copa do Mundo de Ginástica, a partir desta quinta-feira, no Catar. Dos especialistas da seleção brasileira, só Arthur Zanetti, campeão olímpico nas argolas, não está na competição.

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Nas últimas três semanas, em torneios nos EUA, na Escócia e na Alemanha, já foram testados outros seis ginastas: Arthur Nory, Caio Souza, Lucas Bitencourt, Sergio Sasaki, Petrix Barbosa e Francisco Barretto. Dos 12 ginastas da seleção, só Zanetti e Péricles Silva ainda não estrearam na temporada.

Diego Hypolito faz em Doha sua primeira competição, mas avisa que a torcida não deve esperar medalhas. "Não vou fazer a série mais difícil, mas o objetivo é fazer o mais limpo possível para já me preparar bem visando aos Jogos Olímpicos. Quero fazer o meu melhor. A meta não é ganhar, mas simplesmente fazer uma boa competição e sair satisfeito".

Diferente das competições em Glasgow e Stuttgart, que premiavam apenas os vencedores do individual geral, a etapa de Doha tem finais apenas por aparelhos. Diego e Ângelo competem no solo e no salto, enquanto Henrique e Felipe se apresentam no cavalo com alças e nas argolas. Felipe e Ângelo ainda fazem barras paralelas e barra fixa.

No feminino, o Brasil estará representado por Rebeca Andrade e Thauany Araújo, que competirão apenas na trave e nas barras assimétricas. Rebeca volta de cirurgia no joelho e já se apresentou no fim de semana passado na Itália, nesses dois aparelhos e no salto. Ela tenta recuperar a forma física e tática para o Pré-Olímpico do abril, no Rio.

Campeão olímpico nas argolas, o ginasta Arthur Zanetti começou a temporada 2013 vencendo a etapa de Doha da Copa do Mundo de Ginástica Artística, nesta quinta (28). O atleta de São Caetano faturou o ouro no aparelho que é sua especialidade, as argolas, com a boa nota de 15.700, superando em mais de dois décimos o medalhista de prata, o chinês Qiuhua Liao.

Zanetti reduziu sua nota de partida em relação à série que apresentou em Londres, partindo de 6.700. Mas ele teve excelente execução, com 9.000 pontos, para chegar a um total de 15.700 pontos. De acordo com o próprio ginasta, a mudança foi necessária por conta da mudança nos critérios de julgamento, que reduziram a importância de elementos de força.

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Outro brasileiro que competiu na mesma final, Henrique Medina, que é companheiro de Zanetti no São Caetano, foi o quinto, com 15.250. A outra medalha do Brasil nesta quinta em Doha veio com um xará de Zanetti.

Arthur Nory Mariano (do Pinheiros) tirou 14.900 na sua apresentação no solo para ficar com a medalha de bronze. Só ficou à frente dele Flavius Koczi, da Romênia, com 14.925. Entre as mulheres, só uma brasileira disputou final nesta sexta. Foi Adrian Gomes, que ficou em sétimo no salto, com 13.300. A vitória foi da vietnamita Thi Ha Thanh Phan, com 14.825.

Atual vice-campeão mundial nas argolas e já garantido nos Jogos Olímpicos de Londres, Arthur Zanetti vai fazer a sua estreia em Copas do Mundo de Ginástica nesta temporada na etapa de Cottbus, que acontece nesta semana, entre os dias 22 e 25, na Alemanha. Além dele, a ginástica brasileira também estará representada pelo jovem Arthur Nory. Os dois viajam nesta segunda-feira.

Zanetti, que defende o Serc/Santa Maria, de São Caetano do Sul (SP), vai se apresentar somente nas argolas em Cottbus. "Nesse momento, a prioridade não é subir no pódio. Ainda estamos no começo do ano e não adianta forçar agora. O desempenho tem que ir melhorando aos poucos para que ele esteja 100% em Londres e busque a medalha olímpica, que é o principal objetivo do ano", comentou o técnico Marcos Goto, que vai acompanhar a equipe na Alemanha.

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O vice-campeão mundial vai apresentar em Cottbus a mesma série do ano passado, sem elementos novos, o que só deverá fazer mais para frente. "Aproveitaremos, principalmente, para estudar os adversários", explicou Goto.

Já Arthur Nory, do Pinheiros, esperança de futuro para a ginástica artística brasileira, vai fazer a sua estreia em uma etapa da Copa do Mundo em busca de experiência. "Quero, primeiramente, competir bem. Meu objetivo é, pelo menos, chegar à final", disse ele.

Já a equipe feminina vai competir entre os dias 30 de março e 1.º de abril na etapa de Doha. Representarão o Brasil no Catar Ethiene Franco e Priscila Cobello. A primeira se apresentará na trave, nas barras assimétricas e no solo, enquanto Priscila nas assimétricas e na trave.

"Será a primeira competição depois do evento teste (Pré-Olímpico) e ajudará na preparação para o Meeting Internacional (em abril, em São Bernardo). Além disso, vai contribuir para avaliarmos as meninas, pensando na formação da equipe para as Olimpíadas de Londres", explicou a técnica Viviane Cardoso. Ethiene e Priscila buscam uma vaga para ser uma das seis atletas da seleção brasileira na Olimpíada.

A segunda etapa da Copa do Mundo de ginástica rítmica vai contar com a participação da seleção brasileira. A estreia na competição será nesta sexta-feira (16), em Kiev, na Ucrânia.

Eliane Sampaio é a novidade para este ano na equipe. Ela está de volta à seleção após conquistar três ouros com o conjunto nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, em outubro do ano passado. A ginasta vai iniciar uma nova coreografia no aparelho bola e a antiga nos outros aparelhos, como fita, arco e maças. As principais adversárias das brasileiras são as russas e ucranianas.

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"Comecei a treinar essa série há um mês e meio. É pouco tempo, mas já me adaptei bem a ela. Também trabalhei bastante nos outros aparelhos, com as mesmas coreografias do ano passado e vou fazer o meu melhor. Quero voltar ao ritmo do Individual. O resultado será consequência", afirmou a atleta.

A Copa vai contar com a participação de 41 atletas de 29 países, como por exemplo, Rússia, Áustria, República Tcheca e Croácia.

Em sua volta a uma Copa do Mundo de Ginástica após mais de três anos, Daiane dos Santos mostrou que continua sendo um dos grandes nomes da modalidade no mundo. Nas eliminatórias da Copa do Mundo de Ghent, na Bélgica, ela avançou à final do solo com a segunda melhor nota: 13.700, atrás apenas de Mariya Livchikova, da Ucrânia, que somou 14.025. As finais acontecem no domingo.

A etapa de Ghent da Copa do Mundo é a última antes do Campeonato Mundial, que acontece entre 8 e 16 de outubro, em Tóquio, e é classificatório para os Jogos Olímpicos de Londres. Por isso, boa parte da nata da ginástica mundial está reunida na Bélgica como forma de preparação em busca da vaga olímpica.

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Mantendo a tradição brasileira também no salto, Jade Barbosa somou 14.450 pontos em seus dois saltos e avançou à final com a melhor nota. A outra atleta do Brasil em Ghent, Adrian Gomes, que voltou à seleção brasileira seis anos após ser afastada por indisciplina e excesso de peso, foi a quarta melhor nas eliminatórias do salto e também está na final.

Nas barras assimétricas, as brasileiras não foram tão bem. Jade ficou em 13.º e Daiane uma posição abaixo. Na trave, Jade foi a 11.ª e Adrian Gomes apenas a 35.ª. Jade repetiu o 11.º lugar também no solo.

Sucesso também entre os homens. Diego Hypolito foi o melhor da fase de classificação no solo, com nota 15.950, logo à frente do chinês Kai Zou. Ele também vai disputar medalhas no salto, prova em que ele avançou à final com a sétima melhor nota. No cavalo com alças, ficou apenas em 19.º (13.400 pontos).

Outro brasileiro que avançou à final entre os homens foi Arthur Zanetti, com a quinta melhor nota nas argolas.

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